Capítulo 41° Imprinting

Narradora

Sentado ele batia o pé compulsivamente em um ato de tédio e até mesmo de irritação.
-Eu vou sai. –anuncio.
-Aonde vai? –perguntou Jasper.
-Relaxa não vou arrumar confusão, só vou dar uma volta. –ele não esperou uma resposta e saiu.
Luka só queria ir embora, desaparecer.
Voava pela floresta apenas com o pensamento de poder se livrar dessa culpa, de poder voltar ao tempo e ter convencido sua irmã de que ir a aquela festa era uma grande roubada.
“É possível repousar sobre qualquer dor de qualquer desventura, menos sobre o arrependimento. No arrependimento não há descanso nem paz, e por isso é a maior ou a mais amarga de todas as desgraças.” Pensara enquanto corria.
Talvez fosse verdade seu pensamento.
Um cheiro de sândalo aromático irresistível lhe tomou as narinas. Ele parou de correr e andou vagarosamente até o cheiro. Ele ouviu um barulho de cachoeira, o barulho da água estava ficando cada vez mais perto até que ele a viu. Ela estava perto do pequeno rio de onde a cachoeira caia. Ela estava coberta por um manto azul e repousava sua cabeça na grama. Seus cabelos eram negros, a pele era morena, os olhos estavam fechados, o nariz seguia uma linha perfeita, os lábios rosados eram chamativos.
Luka ficou ali, atrás das árvores admirando a beldade. Ela mexeu as pálpebras e ele se enrijeceu.
Ela acordou lentamente, se despreguiçou e depois se levantou, deixando o manto azul na grama, ela usava um vestido vermelho tomara que caia com um laço xadrez nas cores preto e branco, seus cabelos até o meio das costas estavam soltos e ela usava uma sandália rasteirinha que por sua vez estava sendo retirada.
Luka prestava atenção em cada ação sua. Sem tirar seus olhos dela por um segundo que fosse. Ela desamarrou o laço o deixando cai na grama, depois foi à vez do vestido. Luka não sabia se continuava ali ou ia embora... Escolheu por ficar.
O vestido passou por seu corpo em câmera lenta caindo no chão, do chão o olhar do Luka foi subindo, suas pernas torneadas, sua coxa grosa, nasceu um sorriso nos lábios de Luka, ela usava um biquíni das cores preto e roxo, ele voltou a subir seu olhar pela sua barriga lisa e monera, ele sem perceber se aproximava dela, mas então ele parou voltando a se esconder, na parte de cima ela usava a outra parte do biquíni das mesmas cores.
“Seu corpo era perfeito.” Não pôde deixar de pensar.
Ela se aproximou do rio e pulou seu corpo em contato com a água lhe fez despertar de seus pensamentos que no momento não eram nada apropriados.
Foi ai que ele se aproximou do rio, ela ainda estava nadando, não podia vê-lo.
Luka começou a retirar a roupa, ele não sabia por que estava fazendo aquilo, apenas o fazia. Ele ficou apenas de Box e então pulou dentro do rio. A garota assustada com o barulho nadou até a superfície e foi em direção a cachoeira. Ela olhou em volta da floresta inteira, mas não encontrou nada.
-Belo biquíni. –ela ouviu a voz de um homem atrás de si e se virou rapidamente para trás.
Nada mais importava, o mundo não lhe interessava, nem o mundo e nem nada que existia nele. Com exceção é claro dele. Daquele ser de olhos vermelhos penetrantes, pele branca, cabelo bagunçado e molhado, ombros largos e de um sorriso maroto nos lábios convidativos.
-Olá. –ele disse sorrindo. –Espero não estar incomodando. Só precisava de um banho. –ela não conseguia respirar, como um ser podia ser tão deslumbrante?
Finalmente ela o respondeu.
-Tecnicamente – ele aguardou ansioso. –vampiros não precisam banhar necessariamente já que vocês não soam.
-Mas eu me sujei. –ele justificou.
-Tem mais rios por ai, esse não é o único.
-Tecnicamente – ela estreitou os olhos. –Esse rio é único, pois eu lhe garanto que em nenhum outro rio, lago, mar, oceano eu poderia encontrar uma garota tão belíssima e perfeita como você. –ela não sabia o que dizer. –Desculpa se estou sendo inconveniente, eu só queria conhecer a garota de corpo de mulher e rosto de boneca. –o que ele queria lhe causar? Um AVC? Se fosse isso ele já podia ir parando, pois ele estava conseguindo causar esse efeito nela. –Desculpe-me outra vez se estou sendo indireto, eu só estou lhe dizendo a verdade. –ela corou brutalmente.
-Ok. –disse apenas.
-Você já viu como fica corada? –ela o olhou de esguelha.
-Como? –ela quis saber.
-Maravilhosa. –ela riu.
-Você já pode parar. –ela disse acanhada.
-Desculpe. –ele disse sorrindo.
-Você pede muitas desculpas. –ela queixou-se.
-Só não quero lhe passar uma imagem distorcida de mim. –respondeu.

***

Estavam sentados na grama de frente para a cachoeira, ele usava sua calça e ela o manto azul.
-O que você está fazendo aqui? –“ele é um vampiro” pensou ela. Ele já devia ter a atacado não é mesmo?
-Só tentando esquecer as coisas. –respondeu Luka.
-Que tipo de coisas?
-Coisas inapropriadas que eu fiz no passado e que estão tendo suas conseqüências agora. –disse com o semblante triste. Luka poderia ser um monstro, mas merecia uma segunda chance. Mas ele não queria acreditar nisso, ele pensava que era um monstro de qualquer forma, arrependido ou não arrependido.
-São tão graves assim? –perguntou preocupada.
-Coisas... Hã qual é o seu nome mesmo? –ele perguntou.
-Karol. –respondeu. Ele sorriu para ela.
-Coisas Karol que acabaram com a felicidade de pessoas que não mereciam o que eu fiz. –disse.
-Mas você está arrependido certo... Hã?
-Luka. –disse.
-Certo Luka? –ela sorriu.
-Meu arrependimento não pode lhes trazer a felicidade novamente. –respondeu sério.
-Já tentou reverter o que você fez? –ela não acreditava que ele podia ter feito algo para acabar com a felicidade de alguém.
-Já, mas não consegui. –ele deu de ombros. –E também já é tarde demais. –ele pegou uma pedra e jogou no rio.
-Nunca é tarde demais. –ela disse.
-Pra mim é. –ela ia responder quando eles ouviram um barulho.
-Droga. –Karol disse se levantando.
-Qual é o problema? –ouviu se um uivo.
-Meu pai. –respondeu. –Você tem que sai daqui. Se não meu pai vai ti matar.
-Perai! –ela o empurrou para dentro da floresta. –Seu pai é um cachorro? –perguntou.
-Não! Um lobo que odeia vampiros! –ela disse. –Agora vai!
-Eu vou ti ver de novo? –ela estava triste por se separar dele.
Ela deu um pequeno sorriso e disse:
-Claro.
-Quando? –o uivo estava próximo.
-Vai! Vai! –ela correu pra ponta do rio e vestiu seu vestido. Luka a olhou pela ultima vez e se foi.
Paul aparece com sua bermuda surrada.
-Karol! –ele chamou. Karol acenou.
-Aqui. –ele se aproximou dela.
-O que está fazendo aqui?
-Só estava mergulhando. –disse pegando seu laço do chão.
-Ah tá. –ele olhou ao redor desconfiado. –Vamos? Sua mãe a espera. –ele disse.
-Ta bom. Vamos apostar corrida? –ela perguntou.
-Tampinha não queira aportar corrida com o lobo mais rápido dessa matilha. –ele disse em tom de brincadeira.
-Você só não contou com uma coisa. –ela disse sorrindo sapeca.
-Ah é? –ele cruzou os braços. –O que?
-Eu sou filha desse lobo. –ela saltou no ar se transformando numa loba igualmente preta como seu pai e saiu correndo.
-Sua mãe vai ficar uma fera quando descobrir que você deixou seu vestido em tirinhas. –ele balançou a cabeça negativamente. –Eu amava aquele vestido. –ele correu em direção a Karol se transformando em um lobo. E a corrida começou.




Gente desculpa pela demora, mas é que na quinta-feira eu fui pra casa da minha tia e só voltei hj... Foi mals!
Eu sei que vocês estão se roendo pra saber oq aconteceu com a Nick, mas esse capítulo é importante para a fic! Prometo não demorar muito no próximo capítulo com a Nick e o Seth! ♥
Obg pelos comentarios!
Bjsculos^^

Categories: Minha vida é você