18 de mai. de 2011

Capitulo 25

Posted by sandry costa On 5/18/2011 2 comments

Notícias de Você...



  Para a minha surpresa Renné sorriu pesarosamente.
                - Saudade dela, não é? – Ela perguntou com um sorriso triste.
Eu sentei na cama e assenti para Renné.
- Me desculpa por ter entrado assim... Eu... – Tentei me explicar, porém ela levantou a mão me impedindo de continuar.
- Eu sabia que alguma hora você viria... Fiquei surpresa afinal você demorou seis meses... – René disse.
- A saudade está me corroendo pouco a pouco. Tento ser firme, continuar minha rotina... – Minha garganta estava seco como se tivesse uma bola de golfe tentando descer pelo esofogo. - Mas ela é a minha vida. Agora não tenho parceira em nenhuma das minhas aulas, eu não saio de casa... Não consigo tocar meu violão ou minha bateria... Sem ela não há muita coisa que faça sentido. – Suspirei.
Renné me abraçou carinhosamente. Quando dei por mim, eu chorava igual a uma criança. Se eu não tivesse chorando por uma mulher, poderia dizer que era gay, mas eu realmente me sentia sufocado.
- Falta pouco para ela voltar Edward. E ela anda tão ocupada... Mal tem tempo para as minhas ligações. Além do fuso horário de quatro horas de diferença, ela tem feito várias coisas para o currículo da faculdade.
Eu sorri. Ter notícias dela era um alívio para mim.
- Onde você deixou o seu carro? – Ela perguntou de repente.
- Na lateral da quadra. – Respondi.
- Acho que você não vai poder ir para casa. Não debaixo desta chuva. – René falou e só então percebi que havia uma tempestade com direito até a trovões. – Por que não me faz companhia para a janta?
Eu aceitei. Resolvi ligar para minha mãe e avisá-la onde estava.
Minutos mais tarde eu e Renné comíamos macarrão com molho fungi e muito queijo.
- Então o que Bella tem feito exatamente? – Perguntei curioso.
- Nossa... Nem sei se estou sabendo de tudo. Ela aprendeu italiano em três meses, então ela deu sorte de estar numa casa que a mãe tem origem francesa, e eles até começaram a somente falar em Francês para ela aprender. Alem de estudar as duas línguas, ela faz parte do clube do livro e do clube de química. Bella é voluntária em um zoológico nos fins de semana e em um asilo nos dias de sexta. Ela também é professora de reforço em língua inglesa nas segundas... E parece que também via começar a dar aulas de violão num orfanato.
- Nossa quanta coisa! – Exclamei surpreso. – E... As amizades?
- Ela tem muitos amigos. Na verdade ela é popular na escola.
- Não faz o tipo dela... Ser popular. – Falei um pouco pensativo. Será que ela estava namorando?
- Mesmo sendo nova, intercambista e engajada em trabalhos sociais... Acaba sendo uma conseqüência. – René afirmou.
- Mas... ela... esta namorando? – Perguntei tenso.
- Edward... – Renné suspirou, fazendo meu coração disparar. – Eu não sei o que está acontecendo entre vocês dois... Mas sei que algo mudou. Bella não está agindo normalmente. Começando pela viagem sem lhe avisar. Vocês são melhores amigos a mais de dez anos. E do nada eu chego a casa e a encontro se acabando de chorar e dizendo que quer ir embora. Claro que depois da sua pergunta eu tenho um melhor leque de opções, mas respondendo a sua pergunta: Não, Edward. Bella não me falou nada de namorado.
Olhei para o tampo da mesa desolado. Eu tinha feito Bella sofrer. Se eu tivesse sido mais rápido... Tudo o que eu queria era fazer uma surpresa para ela. Eu errei em deixá-la sozinha... Mas eu avisei que estava indo... Ela me respondeu... Por que isso está acontecendo com a gente?
 René me olhava compenetrada, prestando atenção em cada reação minha.
- Desculpa, Edward. – Ela falou segurando minha mão. – Eu não fui legal com você. Eu descontei em você minha frustração em você.
- Tudo bem... Eu compreendo. – Suspirei. – Renné... Eu amo a Bella.
Os olhos de Renné estavam fixados em mim, porém não estava surpresa.
- Quando você diz que a ama... – Ela murmurou.
- Digo que sou completamente apaixonado por ela. Que eu a quero como o ar que eu respiro. Que para mim ela é minha vida e que eu não existo sem ela... Eu sei que isso pode te assustar, mas é como eu me sinto.
- Eu não vou te julgar seus sentimentos. – ela falou – Você e Bella, apesar de jovens, têm uma grande maturidade. Na verdade mais maduros do que muita gente com quem trabalho, mas eu quero saber o que aconteceu exatamente.
Suspirei começando a ficar vermelho.
- Eu estive com ela na noite anterior. – Falei olhando para o meu prato. Respirei fundo dando tempo para que ela entendesse o que eu queria dizer. – Quando acordei decidi ir falar com a Tânia, porque apesar de nós dois sabermos que tinha acabado eu ainda não tinha dado um ponto final. Então pela manhã, eu me levantei e depois de falar com ela eu saí... Fui resolver com Tânia com a intenção de voltar na hora do almoço e pedir ela em namoro, mas... Ela foi embora... E agora estou aqui. Esperando ela voltar para conversarmos.
Renné suspirou olhando para o chão. Eu daria tudo para saber o que ela estava pensando. Ela olhou para janela.
- É melhor você dormir aqui. – Ela disse depois de um tempo. – Com essa chuva não tem condições de dirigir. Você pode dormir no quarto de Bella. – Ela sorriu, pegou os pratos e foi lavá-los.
Eu liguei para minha mãe novamente e ela concordou com a Renné. Estava de férias e não seria ruim fazer companhia a mãe de Bella.
Tomei um banho e peguei uma calça de moletom e uma camiseta minha que estava no guarda-roupa de Bella. Fiquei com Renné na sala, assistindo televisão e jogando cartas. Quando ficamos com sono demais, subimos.
Deitei na cama de Bella e me aconcheguei... Era quente, macia e exalava o incrível cheiro dela. Veio a minha mente uma vez que íamos acampar e Bella torceu o pé um dia antes. Então eu resolvi ficar com ela e os outros foram para as montanhas. Nós tínhamos treze anos. À noite estávamos sozinhos, pois a mãe de Bella estava em reunião.
Estávamos jogando cartas na sua cama, havíamos feito uma espécie de cabana na cama de Bella.
- Eu estou ficando com sono. – Ela murmurou meio dopada pelos analgésicos.
- Vamos encerrar o jogo então... – Disse recolhendo as cartas.
Depois de guardar o jogo, nos embrulhamos na coberta e apaguei a lanterna.
- Confortável? – Perguntei abraçando-a.
- Sim. – Ela murmurou. – Obrigada Edward.
Mais tarde, acordei ouvindo a mãe de Bella no corredor. Feliz por ela ter chegado e então me aconcheguei melhor em Bella e voltei a dormir.
- Edward... – Bella sussurrou sonolenta. Levantei minha cabeça para olhá-la. Ela estava sonhando. Era normal ela balbuciar durante o sono, mas o que veio a seguir me surpreendeu: - Eu te amo...
Senti uma felicidade imensa. Bella era a melhor amiga do mundo...
Quem dera eu, saber na época o verdadeiro significado dessas palavras.
...
Os dias se passaram...
O último ano havia começado e eu estava nas turmas avançadas de matemática, literatura, química e biologia. Sai da seleção de basquete e entrei para o clube de ciências.
Eu estava em contagem regressiva à espera de Bella. Segundo Renné ela voltaria no primeiro dia das férias de inverno.
...
No dia do aniversário dela eu fui o único que não consegui ligar para ela. Graças ao professor do clube de ciências saí do colégio uma hora e meio depois do previsto. Então Bella havia saído com a família italiana e não levou o celular. Na verdade havia algo contra nós... Eu nunca conseguia falar com ela.
Como eu estava com saudades...
- Edward, querido. – Esme me abraçou. Eu estava sentado na minha cama em estado letárgico. – Não fique triste. Estou tão preocupada com você. Não come direito, não conversa com seus irmãos, não toca... Deixa a barba crescer mais que o normal. Não lembro sequer da última vez que sorriu espontaneamente.
- Mãe... Para mim nada faz sentido... Sem a minha melhor amiga eu sou um nada.
Chorei silenciosamente no colo da minha mãe. Eu precisava da minha vida de volta e minha vida era Bella.
...
- Edward? – Vir-me-ei e olhei para Tânia. Ela havia reprovado os últimos anos, pois estava no hospital depois de ter sido espancada pelo pai e sofrer um derrame interno além de quebrar duas costelas e o braço. – Vai para que aula agora?
- Biologia três. – Respondi rápido, pois logo o horário de almoço estava acabando.
- Escuta... – Você não quer ir ao cinema comigo depois da aula?
Reprimi uma careta.
- Desculpa Tania, mas tenho clube de ciências.
- Não pode faltar uma vez? – Ela questionou manhosa e aproximando. – Eu vou faltar no treino das líderes.
- Você não é a capitã?
- Não... Ano passado perdi para outra garota e mesmo voltando não pude tomar meu antigo cargo.
- Sinto muito. – Falei sincero, pois sabia o quanto isso era importante para ela.
- Tudo bem. Eu estou uma droga depois que quebrei o braço. Não consigo ter a mesma resistência. – Seus olhos vagaram para o chão.
Fiquei surpreso quando Tania começou a chorar.
- Tania... – Peguei a mão dela. – Não chore.
- Eu queria estar na faculdade e livre daquele monstro. Por culpa dele eu ainda estou aqui. Edward... Minha vida está num inferno. Eu preciso de você aqui comigo.
- Desculpa Tania, mas nós dois não damos mais certo. Não adianta nos enganar.
Tania chorou mais algum tempo e de repente o sinal tocou. Ela correu para o banheiro e eu fui para a aula. Tania era linda, porém o que ela fez deu fim a qualquer atração que eu sentia por ela. Ainda assim, eu só queria a minha Bella.
...


Acordei ansioso... Bella chegaria hoje à noite, mas havia algo, minha família e eu iríamos passar o ano-novo no Alasca com alguns primos. Iríamos daqui a alguns dias.
Bella estava convidada, pois René tinha um congresso muito importante para participar, mas não sabia se ela aceitaria.
Eu não tinha aula hoje. Iria ajudar Renné com os preparativos. Iríamos comer no Italiano, mas eu queria colocar rosas no quarto dela e deixar três presentes na cama dela. O primeiro era uma cesta com três livros e chocolates (meu presente de Natal), um ursinho de pelúcia dormindo num travesseiro em forma de coração que tinha um laço no pescoço (meu presente de São Valentim) e uma pulseira de corações de prata (meu presente de aniversário). O presente de natal deste ano já estava comprado e eu daria depois.
Passei a manhã organizando a casa e ligamos para o restaurante e fizemos as reservas.
À noite eu dirigia ansioso para a casa de René. Alice e Jasper iam comigo. Nós iríamos para o aeroporto no carro de Renné, os outros iam ao carro de Carlisle.
- Relaxa Edward. – Jasper falou.
- Não dá. – Falei rindo. – Depois de um ano sem minha vida... Finalmente vou tê-la de volta comigo.
Alice e Jasper riram.
Deixamos o carro na garagem da casa de Bella e fomos ao carro com Renné e Phill. Ele era um cara simpático e carismático e Renné parecia realmente feliz com ele.
Finalmente chegamos ao aeroporto de Port Angeles. Como era fim de semana estava lotado. Fomos ao portão de desembarque dos vôos internacionais.
O vôo dela chegava às oito horas. Segundo o painel faltavam poucos minutos. Parecia que o tempo havia parado. Os minutos se arrastavam. Então no painel apareceu pousando. Eu fiquei mais ansioso ainda... Esperando...
Finalmente, apareceu “desembarcando” no painel. Eu queria voar, correr até ela, mas ao mesmo tempo meus pés estavam fincados ao chão.
Como ela iria reagir a mim? Ela me beijaria? Pularia em meus braços? Ou iria me rejeitar?
Comecei a andar de um lado para o outro. A dúvida e o medo estavam me matando, nem conseguia respirar normalmente.
- Edward. – Esme segurou meu ombro e apontou para o portão bem na hora que Bella apareceu, empurrando um carrinho de malas...

2 comentários:

eita!!!!!!!!!!!!!!!!
qero ver o resto!!! é uma pena q a fic só seja postada uma vez por semana!
me mata esperando aki!
rsrs
bjs!
Gabi

estava otimo, vc escreve divinalmente, parabens
beijos

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