17 de out. de 2011

Capitulo 21

Posted by sandry costa On 10/17/2011 No comments


14 de Janeiro de 2039

POV Edward
 Bella voltou mais cedo do centro de pesquisas. Tínhamos combinado de sair para caçar. Isso era apenas uma grande desculpa. Para caçarmos teríamos que viajar milhas de distância. Não havia muitos animais por perto como era antigamente a não ser os nossos que havíamos trazido do abrigo.
No abrigo não havia privacidade para os casais e mesmo com toda a preocupação com a acústica, nossos ouvidos sensíveis sempre acabava capitando algum som indesejável. Falo isso pelos outros, pois era impossível eu não saber o que estava ocorrendo em cada local da casa. E eu estava sedento de Bella, cansado de tanto cuidado e discrição, desejava um sexo ardente e feroz, e sabia que não obteríamos isso dentro de casa.
Estávamos preocupados com nossa filha, pois ela tinha ido até a península Olimpic ver o que havia restado de sua terra natal. Ver o que havia sobrado de La Push. Tínhamos medo de como ela voltaria, de qual seria sua reação ao ver a destruição a ruina daquele lugar, ao ver que não teria sobrado mais ninguém por ali. Ficamos mais tranquilos em sabendo que JJ estaria com ela e lhe daria todo o suporte que ela necessitasse. Preferíamos não ir para que ela não se sentisse intimidada, sabíamos que aquele era um momento que ela precisava ter. Só esperávamos que ela voltasse ilesa de lá.
Enquanto corríamos floresta adentro encontramos uma clareira, nada comparado com a que existia em Forks... Especifiquei clareira por ser realmente um oco no meio da floresta, sem arvores, somente com ervas daninhas que resistiam a crescer na terra infértil. Colocamos nossas coisas ao pé de uma arvore próxima e programei para que o telefone despertasse a certo horário, queríamos estar em casa quando Renesmee e JJ chegassem e eu sabia que se não fizesse isso perderia completamente a noção do tempo. Assim que deixamos tudo em seu devido lugar eu parei e comecei a observá-la. Era incrível já tínhamos 31 anos juntos e Bella às vezes parecia que se esquecia de que era vampira. Fique a observando enquanto ela estendia uma manta ao chão, será que ela não entendia que a deixaríamos em farrapos antes mesmo de começar? Era incrível o poder que ela exercia sobre mim. Ela me olhou com uma cara interrogativa.
- O que foi amor?
- Não vê o que está fazendo comigo?
Quando ela abanou a cabeça, dizendo que não eu a puxei de encontro a mim, com os meus dedos se enterrando na sua carne. Pude ver a perplexidade nos olhos dela dando lugar ao começo da compreensão, e então ao deleite. E a agarrei. Esmaguei a sua boca, faminto, desesperado. Não me permiti pensar se eu a estava machucando de alguma forma e se naquele momento Bella tivesse me empurrado, eu a teria puxado de volta. Mas ao invés disso ela se enroscou mais em mim tirando completamente a minha sanidade. - Só uma vez murmurei, arrastando-a para o chão. -Só uma.
Não fui o amante paciente e terno que costumava ser. Hoje a necessidade de tê-la era selvagem, à beira da violência, com mãos que puxavam, e rasgavam, e possuíam. Tudo em mim era agressivo. Estava exausto de cuidados. Por um ins­tante, como com um lapso de sanidade, eu tive medo de simplesmente a partir ao meio, como um frágil vidro. Então o lado negro do desejo me arrastou, chocou e excitou me levando a loucura. Bella gritou de desejo, enquanto meus dedos impacientes a leva­vam, sem piedade, ao clímax.
Bella chamou-me pelo nome, soluçando enquanto eu a puxava, deixando-a de joelhos. Estava colado com ela sobre o chão naquela relva, com as minhas mãos moldando-lhe o corpo, levando-a cruelmen­te à loucura. Impotente, ela se curvou, estremecendo quando os meus dentes lhe arranharam a garganta, o seio. Eu então a suguei avidamente, como se estivesse faminto pelo seu gosto, enquanto meus dedos impacientes a levavam impiedosamente para mais além.
Eu não conseguia pensar. Todas as vezes que fizera amor com ela, nunca havia deixado esse lado tão agressivo me conduzir. Desta vez, só havia fogo, uma espécie de inferno cheio de contentamento, que brotava tanto da mente quanto do corpo, afastando qualquer civilidade. Agora, bom­bardeado pelo meu próprio desejo e ansiando pelo o dela, o meu controle esta­va fora do meu alcance. Desejava-a padecendo, resistindo, gritando. E a tive.
Mesmo a frágil seda de sua lingerie era um grande obstáculo. Furioso agora, a rasguei ao meio, empurrando-a sobre as costas, para que pudesse devorar a carne recen­temente exposta. Podia sentir as suas mãos se enfiando em seus cabelos, as unhas dela cravando em minhas costas, enquanto me atirava nela, cheio de prazer. Então pude ver seu arquejar, o estremecimento, o grito abafado, quando eu mergulhei a língua dentro dela.
As sensações nos atropelavam, sobrepondo-se rápido demais para que fosse capaz de separá-las. Eu apenas sabia que estava fazendo coi­sas nela, coisas incríveis, perversas, deliciosas. Percebi que o novo clímax atingiu-a como um soco. Erguendo-se, ela agarrou-se a mim, movendo-se até estarem rolando por todo o chão. Sua boca corria sobre a minha tão ávida agora quanto arrebatada. As suas mãos me encontraram, me tocaram, fazen­do-me estremecer num prazer inexperiente e furioso, quando gemi.
- Agora! Agora! Tinha de ser agora. Eu não podia mais me con­ter. Minhas mãos deslizaram por sua pele úmida de veneno, agarrei firmemente seus quadris para erguê-la. Mergulhei profundamente dentro dela, enquanto a posicionava para receber ainda mais de mim.
Montei nela firme, penetrando-a mais cada vez que ela se levanta­va para me encontrar. Olhei em seu rosto, quando ela se afundou na vertigem do derradeiro clímax. O modo como seus olhos escurece­ram, quando seus músculos contraíram-se em torno dele. Sentindo algo perigosamente próximo à dor, esvaziei-me dentro dela. Mais tranquilo, retomando o controle da minha sanidade, com o fim do desespero retomei todo o processo, mas dessa vez com a fera presa em um lugar muito distante da minha mente.
Parecia que havia corrido apenas segundos, mas eu sabia que já tinha se passado horas que estávamos ali e era incrível como perdíamos a noção do tempo e do espaço quando estávamos juntos. Ouvi o bipe do telefone e soube que já era hora de voltarmos para casa, nesse momento Renesmee e JJ já deviam estar perto de chegarem.
- Hora de voltarmos, não é?
Não consegui ficar serio ao ver o rosto de Bella ficar triste, como uma criança mimada, que perde o doce. Eu quase a partir em duas e ela estava ali a todo vapor, como se não tivéssemos nos divertido por bastante tempo.
- Sim. Sorri. – Renesmee já deve estar chegando, Não está preocupada em saber como ocorreram as coisas. É bem provável que ela precise de nós por perto.
- Sim meu amor você tem razão.
A nossa situação era totalmente constrangedora... Se alguém nos visse iria pensar que nunca havíamos tomado um banho se quer na vida. Fomos a até a arvore na qual tinha deixado nossas coisas. Umedeci uma toalha para que limpássemos as partes do nosso corpo que ficariam expostas. Nos vestimos rapidamente e corremos em direção a nossa casa.
Aos chegarmos há uma distância de uns 20 quilômetros de casa eu parei perplexo. Havia anos, anos que não escutava pensamentos tão altos e gritantes e eu não estava acreditando.
Edward, Edward, pelo amor de deus você consegue me ouvir? Edward sou eu o Jacob... Ele pensava: Não é possível nem esse sanguessuga leitor de mentes irá me acudir... Passou um bom tempo da minha vida invadindo minha privacidade e agora que eu preciso dele e ele não me escuta. 
- Não é possível!.
Voltei a correr esquecendo-me completamente de Bella e a deixando para trás, Renesmee havia conseguido. Como Jacob havia sobrevivido? Entrei em casa com tudo, mas não achei seu cheiro, seus pensamentos agora estavam quase nulos e eu apenas escutava Renesmee e Carliste conversando no seu escritório.
- Jacob?
- Está lá fora papai, ainda não encontrou com ele?
- Não filha não estava falando do JJ estava me referindo a Jacob seu marido... eu o escutei tive a impressão de o ter escutado por instantes escutei ele me chamar.. por isso vim correndo.
- Papai tem certeza? Ela me perguntou totalmente incrédula. Pode se JJ hoje ele teve sua primeira mutação quando tentou me defender desse lobo aqui em La Push. Quase matou o animal. Pode ser que essa transformação o alterou e ele ficou de certa forma parecido com o pai e o senhor o confundiu.
- JJ – o chamei
- Oi vovô... ele veio  e pude ver em sua mente um turbilhão de emoções duvidas, satisfação, saudade, expectativas, ansiedade. Mas não se parecia em nada com o que eu havia ouvido.
Sorri... eu só poderia estar ficando maluco... deixei Carliste terminando o curativo no lobo e sai junto com JJ que se pudesse estaria quicando de contentamento... Queria saber mais de JJ sobre sua primeira mutação, agora era o momento onde Jake ou até mesmo outro lobo seria de extrema necessidade... Apesar de ter lido suas mentes, aquilo era uma experiência que teria que ser ensinado por quem a viveu e não quem leu como era o meu caso. Ao mesmo tempo eu não tinha motivos para me preocupar com ele, pois, ele detinha controle total sobre suas emoções.
- Vovô, foi estranho, acho que foi aquele lugar, aquela terra é mágica... Foi tudo muito rápido e pensando com calma agora... deixei mamãe sozinha a homenagear a todos, a reserva. Fiquei andando olhando o ambiente e tentando imaginar onde estariam todas aquelas imagens que mamãe projetava na minha mente quando eu era criança quando de repente percebi que ela não se aguentava em pé ... Nunca a tinha visto tão triste assim e fui correndo em seu socorro quando um lobo começou a rosnar. Ele vinha em nossa direção querendo nos atacar e nesse momento uma raiva tomou conta de mim ao ver que ele tentaria ferir minha mãe... E quando percebi já não estava normal me senti mais forte e percebi que havia me transformado quando vi minhas patas, mas mesmo assim naquele momento não tive tempo de “apreciar” aquele estado e lutei contra aquele lobo... não tinha intensão em matá-lo, mas mamãe achou que eu iria machuca-lo e começou a gritar para que parasse e agora pensando em  tudo eu me lembrei de uma coisa estranha, assim que ela gritou me pedindo para parar o lobo parou e prestou atenção nela e ai eu aproveite e lhe dei uma mordidinha na barriga e pisei sobre sua pata a esmagando para que ele não corresse atrás da mamãe. E pensando bem não entendi porquê a quis defender pois se a aquele lobo tentasse contra ela provavelmente se machucaria.
Olhando tudo na mente do JJ pude ver melhor do que ele mesmo narrava... Vi quando Renesmee lhe gritou Jacob Black pare agora mesmo. E o lobo parou e lhe prestou atenção como se a estivesse entendendo... E ai me deu um estalo à mente... Será que aquele lobo era o Jacob? Mas aquele era apenas um lobo comum... Não tinha o cheiro dos lobos Quileutes e estava na cara que era apenas um animal normal sem nenhuma magia do sangue Quileute. Escutei tudo o que JJ me falou logo depois voltei para o laboratório de Carliste. Eu tinha que averiguar isso direito não era possível.
- Papai, o senhor sedou o animal?
- Sim, Edward... JJ fez um estrago significativo no animal e temi que ele tentasse me morder ao mexer em sua pata quebrada. Não quis que ele se ferisse mais.
- Mas o senhor já concluiu tudo... Quando termina a sedação?
- Edward, aproximadamente amanhã cedo. Apliquei apenas uma pequena quantidade. Vou levar ele para garagem não temos lugar para um animal desse porte dentro de casa... e assim que ele se estabelecer o libertamos para a floresta novamente.

- Papai, porque tantas perguntas ele é só um animal. Acha que é Jacob?
Vi seus olhos brilharem, mas não podia confirmar algo em que eu mesmo não acreditava ser possível eu tinha que averiguar direito. Não podia lhe dar falsas esperanças até por que eu mesmo não estava acreditando, ainda achava que minha mente estava me pregando peças.
- Não querida, de jeito nenhum... Realmente JJ está com seus pensamentos gritantes...
Menti. A mente de JJ me lembrava muito a mente de Charlie... Discreta quase silenciosa.
- É só que ele me relatou o que aconteceu e eu fiquei preocupado com o animal.. não existem muitos animais no planeta, muitas espécies entraram em extinção e fiquei preocupado.
Então teria que esperar até amanhã... Era o tempo que eu precisava para planejar um modo de tirar todos de casa e confirmar minhas suspeitas.
No dia seguinte, JJ, Bela e Carliste voltaram para o hospital. E eu já imaginava o que poderia acontecer com JJ, mas esperei para ver. Pedi a Esme que fosse ver algo referente a decoração e que levasse Renesmee consigo, ao ver seu semblante me questionando... pedi discrição e informei que depois lhe contaria tudo.
Com todos fora de casa fiquei de plantão de frente para o lobo esperando que o efeito da sedação terminasse.
Assim que o efeito da medicação foi terminando a incredulidade me tomou... Eu não acreditava naquilo que eu estava vendo. Jacob Black estava vivo e estava na minha frente! Nunca em toda minha vida pensei sentir tanta felicidade ao ver aquele lobo na minha frente.
- Jacob? Oh meu Deus eu não acredito Jacob é você?

POV Renesmee
Eu me estranhei depois que saímos de La Push. Ao retornar pra casa eu me sentia feliz, como há muito tempo eu não era. Percebi que não precisava mais da máscara de oxigênio. Não acreditava que o simples fato de ter ido até lá pudesse ter me libertado de maneira tão majestosa assim. Eu sentia que Jacob realmente estava perto de mim como era antes e me senti livre como há vinte anos eu não me sentia.
Não sei bem o porquê, mas algo me dizia que aquele lobo que nos ameaçou na reserva tinha algo haver com isso e ao ver o comportamento estranho do meu pai com relação ao animal resolvi investigar. Percebi que ele nos queria fora de casa e resolvi sair de bom grado... graças ao meu poder ele não podia imaginar que eu também estava desconfiando. Assim que tomamos certa distância da mansão eu pedi que Esme parasse o carro e conversei com ela.
-Vó, eu tenho que voltar pra casa.
- Mas filha eu pensei que você iria me ajudar.
- Ajudar com o quê especificamente vovó? Vou lhe dizer a verdade tudo bem? Tenho uma impressão que aquele lobo que está na garagem é Jacob e acho que meu pai também suspeita disso. Por isso ele nós quer fora de casa. Mas a alegria que eu sinto em meu peito... O vazio do sofrimento que havia antes desapareceu e só pode ser isso vovó. Só pode ser ele, meu lobinho e eu tenho que voltar e averiguar isso... Se for ele vovó ele me pertence e eu mereço estar lá nesse momento mais que qualquer um.
- Mas e senão for minha flor? A decepção que você vai sentir? Não tem medo de sofrer mais?
- Não vovó pela primeira vez em anos eu me sinto viva novamente e se aquele lobo não for ele. Vou seguir minha vida e aguardar até o dia que Deus decidir que eu continue a viver nesse mundo doido.
- Então volte minha flor.. seja feliz... eu prometi a Edward que não voltaria até o horário do almoço. Então acho que vou dar uma passadinha no centro de pesquisas quero conhecer o lugar.
- Obrigada, já lhe disse que a senhora é a melhor vó do mundo?
Desci do carro e corri em disparada por dentro da floresta. Cada vez que chegava mais perto, meu coração martelava em meu peito de expectativa. Parei e respirei fundo... não queria que meu pai soubesse que eu estava chegando... Esvaziei minha mente e ao ver a casa me aproximei lentamente aguçando meus ouvidos e tentando saber o que se passava ali. Escutei meu pai dizer - Jacob? Oh meu Deus eu não acredito Jacob é você? Meu amigo, eu não acredito que você sobreviveu, eu me culpei tanto por ter permitido que você saísse para La Push. Nem acredito Renesmee vai ter um troço quando souber que é você.
Respondendo a algum pensamento dele escutei meu pai lhe responder.
- Não ela não está aqui... Só estamos você e eu. Quando ouvi seus pensamentos ontem não acreditei... achei que estava ficando louco. Até sondei os pensamentos de JJ, mas aquele ali definitivamente não grita como você. Então com medo de dar falsas esperanças a Renesmee resolvi averiguar se eu não estava ficando louco.
- Sim JJ é seu filho, lindo como o avó...
Ao contrario do que pensava ao invés de correr em disparada para a garagem, eu fiquei parada atônita em estado de choque. Nunca tinha visto ou sentido algo sim... ouvir falar de pessoas paralisadas pelo medo, mas não sem reação de alegria... Mas durou apenas segundos não me importei em chegar de mansinho. Era o meu Jacob, o meu amor e eu não perderia mais nenhum segundo longe dele. Corri em disparada até a mansão entrando na garagem destruindo a porta ao abri-la sem nem mesmo tê-la destrancado. Ao ver o lobo deitado no colchão ao chão o chamei.
- JACOB!
POV Jacob
Eu não me continha de alegria ao acordar e ver Edward na minha frente falando comigo. Graças ao bom deus ele me ouvira ontem antes de eu cair na inconsciência. Estávamos conversando quando eu escuto o barulho da porta da garagem ser literalmente arrombada e a razão da minha existência entrar com tudo chamando pelo meu nome.
-JACOB
-Eu olhei pra ela, linda como sempre... agora ofegante ela correu até mim e me abraçou, com cuidado acariciando o meu pelo e me molhando com suas lágrimas.
-Ah meu amor eu sabia que esse vazio no meu peito não tinha ido embora à toa. Eu sabia que você estava perto. Meu Deus como senti sua falta. Achei que não iria sobreviver.
Ela falava sem parar, enquanto me beijava, acariciava... A saudade era demais. E nesse momento eu me senti o homem mais sortudo do mundo... Todo aquele sofrimento havia terminado. Agora era iniciar a saga em busca do meu corpo.

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