29 de out. de 2010

Capitulo 8

Posted by sandry costa On 10/29/2010 1 comment







“Aqui vamos nós, Renesmee. Você sentirá uma picada enquanto a agulha penetra a pele, então sentirá uma leve sensação de queimação, mas tudo isso é normal. Deixe-me saber se você sentir muita dor e eu pararei imediatamente.” Meu avô olhou para Jacob e acenou para sua mão na minha.


“Mantenha sua mão na dela. Ela é mesmo filha de sua mãe e irá segurar a dor até que não possa mais aguentar. No momento que ela apertar sua mão demais, quero que você me diga.”


“Pode deixar, doutor.” Jacob envolveu ambas suas mãos sobre minha esquerda, seus olhos concentrados em meu rosto.


Olhei para longe dele, focando no teto acima de mim. Se eu olhasse em seus olhos, ele saberia imediatamente que eu estaria com dor no momento que a sentisse. Eu não queria meu avô parando, não importa a razão. Se ele pudesse conseguir qualquer coisa que nos ajuaria a aprender mais sobre meu bebê, então eu deitaria ali e aguentaria qualquer tortura que precisasse. Suponho que esse é o motivo pelo qual ele indicou que eu era mesmo filha da minha mãe.


A agulha machucou, mas mantive meus olhos focados e minha mão relaxada na de Jacob. Meu braço direito agarrou o lado da mesa, eu tive a certeza de manter o aperto leve, mas teve vezes que senti o metal se dobrando com a forma de minha mão.


“Como estamos indo, Ness?” Meu avô me perguntou.


Bem. Eu lhe disse silenciosamente. Eu não tinha certeza de como encontrar minha voz. A dor estava tomando toda minha concentração.


“Não, Renesmee. Preciso que você me diga em voz alta.”


“Bem.” Eu disse entre dentes cerrados.


“Carlisle, tire a agulha. Ela está com dor.”


Não!” Gritei sobre a demanda de Jacob. “Estou ok, de verdade, continue.”


Depois do que parecia uma eternidade, a agulha estava fora de minha pele e meu avô soltou um pesado suspiro.


“Eu assisti minha esposa sofrer por nada?”


“Sua criança está protegida, Jacob. Não existe maneira que eu penetre.”


“Então como eu darei a luz?” Perguntei, lembrando das histórias de quando nasci.


“Farei uma cesareana antes que você entre em trabalho de parto. Assim como tínhamos planejado para Bella.”


“Olhe como isso terminou bem. Você nem estava lá.”Jacob resmungou.


“Não chegará à esse ponto.” Minha mãe disse, entrando na sala.


“Como você sabe?” Jacob se ergueu, ultrapassando ela.


“Jacob,” a voz de meu pai lhe deu um aviso enquanto Jacob e minha mãe se aproximavam um do outro. As mãos deles fechadas em punhos apertados.


“Porque aquilo foi minha culpa. Eu não deveria ter estado em pé, e não deveria ter me inclinado por aquele copo quando ele caiu. Eu teria aguentado esperar até que Carlisle chegasse em casa.”


“Você não sabe disso, Bella! Você nem sabia quando ela ia nascer.”


“Você está colocando a culpa de tudo em mim?” A voz da minha mãe se elevou enquanto ela ficava mais furiosa.


“Você acharia mesmo isso!”


“Porque você faria isso!”


“Se afaste, Jacob.” Meu pai entrou no meio dos dois, suas costas viradas para minha mãe enquanto ele o encarava.


Saí da mesa e me coloquei entre meu pai e Jacob.


“Nessie,” meu pai puxou meu braço, mas eu fiquei onde estava.


“Não é culpa de ninguém que eu nasci como nasci… Coisas acontecem. No momento minha gravidez não é como a de minha mãe era. Eu não sou minha mãe, sou eu mesma. Parem de fingir que sou uma humana fraca que não pode carregar minha criança por toda a gravidez sem ela me dar uma surra. Eu não tenho machucados. Se lembrem que eu era a forte dando uma surra nela. Acho que sou forte o suficiente para carregar alguém como eu. Meu nome é Renesmee, e não Bella.”


A sala estava em silêncio, silenciosa demais enquanto todos os olhos estavam em mim. Eu não podia esconder as lágrimas que deslizaram por minhas bochechas e caíam pelo pelo queixo até minha blusa.


“Sinto muito. Sinto tanto, Ness.” Os braços de Jacob estavam apertados ao meu redor enquanto ele me segurava contra seu peito. “Você está certa.”


“Você está certa,” meu pai afagou minhas costas, e senti as mãos de minha mãe em meu cabelo.


“Ninguém disse que você era eu.”


“Ninguém teve que dizer, mãe. Todos estão assumindo isso.”


“Eu pararei. Prometo.” Ela disse calmamente.


Soltei um soluço, minhas lágrimas de raiva se tornaram lágrimas de culpa. Eu me senti horrível por explodir da forma que fiz.


“Agora o que?” Jacob perguntou, afagando desamparado minhas costas.


“Eu sou terrível.” Chorei na camisa dele.


“O que?” Ele arfou.


“Hormônios, Jacob.” Minha mãe murmurou.


“Eu não assinei contrato pra isso.” Ouvi Jacob sussurrar.


“E você acha que eu sim?” Meu pai riu, e dei uma olhadinha nele no momento que ele piscou para minha mãe.


“Você também era uma bola de hormônios.”


Ela abriu sua boca para dizer algo, mas fechou forte e deu de ombros. “Eu tinha um pouquinho mais de emoções correndo por mim já que alguém tinha que gostar de um outro certo alguém.” Minha mãe me disse.


A risada de Jacob vibrou em seu peito.


“Valeu pela lembrança.” Eu resmunguei. Eu podia ter passado sem aquela pequena recordação de quando minha mãe e Jacob tinha alguma coisa um pelo outro.


“Sim,” meu pai revirou seus olhos. “Valeu pela lembrança.”


Eu tive que rir com isso. Ao menos eu não era a única na sala que não achou essa piada tão engraçada. Minha mãe e Jacob acharam que era hilária. Até meu avô estava gargalhando com eles.





Autora Izzy

1 comentários:

Este capitulo foi um pouqunho mais longo, que bom
posta maisssss tá jóia.

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