Saudades
POV EDWARD
Quanto tempo dura 1 ano?
12 meses... 365 dias... 8.760 horas... 525.600 minutos... 31.536.000 segundos...
Para uns parece pouco tempo... Passa rápido...
Para mim... Era a eternidade...
Bella estava tanto na minha vida que não tê-la era como se um pedaço de mim tivesse sido levado com ela. Havia um buraco no meu peito que só seria fechado quando ela tivesse de volta aos meus braços.
Quando era menor, tinha pesadelos quase que diariamente, do tipo que por mais que corra nunca achava a saída e quando estava para ser pego, acordava assustado.
Numa dessas noites de pesadelo o que me acordou foi um trovão barulhento. Eu realmente estava assustado. Cada vez que fechava os olhos as imagens vinham a minha mente. Então resolvi que era melhor descer e ir buscar um copo de água.
Na cozinha encontrei Bella. Ela estava passando o final de semana na minha casa. Seus pais haviam ido para algum lugar que morava a mãe de Charlie, que estava hospitalizada. Bella usava calça de pijama e blusa de manga comprida rosa. Nos pés uma pantufa de coelhinho. Ela estava sentada no banco alto e balançava as pernas. Nas mãos um copo de leite. Ela não havia ligado as luzes.
- Fica melhor com biscoitos... - Falei sorrindo para a cara de surpresa de Bella.
- O que houve? Não consegue dormir?
- Tive pesadelos. - Murmurei pegando um copo de leite e biscoitos da vovó Cullen. - E você?
- Acordei com os trovões. - Ela fez uma careta.
- Tem medo? - Perguntei com um sorriso desdenhoso.
- Não... Mas não deixam de ser chatos...
- Verdade... E por que não ligou as luzes?
Bella deu de ombros. - É legal comer no escuro.
Comemos conversando um pouco. Pouco tempo depois eu me sentia mais calmo e logo o sono começou a bater. Bocejei.
- Vamos dormir? Bella perguntou.
- Não. - Falei começando a ficar sonolento. - Vou ter pesadelos...
- Eu fico com você. - Bella disse pegando na minha mão.
Senti-me mais encorajado. Bella me dava forças... Fomos para o meu quarto e nos deitamos um de frente para o outro e Bella segurou nossas mãos entre nossos corpos.
- Estamos parecendo casados. - Murmurei rindo.
- Não parecemos, não! - Ela riu. - Parecemos dois amigos se ajudando a dormir.
- Quem sabe não casamos um dia. - Provoquei-a.
Bella riu. - E por que estamos falando sobre isso mesmo?
- Não sei... Acho que é o sono. - Nós rimos. - Mas quem sabe um dia. Iria ser legal.
- Iria... - Ela falou sonolenta.
Não demorou nada e caímos na inconsciência.
No dia seguinte, quando acordamos Bella me deu uma pequena manta.
- Eu costumo dormir com ela, pois ela espanta meus pesadelos. Quero que fique com ele. Assim não terá mais pesadelos.
Eu me senti lisonjeado, eu teria um pouco da minha amiga contra os pesadelos. A manta tinha o cheiro dela e depois daquele dia nunca mais tive pesadelos.
Mesmo não tendo Bella comigo toda noite, eu teria um pedacinho dela comigo. É claro que depois desse dia, ela passou a dormir no meu quarto sempre que ia para minha casa, mas quando ela não estava eu sempre pegava a manta embaixo do meu travesseiro e colocava perto da minha cabeça e dormia sentindo o cheiro dela era como se ela estivesse pertinho de mim.
Bella sempre parecia uma heroína. Ela tinha seus momentos frágeis nos quais eu faria tudo para ser seu herói, mas era inevitável, nas horas mais difíceis ela estava lá, pronta para me dar um abraço acolhedor...
Outra coisa que odiava era tomar vacinas. Na verdade odiava qualquer coisa que envolvesse agulhas. Eu estava escondido na biblioteca do meu pai, pois hoje minha mãe levaria a mim e a Alice para tomar vacina. Emmett havia tomado no ano passado assim como Rosalie e Jasper.
Estava encolhido num canto entre a prateleira e a parede, o espaço era mínimo apesar de estar totalmente desconfortável não sairia dali. Neste instante todos deviam estar me procurando. Escutava meu nome sendo chamado e algumas ameaças vindo de Alice.
A porta abriu e fechou. Encolhi-me ainda mais. Fiquei tenso. Ouvia passos surdos andando pela biblioteca.
- Edward? - Era a voz de Bella. Ela devia ir tomar vacina também.
Saí devagar do meu esconderijo. Tentei procurá-la sem que ela me visse. Ela estava no fundo de um dos corredores de livros. Folheava algo. Devagar, aproximei-me e abracei-a por trás tapando sua boca com uma mão.
Ela gritou de susto, mas foi abafado pela minha mão. Ela tentou libertar-se, mas foi em vão. Seu rosto estava muito vermelho e os olhos em fúria. Bella tentava gritar algo enquanto eu ria. Então ela lambeu a palma da minha mão.
- Eca! Que nojo Bella. - Disse limpando a mão na calça.
- Foi bem feito. - Ela fez um biquinho. - Você me assustou.
- O que você faz aqui? - Questionei mudando de assunto.
- Te procurando? - Ela fez uma cara de óbvio.
Revirei os olhos. - Me referia a você estar na minha casa.
- Sou proibida de entrar agora?
- Não! - Fiz biquinho. - Sabe a que me refiro.
Bella riu e me abraçou. - Vou tomar vacina. Esme vai me levar para que eu possa dar coragem ao bebezinho dela.
Fiz uma careta. Eu não era bebê. Só não gostava de agulhas.
- Edward? - Ela falou séria. - Você confia em mim.
- Claro que confio.
- Então vamos tomar a vacina juntos, vai ser rápido. Eu também odeio agulhas, mas é importante. Assim ficaremos protegidos de doenças horríveis. Pense assim: é melhor uma picada rápida agora do que ter que passar semanas no hospital com uma agulha no braço.
Eu pensei um pouco e resolvi que era melhor ir com Bella. Minha amiga não mentiria para mim. Iria ser rápido.
E ela acabou tendo razão. É claro que no final das contas houve uma doença da qual nós dois não escapamos: Catapora.
Era apenas um dia normal. Durante a aula de artes aprendemos a confecção de um jarro. Três garotos da nossa sala estavam faltando por terem pegado catapora.
Eu me sentia quente por conta do forno que esquentava os vasos. A professora retirou os vasos e passou entregando aos alunos. O meu e de Bella era cheio de curvas.
- Vamos pintar de que cor? - Ela perguntou abrindo o estojo de tintas.
- De branco, aí desenhamos e pintamos o que quisermos.
Bella assentiu e eu peguei o pote de secagem rápida. Pintamos durante toda a aula.
- Amanhã, vocês continuam. - A professora falou quando o sino tocou. - Não se esqueçam de fazer algo que identifique.
Bella fez um ponto vermelho no nosso vaso.
- Só para ter certeza. - Ela murmurou.
- Temos que fazer a tarefa de ciências. Não podemos demorar a começar. - Falei. - Estávamos indo para a saída.
- Tudo bem. Na sua casa ou na minha?
- Na sua. Lá é mais silencioso.
- Verdade. Aproveita que hoje é dia da Tia Esme dar carona.
...
- Vamos fazer um rio aqui. - Bella apontou para o local da maquete que fazíamos.
- Bells eu não estou me sentindo bem. - Murmurei para ela.
Bella alarmada tocou minha testa.
- Você está com febre. Melhor tomar um banho para eu dar um remédio.
Eu assenti. Fui para o banheiro e ela me entregou uma toalha. Quando tirei a camisa eu vi. Eu tinha umas cinco bolhas espalhado pelo seu corpo. Eu gemi.
Tomei um banho e quando terminei resolvi ligar para casa. Minha mãe me pegou imediatamente e disse que eu evitasse ficar perto de Alice. Ela estava ensaiando para uma peça na qual seria personagem principal.
Eu ia odiar aquilo. Duas semanas preso em casa. Sem nada para fazer.
Não dormi quase nada a noite. As bolhas coçavam e ardiam. Devo ter tomado uns oito banhos em um a noite. Alice acabou indo para a casa dos Hale e disse que ficaria alternando entre a casa deles e de Bella, mas acabou que o plano foi abortado. Bella também amanheceu com catapora.
Mamãe me levou para a casa dela e no caminho passou na farmácia. Chegando lá ela e Renne montaram um piscina de plástico para nós e colocaram água morna com umas pílulas roxas.
- Vai aliviar a coceira. - Tia Renne explicou.
Ficar na água era tão bom. Como a piscina não era grande, eu e Bella cochilamos, ela com a cabeça no meu ombro e a minha cabeça em cima dela.
Mais tarde, na hora de dormimos de verdade, Renne e Esme decidiram que ficaria na casa de Bella no período até ficarmos bons. Assim, Esme cuidaria de nós dois durante o dia e a noite ficaria com Renne e Charlie.
O problema estava em dormir, as bolhas coçavam absurdamente. Eu e Bella nos revirávamos e ainda assim não conseguíamos dormir.
- Que horas são? - Murmurei.
- Uma... - Ela disse virando para mim. - Quantos banhos tomamos depois que nos deitamos e papai e mamãe foram dormir?
- Sete. Três seus, quatro meus.
- Eu quero dormir... - Ela gemeu sua voz era quase embargada.
- Podíamos ir para a sala. Ver filme. Acho que vai ajudar a esquecer a coceira.
- Então vamos, mas primeiro quero tomar um banho.
Muito mais tarde, a Bela e a Fera cantavam na televisão. Bella e eu estávamos sentados no sofá, usando calças de pijama e camiseta. Ela estava concentrada assistindo o seu filme favorito, os cabelos amarrados frouxamente.
- Você parece muito com ela. - Falei para Bella. Ela olhou para mim corando.
- Por quê?
- Seus cabelos e seus olhos são parecidos, além de ter um coração puro. Capaz de amar pelo interior da pessoa e não pela aparência.
- Obrigada. - Ela disse. - Foi a coisa mais linda que você me disse e a mais linda que eu já escutei... Você é o melhor amigo do mundo...
Ela me abraçou com cuidado, e apesar de ser um abraço frouxo, foi o melhor abraço da minha vida. Cheio de amor e carinho... A minha melhor amiga é dez!!!
...
O tempo parecia ser meu inimigo. Os seis primeiros meses passaram rastejando. O natal, o ano novo e o meu aniversário passaram batidos sem ela aqui. Animar-me era uma tarefa inútil ou agora via com clareza o quanto fui lesado.
Eu duvidava do amor. Lembro-me no dia seguinte do aniversário dela e do nosso passeio a Port Angeles. Eu havia dito que duvidava do que os livros diziam sobre o amor. Ela me escutava com o cenho franzido, discordando silenciosamente de mim.
Não era a primeira vez que discordávamos, mas na primeira vez foi um pouco diferente...
- Existe, sim!
- Não existe!
- Existe!
- Acorda, Bella!
- Eu não tenho tanta certeza assim, Edward.
- Pensa, pensa bem, Bella! Não tem como um velhinho com mais de 100 anos, gordo daquele jeito, entregar presentes para todas as crianças de todas as cidades do mundo todo! Em uma noite - exasperei-me.
Esse inflamado dialogo aconteceu no corredor da escola, enquanto esperávamos tia Genoveva chegar para a aula. Eu estava realmente indignado com a revelação de que Papai Noel não existia. No ultimo ano, pegara meus pais botando meus presentes
no pé da arvore depois que fingi que tinha ido dormir. Foi a primeira grande decepção da minha vida. E já que Bella tinha puxado assunto, achei bom dividir com ela a minha angustia.
- É... talvez você esteja certo...
- Talvez, não! Estou certíssimo: papai Noel não existe!
- E aquele velhinho que foi na minha casa ano passado?
- Provavelmente não era nem velhinho. Era algum amigo bem novinho de seus pais vestido de Papai Noel.
- Será? - Bella estava pensativa, mas quase dando o braço a torcer. - Bem que eu nunca engoli essa história de renas voadoras que puxam trenó no céu. Rena não tem asa, e se não tem asa, não voa! - deduziu Bella.
- Claro que não! Os adultos pensam que só porque somos crianças nós somos burras.
- Adultos são ridículos.
- Ridículos.
- Ridículo é usar aquela roupa de veludo. Licinha disse que veludo estava fora de moda... - empolgou-se Bella para derrubar o mito do Papai Noel. - Um cara que não sabe nem se vestir vai saber escolher presente? Ou entregar o presente certo? Como é que ele não confundia com os presentes? Por que a gente confiava tanto nesse cara?
- Eu sempre achei o Papai Noel um mal-educado. Poxa, só ia à nossa casa uma vez por ano e nem falava com a gente! - Eu disse.
- Pois é! - Bella fez então um olhar triste - Caramba... Papai Noel não existe - suspirou Bella.
- Claaaro que não!
- Existe, sim! Edward, deixe Bella em paz! Papai Noel existe para aqueles que acreditam! - disse a tia Genoveva, que chegou correndo, um tanto esbaforida.
Tia Genoveva adorava se meter nas conversas dos alunos. Ela era fofa, mas era enxeriiida...
- Papai Noel não existe nem aqui nem na China! - Eu disse.
- Claro que ele não existe na China, Edward. A casa dele é no Pólo Norte!
- Tia, na boa, você deve estar com problemas. Eu agora tenho certeza: o velhinho nunca existiu... - disse Bella.
- Se vocês pensam assim... Eu acredito - ela encerrou o assunto, séria e decidida. - agora vamos entrar? Vou começar a aula.
Dito isso, virou-se e entrou na sala.
Bella cochichou ao meu ouvido:
- Tadinha! Já cresceu, mas continua com cabeça de criança!
- Talvez seja melhor eu conversar com ela, né? Será que ela sabe que a história da fada que guarda nossos dentes também é mentira?
- O quê?! A fada dos dentes também não existe? - Bella arregalou os olhos, chocada.
- Claro que não! Ô, Bella, você também acredita em tudo, hein?
Ela fez um bico.
- Eu pensei que existia...
- Bella... - Agora eu vi que tinha magoado ela. - Não fica triste não. Me desculpa!
- Tudo bem... - Ela murmurou e deu um sorrisinho. - Só quero me acostumar com a idéia...
- Bells... Não é que você saiba que não existi que você não possa colocar o dente embaixo do travesseiro para ganhar um dólar.
Ela sorriu. - Tem razão.
- Como forma de me redimir, o desenho da aula de artes eu vou fazer para você. - eu falei me levantando para pegar os pincéis.
- Que lindo, Edward! É o rosto de uma mulher? - Bella perguntou no fim da aula quando entreguei meu desenho a ela.
- Mulher?! Como assim, Bella! - enfezei-me seriamente. - é uma batalha sanguinolenta em que camelos, ovelhas, cavalos e uma cidade inteira estão correndo atrás desse bandido aqui, montando neste unicórnio com orelha de cachorro. E no cantinho aqui é uma flor que você está plantando para reconstruir a cidade e deixá-la bem bonita de novo.
Minuto de silêncio.
- Cavalos, camelos e ovelhas? Claaaaro! Achei que era o cabelo de uma mulher, veja você, Edward. - Ela estava vermelha. - Mamãe tinha razão acho que estou mesmo precisando de óculos.
Acho que eu não era um bom desenhista... Mas fiquei satisfeito de ver o desenho pendurado na geladeira da casa dela dias depois. Claro que anos depois sumiu e ela disse que estava guardado numa caixa especial, feita de lembranças nossas. E ela me mostrou de longe uma caixa colorida dentro da ultima gaveta do guarda-roupa dela.
...
Eu devia estar louco. Mas depois de lembrar da caixa, peguei meu casaco e as chaves do carro e fui para a casa de Bella. Como tinha acabado de escurecer e Renne não estaria em casa. Ela costumava chegar às oito horas.
Subi na árvore que ficava em frente ao quarto dela. Tanto anos escalando a mesma árvore fez com que eu soubesse exatamente onde por o pé. Quando cheguei ao galho mais grosso, andei até a metade onde havia outro galho forte, passei por ele e depois me balancei num outro galho e pulei na pequena varanda de Bella.
Como havia imaginado as portas duplas não estavam trancadas. Respirei fundo ao entrar no quarto dela. Tinha o cheiro de lilás, algo cítrico, como tangerina, e frutas vermelhas. Era inebriante para mim. O quarto estava organizado, pedestal vazio.
Suspirei. Quantas vezes eu não fiquei escondido por algum tempo só para ouvi-la cantar?
Acima da sua escrivaninha havia um mural com fotos nossas, imagens e letras de músicas. Toquei tudo como se aquilo pudesse satisfazer a minha dor. Sentei na cama dela passando meus dedos no travesseiro macio.
As lembranças inundavam aquele lugar. Tantos momentos... Alguns tristes, outros felizes... Uns mais fortes do que os outros. As vezes que eu vim dormir aqui para que ela dormisse sossegada nas noites de tempestade. Eu sempre buscava o bem-estar dela acima do meu. Lembrava-me da noite em que eu dormira aqui e tive um sonho com ela meio erótico.
Bella usava um lindo pijama e ver suas pernas sempre me chamavam a atenção. Brancas, lisinhas e perfeitas, esculpidas por um anjo. Fiquei com aquilo na minha mente e sonhei passando as mãos nas pernas de Bella, sentindo sua maciez e calor e sem resistir fui subindo pela sua cintura
Beijei o seu pescoço. No momento ela enrijeceu, mas não me importei, trilhei um caminho de beijos pelo seu pescoço até a orelha. Minha mão deixou sua cintura e pousou na coxa. Ela virou-se abruptamente e eu rapidamente tomei os seus lábios, e num encaixe perfeito das nossas bocas, as nossas línguas se entrelaçaram em um ritmo próprio e ardente. Fui subindo mão em sua coxa levando conmigo o vestido. Seu corpo esta quente e tremia levemente ao meu toque. Pousei minha mão na base das suas costas, a outra subindo pela cintura e brincando com a lateral da calcinha, enrolando nos dedos.
O beijo de Bella me consumia sua língua fazia um tango com a minha, hora rápido, hora devagar. Ela tinha total controle sobre mim. Num impulso ela se ajoelhou na cama me puxando pela blusa. Uma vez ajoelhada colocou as mãos por baixo da camisa explorando a minha barriga com os dedos. Seu toque era sutil, leve e um pouco temoroso me fazendo arrepiar completamente me apressei em retirar o seu vestido e joguei-o em um canto qualquer, ela fez o mesmo com a sua blusa. Nossos corpos se colaram com força, nos abraçávamos como se quiséssemos no fundir um ao outro.
O beijo parecia uma loucura, completamente inebriante e gostoso. Ela aranhava minhas costas pedindo por mais. Minhas mãos passeavam livremente pelo seu corpo agora que ela estava somente de calcinha, lilás por sinal, sem desenhos. Deitei-a por cima de mim.
O beijo se tornou mais sôfrego, mais rápido. Eu a apertava em vários locais, uma energia se espalhava a partir do centro me impulsionando a buscar por mais. Minhas mãos passavam pelo seu corpo... Ás vezes ela segurava pelos meus ombros com força. Ficando mais colada a mim.
Apertei sua coxa quando escutei seu gemido abafado e nos virei ficando por cima.
Seus dedos se entrelaçavam e puxava o meu cabelo de acordo que ia se arrepiando. Fiz uma trilha de beijos descendo pelo seu colo, ela soltou um suspiro de expectativa fazendo-me sorrir contra a sua pele. Dei um beijo no vão entre os seus seios e fui descendo pela barriga onde dei vários beijos entre mordiscadas e passeava com o nariz inspirando fundo. Eu precisava de Bella. Eu a desejava como o ar que respiro, talvez mais...
Eu me sentia no paraíso com ela.
Lambi o seu umbigo, lhe causando um arrepio mais intenso,ela me puxou e nossos lábios voltaram a se encontrar. Acariciou sua coxa e desci até a panturrilha e então encaixei sua perna na minha cintura.
Eu estava sendo um incosequente, eu sabia. Mas com Bella tudo era diferente. Minha princesa hesitou e eu sorri buscando passar confiança para ela. Eu jamais a machucaria, assim pensava.
Eu precisava dizer algo. Transmitir a ela o que eu sentia. Cheguei a puxar o seu cordão que demonstrava nossa amizade mas quando abri a boca para falar acordei.
Eu me sentei na cama de Bella. Ela resmungou algo adormecida no seu sonho. Então olhei para mim. Eu estava aceso. Xinguei baixinho e sai correndo dali antes que Bella pudesse acordar e ver minha situação. Por segurança, depois de uma ida ao banheiro e um banho de água fria, resolvi passar o resto da noite no sofá da sala. Nunca sabia se minha mente voltaria a me trair dessa forma.
...
Deitei na cama dela, sentindo o cheiro maravilhoso dos seus cabelos. A sensação de conforto me atingiu, me deixando sonolento. Quando dei por mim eu dormi...
- Edward? - Escutei a voz do meu anjo. Olhei ao redor. Estávamos em uma praia deserta. Bella não estava longe. Corri até ela e a abracei com força.
- Meu anjo... - Murmurei com o rosto no seu pescoço.
- Como você está? - Ela perguntou se afastando para olhar nos meus olhos.
- Morrendo de saudades. Por que você foi assim?
- Me perdoe, Edward, mas eu tenho meus motivos. Foi melhor assim.
- Mas e a sua promessa? Você disse que...
- Nunca iria te deixar. - Ela completou. - Eu sei, e ainda estou com você. Bem aqui. - Bella colocou a mão sobre o peito.
- Não é suficiente. -Falei.
Ela olhou para o mar e depois se voltou para mim. Ela abriu a boca para falar algo, mas o que ela fez foi me beijar. Agarrei sua cintura e levantei-a para que não precisasse ficar na ponta dos pés. Ela sugava meu lábio inferior e então deslizei minha língua pelos seus lábios e ela deu passagem para que eu explorasse sua boca com intensidade. Suas mãos se entrelaçavam nos meus cabelos, puxando-os para mais perto.
Nossos gemidos eram abafados. Como era bom beijá-la. Era o meu céu. Depositei-a no chão para ter minhas mãos livres para explorar seu corpo. Uma mão se esgueirou para dentro de sua blusa, encontrando sua pele suave, macia e quente, e minha outra mão foi para sua nuca, inclinando-a para que seu pescoço ficasse livre para mim.
- Volta para mim... - Sussurrei na sua pele.
- Edward... - Ela sussurrou, mas tem algo errado.
Olho para seu rosto. Ela estava serena. Passou a mão pelo meu rosto e disse:
- Acorda, Edward.
- Como?
- Acorda. - Ela balançou meu ombro esquerdo, mas a voz estava diferente. Era a voz da mãe da Bella.
Então eu acordei.
Más notícias: Renné estava ao meu lado, me olhando com certa seriedade.
E agora?
***
1 comentários:
eita......
esse edward é doido!
agora el ta ferrado! a Renne provavelmete vai dar uns tapas nele!
rsrs
brincadeira!
a fic é otima !
bjs!
Gabi
Postar um comentário
Não esqueça de comentar, isso incentiva os escritores e também a mim que tento agradar a vocês.