O inicio de tudo
Sophia
Dez de pequena eu sempre me senti diferente das
outras pessoas, sempre tive uma ligação muito forte com a natureza adorava
brincar com os bichos no jardim. Morei em um orfanato até os sete anos e é ai
que minha história começa.
Era meu aniversario e eu, como sempre, estava
brincando no jardim. Nunca gostei dos meus aniversários pois me lembrava dos
meus pais que pelo que me contaram morreram no dia em que completei um ano.
Mais nesse dia eu estava diferente, me sentia feliz com uma sensação de que
algo maravilhoso iria acontecer. E percebi que não era só eu que estava feliz,
tudo a minha volta irradiava felicidade, como se a natureza comemorasse algo.
Cada pássaro, cada flor, cada folha, tudo vibrava na mesma sintonia que eu.
Passei meu dia sentada no jardim, em frente ao
orfanato, brincando com os bichos.
No meio de uma das minhas brincadeiras com uma
borboleta azul, percebi que um casal, que já nos visitava há algumas semanas,
me observava e no mesmo momento um sorriso involuntário brotou em meu rosto. Eu
gostava muito deles, nunca tínhamos nos falado, mais a forma carinhosa com que
eles me olhavam... me fazia sentir um calor em meu peito.
Eles eram lindos. A mulher loira dos olhos azuis
brilhantes tinha uma pele branca com um leve rosado na face, alta, magra, devia
ter uns 25 anos e possuía no meio de sua testa uma discreta marca no formato de
uma lua crescente. O homem era igualmente lindo, alto e bem forte, tinha os
cabelos pretos, sua pele era mais bronzeada e seus olhos tinham a mesma cor que
a da mulher. Ele aparentava ter uns 28 anos e possuía a mesma marca em sua
testa, porem a sua era mais forte. Seu sorriso era o mais terno e doce que eu
já tinha visto, e percebi que ele sorria para mim.
Dei um salto quando a voz grossa do homem me despertou
de meus pensamentos.
-Ola Sophia eu sou Mordred e
essa é minha esposa Melina. -Ele falava com uma voz doce que aumentava aquele
calor no meu peito, e logo Melina completou:
-Estamos muito felizes em te
conhecer querida, já faz algum tempo que estamos te observando e nos gostamos
muito de você.-
-É você é uma menina muito
especial.- Completou Mordred com um brilho no olhar. Fiquei muito envergonha e
corei, eu não estava acostumada com tanta atenção e decidi que eu deveria falar
algo.
-Oi.- Tanto esforço para um
simples oi? A eu iria me matar quando tudo aquilo passasse. Mais para a minha
surpresa ambos riram e Melina falou.
-Não precisa ter vergonha
Sophia nós só queremos te conhecer melhor!-
-Como sabe meu nome?- Perguntei
pois apesar de eu não ter me apresentado ambos me tratavam pelo nome.
-Nós lemos na sua ficha de
adoção.- explicou Melina.
-Pra que?- Fiquei curiosa
afinal eu era grande de mais para um casal querer me adotar. E como se pudesse
ler minha mente Mordred respondeu a mim algo que me paralisou.
-Nós queremos te adotar, se
você quiser é claro! Mais não se preocupe com isso agora. Nós só estamos nos
conhecendo teremos muito tempo pra pensar sobre o assunto.- Melina percebeu o
impacto que as palavras do marido causaram em mim e tratou de mudar de assunto.
Mais eu não queria mudar de assunto eu queria ser adotada por lês mais eu não
consegui falar nada e Melina começou.
-Trouxemos um presente pra
você, sabemos que hoje é seu aniversario e... - Eu a interrompi com um abraço.
-O melhor presente do mundo,-
eu disse com lagrimas nos olhos, -...eu quero muito que vocês sejam meus pais!-
Melina pegou-me no colo e enxugou minhas lagrimas
com um sorriso lindo no rosto e Mordred afagou meu rosto. Apesar da falta de
palavras aquele momento foi lindo, eles transmitiam muito amor a mim e eu já os
sentia como meus pais. Modred pegou-me do colo de Melina e está vasculhou a
bolsa q trazia consigo e de lá retirou uma caixinha preta e entregou-me.
-Este é o seu presente querida, abra e veja se
gosta...- falou Melina enquanto eu o pegava e delicadamente abria a pequena
caixa, descobrindo dentro dela um lindo colar com meu nome. Chorei mais ainda,
foi o primeiro presente que me deram em toda a minha vida.
-Eu adorei! Obrigada.-
-Não tem que agradecer meu anjo!- Responderam eles
e fomos juntos para o jardim brincar e nos conhecer melhor.
Dois dias depois disso eles me levaram para a
floresta e me apresentaram o lugar aonde eu viveria a partir daquele dia. A
casa era aconchegante e bem bonita toda em madeira escura típica da região,
como morávamos em um pequeno vilarejo no meio da floresta tinham plantas para
todos os lados e eu adorei toda aquela liberdade, me sentia em casa.
Todas as noites Melina me contava história sobre
feiticeiras e me ensinava tudo sobre elas e eu ficava cada dia mais fascinada,
ate q em uma tarde ela se sentou comigo e contou q tudo o q ela havia me
contado era verdade e q eles eram feiticeiros e perguntou-me se eu gostaria de
ser treinada para me tornar uma também. E fiquei um pouco assustada, n
acreditei de início mais ela começou a mostrar-me seus poderes e ai eu
acreditei e comecei a me acostumar com a idéia.
Em pouco tempo eu acabei aceitando a proposta dela então dias antes de
eu completar meus 8 anos ela começou meu treinamento juntamente com Mordred.
Ele me ensinou a lutar e ela a dominar meus poderes com a natureza.
O tempo passou e eu fui crescendo e me tornando
cada vez melhor, já era uma das melhores lutadoras do vilarejo e possuía total
controle de meus poderes básicos.
Em um dia de manha eu acordei mais tarde que o
normal e estava me sentindo muito estranha, fui até a cozinha tomar café da
manha e quando chego lá vejo meu pai e minha mãe conversando.
-Bom dia pai bom dia mãe!- Falei como sempre mais
nenhum dos dois me respondeu, eles estavam parados como se estivessem
hipnotizados, com os olhos vidrados em mim. Como eles não tiravam mais os olhos de mim
fiquei incomodada e os pedi para que paracem de me olhar daquela forma.
-Eu não consigo tirar meus olhos de você minha
filha é como se algo me prendesse meu olhar em sua direção.- Falou mamãe um
pouco incomodada. Fiquei preocupada e sai da cozinha, porem todas as vezes que
eu falava com alguém acontecia a mesma coisa, todos se prendiam a mim. Fui
procurar a anciã para saber o porque disso e ele me falou que isso era normal
pois eu estava descobrindo meus poderes de feiticeira pura e que ela já sabia
dez de que eu era pequena que isso um dia aconteceria.
Depois que a anciã Morgana me explicou tudo
desse-me que ela começaria a me treinar
no lugar de meus pais, e assim foi feito.
Minha transformação foi rápida e quase indolor, a
marca que crescia em minha testa, símbolo que nasce em toda feiticeira quando
ela se torna madura, era a única coisa que me causava dor mais não era nada
insuportável. Meu corpo se modificou, me tornei mais resistente, meu olho mudou
de castanho Mara um mel brilhante e meus cabelos tornaram-se mais bonitos. Tudo
em mim parecia mais bonito, eu me tornei tão linda quanto minha mãe.
Morgana me ensinou os deveres de uma feiticeira,
ajudou-me a controlar meu poder para não hipnotizar a todos sempre que eu
falasse e também a desenvolver o meu poder tornando-me mais poderosa.
Quando eu completei 18 anos meu poder já estava
estabilizado e controlado e eu tinha desenvolvido varias outras vertentes dele,
como o meu sussurro que faz as pessoas caírem na inconsciência as deixando
completamente vulneráveis a mim, meu canto que torna minha vitima um escravo
meu e a minha fala, meu primeiro dom, que prende a atenção das pessoas em mim.
E foi assim que me tornei quem sou hoje, Sophia
Derderut, um feiticeira linda, poderosa e com uma família incrível. Mais
atualmente tenho sentido falta de algo, sinto que me falta uma parte de mim,
quando olho mamãe e papai sinto falta de alguém que me ame do meu lado e de
alguma forma sei que o meu amor não esta aqui no vilarejo. Algo dentro de mim
fala que eu terei que abandonar tudo para ir em busca de meu amor.
Meu aniversario de 19 anos será amanha e decidi que
no meio da minha festa com todos presentes será ocasião perfeita para eu avisar
que estou de partida. Sei que vou ter saudades mais vou seguir meu coração e
cumprir com meu destino.
......
-Sophia, meu anjo acorde hoje é seu aniversario não
vai querer passar o dia todo na cama não é?- disse mamãe acordando-me de meus
sonhos.
-Bom dia mãe!
-Bom dia meu bem! Seu pai já esta te esperando,
acho que ele esta aprontando algo, boa sorte!
-Ok avise-o que eu já vou desce.- Respondi rindo do
comentário de minha mãe, pois meu pais adora me meter em encrencais.
Arrumei-me e desci eu estava animada e nervosa pois
eu iria contar a todos que eu estava de partida, e não tinha a menor idéia de
para onde ou quando eu voltaria.
Cumprimentei meu pai e nós saímos, pois meu pai
queria fazer uma luta de poderes comigo, eu me tornei tão forte quanto ele
portanto adorávamos brincar desse tipo de jogo. Fiquei com meus pais o dia todo
me despedindo secretamente a cada segundo e na hora da festa apos os decursos
eu reuni a todos e comecei.
-Pessoal eu agradeço profundamente tudo que vocês
fizeram por mim e por todos os momentos que passamos juntos eu nunca vou me
esquecer de vocês! Mais a vida me chama para cumprir meu destino e hoje logo
depois da festa eu irei em busca de meu destino, ainda não sei para onde vou ou
o que vou enfrentar mais vou seguir meu coração e um dia eu voltarei para
contar minhas historias e rever vocês meus amados e eternos amigos!-
-Como assim Sophia, você vai sair do vilarejo?-
Perguntou mamãe com um olhar de desespero.
-E preciso mãe eu vou seguir meu caminho, mais eu
vou voltar eu prometo.
-Vou sentir sua falta minha querida!- falou meu pai
dando-me um abraço e logo em seguida minha mãe se juntou a nos.
Pelo resto da festa eu me despedi de todos e quando
essa terminou eu parti sem saber para onde o destino me guiaria.
Lizii
Os sentimentos de
medo, pavor e a necessidade causada pela batalha me colocaram aqui, presa
dentro de um ser que sonha.
Sonhos tão intensos! Tão
reais!
-Não Jhenon! Não! – ele
se preparava para lançar a flexa da luz. Uma magia que o colocaria inconsciente
no meio desses monstros.
_Vá! Saía agora de Arda!
– ele me ensinou tudo que sei. Fazia consciente de que ficaria vulnerável. Uma prova de sua devoção a mim. Sua
prioridade era minha fuga.
_Desculpa-me! Perdoe-me,
por favor! – minha culpa! Tudo minha culpa! Deixei o portal entre os mundos
aberto, visitei a floresta do mundo humano sem permissão.
_Lizii não é hora pra
isso! Fuja se esconda! Salve-se! Agora! – o desespero de Jhenon refletia o meu,
como deixar minha casa, minha família, assim vulnerável?!
_Jhenon! Jhenon eu te
amo! – o mínimo, palavras que nem de longe descrevem o meu sentimento nesse
momento.
_Adeus Lizii! – foi a
ultima coisa que ouvi, e a flexa prateada feita somente de magia, que retardou
meus perseguidores e colocou meu melhor mentor no chão, foi a ultima que vi.
Mais uma vez esse sonho!
A imagem de meu único irmão caído, aos pés de um ser de olhos vermelhos, não
saí da minha cabeça. Preciso fazer com que seu sacrifício não seja em vão. E ficar aqui não é um
bom plano só estou a 100km² do portal.
Hoje tem uma festa
humana aqui perto. Acredito que um ótimo meio de misturar-me. Não posso
permanecer como elfa, apesar de minha vontade ser só essa, nessa forma não
sonho com a maldita luta.
Como será que esta meu
mundo? Como será que meus pais estão? Como será que meu irmão esta? É ariscado
demais voltar! Tenho que me manter longe para salva-los. Já faz oito dias que
saí de arda, meu lar! E toda vez que os sonhos vêm, acordo na forma élfica,
flutuado no ar. Uma defesa contra a dor da saudade.
Abri meus olhos com o
contato de meus pés no chão molhado de brisa, agora quase negro. O sol esta se
pondo, uma ótima hora para ir à cidade! Caminhar... Com esse corpo é cansativo,
os pés ficam machucados. Tantas necessidades que me pergunto, como conseguem
sobreviver? Algo que gosto é o modo de ver, as cores menos intensas, os
detalhes mais esquecidos, pois caso contrário, seria muita informação para esse
corpo processar.
E esses olhos, observam o tal lugar da festa
não posso ir ate lá como me encontro, com pés sujos e roupas, ou melhor,
pedaços de roupas. Avistei um lugar onde havia roupas penduradas, é lá que devo
me vestir.
O furto
foi fácil, difícil é entender como colocar esses panos estranhos nesse corpo.
Quando acreditei que estava apresentável caminhei ate o lugar. Um local aberto
cercado por arvores, bem na entrada da imensa floresta que cerca essa cidade.
Pequenas luzes enfeitavam as arvores me
lembrando das fadas de arda, criaturinhas minúsculas e muito geniosas que
iluminavam todos os arvoredos do meu reino. O impulso de tocar as luzes e
vislumbrar elas voando foi mais forte que meu controle, e a dor, que o objeto
que contem luz causou em minhas mãos, foi quente, muito quente!
Ao meu
redor, vários humanos se mexiam estranhamente, ao som de uma musica alta e
perturbadora, mesmo para esses ouvidos. Mais a frente uma mesa com frutas me
chamou atenção, e o corpo humano reagiu com um barulho alto vindo do meu
ventre, e saliva em minha boca. Andei ao encontro da mesa observando os humanos
e imitando tudo que pude ver.
Alcancei
uma cereja e ao provar percebi ser uma acerola muito vermelha e azeda, a
larguei, e tatiei algo mais doce, uma laranja. Nesse momento passava por mim
dois humanos machos, com umas garrafas de vidro na mão, uma das garrafas caiu e
os cacos voaram em minha direção. Na tentativa de me proteger levantei minhas
mãos e os cacos plainaram no ar. Quando abri meus olhos, percebi que todos me
olhavam, não sabia como reagiriam e o pavor me atingiu. Mudei de forma! Ali na
frente de todos os humanos! Agora, sem sombra de duvida, eu estava perdida!
1 comentários:
karaka q cap incrivelmente lindo parabens a quem escreveu pois ficou sensacional gente essa fic é perfeita beijos
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