2 de nov. de 2010

Capitulo 2

Posted by sandry costa On 11/02/2010 2 comments



Algo grande, avassalador...




Alguns meses haviam se passado e eu ainda procurava aquela droga de restaurante. Estava incrivelmente impaciente, porém feliz, já que eu pensava tanto em Jasper que já era comum ter visões com ele.

Eu havia visto a gente se beijar.

Fora uma visão rápida mas a sensação era tão boa que impulsionava e me empolgava para continuar procurando aquele restaurante e, se fosse para vê-lo lá no fim, eu procuraria quanto tempo fosse!

Foi então que eu “vi” que o tempo ia mudar. Iria cair uma tempestade, a pior, a mais devastadora, a mais cruel, a mais... Bom, iria cair uma tempestade e pronto. E eu me lembrei que na 1º visão que eu tivera chovia impetuosamente no vidro do restaurante.

Distraída, olhei para frente e o vi.

Era esse!

Era aqui!

Era igual o da visão!

Em algum tempo, hoje ainda, eu me encontraria com ele! Não apenas sentiria mais poderia tocar nele, e ouvir sua voz e ver aquele sorriso encantador e hipnotizante de verdade!

A emoção tomou conta de mim e eu entrei correndo naquele lugar. Estava cheio, então fui para o canto e me sentei em um banco alto. E fiquei ali, com um sorriso no rosto.

Tenho certeza que me acharam uma completa idiota, já que todos ficavam me olhando por um bom tempo desde a hora em que entrei.

E as horas foram passando, o restaurante foi se esvaziando aos poucos. Eu bufei pela impaciência e comecei a bater os dedos no balcão.

O relógio havia anunciado que havia se passado 4 horas!

4 horas!!!

Será que ele não viria? A chuva começou á cair violentamente. Eu estava quase perdendo a esperança. Quase. Eu sabia que jamais perderia.

Foi então que ouvi a velha porta rangendo ao se abrir, anunciando a chegada de um novo cliente. Olhei mais por costume, já que havia olhado para mais de 100 pessoas dali.

Mas algo me fez dar um sorriso largo, meus pulmões se encheram de ar (mesmo sem necessidade) e se meu coração batesse estaria pulando! Era ele! Era ele entrando em meu campo de visão.

Ele era mais lindo ainda do que nas minhas visões. Era alto, louro, forte e dava para perceber que escondia músculos. Tão Lindo...

Eu imediatamente pulei do banco e fui ao seu encontro sem parar para pensar se ele me acharia louca. Provavelmente sim, mas eu nunca me escutava, então...

- Você me deixo esperando tempo demais- eu disse logo, fingindo uma repreensão. Ele se abaixou, os cabelos pingavam, e ele disse com um sorriso de canto destruidor:

- Me desculpe, madame

Eu ergui a mão esperando que ele a pegasse. Foi o que ele fez e isso aumentou ainda mais as borboletas do meu estômago. Eu o puxei para a última mesa.

Ele se sentou na minha frente com uma expressão que ia de confusão á questionamento. Eu apenas consegui ficar olhando para ele. Era ele, finalmente ali.

Então ele começou á falar já que percebeu que de mim não sairia nada tão cedo.

- Então, senhorita...?

- Alice – eu disse rápido, sorrindo.

- Prazer, Alice, me chamo Jasper Withlock – ele sorriu discretamente e ainda assim era de perder o fôlego – Por que exatamente disse que estava me esperando? Não me lembro de nos conhecermos – continuou educadamente.

- Bom...- eu comecei á explicar para ele sobre meus poderes e também o fato de que íamos encontrar uma família que vivia diferente. Eu percebi ele ficar rígido com a idéia do sangue. Porém, algo me dizia que ele também não gostava de matar pessoas. Isso me fez sorrir, já tínhamos algo em comum.

- Está muito contente, não? – ele me perguntou, porém não parecia realmente uma pergunta.

- Dá para notar? – eu sorri. Eu não havia contado a ele sobre nossa intimidade. Eu apenas disse que andarímos juntos, mas não que havíamos sido feitos um para o outro. Ele também não precisava saber de tudo de uma só vez, certo?

- Sim, dá. Você é muito clara com emoções – ele sorriu calorosamente para mim. E então eu me derreti mais ainda. Dels, poderia existir maior perfeição do que ele? Eu olhei sua boca enquanto ele sorria. Me deu uma vontade incontrolável de beijá-lo!

Mais eu não podia, não ali.

Ele olhou meus olhos fixos e então virou o rosto na direção do vidro. Parecia um tanto zangado. Ótimo, eu havia feito alguma besteira.

- Não precisa ficar preocupada – ele murmurou de repente, mas sem realmente olhar para mim. E, como diabos ele sabia que eu ficara preocupada?

- Como...- eu tentei perguntar mas ele me cortou.

- Também tenho poderes. Posso mudar as emoções das pessoas e... – ele fez uma pausa, até finalmente falar, olhando para mim desta vez– e posso sentir o que elas sentem.

Ele parecia falar indiretamente para mim. Oh Dels! Será que ele havia sentido minha vontade louca de beijá-lo? Certamente sim!

Eu coraria como um pimentão se fosse possível. A vergonha tomou conta de mim e desviei do rosto atéque ouvi uma risada baixa.

- Bom, Alice, foi ótimo conversar com você, mas vou indo agora – Jasper fez menção de se levantar, mas Alice o segurou pela mão, para pedir para ele não ir.

Jasper senti algo com aquele simples toque em sua mão, então hesitou olhando a expressão meio desesperada dela e voltou a se sentar.

- O que foi? – ele perguntou sem emoção alguma em sua voz.

- Oi? Não ouviu eu dizer que vamos encontrar uma família? VAMOS, sabe...juntos? – Alice disse com um sorriso estimulante.

- Eu...eu viajo sozinho, Alice. Não tenho companheiros. Gosto assim – Jasper murmurou já se levantando. Alice se levantou rapidamente e o segurou mais uma vez.

- Por favor! Por favor, não pode ir embora! – ela pediu, suplicante.- Jasper, eu acordei e você foi a primeira pessoa que vi! Eu não sei absolutamente nada dessa nova vida. E eu vim até aqui por que você é o único que conheço! – ela fez uma pausa, pensando – Bom, tecnicamente.- completou com soluços secos.

Jasper sentiu os sentimentos dela, de medo, desespero...Não tinha como ele deixar aquela moça sozinha sem saber com se virar. Ela poderia arranjar encrenca.

- Bom, ok. Posso te ensinar algumas coisas dessa vida, posso até te levar á essa família- disse ele por fim, calmo.

- E vamos viver com eles?- perguntou ela, cheia de esperanças.

- Não! Eu não ficarei, Alice. Se quiser pode ser assim..se não pode ir até eles por conta própria- seu tom se tornou sério. Ele odiava entristecer aquela bela jovem mas julgava necessário.

Algo me devastou por dentro. Ele não me amava?

Era claro que sim, eu havia visto! . Então, porque me deixaria?

A idéia de perdê-lo era doída, quase fisicamente.

Mas pelo menos o teria por algum tempo e iria aproveitá-lo. Para ter uma lembrança feliz, pelo menos.

Saímos daquele restaurante e descemos a rua. Ele estava á meu lado, nossas mãos á centímetros. Resisti a vontade de segurá-la. Seria perfeito poder andar com os dedos entrelaçados aos deles...

Conversávamos sobre diversas coisas. Ele me contara sobre os Volturi e sobre a imortalidade.

- Quer dizer que não sou imortal, afinal? – perguntei meio frustrada. Jasper riu de minha expressão. Eu gostei de fazê-lo rir.

- Se alguém lhe desmembrar e queimar seus pedaços, você morre - ele explicou calmamente.

- Mas já não estamos mortos, tecnicamente? – eu estava ficando cada vez mais confusa. O que o fez gargalhar dessa vez.

- È, é sim, você tem razão, foi minha mal escolha de palavras . Nós morremos de vez.

Um calafrio me passou pela espinha. Ele sentiu isso também pois um sorriso de lado apareceu ali.

- Acho que preciso de aulas de karatê – murmurei para mim mesma. Mas ele era um vampiro.Ouviu e mais uma vez riu de mim.

Mas aquele era o som que eu mais gostava no mundo.

- Eu poderia te ensinar umas técnicas – ele se ofereceu gentilmente.

- Sério? E adoraria!- eu respondi de imediato.Fiquei tão contente que não segurei o sorriso de idiota. Ele não parou de me olhar e aquilo me deixou confusa.

- O que foi?

- Nada, não é nada – ele disse desviando o rosto. Parecia meio envergonhado. O que diabos faria um homem desses ficar sem jeito?

Ou talvez ele estava sem jeito por mim. E no pior sentido.

Merda.

- Tem alguma coisa no meu cabelo? – perguntei desesperada levando a mão para a cabeça. Poxa, eu havia me aprontado tanto para esse dia!

- Não, não é nada disso. È que...que você tem um sorriso tão bonito....é sincero. E suas emoções... cara, você tem tantas ao mesmo tempo – ele riu admirado.

E todo em mim se iluminou.

Ele achava meu sorriso bonito, então?

Meu sorriso era bonito...

O MEU!

Fiquei tão encantada com aquele simples elogio que esqueci de formular uma resposta coerente. Alguém precisava dizer áquele homem que não devia fazer aquilo comigo.

- Obrigada – foi o que eu consegui dizer debilmente.




Estávamos quase na floresta. Ele me contara sobre algumas coisas de seu passado, outras ele parecia querer evitar falar. Fiqueei zangava, afinal seríamos cúmplices em tudo! Ele não deveria esconder coisas de mim. Porém, algo em mim me dizia que talvez fosse melhor eu não saber sobre certos detalhes de seus passado.

Ventava razoalvelmente e aquele cheiro veio de repente. Era cheiro de sangue.

Sangue humano.

Eu estava satisfeita, havia me alimentado de dois cervos a dois dias. Mas os olhos de Jasper estavam negros, o que era mal sinal.

Era um cheiro forte, o qe queria dizer que alguém estava sangrando. Jasper ficou imóvel e rígido de repente, olhando na direção da onde vinha o cheiro. Eu vi o que aconteceria. Vi também toda a mágoa de Jasper. Era uma expressão triste, de derrota. Eu não gostava de vê-lo daquela maneira. Entristecia-me.

Eu sabia que tinha apenas segundo até ele ir atrás daquela vítima e voltar a fazer algo de que odiava. Eu tinha de impedi-lo!

E rápido.

Eu não conseguiria detê-lo depois.

Mas nada me vinha á cabeça. Então, agi por impulso. Segurei seu rosto entre as mãos e o puxei para mim, pressionando meus lábios nos dele com força e desespero.

Ele ficou surpreso e imóvel. Não esperava isso de mim.

Mas funcionou, eu pude ver o futuro mudando...

E então o soltei, não era exatamente o que eu queria, mas o fiz, meio sem jeito. Um silêncio de alguns segundos se intalou e eu quase tive um colápso. Droga, ele deve me achar uma doida-tarada!

- Isso foi...inesperado – ele disse parado ainda na mesma posição.

- È –ri nervosamente – er... desculpe- murmurei roxa de vergonha (bem, estaria).

Mas para minha surpresa ele não gritou, brigou nem me olhou com se eu fosse realmente uma doida-tarada.

- Tudo bem, obrigado. Se não fosse isso eu teria feito uma besteira – ele disse devagar, me olhado...




Jasper sentiu algo mudando dentro de si,crescendo. Algo grande, avassalador... mas não sabia dizer o que era.




Só sabia dizer que o esquentava por dentro.





Autora Poly

2 comentários:

Hahaha' ele quer se fazer de dificil -kk
Nossa essa Alice é danadinha , cara de pau rola solta kk'
Adoreei pois ta parecendo a Alice mesmo com essa cara lisa toda .
beeijoos.

nossa simplesmente perfeito
parabens

bjjss

Postar um comentário

Não esqueça de comentar, isso incentiva os escritores e também a mim que tento agradar a vocês.