Caça
e caçador
Narradora
Assim que
os meninos entraram no seu apartamento o telefone tocou. JP atendeu.
“Alo.”
“Oi JP.”
Edward falou.
“Oi biso.
Como esta tudo?”
“Bem.”
“Olha,
nós ligamos pro Jake e realmente a Ness está estudando no Columbia junto com
umas amigas. Já mandamos uma foto dela pro email de vocês pra terem certeza se
é ou não ela.” – JP conversou mais um pouco com Edward e enquanto isso Kauã
pegou o notebook e entrou no e-mail. Não demorou e apareceram duas fotos, uma
da Ness sozinha e outra dela com as amigas. Os primos se olharam e sorriram.
♥♥♥
O
primeiro mês se passou. Henri e Luly’s não conseguiam ficar sozinhos no mesmo
lugar sem se beijarem. Cada célula do corpo de Henri pedia por ela, e Luly’s
não parava de pensar nele um instante sequer.
Ness não
aguentava mais de saudades de Arthur, algo dizia, desde antes dela vir, que ele
se afastaria. Ela também estava com saudades dos pais.
- Que
carinha é essa? – Duda perguntou se sentando perto dela. – Aposto que é algum
garoto. – Ness sorri.
- Também.
- O que
foi?
- Ele
sumiu. – Ness diz somente, se ela contasse que ele era um fantasma ela poderia
chamar o psiquiatra pra ela. Duda se compadece da tia e a abraça de lado.
- Você
disse também.
- Estou
com saudade dos meus pais. – O coração de Duda acelera quando ouve isso. Ela
gostava muito dos avos, mas não via a vó desde que eles se mudaram.
♥♥♥
A sexta
feira amanheceu chuvosa, com nuvens escuras no céu. No café da manhã as quatro
garotas estavam cabisbaixas. Ness tinha matado a saudade conversando com os
pais pelo telefone, mas ainda estava com saudades de Arthur. Bia tinha prova e
não sabia a matéria. Nanda estava menstruada e com cólica. E Luly’s se sentia
estranha, como se algo ruim fosse acontecer.
♥♥♥
O sinal
pro último horário bateu e Luly’s caminhou pra ir pra aula de biologia que era
em um edifício do outro lado do jardim.
Ele os olhava
por vários dias, a mistura de cheiro era estranha, vampiro, humano e algo que
ele não conseguiu decifrar. Algumas das meninas ele sabia que eram só humanas.
Quando todos vão pra aula depois do almoço ele começa a pensar em como seria se
ele livrasse o mundo de algumas aberrações, e levasse uma pra seu mestre
analisar. Aro se orgulharia dele. Ele esperou pacientemente até que o sinal pro
último horário tocou, ele se aproximou do Campus calculando onde ele poderia os
emboscar, então ele sentiu um cheiro maravilhoso, uma garota, uma das amigas
dos imbecis que ele tinha encontrado, vinha na direção de onde ele estava.
Luly’s
andava apressada, pois odiava chegar atrasada, ela sentiu que tinha alguém
vindo atrás dela e olhou para trás, ela sentiu um arrepio percorrer todo o seu
corpo quando viu um homem lindo vindo em sua direção, mas a velocidade que ele
corria não era humana. Luly’s correu desesperada pelo jardim do Campus, toda
vez que olhava para trás o belo homem estava cada vez mais próximo a ela. Luly’s
tropeça, mas continua correndo, cambaleando um pouco.
O vampiro
a olha gargalhando, ele caminha lentamente em sua direção, amando esse momento
caça e caçador.
- O que
você é? – Luly’s pergunta quando ele a encurrala em um canto, sua voz em um
esguicho alto. Sua pergunta o fez parar. Ela não parecia estar mentindo, mas
como poderia ser verdade se ela estava junto com eles. Isso seria melhor do que
ele imaginava.
- O que
eu sou? Eu não me preocuparia com isso se fosse você. – Ele falou rodeando seus
braços em sua cintura. Ela sentiu seu corpo retesar com sua pele fria. – Mas já
que você quer saber. – Ele passou os lábios lentamente pelo pescoço dela. – Sou
um vampiro.
Luly’s
deu vontade de rir na cara dele. Isso era ridículo, mas antes que ela risse,
ele cravou os dentes no seu pescoço. Luly’s gritou sentindo uma dor profunda.
Sua visão ficou borrada, enquanto ele começou a drená-la lentamente, saboreando
o sangue descer por sua garganta.
♥♥♥
Henri
estava revoltado, mais uma vez ele não resistiu ao encanto dela. Se pelo menos
ela não fosse seu imprinting. Henri esmurra o armário inconformado, por que ele
tinha que amá-la tanto. De repente ele sentiu seu corpo todo arrepiar e
tremores percorrê-lo, ele correu pelos corredores até a porta do Campus, tinha algo errado, mas o que
era? Duda, Kauã e JP que o viu correndo foram atrás dele.
- O que
está acontecendo? – Duda perguntou quando eles se aproximaram dele, Henri não
respondeu. Era como se estivessem esfaqueando seu coração ou arrancando sua
alma. Henri ofegou.
- Luly’s.
– Henri sussurrou, os primos o olharam e então o ventou mudou, trazendo um
cheiro doce, característico dos vampiros. Um rugido alto escapou pelos lábios
de Henri e ele já estava correndo, seguindo o rastro fresco do vampiro, o
cheiro de Luly’s se sobressaia ao do vampiro. Ao mesmo tempo em que ele os viu
ele ouviu o grito agudo e desesperado de Luly’s. todo o corpo de Henri tremia e
ele pulou pousando em suas patas. O vampiro sentindo sua presença se virou
rosnando enfurecido, seus lábios sujos de sangue com o corpo mole de Luly’s em
seus braços. Henri a olhou desesperado sua visão se tornando manchada de
vermelho.
O vampiro
e Henri se encararam rosnando alto um para o outro, em nenhum momento Henri
tira seus olhos do rosto de Luly’s. Ela não estava morta, não podia. Ele a
sentia, como se fossem cabos de aços ligados a ele. Por sua visão periférica
Henri vê os primos se aproximando. O vampiro dá um passo para trás hesitando
quando mais três lobos se juntam ao primeiro. Luly’s geme e abre os olhos,
olhos opacos e amedrontados, ela olha o vampiro a prendendo em seus braços e os
quatro lobos rugindo enfurecidamente, sua cabeça gira e seus olhos se prendem
aos olhos amendoados do lobo mais próximo a ela e sente seu coração disparar.
Henri sente seu mundo voltar a ter vida enquanto olha dentro dos olhos de
Luly’s.
Era
impossível continuar fugindo, ele a amava desesperadamente. Quando ele pensou
tê-la perdido ele se sentiu sem chão. E agora enquanto ele olha nos olhos dela,
tudo que ele quer é a tê-la em seus braços. O vampiro aperta Luly’s em seus
braços, fazendo dela um escudo vivo, os três lobos avançaram ultrapassando o
lobo negro parado ainda olhando pra Luly’s. o vampiro avalia suas opções, solta
Luly’s e corre floresta adentro.
“Peguem
ele” - Henri pede aos primos e diante dos olhos assustados de Luly’s ele volta
a forma humana. Henri corre até ela e a coloca em seus braços, sem se importar
de estar sem roupa.
- Ooo
que? – Luly’s começou a perguntar.
- Shii!
Fica calma. – Henri olha a ferida e pergunta. – Eu preciso saber o que você
esta sentindo. Dor, queimação? – Luly’s o olhou e negou com a cabeça.
- Eu
estou bem, só um pouco fraca. – Realmente sua voz era fraca. – Mas não sinto dor.
– Henri a abraçou sentindo-se aliviado. Duda, Kauã e JP voltam já na forma
humana e vestidos, JP entrega uma bermuda pro primo enquanto Duda se abaixa
perto de Luly’s checando sua respiração e se certificando que o vampiro não
injetou veneno na amiga.
- Vamos
tirá-la daqui. – Kauã fala olhando algumas pessoas passarem ao longe.
- Eu não
entendo... – Luly’s começou, mas Henri a cortou.
- Eu
prometo explicar tudo que você perguntar, só nos deixe cuidar de você primeiro.
– Luly’s assenti com a cabeça. Henri veste a bermuda que JP o entregou e
aconchega Luly’s nos braços, Kauã para o carro ao lado deles e todos entraram.
Com muito
cuidado pra não serem vistos, Henri, Kauã, Duda e JP entram no seu apartamento,
levando Luly’s que agora está adormecida nos braços de Henri.
- Liga
pro biso Carlisle. – Henri pede desesperado. Era assim que eles chamam o
tataravô, afinal era mais simples. JP não espera ele falar de novo e disca pra
Carlisle. Henri coloca Luly’s na sua cama.
- Deixa a
gente olhar ela Henri. – Duda pede. Ela e Kauã checam os batimentos cardíacos
de Luly’s.
- Ela
precisa de sangue. – Kauã fala. JP entrega o celular pra Duda que conversa com
Carlisle tão baixo que ninguém ouve. Quando ela volta, ela examina a ferida e
faz um curativo. Avisa aos primos que Carlisle iria ligar pra um amigo e que
ela estava indo buscar o sangue pra Luly’s. Duda volta e eles fazem a
transfusão de sangue e a deixam dormindo com Henri ao seu lado.
Henri
Era como
se fosse eu deitado naquela cama, meu corpo todo doía, principalmente meu
peito. Segurei sua mão durante toda a noite, quando eram mais ou menos umas
quatro horas da manhã Luly’s abriu os olhos. Suas bochechas estavam coradas e
ela respirava normal agora.
- Oi. –
Falei baixo carinhosamente.
- Henri.
– Ela falou tocando meu rosto. – O que...
- Não
faça esforço, por favor. – Ela fechou os olhos e afirmou com a cabeça. Eu
confesso que estava com medo do que ela pensaria quando soubesse a verdade.
- Eu só
preciso saber. – Ela sussurrou ainda de olhos fechados. E então ela os abriu e
olhou nos meus olhos. – Eu te amo e confio em você. Só me conta. –
Respirei fundo várias vezes.
- Duda,
Kauã, JP, venham aqui. – Pedi, rápido o suficiente pra ela não entender. Eles
entraram e ela os olhou, meus primos sorriram pra ela e ela sorriu de volta.
- O que
você sabe? – Duda a perguntou.
- Aquele
homem. – Luly’s falou com a voz ainda fraca. – Disse que era um vampiro, e o
Henri... – Ela parou me olhando, mas não demonstrava medo. – Era um lobo? –
Olhei para meus primos e eles me encorajaram com o olhar.
- Ele não
mentiu. – Falei tocando seu rosto. – Aquele homem era um vampiro. E nós. –
Apontei pra mim e pros meus primos. – Somos híbridos.
-
Híbridos?
- Sim.
Somos parte humanos, parte vampiros e partes transmorfos. – Luly’s começou a
fazer perguntas e nós respondemos todas, ela não se sentiu amedrontada e nem
com raiva de mim. Mas ainda havia duas coisas que eu precisava falar.
- Luly’s
você sabe nosso sobrenome? – Ela negou com a cabeça, em seus olhos eu vi que
ela não entendia por que eu estava perguntando isso.
- Meu
nome é Henrique Black Cullen Clearwater. – Ela me olhou por alguns segundos e
então arregalou os olhos.
- Black
Cullen? Mas esse...
- É o
sobrenome da Ness. – Falei a interrompendo. – Sim. A Ness é nossa tia.
- Tia? –
Ela perguntou olhando pros meus primos e voltando a olhar pra mim. – Não, ela
nunca me enganaria assim.
- Ela não
esta te enganando. Ela não sabe. Não sabe de nada da nossa família. – Falei a
abraçando.
- Como
assim?
- Pouco
antes da tia Ness nascer, minha família sofreu um ataque. Olha, no nosso mundo
existem pessoas realmente ruins, como aquele vampiro de hoje cedo, e quando a tia
Ness nasceu ela era quase cem por cento humana, e o vô Jake e a vó Nessie, pra
proteger a tia Ness, a levaram pra longe. A criaram sem nunca contar nada sobre
nossa família, sobre vampiros ou lobos. – Luly’s ficou pensativa por um tempo,
tanto tempo que me incomodou. – Diz alguma coisa.
- A Ness
vai pirar quando souber.
- É por
isso que eles ainda não contaram. – A olhei intensamente e pedi. – Eu preciso
que você me prometa não contar nada pra ela.
- Não. –
Ela falou alto e rápido. – Eu nunca faria isso.
-
Obrigado. – Toquei os lábios dela em um selinho suave e fiz um sinal pros meus
primos nos deixarem sozinhos. Eles saíram e antes de dizer a última coisa que
eu tinha pra dizer eu aprofundei o beijo, me aproveitando desse momento mágico.
Quando terminamos de nos beijar ela olhou em volta envergonhada, mas percebeu
que estávamos sozinhos.
- Tem
mais uma coisa que eu preciso te contar. – Ela deu um aceno com a cabeça.
- Nós
Quileutes, temos várias lendas, e uma delas é o imprinting. Essa lenda conta
que o lobo reconhecerá sua alma gêmea na primeira vez que o ver. Ele saberá que
ela é mulher perfeita pra ele, e ele terá olhos somente para ela. – Luly’s
fechou os olhos.
- Como
assim? – Sua voz pareceu cansada.
- É como
se os dois se unissem, ele será para ela tudo que ela quiser e precisar, seu
amigo, seu irmão, seu namorado, seu marido.
- E?
- E você
é minha impressão. – Ela abriu os olhos rápido.
- Eu?
Mas...
- Mas?
- Eu
pensei que... Você estivesse querendo dizer que já tinha sua impressão.
- E eu já
tenho. – Falei sorrindo.
- Não eu,
seu bobo. – Ela disse tocando seus lábios nos meus, em um ato inesperado e
ficando lindamente vermelha. Acariciei seu rosto com o dedo.
- Por que
você pensa isso?
- Você às
vezes me tratava tão mal, e havia vezes que você me beijava e depois parecia
arrependido.
- É
que... – Me senti envergonhado de admitir isso. – Eu não queria ter a
impressão. Não por ser você, mas por que eu achava isso uma palhaçada.
- Achava?
Não acha mais?
- Não.
Quando eu vi aquele vampiro te mordendo eu achei que fosse morrer. Eu te amo
Luly’s. E isso é tudo o que importa na minha vida. – Acariciei seus cabelos. –
Eu vou entender se isso for demais pra você.
- Não é
demais e... Eu também te amo Henri.
9 comentários:
AI-MEU-DEUS!!!!!!!!!!!
NÃO ESTA LINDO, TÁ PERFEITO!!!!MARAVILHOSSO SAN!!!!!!!!!!
CARAMBA TO ANSIOSA PRA SABER OQ A NESS VAI FAZER QANDO DESCOBRIR!!!!!!!!!!!
E O ARTHUR HEIN?????!! CADE ELE PELO AMOR DE DEUS!!!!!!
AIIIIMMM...... NAUM SEI ,SÓ SEI Q ESTOU AMANDO COMO SEMPRE!!!
BJÃO!!!
Sandry!!!
Como pode hein????
Ah que fofura... ta lindo demais esse capitulo!! Simplismente perfeito!!!!
Bom demais!!!
Abraçãoooooooooooooooooooo!!!
aiii nossa
Sandry o cap tava perfeito
que fofo o Henri e a Luly's
*----*
as coisas tão começando a ficar mais complicadas....
parabéns
vooc, hein?
Sempre se superando
Beeeijos
Amei! Ficou muito fofo San e eu acho que a gente tem algum elo telepatico só pode! --" A gente sempre pensa igual.
SHauhsauhs
KJFDLSKJFLKDJFDS'' que lindo/fofo/d+ ainnnnnnnnnnnnnnn!
proximo capp promete! *-*'
Ales
Ta perfeito, amei..amei amei san vc é maquiavélica mas te amo flor.
OMG!!!!!!!!!
amore eu amei achei simplismente magnifico........
e vc esta de parabens.;;;;;;;
a cada cap vc se supera,e surpreende a todos nós.
ai ela é tao meiga e ele tava tao fofo nesse cap q estou ate agora suspirando pras paredes...........rsrsrsr kkkk
amiga beijos pois vc merece.........
a historia esta muito linda e muito bem escrita
Eu AMEI até que fim eles ficaram juntos s2 Será que a Luly's vai conseguir guardar o segredo e não conta pra Ness? Espero que sim.
Parabéns pelo capítulo.
Beijos.
AAAIIIIIIIIIIII TA PERFEITO , TO A-M-A-N-D-O
ta lindo san
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