23 de nov. de 2010

Capitulo 3

Posted by sandry costa On 11/23/2010 2 comments


O efeito Cullen

POV Kate

Acordei decidida a conhecer um pouco mais de La Push. Já que vou morar aqui por um bom tempo, nada melhor que conhecer cada cantinho deste lugar. Escovei os dentes, tomei um banho e pensei em uma roupa bem esportiva. Olhei o armário, escolhi uma legging branca, uma camiseta básica também branca, uma blusa de moletom verde-oliva e um tênis verde e branco. Prendi os cabelos em um rabo-de-cavalo alto me olhei no espelho e fiquei triste por não ter os tão sonhados 1m70cm. Poxa... o Senhor bem que poderia ter me dado uns 4cm a mais hein Deus? Já me sentia uma anã... aqui em La Push eu me sinto uma barata! Deveria mudar o nome desse lugar para Reserva de Gigantes – ri de meus pensamentos.
- Bom dia flor do dia!!! – Emy e seu jeitinho carinhoso me deixavam muito bem.
- Bom dia Emy, Sam já levantou? – disse me acomodando a mesa.
- Ainda não, está de folga hoje. – ela parecia estar um pouco nervosa – Esse mês ele fez umas horas extras e tirou o dia de folga.
- Ok. – disse me servindo de um pouco de suco e muffins. Irei dar uma volta pela reserva, para conhecer um pouco mais meu novo lar.
- Quer que eu vá com você? – Emy perguntou e também se serviu de chá e torradas. Ela era tão delicada e gentil que fiquei com remorso em dispensar sua companhia.
- Creio que Sam vai querer vê-la ao acordar. – o amor que sentem um pelo outro parece uma veneração, é tão lindo de ver que não tenho coragem de separá-los um só momento. – Eu não irei muito longe também, disse e dei meu melhor sorriso. Levantei-me, ajudei Emy com as louças, ou melhor, tentei ajudar.
- Emy... – eu estava morta de vergonha.
- Sim? – abaixei minha cabeça e continuei.
- Você pode me ensinar a fazer os serviços domésticos e a cozinhar? Eu nunca fiz nada disso. - fiquei a olhar meus pés esperando que ela se pronunciasse. Na verdade esperava que ela dissesse algo do tipo: como assim nunca fez nada?
- Claro querida, o que precisar eu te ensino. – sim, ela era uma mãe e há muito tempo eu sentia falta da minha. Emy me abraçou e me deu um beijo na testa, foi tão acolhedor que me deu vontade de ficar ali.
- Emy, obrigada. Achei que você ia ficar apavorada com o fato de eu ter 17 anos e não saber fazer nada. – a abracei um pouco mais forte e lhe dei novamente meu melhor sorriso. – Você é mesmo uma mãe.
- Que isso Kate, somos uma família, o que aflige a um aflige a todos e o que alegra a um também alegra o restante.
- Obrigada mesmo. Vou indo, logo quero minha primeira aula, serei uma boa aluna. – Emy me deu um sorriso e fez um sinal com a cabeça como quem diz: claro que será. Acompanhou-me até a porta e como toda boa mãe me fez “um zilhão” de recomendações.
- Não me demoro, não se preocupe seguirei as orientações. Dei um sorriso maroto e saí para minha caminhada de reconhecimento.
As casinhas da reserva eram parecidas com a de Sam, porém, eram menores. Todas tinham cores fortes nas fachadas: vermelho, amarelo, verde. Era interessante ver como tudo era simples, tinha um pequeno posto de saúde, uma escola e algumas quitandas. Circundando a reserva havia uma densa floresta. Não sei o porquê, mas a floresta parecia me chamar.

POV Sam

   Acordei após um breve cochilo. Emy estava ao meu lado e uma bandeja de café da manhã me aguardava.
 - Bom dia meu lobo favorito! – disse-me ela e em seguida me deu um beijo.
 - Bom dia minha rainha. Você está magnificamente linda hoje e eu te amo ainda mais.
 - Sam... – ela disse manhosa. - Você é um bobo. Um bobo que eu amo demais. – então abriu o sorriso que faz o sol ter inveja de seu brilho.
  - Kate já se levantou? Perguntei enquanto a aninhava em meus braços.
  - Sim, ela foi fazer uma caminhada de reconhecimento. Ambos rimos da situação. Um pensamento me deixou muito contente. Comecei a fitar os olhos de Emy e acariciar sua pele.
  - Isso quer dizer que estamos sozinhos? – perguntei ao pé do ouvido de minha doce Emy, sentindo seus pelos eriçarem em antecipação.
  - Sam.... assim não teremos almoço hoje. – ela me enlouquecia quando dizia meu nome toda manhosa dessa forma. Abracei-a firmemente, comecei dando vários selinhos em sua boca sentindo a textura que tanto amo. Emy logo se rendeu a minhas carícias e nos entregamos um ao outro com se fosse a primeira vez.
  - Eu te amo Sam.
  - Eu também te amo minha rainha.



POV Kate

  Comecei a andar floresta adentro. Era de um verde tão intenso, árvores gigantes fulguravam suas folhas ao sabor do vento. Havia uma trilha no meio da floresta, a segui pensando em não me perder. Cheguei a um local magnífico; uma cachoeira de águas transparentes que me permitia ver ao fundo as rochas calcárias em tom azulado tamanha a limpidez das águas. Um cardume de peixes nadava tranquilamente, pássaros cantavam em revoada sob a clareira repleta de amores-perfeitos. Parecia um cenário saído de um conto de fadas, tudo tão perfeito. Assentei-me em uma pedra e fiquei a apreciar a paisagem, foi quando vi uma garota linda saindo por detrás das quedas d’água. Seus cabelos acobreados que caíam em cachos perfeitos sobre sua pele extremamente branca, olhos de um chocolate intenso – pareciam ver minha alma – um sorriso esplendoroso e enviesado. Ela caminhou em minha direção e me cumprimentou.
  - Oi, está perdida?
  - Não. Apenas conhecendo melhor as redondezas da reserva.
  - Nunca te vi por aqui. Meu nome é Renesmee Cullen e o seu? – ela estendeu sua mão, parecia feliz em me ver.
  - Katerine, mas pode me chamar de Kate. Você também mora na reserva Renesmee? – ela era tão diferente de todos; o toque de suas mãos era um tanto quanto frio, eu achava impossível ela ser de La Push.
  - Na verdade não. Moro do outro lado, além dos limites da reserva. Mas sempre vou a La Push, minha família e os Quileutes são amigos; principalmente dos Black. – ela disse enquanto se secava eu poderia jurar que ela brilha de tão branca.
  - Nessie!!! Eu te procurei por toda parte. Vejo que já conheceu a Kate Uley. – era simplesmente o gostosão Black dizendo o sobrenome que eu “a-ma-va”.
  - Oi Jake! Você sabe que eu adoro fugir de vocês. – ela disse e após deu uma gargalhada que mais parecia um badalar de delicados sinos. – E sim, acabei de conhecer a senhorita Kate. Uley não é o sobrenome do Sam?
  - Sim, ele é meu primo. – olhei para o Jake e percebi que estava atrapalhando alguma coisa. – Bem, não quero atrapalhar a conversa de vocês, já vou indo. Renesmee e Jake se entreolharam e começaram a rir.
  - Não está atrapalhando nada, Nessie e eu somos apenas ótimos amigos. – ótimos amigos? Então o bonitão estava disponível? Esses pensamentos me alegraram. – Aliás, Nessie é por causa disso que estou te procurando, Nahuel acaba de chegar a sua casa. Disse que queria fazer uma surpresa.
  Os olhos de Nessie se encheram de ternura e um brilho sem igual faiscava neles. Ela se arrumou rapidamente, se despediu de nós dois e saiu em disparada floresta adentro.
  - É intromissão minha perguntar quem é Nahuel? – indaguei a Jake, ele devia parar com essa mania de andar sem camisa.
  - É o namorado dela. Os Cullen ligaram na oficina a procura dela para dar a notícia. Como o celular estava desligado resolvi ajudar na busca da fugitiva. – deu um sorriso brincalhão e observava a garota que sumia pela floresta. Mas e você Kate, o quê faz perdida por aqui? – Aff, mas um achando que estou perdida revirei os olhos ao pensar nisso.
  - Não estou perdida, apenas segui a trilha para conhecer melhor a reserva.
  - Ok, mas tome cuidado. A floresta não é um lugar para novatos desbravarem. – ele tocou a ponta do meu nariz como quem avisa algo pela milésima vez. – Já me basta o que passamos com a senhorita “eu sei aonde vou Cullen”. Não preciso de outra Renesmee mocinha.
  - Jake, por favor, eu já tenho 17 anos e você está agindo igual ou pior que meu pai. Mas tudo bem. Terei cuidado e prometo não vir sozinha a floresta novamente senhor! – disse batendo continência. – Liberada senhor? – não evitei uma risadinha.
  - Creio que sim soldado, dispensado por hoje. – ele entrou na brincadeira e me mostrou a trilha para voltarmos.
  O caminho de volta foi tranquilo até demais. Jake quase não falou nada, apenas me mostrava os limites visíveis da reserva como se fosse um guia turístico.  Mostrou-me também as casas dos meninos e a dele. Era uma casinha vermelha ao lado de uma oficina. Parecia aconchegante, na varanda havia um senhor numa cadeira de rodas que acenou quando passamos. Jake disse ser seu pai, Billy Black.
  - Jake, não precisa me escoltar até a minha casa, eu sigo sozinha não se preocupe. – como não sou boba, dei um abraço no Jake “delícia” Black e me despedi.
  - Certo. Eu espero que chegue inteira em casa mocinha. – ele me deu um beijo demorado na bochecha pertinho da boca; que vontade de virar o rosto e dar-lhe um mega beijo naqueles lábios. – Tchau Kate.
  - Tchau Jake. Nossa, meu coração estava a mil e meu rosto tão vermelho como um pimentão. Segui meu caminho até a casa de Sam e Emy, que afinal acaba por ser minha agora também.
  - Alguém em casa? Ninguém respondeu, a casa estava em um completo silêncio. Na cozinha tinha um bilhete pregado a geladeira: “Desculpe não ter lhe esperado para nossa primeira aula. Sam estava um pouco febril essa manhã. Seu almoço está na geladeira é só aquecer no micro-ondas. Bjs Emy.”   
  Emy, Emy... cadê o manual dessa coisa? – pensei comigo mesma. – Ok, eu acho que não morro de fome é simples. Minha avó só apertava o botão e pronto!! Deixa ver... aqui diz que é só aquecer por 3 minutos. É, eu posso fazer isso. – segui as instruções que Emy me deixou e pude saborear uma deliciosa lasanha a bolonhesa. Lavei a louça que sujei e subi para meu quarto. No caminho pude ouvir o ressonar tranquilo de Sam e sua amada. Entendi qual era a febre que Sam teve pela manhã, afinal, eu estava empacando os dois a uns dias. Entrei no quarto, abri a janela para que o sol pudesse se mostrar. Os raios bailavam sob a mobília e deixava o quarto com um tom laranja. Fui ao banheiro, escovei os dentes, tomei um banho revigorante, coloquei um pijaminha rosa bebê em algodão e me lancei ao mundo dos sonhos.
  Em meu sonho recordei a manhã de hoje e meu encontro com a Cullen. Porém, ela se transformava em um monstro e tentava me devorar. Eu corria e gritava a plenos pulmões, mas ninguém vinha em meu socorro. Eu corria até chegar a beira de um penhasco e Renesmee se aproximava cada vez mais rápido. Era como se um raio cortasse o ar, ela parou a minha frente, seus olhos eram vermelhos e seus caninos desenvolvidos e pontiagudos, ela me olhava como quem olha um copo d’água no deserto. Eu sabia o que ela era, mas minha mente não queria acreditar; fiquei imóvel, fechei os olhos e esperei meu fim.
  Acordei com a cama ensopada de suor, não me lembrava do meu sonho e não entendia o porquê de ter suado tanto, o sol nem estava tão forte. Peguei um termômetro digital e mensurei minha temperatura, 38,5°C. Ótimo, quem estava febril – e de verdade – agora era eu. Não queria dar trabalho a Emy ou Sam, por isso não lhes disse nada. Preparei um banho de imersão, coloquei sais refrescantes e mergulhei meu corpo. Ali fiquei até me sentir melhor. Voltei ao quarto troquei as roupas de cama e voltei a dormir. Meu corpo parecia ter saído de uma moenda de cana. Sentia-me dolorida, tomei um analgésico qualquer e tentei relaxar e rezei para estar melhor quando acordasse. Dormi a tarde toda sem maiores complicações, a febre cedeu e apenas os músculos ainda doíam. Não senti fome por esse motivo não desci para jantar. Sam veio a meu quarto preocupado, eu disse que apenas estava cansada e queria dormir mais cedo. Ele nada disse e se retirou.
  A cada vez que tentava me recordar do sonho meu corpo dava pequenos espasmos, a febre voltava. Comecei a me preocupar com minha saúde e decidi não querer lembrar-me do sonho, para meu próprio bem. Afinal algo em mim não estava gostando nada daquilo.

2 comentários:

Mais uma loba chegando pra coleção das matilhas! =D

é tao estranho ver o jake e a nessie se tratando assim
amei o cap parabens, desculpe a demora em comentar

bjjss

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