5 de ago. de 2010

Capitulo 35

Posted by sandry costa On 8/05/2010 2 comments


Perto do Fogo
A enorme mandíbula se fechou onde um segundo antes estivera o flanco direito de Alec.
Um leve deslocamento para esquerda. A pata dianteira alcançou o ombro direito, o guincho metálico ecoou em meus ouvidos como uma folha de aço sendo rasgada ao meio. Alec caiu junto às latas de lixo, a parede sólida a suas costas estremeceu. Um grito mudo escapou por meus lábios.
Não importava o quanto eu me apressasse, a distancia parecia crescer mais e mais. Trinta míseros metros, e mesmo assim a velocidade sobrenatural herdada de meu pai não foi suficiente para deter aquele impulso assassino que o impelia contra Alec. O ódio maciço que transbordava pelos olhos dele parecia queimar como fogo líquido, enchendo o espaço a nossa volta com uma fúria penetrante. Era lindo tanto quanto era nocivo e vê-lo naquele momento era ao mesmo tempo maravilhoso e terrível. Eu nunca o vira tomado por tanto ódio...
Passei pela pilha de latas e sacos plásticos na qual Alec estava estirado feito um boneco quebrado, e corri em direção a Jacob. Eu não sabia o que deveria fazer, como impedi-lo, como dizer a ele que aquele ali também me amava. Que eu também amava ele...
Não, eu não encontraria as palavras certas em tão pouco tempo.
Os olhos escuros pousaram em mim como dois faróis na escuridão, eu contava que apenas isso o parasse, que ele se detivesse por um momento ou apenas titubeasse. Era só o que eu precisava, um momento de hesitação. Mas ele não parou e meu plano improvisado falhou miseravelmente.
Mais rápido do que eu poderia ter previsto, ele saltou sobre mim, o corpo gigantesco moveu-se habilmente pelo espaço minúsculo, pousando bem em frente a Alec. Dei meia volta, correndo, sufocada...
- Jake, não! - Gritei, mas a chuva, os ventos e seja lá mais o que estivesse presente naquele beco conosco, emudeceu minhas palavras, tornando-as um chiado ininteligível. Alec se colocou de pé num átimo, segurando o ombro com a mão. Eu vi os olhos de Jake perderem o foco e rezei para que Alec tivesse tempo de usar seus poderes para escapar.
Inútil. Eu deveria ter previsto. Jake não se deteve. Ele nunca se deteria se pensasse estar me protegendo de um inimigo poderoso como Alec, ele continuaria lutando cego, surdo, aleijado, tanto fazia... Eu o conhecia bem demais para esperar dele um momento de hesitação. Jake sempre foi o melhor em exterminar nossa espécie, e ele ter se apaixonado por alguém como eu, não era nada além de ironia do destino.
Alec era rápido, e foi isso - apenas isso - que o salvou de Jacob. Mesmo assim, os dentes afiados alcançaram o tornozelo esquerdo de Alec. Jacob o arremessou à rua, chacoalhando-o como uma boneca de trapos. Alec caiu no meio-fio, erguendo uma nuvem de pedriscos e água de chuva. Jacob correu em direção a ele, meio desorientado, se debatendo e atacando tudo que havia a sua volta - vivo ou não.
Avancei sem pensar, implorando para os céus por uma chance de salvar ambos. Eu não podia deixar Jake matar Alec, e sabia que Alec estava apenas recuando nessa luta. Se ele decidisse lutar, eu estaria no meio de um furacão. Corri para a rua, desviando das dentadas aleatórias de Jacob, tentando alcançá-lo. Tentei pará-lo...
Jake não me deixava chegar perto. Alec ainda o mantinha no escuro e ele não podia me enxergar nem tampouco sentir meu cheiro. Por muito pouco quase tive minha cabeça arrancada por uma pata impossivelmente veloz, passando de raspão e levando alguns fios de meu cabelo consigo. Aproveitei uma brecha e agarrei-me às costas dele, cravando meus dedos entre os pelos castanho-avermelhados. Ele sentiu minha aproximação um segundo antes de eu alcançá-lo. Jake jogou o corpo para o lado, empurrando-me de encontro a parede. Rolei até o meio-fio, pousando com um estampido trovejante no asfalto molhado.
Quando tentei me mover, meio segundo após a queda, senti meu sangue empoçar minhas roupas. Ao bater conta a parede, uma farpa de ferro da grossura de um punho fechado atravessou minha perna, na altura da coxa esquerda. Eu não tinha percebido até cair no chão que o pedaço esfarrapado de metal ainda estava atravessado em mim. Eu normalmente não me machucava tão facilmente, mas julgando pela força do golpe de Jake, eu entendia como aquilo acontecera. Maldita linhagem humana. E agora eu estava sangrando... Ótimo.
Um rosnado engasgado chamou minha atenção para a luta, e quando eu consegui me mover o suficiente para vê-los, eu não pude acreditar que tinha perdido apenas meio segundo. O corpo enorme de Jacob estava estirado no chão, lutando para se levantar, e Alec pairava ameaçadoramente sobre ele. Jacob ainda tinha o olhar desfocado, perdido, e embora se debatesse ferozmente, ele estava vizivelmente mais lento. Senti a vertigem me tomar, mas o sangue se esvaindo de mim tinha pouco a ver com isso. Tentei me levantar, mas a fraqueza oriunda de tanto tempo sem me alimentar parecia travar meus ossos, deixando-os mais pesados, impossível de se sustentar.
- O quê você fez? - Gritei para Alec. A chuva lavava meu ferimento, espalhando pelo pavimento uma poça de sangue. Minhas roupas, mãos e braços estavam tingidos de carmim.
Alec olhou para mim. Havia ódio em seus olhos, um brilho prateado que gelou meus ossos. Ele respirava rapidamente, com lufadas pesadas e rígidas, seus ombros movimentavam-se no ritmo funesto de sua respiração. Ele caminhou lentamente até mim, sem pressa de libertar Jacob daquele entorpecimento que o impedia de se levantar.
Enquanto andava, Alec olhava-me de uma forma que me apavorava, como se por um momento ele não fosse o mesmo Alec que conheci, ou pior ainda, como se aquele fosse o "velho" Alec. Meu coração disparou em meu peito, e mais uma vez tentei me colocar de pé. Me arrastei até uma parede próxima, onde consegui apoiar minhas costas. Alec continuava avançando com aquele gelo no olhar.
Um rastro de sangue se estendeu a meu redor. A queimação constante em minha garganta deu uma guinada, como se estivesse competindo com a dor pulsante em minha perna. Alec parou diante de mim.
Olhei para cima, para seu rosto imóvel e lívido. Ele retribuiu o olhar, enfatizando sua atenção para a ferida sangrenta em minha perna.
- O quê você fez? - Repeti, sentindo minha voz sumir. Ele não respondeu, eu insisti. - O quê fez com ele? - Era como se uma bola de aço fumegante estivesse atravessada em minha garganta. Apertava e queimava cada vez mais. Ele se abaixou, aproximando-se de mim com uma cautela agourenta, tocou meu rosto gentilmente. Eu o observei, tentando controlar minha respiração. Alec fechou os olhos.
Eu fiquei alí, sangrando, sentindo minha cabeça rachar em duas partes, sentindo um medo virulento tomar conta do meu corpo, observando o rosto dele se transformar em mil faces das quais eu não conhecia sequer uma única.
- Você está bem? - Sussurrou ele com a voz embargada, com se tivesse medo de falar. Alec mantinha os olhos fechados e respirava com dificuldade. Minha pele queimava sob o toque gelado da mão dele, ardia contra a chuva que caía impiedosamente sobre a cidade morta dos Volturi. Em todos os cantos só havia o silêncio, e ao fundo, soando como uma música fúnebre, um uivo cortante subia ao céu e preenchia meus ouvidos com dor. Eu não conseguia me mexer. O horror daquele momento me entorpecia.
Alec deixou a mão que pousava em meu rosto escorregar suavemente até minhas mãos. Ele beijou-as, eu estremeci. Um gemido de dor escapou por meus lábios quando ele aproximou o rosto pálido do meu, a respiração fria tocou minha pele como uma cortina de cetim. Ele abriu os olhos. Dois faróis de fogo me observando de tão perto, a fluidez daquelas íris brincava com cores, capturava minha atenção, prendendo-a em suas profundezas.
- Shhh, está tudo bem meu amor. - Disse ele, apertando os lábios frios contra os meus. Alec puxou a estaca de ferro cravada em minha perna. Meu grito de dor foi sufocado pelo beijo molhado, pelos lábios macios que selavam toda minha dor, suprimindo também meus pensamentos, que por um momento ficaram vazios, vagos e distantes. Ele apertou a ferida, estancando o sangue quente que fluía e se espalhava com a chuva. Aos poucos a dor ia cedendo, deixando um espaço que era rapidamente preenchido pela sensação quente do beijo dele. Em seus olhos, eu podia ver a sede queimando.
A respiração dele era inconstante, com guinadas nervosas e lufadas demoradas, enquanto eu apenas amolecia nos braços dele, sentindo um misto de fraqueza e suavidade. Abri meus olhos, devagar, temerosa... Alec afastou-se lentamente, olhando-me, provando-me até o último momento. Olhei para a ferida, estancada sob a mão pálida de Alec, um contraste acentuado de branco e vermelho contra o pano negro da noite que nos cercava, e mesmo assim, todas as cores eram facilmente desbotadas pela chuva que caía como agulhas feitas de gelo.
O silêncio era como uma música se repetindo em meus ouvidos, com apenas duas coisas quebrando-lhe o ritmo: o farfalhar da chuva precipitando-se contra o chão, e a respiração quase inaudível de Jacob.
Meu coração afundou, e se houvesse em meu rosto alguma cor remanescente, esta teria se esvaído no momento em que procurei a silhueta grande e peluda estirada no meio do asfalto empoçado. Ele estava lá. Na forma humana.
O peito nu brilhava contra a luz opaca dos postes, a água pingava como orvalho negro de seus cabelos. E os olhos... Aqueles olhos grandes e escuros estavam lá, me encarando de dentro de sua imensidão profunda. Ele assistia, mudo e inexpressivo, ao espetáculo romântico e sangrento que se desenrolava diante dele.
- Jake. - Tentei dizer, mas o nome não ousava sair de minha boca, como se eu mesma não tivesse coragem de pronunciá-lo. Um segundo se passou sem que nada mudasse. A chuva ainda caía. Alec ainda tentava estancar meu sangue. Jacob ainda me olhava com aquela decepção enterrada na lama de seus olhos marrons. E eu ainda sentia uma dor imensa tomar cada vez mais partes de mim.
A escuridão e a cortina cinzenta de chuva o cobriam quase completamente, eu via apenas o rosto intransponível, o olhar paralisado, os ombros subindo e descendo no ritmo lento de sua respiração cadenciada. Ele estava nu, eu sabia disso embora não pudesse vê-lo completamente, ele se transformara bem ali, onde dois minutos antes ele havia caído, onde dois minutos antes Alec quase o matara. Não houve tempo de vestir-se, não houve tempo de correr para longe daquela cena que jamais se apagaria nem na mente dele nem na minha. Na verdade, eu nem ao menos sabia como ele teve forças para se levantar...
Jacob virou as costas e saiu, andando lentamente na escuridão.
- Jake. - Gritei, tentando me levantar e caindo inutilmente no mesmo lugar, um desespero inconsciente crescendo dentro de mim.
- Shhh, calma. - Sussurrou Alec, segurando-me pelos braços. A queimação em minha garganta transbordou por meus olhos, derramando-se por meu rosto, deixando um rastro quente em minha pele.
- Jake, Jake. - Eu gritava e tentava inutilmente colocar-me de pé, e Jacob apenas continuava andando para longe de mim.
Quando a escuridão o engoliu, apagando de vez sua imagem, eu senti que não conseguiria mais me levantar. Eu me rendi, fraca e inerte, aos braços frios de Alec, tentando sem êxito conter a torrente de lágrimas que ameaçava me dominar. Eu lutava, mas eu sabia que não tinha mais forças nem ao menos para fingir ser forte.
Eu não queria que Alec visse aquilo, embora o tivesse dito que não poderia ficar com ele, eu nunca lhe disse o motivo real, a razão pelo qual meu coração não poderia pertencer a ele, não completamente. Mas agora, reduzida a cinzas, ensangüentada e destruída nesse chão que nem ao menos era o chão de meu lar, e sentia que Alec merecia mais que um muito obrigada, e não apenas pela minha consciência pesada, mas por quê eu, de fato, queria dá-lo algo mais de mim, maior... Algo melhor que uma crise de choro.
Mais eu não poderia, não é? Não poderia dá-lo o que não tenho, algo que não me pertence.
Os minutos se arrastaram lentamente, ou talvez tenham ido depressa demais, eu sinceramente não sabia. Mas quando as luzes alaranjadas do incêndio que consumiria toda Volterra começaram a nos alcançar, foi preciso partir.
Alec me conduziu pela escuridão impenetrável sem dizer palavra. Minha perna ainda doía, embora já estivesse quase completamente cicatrizada. Seria mais rápido se eu tivesse me alimentado.
O imagem de Jacob queimava em minha mente como uma fogueira num palheiro, consumindo todos os meus pensamentos. Eu não podia deixar de sentir uma dor aguda toda vez que aquele rosto atravessava minha visão, tão claro e nítido como uma aparição. Eu pensava: onde diabos ele foi? Será que está bem? Será que me odeia? E nenhuma dessas perguntas eram respondidas, nada além de ecos e silencio entre as paredes do meu cérebro.
Quando chegamos enfim aos portões da cidade, eu fui recebida pelos abraços e beijos de Rosalie e Esme. Elas falaram e falaram, me encheram de perguntas, e por mais que eu estivesse feliz em revê-las, a lembrança de Jacob não me abandonava nem um só minuto. Rosalie pareceu gostar ainda menos de Alec, dirigindo a ele o olhar que usualmente era reservado à Jacob. Haviam ainda alguns Quileutes, encarregados de guardar os portões, dentre eles eu só pude reconhecer Quil, liderando os mais novos. Fora esses rostos conhecidos, haviam os novos aliados, vampiros de todas as etnias, mas eu não me demorei muito entre eles.
Minha mente ainda estava entre aquelas casas, sob aqueles prédios , passeando pelas ruas que pouco a pouco sucumbiam ao fogo. A chuva já havia cessado há algum tempo, eu nem ao menos me dera conta disso.
- Eles logo estarão aqui Ness, não se preocupe. – Disse Rosalie, preocupada com meu silêncio. Assenti, sem olhá-la. Do alto do monte que circundava Volterra, era possível ver a cidade toda. Um vapor alaranjado subia do subsolo, tomando ruas e casas, alastrando-se como uma risca de pólvora, o ar enchia-se com uma fumaça escura e densa, o cheiro era de morte par nossa espécie.
- Ele é confiável Ness? Ele pode ser um espião, pode ser um infiltrado de Aro. – Sussurrou Rosalie em meu ouvido, lançando olhares carrancudos à Alec. Olhei para ele, encostado junto ao tronco de uma árvore, observando sua cidade queimar.
- Eu estou viva por causa dele. – Eu disse, encarando minhas mãos sujas de sangue seco. – Papai confia nele também. – Disse, sabendo que esse argumento era indiscutível para Rosalie. Ela continuou encarando Alec, silenciosa.
Uma movimentação estranha chamou minha atenção para a matilha, segundos após, Quil aproximou-se em sua forma humana para nos dar as últimas informações.
- Está quase acabado. O ninho foi queimado até o último Volturi pular que nem pipoca. – Disse ele, em seu tom despreocupado, sorrindo orgulhosamente. – Edward e Bella também já terminaram. – Disse ele olhando para mim. - Estão indo encontrar os outros. Sam disse que a matilha não tem mais o que mastigar. Vamos para casa. – Quil sorriu largamente e um uníssono de uivos se ergueu no ar. Os vampiros desconhecidos festejavam, cumprimentando-se, trocando palavras rápidas entre sorrisos aliviados. Alec não se moveu de sua posição, eu apenas ouvi em silencio. Quil continuou reportando detalhes a seus companheiros e a alguns dos vampiros, enfatizando detalhes da luta. Eu ouvia as palavras dele apenas como um eco longínquo.
- ...então eles cercaram a cidade e entraram pelo subsolo, na parte traseira onde era menos vigiado. Sam disse que foi um pandemônio quando eles invadiram, uma zona dos infernos. A guarda deles estava uma bagunça, sem nenhuma liderança, totalmente desorganizada. Ele disse que quando terminaram com a guarda foram atrás dos velhotes, mas eles já tinham fugido para superfície. – E abaixou a voz como se com isso eu não pudesse escutá-lo. – Jake revirou cada cômodo do castelo atrás dela. – Disse ele, gesticulando para mim. – Sam disse que ele saiu que nem um louco de lá quando não encontraram ela, cobriu a cidade inteira em meia hora. Sabe, o Jake é um alfa também, mas na nossa política só pode haver um alfa. – Explicou Quil aos vampiros que o escutavam atenciosamente, ele estava eufórico com toda aquela atenção. – Mas o Jake debandou da nossa matilha há alguns anos, questões pessoais sabem. Desde então nós não podemos ouvir a mente dele, só o Sam pode, por quê ele é o outro alfa. É bem maluco, mas funciona. Hoje em dia só a Leah e o Seth podem ouvir o Jake, fora o Sam. – Quil parou um momento, perdido em pensamentos, depois recomeçou seu discurso.
- Eu até prefiro ficar fora da mente do Jake sabem, ele é muito confuso, vive cheio de minhocas na cabeça. Se bem que eu daria tudo pra ter visto a briga feia com o Volturi ali. – Disse ele novamente aos sussurros, apontando descaradamente para Alec, os vampiros olharam-no com curiosidade. – Mas Sam não quis dar muitos detalhes, disse que estava tudo bem e ponto. – Quil deu de ombros, perdendo em seus pensamentos novamente.
- A última notícia que ele nos deu depois disso, foi que tinha perdido contato com Jake. De certo ele deve estar queimando alguns entulhos. Ele precisa dos polegares opositores para isso, se é que me entendem. – Quil gargalhou de sua própria piada.
Eu sabia perfeitamente bem o quê acontecera, mas não tinha coragem de verbalizar aquilo, não conseguia nem ao menos acreditar que havia acontecido de fato. O pequeno grupo se dispersou um pouco, juntando-se em debates e discussões sobre o futuro da nossa espécie.
- Conte-nos alguma coisa útil. – Resmungou Rosalie para Quil. – Como foi a luta, quem perdemos... Isso é importante e não as esquisitices caninas que vocês têm. - Quil olhou-a carrancudo e em seguida lançou-se em uma descrição meticulosa dos acontecimentos daquela noite. Embora eu quisesse muito ouvir aquilo, meus ouvidos taparam-se para todo o resto. Eu podia ouvir os estalar das chamas na cidade lá embaixo, ouvia as pedras desmoronarem e o vento que agitava a fumaça densa sobre nossas cabeças. E eu pensava: onde está você Jake?
Não me dei conta de que me levantava. Apenas me afastei sorrateiramente do grupo, adentrando as árvores. Na orla do pequeno bosque que nos separava dos portões de Volterra, eu olhei para traz. Alec me olhava silenciosamente, por entre as árvores e dentro da escuridão, ele viu em meus olhos o motivo que eu não conseguia dar a ele.
Virei-me em direção a cidade em chamas, sabendo que só haveria um jeito de sair de lá. Eu encontraria Jacob e o traria comigo, ou eu não teria motivos para voltar.

Fanfic escrita por Anna Grey

2 comentários:

que demais ..to con do do Jake...continua porfavorrr..xD

Ameeeei este cap, ficou bom demais, meu coração até doeu :f, tadinho do Jake, não vejo a hora deles se encontrarem e resolverem esse mau estendido, vê se manera Nessie, vc não é fácil..
Anna, posta outro cap amanhã, por favor!!!!
Bjss.

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