24 de dez. de 2010

Capitulo 5

Posted by sandry costa On 12/24/2010 3 comments

Beijo que nem na televisão



Meu pai nunca mais voltou. Depois daquele dia estranho eu passei a guardar certa mágoa do meu pai. Afinal ele desistira da família após o primeiro grande desentendimento. Eu nunca realmente soube o motivo da briga deles. Me lembro de acordar no dia seguinte sozinha no meu quarto - porém o cheiro de Edward estava presente no meu edredom – e descer a escada e encontrar minha mãe sentada no sofá, exatamente no centro, focando o nada. Seus olhos muito inchados. Me sentei ao lado dela e a abracei. Minha mãe me abraçou fortemente de volta.

- Ele se foi minha filha. Agora somos só eu e você.

Aquelas palavras pesaram muito em mim. Minha mãe tentava ser forte na minha frente. Ela dizia que não queria se mudar, mas, ás vezes, ela tinha recaídas emocionalmente e dizia que nós íamos nos mudar, e toda vez que isso ocorria eu tentava chamar a voz da razão e fazia de tudo para tirar da mente dela esses pensamentos. Eu não podia ficar do longe da minha segunda família, principalmente de Edward.

Quanto a minha mágoa com meu pai era um sentimento imaturo, que piorava na minha idade. Mas quando eu pegava meu violão e sentava na minha janela, eu refletia. E amadurecia.

Tenho mais alguns acontecimentos antes dos meus 17 anos que marcaram minha vida. Na verdade quatro.

O primeiro dele foi a minha menarca. Eu tinha 13 anos quando aconteceu. Foi realmente muito embaraçoso. Foi na escola e eu, aparentemente, escolhi o pior dia para usar uma calça de jeans de lavagem mais clara.

Estávamos no refeitório e era metade do intervalo, eu estava sentada numa posição horrível para a coluna, meio deitada na cadeira. Alice pediu para ia com ela até o armário dela para pegar um livro que ela havia esquecido e Edward resolveu nos acompanhar.

Saímos do refeitório e começamos a caminhar pelos corredores. Alice tagarelava comigo e Edward andava um pouco mais atrás. Então de repente Edward gritou:

- BELLA! – Nós olhamos assustadas para ele. Ele parecia apavorado. – Bells! Você está ferida! Está... Machucada. – De repente eu estava nos braços de Edward, ele saiu correndo comigo.

- Edward! Que idéia é essa? Me Poe no chão!

- Não Bells. Você está sangrando. Você se machucou.

- EDWARD! – Alice corria atrás da gente.

- Alice. Você não entende? A Bells está ferida! – Ele parecia desesperado.

- Edward Anthony Masen Cullen. Põe a Bella no chão agora. – Alice parecia ameaçadora.

Edward estava assustado, mas mesmo assim obedeceu à nanica. Notei que ela carregava uma sacola nas mãos.

- Vem Bella. - Alice me puxou para um banheiro que era a alguns passos dali.

Ela me entrou a sacola.

- Tem ai uma calça limpa, calcinha nova e absorvente. Troque suas roupas e coloque as sujas dentro do saco que tem ai na sacola.

Foi então que eu compreendi. Senti meu rosto queimar. Troquei-me rapidamente. A calça que Alice me entregou era parecida com a que eu estava antes.

Quando sai do Box ela me abraçou.

- Parabéns Bella! Agora você é uma moça. Estou tão feliz. – Eu corei mais ainda.

Saímos do banheiro e Edward esperava ansioso do lado de fora.

- BELLA! Você está bem? – Ele parecia que ia ter um treco.

- Edward. –Alice falou tocando o ombro dele. – Bella está ótima. Ela agora é uma mulher.

Edward fez cara de confuso, então de repente a ficha caiu. Nós dois coramos furiosamente.

Com certeza eu me sentia extremamente envergonhada.

Mais tarde eu fui pra casa dos Cullens. Alice havia chamado alguns dos nossos colegas para brincar. Eu estava na cozinha. Não estava me sentindo confortável com Tânia aqui. Eu morria de ciúmes. Então Alice apareceu.

- Bella! Vamos brincar de 7 minutos no céu! – Alice veio saltitando. Não era uma pergunta.

- Não Lice. Sabe que eu não gosto desse tipo de brincadeira. Eu não vou.

- Mas Bella. – Ela fez biquinho. Ela sabia que eu ao resistia àqueles olhinhos pidões.

- Quem vai brincar?

- Além de nós duas, vai a Rose, o Emm, o Jasper, o Edward, o Mike, o Jacob, o Tyler, a Jéssica e  a Tânia

- Lice...

- Bella. Se você não jogar um dos meninos vai ter que sair. Por favor. Por mim. – Seus olhos pareciam que tinham lágrimas.

- Tudo bem. –Disse derrotada.

Ela me puxou pelo braço e me levou até o quarto dela. Todos já estavam lá, sentado em uma roda. O quarto de Alice era muito rosa, até a mesa de desenho, onde ela desenhava roupas, era rosa. Fui até a roda e me sentei entre Alice e Rose. Notei que Tânia e Jéssica só faltavam comer Edward com os olhos. Também notei que Mike e Jacob me olhavam com um sorriso malicioso. Tremi de medo. Eu não queria ter meu primeiro beijo de língua com nenhum deles dois.

O jogo começou. Alice rodava uma garrafa de vidro. A garrafa era rodada duas vezes, assim para quem a garrafa apontava iam para o closet dela.

Primeiro giro: Tyler. Eu gelei. Tyler esperava ansioso.

Segundo giro: Rose. Não pude conter o riso. Rose fez uma careta quando a garrafa parou. Emm pareceu congelar no lugar. Tyler ficou radiante.

Eles começaram a ir pro closet, antes da porta fechar escutei Rose dizer:

- Não toque em mim.

Rimos. 

Alice girou de novo. O casal agora ia pro banheiro dela.

Primeiro giro: Alice. Ela bateu palminhas.

Segundo giro: Jasper. Alice virou uma pedra no lugar. Jasper também ficou nervoso. Eles se levantaram e entraram no banheiro.

Esperamos alguns minutos para que Rose e Tyler voltassem. Eles voltaram e ficou bem claro que não havia ocorrido nada no closet. Rose resolveu girar a garrafa.

Primeiro giro: a garrafa oscilou e então parou. Edward.

Eu prendi a respiração. Tânia e Jéssica trocaram olhares.

Segundo giro: Emmett. Nós explodimos em risos enquanto o Edward dizia que não ia de modo algum. Rose girou de novo.

A garrafa girava com velocidade. Eu não sabia o que pensar. Eu tinha medo de que a garrafa caísse em mim, eu não saberia o que fazer. Mas também não queria que caísse em Tânia ou em Jéssica... A garrafa perdia velocidade. Estava cada vez mais devagar.  Tânia tinha a cara concentrada, como se ela pudesse parar a garrafa nela. Jéssica prendia a respiração.

Então a garrafa parou... Em mim. Tânia e Jéssica bufaram.

Eu estava muito nervosa. Senti meu corpo disparado, sem saber o que fazer.

Edward se levantou graciosamente e foi até a porta do closet e abriu, esperando que eu entrasse primeiro. Sem conseguir encarar os outros, eu me levantei e entrei.

O closet estava lotado de roupas e sapatos, tinha alguns pufes coloridos.

Sentei em um pufe verde que havia ali, era bem pequeno pro meu tamanho, era quase como sentar no chão. Olhei para Edward. Ele estava encostado na porta olhando para o teto, ele finalmente olhou para mim e sorriu, me deixando sem fôlego.

Ele veio até mim e se ajoelhou do meu lado, porém virado para mim.

- Bells, estou aliviado. – Ele falou como se me confidenciasse algo. – Eu realmente não queria cair com alguma das outras garotas.

- Por – por que? – Eu tinha mesmo que gaguejar?

- Bella... – ele gemeu. Logo se recompondo. – Tirando o detalhe que se eu tivesse que vir pra cá com alguma das outras elas provavelmente me atacariam... – ele riu. Mas ficou sério de repente. – Bella? Posso te fazer uma pergunta?

- Cla-claro.

- Você já beijou alguém? Digo... Beijar de verdade, que nem a gente ver na televisão?

- Na verdade... Não... – murmurei.

- Eu também não. – ele falou mais baixo do que eu. – Eu não queria me arriscar a ter que beijar uma garota sem saber... Vai que ela já é experiente e sai por ai dizendo que eu beijo mal?

Nos dois fizemos uma careta.

De repente nossos olhos se encontraram, apesar de estar um pouco escuro eu conseguia distinguir bem o olhar intenso de Edward. Uma energia passou pelo meu corpo. Eu me aproximei dele inconscientemente.

- Bella? – Ele também se aproximou um pouco.

- Sim?

- Eu estava pensando...

- No-no que? – Ele afagou meu rosto levemente e se aproximou um pouco mais, nossos narizes se tocando. Sentia o meu corpo vibrar de ansiedade.

- E-e-eu po-posso? – Ele gaguejou. Seus lábios encostando-se aos meus.

- Pode. – Sussurrei fracamente. Mal disse aquelas palavras seus lábios se encostaram aos meus.

Na verdade eu não sabia exatamente o que fazer. Edward também estava temeroso. Seus lábios moviam-se com os meus devagar, explorando e descobrindo, com ternura, o ato de beijar. Eu me sentia em chamas, porem com a barriga extremamente gelada. Minhas mãos tremiam. Levei um delas até a sua nuca. Edward pareceu ganhar mais confiança com o meu ato, pois logo me beijou com mais vontade, uma mão na minha cintura e a outra na nuca.

Sua língua pediu passagem e eu permitir, nosso encaixe era perfeito. Nós explorávamos a boca um do outro ora com cautela ora com vontade. Procurando descobrir a melhor forma ou o melhor jeito.

A sensação era incrível, me sentia voando, era somente eu e Edward. Meu coração batia com força, meu peito pedia ar, mas eu não tinha vontade de acabar com aquilo.

Quando estávamos mais do que ofegantes nos separamos. Edward olhou nos meus olhos e antes que pudéssemos recuperar o fôlego ele já me beijava de novo. Agora com mais facilidade, os nossos movimentos eram sincronizados, eu puxava seus cabelos levemente e ele fazia um carinho na minha nuca. Eu me sentia no céu.

E eu amava demais aquele anjo que me beijava.


3 comentários:

nosa eu estou amadooooo perfeito muiiiiiiiitooooooo bommmmmmmm

Que fofo! ameeiiii! continuaaaaaaa!

By: Aya

ai mels dels.... so faltou baterem os dentes! hauhauhauhau

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