21 de nov. de 2010

Capitulo 8

Posted by sandry costa On 11/21/2010 5 comments

Eu te amo

PV Jasper

Eu fitava o filete de sol que entrava pela janela entreaberta. Meu sorriso bobo não desapareceu enquanto eu estava abraçado às costa dela. Meu dedo era insistente em acariciar sua cintura e fiquei satisfeito em ver o mesmo sorriso esculpido no rosto de Alice. Me abaixei para tocar seu ombro com os lábios e então suspirei.

- A gente tem mesmo que sair daqui para ir até os Cullens? – ri.

- Claro! Teremos a vida toda juntos, só que com uma família – Alice disse em sua voz melodiosa, sua empolgação com aquele fato era quase palpável e isso de certo modo refletia em mim.

E me assustava.

- È, mas eu não ligaria de ficarmos aqui uma semana ou duas, sabe....- eu, no alto de minha cara-de-pau, tentei ludibriá-la.

- Jazz! È muito tempo! – ela começou a rir.

- Tudo bem, um mês então?

- Jasper! – ela me repreendeu divertida.

- Ok, se você faz tanta questão, um ano então, eu só acho que é muito tempo, meu amor – eu a provoquei, mas ela pareceu não se importar de brincar de brigar comigo.

Ótimo, no mínimo eu e minha boca grande havíamos entrado em ação. Mas quando ela se virou para mim eu pude constatar o sorriso de sua face.

Irresistível não sorrir de volta.

- O que foi?

- Nada. Nada não – ela me respondeu simplesmente, me deixando na curiosidade mais uma vez. Essa mulher era terrível.

Ela me empurrou até pairar sobre mim. Apoiou seu queixo em sua mão e me fitou.

- Alice Cullen. È bonito, não é? Caramba, um sobrenome! – ela sorriu feito uma criança encantada. Porém, eu, ao contrário, não sorri. Fingi uma expressão de repreensão, mas eu sabia que no fundo eu queria falar sério.

- Não vai adotar meu sobrenome?

Alice fez um pequeno bico e uma cara de magoada.

- Bom, nós tínhamos que ser casados para eu ter seu sobrenome e, sabe, você não me pediu em casamento nem nada – ela traços desenhos pelo meu peito e arqueou as sobrancelhas.

Apertei os olhos para ela.

- Só se nos casarmos terá meu sobrenome? – fingi um tom de choque.

- Bom, é... – ela murmurou inocentemente.

- Ok, então – eu disse sério. Senti na mesma hora ela se preocupar. Eu não podia admitir, mas eu adorava provocá-la. Ela tinha receio de me deixar zangado com qualquer coisa que falasse.

Só não sabia que seria difícil me fazer ficar zangado com ela.

Então, eu sorri para ela e a puxei rapidamente para ficarmos ajoelhados na cama. Segurei seu delicado rosto entre as mãos e a fitei, sério.

- Alice Cullen, que seja – eu debochei e ri – Eu quero ficar com você enquanto eu caminhar pela terra. Eu quero poder beijar você sempre eu tiver vontade por todo esse tempo que vai vir. Quero que seja minha e de mais ninguém, Alice. E sei que pareço um bobo e desajeitado aqui, mas leve em consideração que eu nunca fiz isso antes - eu ri nervosamente– Casa comigo, Alice?

Alice me olhava sem esboçar reação alguma. Nem parecia que tinha me escutado. Mas, eu podia sentir o reboliço de sentimentos dentro dela. Eram tantos que eu nem conseguia diferenciar um único.

Eu comecei a ficar preocupado depois de um tempo, céus, era a primeira vez que eu pedia alguém em casamento e nem recebo resposta. Mas então ela soltou um arquejo que parecia estar guardado. Os cantos de sua boca começaram a se elevar mais e mais e a senti inflar-se.

Ela começou a rir e se jogou em meu pescoço, fazendo-nos cair de volta no colchão.

- Jazz! Oh Jazz, eu te amo tanto! – sua voz saiu abafada pelo meu pescoço, onde ela estava. Sua euforia era contagiante e comecei a rir do sorriso moleca dela.

Ficamos ali abraçados na cama. Eu passava a mão de leve em suas costas, indo da base de sua espinha até sua nuca. Ela passava sua mão por meu peito nu distraidamente. Ultimamente parecia comum ficarmos fazendo caricias um no outro.

Mas cedo demais ela suspirou e sentou-se na cama.

- Jazz, já são quase 11:30 hs. A tempestade vai cair em quase uma hora, mais o tempo já está ficando feio – ela disse calmamente olhando pela janela – Acho que vou ter que pedir uma roupa de baixo nova, já que a minha esfrangalhada pelo chão – ela riu sonoramente, claramente lembrando....

- Desculpe – eu murmurei – Mas eu pedi permissão!

- È pediu. Mas está tudo bem, não precisa pedir – ela sexymente (NA/ Hã?) piscou – Só vou te avisar quando eu tiver uma preferida.

- Obrigado – lhe sorri.

- Bom, vou ligar para a recepção e pedir para me trazerem outra. Vou colocar na conta, algum problema?

- Não, peça o que quiser, querida – lhe lancei um sorriso encorajador. Ela pareceu animada com a idéia. Um pouco animada demais eu diria. – Pode pedir para fechar nossa conta, Ally?

- Ok, vou pedir um... Do que me chamou? – ela parou bruscamente parecendo surpresa. Eu sorri como se aquilo fosse natural.

- Ally. Oras, se você pode me dar um apelido, eu também tenho direitos – aquilo era óbvio. Ela me encarou por alguns segundos até gargalhar de repente.

- O que foi? – indaguei confuso.

- Nada meu amor – ela recomeçou a caminhar ainda rindo – Vou ligar – ela se sentou na beira da cama e avistou minha camisa jogada no chão. Se abaixou, pegou-a e a vestiu. Ela caminhou graciosamente até a mesinha de frente para a cama, no caminho pegou telefone e se encostou na mesa, de costas para mim.

Eu a observei dos pés a cabeça. Depois de tudo que havia acontecido, era questionável minha sanidade vampírica. Ela era de verdade e era minha!

Pra sempre.

Ela se sentou na mesa, agora de frente para mim, cruzando as pernas distraída com o telefone. Eu me levantei, caminhando com a imponência de um soldado que eu era, fui para sua frente, descruzando suas pernas e me pondo entre seus joelhos enquanto ela discava os números. Ela me olhou, sorrindo.

- Deve estar cheio de gente – ela deu de ombros – Vou tentar de novo.

Alice começou a discar os números outra vez, porém eu me aproximei e lhe toquei os lábios. Ela retribuiu levemente. Eu ia me aprofundando aos poucos e a provocava-a, afastando minha boca, fazendo-a vir atrás.

- Tenho que ligar – ela sussurrou.

- Uhum – eu apenas emiti o som, não deixando de beijá-la. Mordi seu lábio inferior de leve, puxando, e Alice ficou desnorteada.

- Acho que vou ligar depois – ela arfou, rendendo-se e segurando meu rosto. Ela largou o telefone de lado e eu rumei, em um caminho de beijo, até seu ouvido para sussurrar.

- Sabia que fica ainda mais sexy vestida assim?

Ela sussurrou com ainda mais dificuldade.

- È, vou ligar depois – ela entrelaçou seus braços em meu pescoço, mas antes que tudo se aprofundasse eu segurei seus braços, soltando-os de meu pescoço, o que a deixou confusa.

- Me desculpe. Por ter alguma hora duvidado de você. Eu não sei como pude deixar de acreditar que você me amava, e que eu sentiria isso também.- eu falei verdadeiramente, porém eu sentia que Alice esperava algo mais – Eu sei que te deixei triste com algumas coisas que eu disse- me aproximei de seu rosto – Mas deixar você, mesmo que por um dia, me mataria! Eu quero proteger você, quero te fazer feliz – nem percebi quando já estava com um tom baixo.

- Você vai me fazer feliz estando comigo pra sempre – ela me respondeu, sorrindo.

A olhei com mais seriedade antes de acompanhá-la. Me aproximei mais de seu rosto e sussurrei algo que eu jamais pensei que diria algum dia.

- Eu te amo – aquilo parecia tão certo...natural. Quando ela deu o sorriso mais bonito que já deram pra mim, eu senti meu mundo parar por instantes. Aquelas palavras pareciam ser as que ela esperava a tempos de mim e me senti um tolo por não tê-las dito antes. Ainda mais quando ela pulara em meu pescoço, me beijando de novo e de novo.

Naquela hora a amei outra vez, da maneira mais bela e profunda que nossos corpos nos permitiam.

______



O céu estava completamente escuro, o que dizia que logo uma tempestade desabaria naquela pequena cidade. Alice e eu descemos as escadas até a recepção. Enquanto fechávamos a conta, alguém apareceu por trás. Eu reconheci o cheiro de imediato e uma carranca se formou. Quando nos viramos, Alice sorriu largamente.

- Edmund! – ela foi em sua direção e o abraçou. Eu rosnei baixo, mas sabia que Alice ouvira. Ela o soltou e olhou para mim.

- Ah, esse é o Jasper, Edmund – ela nos apresentou. Eu esperava ironias e sentimentos ruins vir daquele homem, mas fiquei confuso pois ele sorriu. Verdadeiramente.

- Então, você é o famoso Jazz?

- Como é? – indaguei confuso juntando as sobrancelhas.

Ele então voltou seu olhar para Alice, repreensor.

- Por que está vestida assim? Onde está o vestido que lhe dei?

- Er, bom, sabe...

- Não tem desculpas – ele fingiu estar bravo até sorrir e a puxar gentilmente para sussurrar – Está embrulhado lá nos fundos, pegue-o e vista-o, querida – ele a soltou e piscou para ela. Seu sorriso se alargou e ela quicou no lugar, batendo as mãos.

- Obrigada! Obrigada! – ela então foi para os fundos, parecia uma criança que ganhara o melhor presente de natal. Eu sorri, afinal, essa era uma das características de Alice que me encantava.

Nem percebi que o outro me encarava.

- Gosta muito dela, não é Jasper? – perguntou ele.

- A amo – murmurei apenas, apesar de saber que aquilo era pouco.

- Ai sabe, quando vejo um casal jovem e bonito assim, tão apaixonado, me dá um comichãozinho –Edmund suspirou. O olhei de canto de olho estranhando aquela reação. Bem alegrinho, ele.

- Não deveria estaria dando em cima dela?

- Oh, querido, claro que não! Nem se eu a quisesse ela iria me querer.

- E por que acha isso?

- Por que ela ama você – ele disse como se fosse óbvio. Eu também sabia disso, mas eu gostava de saber que isso transparecia até para os outros.

- Ela disse isso ontem? – eu me peguei extremamente curioso.

- Ela praticamente falou isso a noite inteira! Bom, a dança inteira, quero dizer. Eu poderia escrever um livro sobre você, querido – ele sorriu ternamente para mim e sorri também diante daquele fato.

Nesse momento, Alice pulou na nossa frente.

- Então, o que acharam?

Nós dois olhamos para ela ao mesmo tempo. Ouvi Edmund bater palmas e sorrir. Porém, eu não consegui mexer qualquer músculo da face. Nem pisquei enquanto a olhava dentro daquele encantador vestido amarelo.

Ela estava ainda mais linda.

Então ouvir Edmund limpar a garganta e Alice rir. Eu voltei para a realidade, voltando a piscar e me sentindo um tanto sem jeito.

- O que achou, querido? – ela me perguntou e eu senti sua expectativa. Mas quando eu ia responder a mulher da recepção me chamou e eu me virei para ela, ainda meio zonzo.

- Acho que ele gostou – ouvi Edmund sussurrar para ela. Eu sabia que ela sabia que isso não passaria despercebido por mim.

Fechamos a conta, assinamos o recibo, pagamos e nos dirigimos para a porta principal. Nos viramos antes de abrir e Edmund deu um suspiro pesado.

- Bom, acho que é adeus – ele disse em tom embargado.

- Oh Edmund, vou sentir sua falta – Alice o abraçou e quando o soltou, voltou a falar – Voltaremos para te visitar, prometo – Edmund sorriu ternamente para ela e logo em seguida estendeu sua mão para mim. Hesitei um pouco, mas depois a apertei.

- Foi um prazer Monsieur Jasper.

- Igualmente, Edmund.

____

Saímos do hotel descendo a rua de mãos dadas, com os dedos entrelaçados e sorrisos bobos.

Estávamos quase na entrada da floresta.

- Então, senhora Witlock, pronta pra virar de cabeça a vida de uma pobre família como fez com a minha? – a perguntei em tom brincalhão.

- Claro senhor meu marido – ela enfatizou as palavras – Adoro arruinar vidas – ela disse no mesmo tom brincalhão.

Eu parei de andar e a puxei, enlaçando meus braços em volta de sua cintura.

- Você não arruína vidas. Pelo contrário, acho que jamais vou poder agradecer o suficiente por você. Eu te amo, Alice Witlock Cullen.

- Oh Jazz, acho que demorará muito até eu me acostumar com isso.

- Claro que vai, vou te dizer que te amo todos os dias, assim você se acostumará – sorri colocando uma mecha de seu cabelo atrás de sua orelha.

- Não é só com isso, você dizer que me ama com certeza eu nunca, mesmo depois de 300 anos isso ainda me dará borboletas. Mas, eu sou a senhora Witlock! – ela exclamou a todo sorrisos. Eu gargalhei e ela então me olhou confusa.

- O que foi? O que eu disse? – eu até podia sentir uma pontinha de irritação.

- Nada, minha pequena. Mas...sabe, tecnicamente você não é a senhora Witlock.

- Como não!? – ela perguntou indignada.

- Ainda não nos casamos. Pode considerar aquele pedido de casamento inválido.

- Inválido? Está descasando? – eu fiquei com medo do que já começava à crescer nela.

Coloquei rápido um dedo sobre seus lábios para ela fazer silêncio.

Por cinco minutos pelo menos.

- Não estou descasando com você. Jamais. Mas quero pedir sua mão lá, diante de todos, quero que todos vejam que é minha.- eu me aproximei e rocei meus lábios nos dela, juntando nossas testas.

- Idiota, eu quase enfartei – ela sussurrou entre dentes, mas depois sorriu para mim e eu a acompanhei. Tinha como não sorrir quando um anjo sorria pra você? – E eu NÃO VOU desconsiderar o MEU pedido de casamento, Major.

- Tudo bem, meu amor, então colecione os meus pedidos de casamento- sua expressão contente me fez ficar pleno. Ela era simplesmente contagiante. Subi minhas mãos até seu rosto e a beijei.

Era intenso, mas calmo.

Era natural, carinhoso, bom, calmante... viciante.

Eu tinha um passado do qual não me orgulhava, mas eu sabia que agora, aquele pequeno e frágil ser mudaria todo meu futuro, que até um dia atrás estava perdido. Eu sabia que só Alice me daria a felicidade que eu precisava.

Ela era minha vida agora.

Separamos nossas bocas quando o 1º pingo tocou o topo de nossas cabeças.

- Vamos? – perguntei sorrindo, pegando sua mão.

- Vamos – ela retribuiu meu sorriso, entrelaçando nossos dedos e voltamos a andar.

- A propósito – eu disse de repente – Quase tive um infarto quando te vi com esse vestido – a repreendi divertido.

- Oh me desculpe, Major, não foi minha intenção. Mas prometo tentar lhe causar sempre de agora em diante.

Rimos de nossa própria bobeira e continuamos nossa trilha em passos lentos de humanos.

Para que pressa? Nós tínhamos a eternidade pela frente e ela demoraria à chegar, assim como o 1º pingo de uma chuva que se espera após um longo verão...


FIM

5 comentários:

Own! Que lindo! peninha que acabo! ç.ç

Mais eu Amei a fic de montão! foi super show! *0*

Ahhhhhhhhhhhhhh, que pena que acabou :(
Mas adoreei o final..
Parabéns.
beeijoos. :)

Poly
parabens pela exelente fic, amo alice e jasper
pena q foi tao pequenininha, e acabou tao rapido

o cap estava perfeito
parabens

bjjss

Olá corações :)
AH, eu fico MUITO feliz que tenha agradado, de verdade.
Obrigada menias, obrigada, também, Sandry, vs é uma fofa :)
Fico satisfeita por uma fic minha ter sido postada em um site tão legal e bem organizado como o seu *_*
Bjsss meninas :*

obrigada a voce Poli e quem sabe em breve nao postamos outras

bjjss

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