19 de nov. de 2010

Capitulo 7

Posted by sandry costa On 11/19/2010 2 comments



Volturi parte 2

- É minha.


Suas palavras estavam cheias de desejo por seu sangue. Um rosnado se formou em meu peito.


Felix estava esperando por minha reação. Ele gesticulou para que eu continuasse.


Vá em frente. Não se contenha. – ele pensou animado.


Ele gostava de lutar por sua presa.


Alice tocou meu braço, restringindo-me


Espere. Se reagir agora colocará tudo a perder. Aro não tem intenção de nos machucar. Não consigo ver isso. As coisas ainda podem terminar bem. Paciência. – ela pensou e reforçou o pedido em voz alta.
- Paciência.


Segurei seu olhar enquanto me atentava a imagem que formava em sua mente.


Ainda... era nada concreto. O que naquele momento era uma coisa boa.


Respirei fundo – tentando me acalmar e voltei minha atenção para Alec. Ele era o porta voz no momento.


- Aro ficará muito satisfeito por vê-lo novamente. – ele comentou.


- Não vamos fazê-lo esperar. – Jane completou, sua impaciência não tocou sua voz.


Assenti. Eles nos guiaram.


A respiração de Bella se acelerou ao meu lado. Ela estava agarrada a mim com quase toda sua força.


Eles estavam lá – Aro e outros membros da guarda – apenas esperando por nós.


- Jane, minha cara, você voltou! – a satisfação estava clara em sua voz.


- Sim, meu senhor. Eu o trouxe de volta vivo, como era de seu desejo.


Minha presença aqui era o motivo de toda a sua satisfação.


- Ah Jane. Você é um grande conforto para mim.


Aro nos olhou em êxtase. Seus olhos absorvendo a presença de Alice. Cobiça enchendo sua mente.


- E também Alice e Bella! Isso sim é uma surpresa feliz! Maravilhoso.


Seu tom amigável era irritante. E fato dele me conhecer tão bem quanto eu mesmo, tornava tudo pior.


Aro estava de fato feliz. Era impossível não identificar isso em seus pensamentos, mas os motivos que o deixavam assim estavam longe de serem sensatos.


- Felix, seja gentil e conte a meus irmãos sobre nossa companhia. Tenho certeza de que não gostariam de perder isso.


- Sim, meu senhor.


Felix não ficou feliz com a ordem. Ele queria estar presente quando...


As intenções de Aro não eram totalmente claras. As visões de Alice começaram a se formar mais claramente, porém nada definitivo.


Droga!


Tentei não deixar a tensão tomar conta de meu corpo. Bella dependia de mim. Ela não poderia saber como estava desesperado. Além de sua vida, sua sanidade também estava em risco.


- Está vendo, Edward? O que eu lhe disse? Não está feliz por não ter lhe dado o que queria ontem?


Respondi honestamente.


- Sim, Aro, estou. – automaticamente apertei Bella contra meu corpo.


Era verdade. Não podia negar. Mesmo agora com tudo a perder.


O medo, pavor e tensão não eram nada comparados a felicidade que sentia por tê-la em meus braços novamente, mesmo diante da situação.


Não existia criatura mais egoísta que eu. Nem mesmo o inimigo que estava parado a minha frente, sorrindo calorosamente.


- Eu adoro finais felizes. – ele disse suspirando. E vi o que já imaginava. Ele esperava que tudo terminasse bem... para ele – São tão raros! Mas eu quero toda a história. Como isso aconteceu? Alice? – ele se voltou a ela. Alice se surpreendeu por ele a conhecer - Seu irmão parecia pensar que você era infalível, mas parece que houve algum equivoco.


Ela manteve sua voz casual – apesar de estar tão tensa quanto eu.


- Ah, estou longe de ser infalível. – ela sorriu para ele, sabendo que ali tudo não passava de fachada. Então manter-se no mesmo nível era necessário.


O que é tudo isso, Edward? – ela perguntou silenciosamente.


A olhei rapidamente. Nos conhecíamos bem para nos comunicarmos sem a necessidade de trocar palavras. Ela entendeu que deveria esperar para entender o que estava
acontecendo.


Torcia para que essa espera não precisasse ser muito longa. Suas visões poderiam ganhar forma a qualquer momento. Bastava uma decisão de Aro.


Ele continuou.


- Você é muito modesta. Já vi algumas de suas façanhas mais inacreditáveis e devo admitir que nunca observei nada como seu talento. Maravilhoso!


Alice me olhou novamente – chocada e dessa vez suas dúvidas se estamparam em sua face. Aro percebeu.


Ele estava tão impressionado em conhecê-la que esqueceu as formalidades.


- Lamento. – ele se desculpou. – Ainda não fomos apresentados adequadamente, não é? É que tenho a sensação de que já conheço você e acabo me precipitando. Seu irmão nos apresentou ontem, de maneira peculiar. Veja você, compartilho de alguns dos talentos de seu irmão, mas sou limitado de uma forma que ele não é.


Ele estava diminuindo seu poder, então completei, aproveitando a brecha para explicar melhor o que estava acontecendo a Alice. Ela estava muito confusa.


- E é também exponencialmente mais poderoso. – voltei parte de minha atenção a ela. Seria mais fácil para ela observar o futuro com boa parte das cartas na mesa – Aro precisa de contato físico para ouvir seus pensamentos, mas ele ouve muitos mais do que eu. – meu olhar se tornou mais significativo ao explicar o dom de Aro. – Sabe que posso ouvir o que está se passando em sua cabeça no momento. Aro ouve cada pensamento que sua mente já teve.


Oh! – ela pensou erguendo as sobrancelhas quando compreendeu.


- Mas ser capaz de ouvir a distância... – ele entendeu que estávamos nos comunicando. Aro era muito astuto. – Isso seria muito conveniente.


Bella escutava tudo em silêncio quando os outros dois membros da família se juntaram a nós.


- Marcus, Caius, vejam! Bella está viva afinal, e Alice está aqui com ela! Não é ótimo?


Aro havia repassado aos irmãos tudo que tinha visto em nosso último contato.


Caius não concordava com sua palavra final.


Eu havia sim, cometido um crime e por isso merecia ser punido.


Marcus estava surpreso ao ver como éramos unidos em nossa essência, mas sua expressão não entregava nada. Ele estava paralisado, anestesiado. Ele havia perdido alguém há muitos anos que significava quase tudo para ele.


Nem mesmo assim fui capaz de sentir pena.


- Conte-nos a história. – as palavras de Aro eram voltadas a Marcus. Ele precisava saber se a força de nossa ligação era tão real quanto ele havia sentido em minhas memórias.


Marcus estendeu a mão e Aro a tocou, soltando-a rapidamente. Agora mais incrédulo do que nunca.


Mmmm... Incrível! Como pode ser? – ele pensou. Será mais difícil do que imaginei.


Bufei. Seus planos se tornaram claros.


Ele nos queria.


- Obrigado, Marcus. Isso é muito interessante.


Alice estava frustrada. Seria muito mais conveniente se a comunicação pudesse ser silenciosa de ambos os lados.


- Marcus vê relacionamentos. Ele está surpreso com a intensidade do nosso. – expliquei tanto para Alice quanto para Bella.


De todos meus irmãos, Alice era a que melhor me entendia. O mesmo valia para ela. Tornamos-nos cúmplices desde o início. O amor fraterno que sentia por ela era impossível de ser rompido. Minha ligação com Bella, porém, o surpreendeu ainda mais. Quem era ela? Uma humana frágil e sem importância. Aro estava impressionado além do natural.


- Muito conveniente - ele se referia a Alice e a mim – É preciso muito para surpreender Marcus, posso lhes garantir. É que é tão difícil compreender, mesmo agora.


Para ele, não fazia sentido algum. Não que eu esperasse que ele entendesse a força de meu amor por Bella.


- Como pode ficar assim, tão perto dela? – ele demandou, observando nosso contato físico.


Mais uma vez, respondi honestamente.


- Não é sem esforço.


Minha garganta estava em chamas, mas esse não era o esforço a que me referia.


Eu queria estar ainda mais perto... mas não podia.


- Mas ainda assim... La tua cantante! Que desperdício!


Não me chocou em nada que ele pensasse assim.


Ri sem o menor traço de humor ao respondê-lo apropriadamente.


- Vejo mais como um preço.


- Um preço muito alto.


- Apropriado.


E então ele gargalhou.


Irritante.


- Se não tivesse sentido o cheiro dela em suas lembranças, não teria acreditado que o apelo do sangue de alguém pudesse ser tão forte. Nunca senti nada parecido. A maioria de nós daria muito por um presente desses e você...


- Desperdiço. – repeti a palavra de sua escolha.


- Ah, como sinto falta de meu amigo Carlisle! Faz-me lembrar dele... só que ele não era tão nervoso.


- Carlisle é melhor do que eu em muitas outras maneiras.


Aro não concordava, ao menos em um aspecto.


- Certamente, entre tudo mais, nunca imaginei ver Carlisle ser suplantado na questão do autocontrole, mas você o supera.


Toda aquela conversa estava me deixando ainda mais agitado. Não havia necessidade de se manter aparências – conhecia suas intenções – mas Aro permaneceu dando voltas.


- Dificilmente.


- Sinto-me recompensado pelo sucesso dele – ele continuou a falar – Suas lembranças de Carlisle são uma dádiva para mim, embora me tenham atormentado de maneira extraordinária. Estou surpreso pelo modo como isso... me agrada, o sucesso dele na vida heterodoxa que escolheu. Esperava que ele se desgastasse que enfraquecesse com o tempo. Ridicularizei seus planos de encontrar outros que compartilhassem sua visão peculiar. E, no entanto, de algum modo, fico feliz por ter me enganado.


Fiquei surpreso com sua honestidade, mas não adicionei nada.


- Mas seu controle! Não sabia que essa força era possível. Habituar-se contra tal canto de sereia, não apenas uma vez, mas repetidamente... Se eu próprio não sentisse, não teria acreditado. Só de me lembrar do apelo que ela tem a você... fico com sede.


Meus músculos se contraíram. Naquele momento ele a desejava.


- Não fique perturbado. Não pretendo causar nenhum dano a ela. Mas estou muito curioso com uma questão em particular. – Aro abaixou seus olhos para Bella e depois os voltou para mim. – Posso? Estou ansioso para saber se o dom espetacular de Bella também é válido para mim.


- Peça para ela.


Não me cabia decidir nada por Bella. Se um dia tive uma pequena parte desse direito, hoje ele não existia mais. Não conseguia ver na mente de Aro o desejo de feri-la. Não que eu pudesse fazer qualquer coisa se ele assim desejasse.


- Claro, que grosseria a minha! – ele se voltou a ela. – Bella, estou fascinado que você seja a única exceção ao talento impressionante de Edward... é tão interessante que aconteça uma coisa dessas! E estava me perguntando, uma vez que nossos talentos são em muitos aspectos similares, se você faria a gentileza de me permitir tentar... ver se você é uma exceção também para mim?


Ele não acreditava nisso, mas sua curiosidade o fazia queimar.


Ela me olhou apavorada. Seus olhos me perguntavam o que fazer.


Era incrível como conseguia identificar confiança no olhar de Bella.


Gesticulei com a cabeça para que ela permitisse o toque de Aro.


Ela virou-se lentamente para ele e estendeu sua delicada – e trêmula – mão. Ele se aproximou e a pegou com ânsia.


Aro tentou, mas nada além de seus próprios pensamentos perpetuavam sua mente. Diversos sentimentos ficaram claros em seu rosto. Aquilo nunca havia acontecido. Ninguém nunca havia sido capaz de bloquear sua habilidade e Bella por algum motivo incompreensível estava fazendo isso.


Ele não estava satisfeito, mas ainda estava curioso.


- Muitíssimo interessante.


Não pude deixar de sentir uma pontada de agrado por sua pequena experiência mal sucedida.


Os olhos de Bella – cheios de perguntas - percorreram minha face.


Como pode ser possível? Por que essa humana? Que tipo de anomalia a torna tão especial? Talvez esse bloqueio seja apenas com um tipo específico de habilidade. Sim... tem que ser isso. –Aro imaginou.


- É um começo. – ele pensou e no mesmo segundo expressou sua mais nova idéia – Pergunto-me se ela é imune a nossos outros talentos... Jane, minha cara?


Fúria tomou conta de meu corpo instantaneamente. Podia sentir o sabor metálico do ódio em minha boca. Tudo se tornou vermelho. Um alto rosnado saiu de meus lábios quando protestei.


- Não!


Eu queria matá-lo, matar a todos, mesmo aqueles que não desejaram seu sangue. Eles iriam morrer por afiliação. Um por um.


O monstro em mim ressurgiu... diferente, e a sede que me dominava era a sede de morte, vingança.


Edward, não! – Alice apertou sua mão em meu braço a fim de me restringir. Afastei-me de seu contato. Rosnados se formando e saindo de meus pulmões.


A dor que Jane causava e que estava por vim era inumana e se eu tivesse que morrer para impedir que Bella a sentisse, mesmo por um segundo, eu assim o faria.


- Sim, meu senhor?


- Imagino, minha querida, se Bella é imune a você.


Ambos ignoraram o aviso que saia de meus lábios.


Coloquei-me a sua frente em uma tentativa inútil de protegê-la. Minha fúria e meu desejo de ter Bella em segurança não serviam para nada. Não havia o que ser feito. Mesmo sabendo disso, lancei-me em direção a Jane quando ela começou a voltar sua atenção a Bella.


- Não! – Alice gritou.


Ela não. Bella não poderia sofrer mais por minha causa. E eu era a causa. Ela estava ali por mim.


Atingi o chão em menos de um quarto de segundo. Meu corpo parecia estar sendo estilhaçado. Pressionei meus lábios para conter a agonia. Não podia tornar isso pior para ela – para Bella.


Minha dor não era nada. Sua dor era tudo.


Passei horas sendo torturado por uma dor mais intensa. Horas imaginando que tudo o que havia de mais precioso em meu mundo havia partido. Havia morrido. Então... isso não era nada.


Bella estava aqui e ela precisava de mim.


- Pare! – ela gritou desesperada avançando em minha direção.


Não!


Alice atirou seus braços ao redor de Bella, contendo-a.


- Jane. – Aro a chamou.


E então senti meus músculos relaxarem. Pude respirar novamente.


- Ele está bem. – Alice assegurou Bella.


Tentei me colocar de pé, meus músculos protestaram.


Meus olhos dispararam imediatamente entre o Bella e Jane.


Ela estava tentando... apenas tentando.


O rosto de Bella – o rosto mais lindo e importante de meu mundo – estava apenas cheio e preocupação e ansiedade.


Jane estava se concentrando mais do que o usual.


Para ela... isso também era novo.


Ela odiou. Foi fácil identificar a frustração seguida por ira em seu rosto. Seus pensamentos expressavam os mesmos sentimentos.


Coloquei-me ao lado de Bella, acomodando-a em meus braços novamente.


Alívio preenchendo parte de meu ser.


Ela estava bem. Fisicamente.


Aro começou a rir. Ele estava muito mais do que impressionado com toda a demonstração.


- Isso é maravilhoso! – ele exclamou.


Jane preparou-se para atacar.


Isso não iria acontecer. Aro não queria.


- Não fique aborrecida, minha querida. Ela confunde a todos nós.


Desejo preencheu seus pensamentos. Ele não conseguiu controlar.


Esse desejo era diferente do que ele havia sentido antes. Agora a curiosidade reinava. Ele estava imaginando como seria se ela se tornasse imortal.


Não prestei atenção a isso. Contentei-me em segura-la em meus braços.


Aro gargalhou novamente.


- Você é muito corajoso, Edward, para suportar em silêncio. Pedi a Jane que fizesse comigo uma vez... só por curiosidade.


As imagens de suas lembranças eram explícitas.


Repugnante.


- E o que vamos fazer agora? – ele imaginou...


Senti meu corpo se enrijecer. Esse o momento que esperávamos.


A decisão.


Senti-me aliviado ao perceber que ele realmente não queria nosso mal. Não por ser uma boa pessoa, mas sim porque estava interessado...


A imagem de Alice e eu ao seu lado tomou toda sua mente.


Estava aliviado por ele ter deixado Bella de fora, pelo menos no momento.


- Não suponho que haja alguma possibilidade de você ter mudado de idéia? Seu talento seria um excelente incremento para nossa companhia.


Ele sabia minha resposta.


O restante dos Volturi e a guarda não concordavam com sua análise.


Respondi lentamente. Não era hora de afrontá-lo.


Odiava não poder agir como queria.


- Eu... prefiro... não.


- Alice? Estaria talvez interessada em se juntar a nós?


- Não, obrigada. – ela respondeu rápida e educadamente.


- E você, Bella?


Tentei me controlar. Era difícil.


- O que? – Caius perguntou. A compreensão o atingindo.


Aro não tinha a menor intenção de puni-la.


Estamos tão perto de sair daqui. Com vida.


Estava ligado a cada um dos pensamentos de Aro.


- Caius, com certeza você vê o potencial. Não vejo um possível talento tão promissor desde que encontramos Jane e Alec.


Ambos não gostaram da comparação.


O desejo estava ali novamente.


Um rosnado se formou em meu peito e Bella respondeu rapidamente.


- Não, obrigada.


- É lamentável. Um desperdício.


Ele ainda não havia decidido o que fazer.


- Unir-se ou morrer, não é? Desconfiei disso quando fomos trazidos a esta sala. Bem de acordo com suas leis.


Foi necessário dizer isso para forçá-lo a uma decisão. A idéia de nos destruir não o agradava. Tinha que aproveitar a oportunidade.


- É claro que não. Já estávamos reunidos aqui, Edward, esperando pelo retorno de Heidi. Não por você.


Sua honestidade me chocou.


- Aro, a lei os reclama. – Caius sibilou.


- Como assim?


- Ela sabe demais. Você expôs nossos segredos.


- Também há alguns humanos em seu teatro aqui. – afirmei.


- Sim, mas quando não nos forem mais úteis, servirão para nos sustentar. Não é o seu plano para essa. Se ela trair nossos segredos, está preparado para destruí-la? Acho que não.


- Eu não... – Bella começou a dizer, mas o olhar frio e ameaçador de Caius a fez se calar. Humanos não podiam se dirigir a ele.


Patético.


- Também não pretende torná-la uma de nós. Portanto, ela é uma vulnerabilidade. Admitindo que isso seja verdade, nesse caso, só ela perde o direito a vida. Você pode partir se desejar.


- Foi o que imaginei. – ele disse ao ver minha reação contrária.


- A não ser... A não ser que pretenda lhe dar a imortalidade.


Hesitei, tentando ver o que ele queria ouvir.


Alice acompanhava tudo em silêncio.


- E se eu der?


Sim... vi o que ele queria.


Não o agradava nos destruir. Não o agradava chatear Carlisle. Ele o tinha bem.


- Assim estaria livre para ir para casa e levar meus cumprimentos a meu amigo Carlisle. Mas receio que tenha de estar sendo sincero.


Quero provas... claro. – ele pensou.


Poderia eu fazer isso com ela?


Olhei em seus olhos, e não pude ver nada além do que ela já era.


Bella era perfeita em toda a sua fragilidade. Seria um crime mudar isso.


Mas eu queria... tanto.


Exceto que... o que era melhor para ela vinha primeiro.


Eu não conseguiria enganar Aro. Meu ser afastava qualquer futuro que envolvesse mudá-la.


- Seja sincero. – ela implorou.


Ela realmente ainda queria isso? Depois de tudo que passou por minha causa? Ou seria apenas para sair daqui com vida?


Não importava. Eu nunca seria capaz.


Eu resolvo isso. Fique onde está. – Alice ordenou se aproximando de Aro. Ele sorriu para ela, seus olhos cheios de cobiça. Suas mãos se tocaram.


Então... as imagens começaram.


Era como se estivesse acontecendo. Imagens que de certa forma já conhecia - os olhos de Bella eram de um vermelho vivo e ela sorria. Ela parecia... parecia... feliz.


Meus dentes trincaram.


Não. Isso não iria acontecer.


As visões de Alice não se alteraram, o que deixou claro que não seria eu o responsável por tal transformação. Ela seria.


Alice estava determinada. Pelo menos naquele momento.


Novamente... Aro riu.


- Isso foi fascinante!


Alice sorriu para ele.


- Fico feliz que tenha gostado. – ela disse.


- Ver as coisas que você viu... em especial aquelas que ainda não aconteceram!


- Mas acontecerão. – ela estava certa disso.


Tentei controlar minha respiração. O importante era sair daqui. O futuro não era certo. Ele sabia disso, mas estava confiante.


- Sim, sim, está bem determinado. Certamente não há problema.


A visão era clara como água cristalina.


Caius queixou-se.


Aro tentou dividir com o irmão suas expectativas futuras – ele ainda estava encantado com o dom de Alice e com a possibilidade de nos juntarmos a ele, mas o mais importante... estava determinado a nos deixar partir.


- Então agora estamos livres para partir? – me certifiquei.


- Sim, sim, mas, por favor, volte a nos visitar. Foi absolutamente fascinante.


Sinceridade preenchendo sua voz novamente.


- E nós também os visitaremos, para nos assegurarmos de que sua parte foi cumprida. Em seu lugar, eu não demoraria muito. Não oferecemos uma segunda chance.


Assenti, entendo o que ele dizia.


Felix se mostrou completamente decepcionado.


Queria sorrir para ele. Agora não havia nada a ser feito a respeito de nossa liberdade. A última palavra foi dada por Aro.


- Ah, Felix. Heidi estará aqui a qualquer momento. Paciência.


Ele estava com sede, mas sua impaciência não era devido a isso. Ele não queria qualquer humano.


- Hummm, nesse caso, talvez seja melhor partirmos o quanto antes. – precisava tirar Bella daqui. Ela não precisava ficar ainda mais aterrorizada com o que estava prestes a acontecer.


- Sim. É uma boa idéia. Acidentes acontecem. Mas, por favor, esperem até que escureça, se não se importam.


- Claro. – concordei rapidamente.


Aro me entregou o manto de Felix.


Temos que sair agora, Edward. – Alice pensou, tensa.


- Fica bem em você. – Aro comentou assim que o coloquei.


- Obrigado, Aro. Vamos esperar lá em baixo.


- Adeus, jovens amigos.


- Vamos. – disse a Bella. Heidi estava próxima.


Não saímos a tempo.


Mas uma vez, não pude proteger Bella do horror de meu mundo.

2 comentários:

Mais um cap maravilhoso, parabéns!!!
Espero ansiosa pelos próximos, pois de acordo com o livro é o dos que mais gosto.
Bjs

Lorena estava perfeito
parabens
ansiosa pelo proximo

bjjss

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