Conversa

Conversávamos até chegar a minha cabana.
-Por que você fica sua maior parte do tempo em uma cabana?
-Os Alcantra não ficam muito em casa e eu não gosto daquela casa então depois da escola eu vou ensaiar com a minha banda andar de skate e fico na cabana. –nem acredito que estava explicando a minha triste vida para o Cayo.
-Ah ta. E os seus verdadeiros pais eles morreram?
-Não sei após eu ter nascido eles me entregaram para adoção.
-Sinto muito.
-Não sinta. Agora me fale sobre você. –então chegamos à minha cabana.
-È aqui que você vivi? – ele perguntou incrédulo
-È eu sei que é simples só tem um colchão e algumas roupas. Mas isso não me incomoda. E ai eu falei sobre minha vida triste pra você agora é a sua vez. - Ele sentou no meu colchão e me chamou com a mão pra me ajuntar a ele. Eu fui até ele e me sentei.
-O que você quer saber? –ele me perguntou.
-Me fale sobre sua família. –concerteza a historia dele seria melhor do que a minha.
-Eu não tenho pai ele morreu em um acidente minha mãe é doente e eu tenho um irmão que tem problemas no coração e ele precisa de vários remédios.
-Sinto muito.
-Não sinta. – ele deu um sorriso forçado.
-E há quanto tempo você faz esses favores para o Guilherme?
-Uns três anos – eu fiquei chocada com isso –mais eu não faço esses favores só para conseguir pagar as drogas que ele me dá.
-Então é para que?
-Quando nos roubamos nos conseguimos uma espécie de lucro e é com esse lucro que eu consigo pagar os medicamentos do meu irmão.
-Ah ta eu realmente sinto muito. –isso é tão triste.
-Tudo bem. Por falar em lucro – ele retirou um bolo de dinheiro do bolso. – Isso é seu pega.
-O que é isso?
-Seu lucro.
-Isso tudo?
-È um trabalho sujo. Pega. –ele esticou o braço para que eu pegasse o dinheiro.
-Eu não quero eu não necessito muito de dinheiro, ele não me faz falta alguma. Pega pra você; você precisa mais do que eu. - Disse empurrando o braço dele.
-Nick é seu dinheiro e não importa se eu preciso ou não pega logo.
-O trabalho todo foi seu e eu não preciso. – ele pegou minha mão e colocou o dinheiro nela. – é melhor eu indo amanhã você tem aula. – ele disse se levantando.
-Eu não vou para a escola amanhã - disse me levantando também.
-Por quê?
-È sexta-feira e eu não vou reprovar por causa de uma falta. –ele me olhou com reprovação.
-Mas mesmo assim é melhor você ir dormir. E eu tenho que ir também. –ele estava indo embora.
-Espera Cayo. –ele se virou eu peguei a mão dele e coloquei o dinheiro na mão dele – Eu não quero isso e nem vem me falar que ele é meu bem se ele é meu eu posso fazer o que quiser com ele então pega e vamos esquecer isso. – lhe dei um beijo na bochecha. –Boa noite. – me virei e fui para o colchão. Então ele saiu e foi embora. Eu não tinha acreditado que eu havia beijado ele mesmo que foi na bochecha isso não é coisa que eu costumasse fazer na verdade falar com pessoas era uma coisa que eu não costumo fazer mais eu me sentia diferente com relação ao Cayo mais não sabia o que era.


Espero q vocês estejam gostando... Comentem ^^ Bjs!

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