Fortalecendo
a amizade
Narradora
As
meninas se arrumaram antes que Kauã batesse na porta as chamando, junto com ele
estavam Duda e JP.
- Está
bem? – Ness perguntou a Duda e ela afirmou com a cabeça sorrindo por ela se
preocupar. Luly’s percebeu que o Henri não estava com eles, mas não disse nada.
- Onde
esta o Henri? – Bia perguntou também percebendo que ele não estava junto.
- Ele foi
na frente. – JP falou e revirou os olhos, censurando o primo por fugir da sua
impressão, tudo que ele queria era encontrar a dele, assim ele finalmente
esqueceria Duda. Luly’s se sentiu decepcionada ao saber que ele já tinha ido.
O pub
estava fervilhando de gente, música alta e muita zoeira. Assim que entraram
todos viram que Henri estava quase engolindo uma loira pela boca. Luly’s ofegou
tentando não deixar transparecer toda a dor que sentiu, ela não acreditava que
estava completamente apaixonada por um carinha que conheceu no dia anterior e
pior ainda não estava nem aí pra ela. Os primos se olharam quando viram Henri
com outra e ouviram Luly’s ofegar, eles sabiam o que ela deveria estar
sentindo, sendo ela a impressão dele.
- Idiota.
– Kauã.
-
Criança. – Duda.
- Babaca.
– JP.
Henri, sentindo
o cheiro dos primos, olhou para trás e quando viu os olhos cheios de dor da
Luly’s sentiu como se lhe enfiassem uma faca no peito. Ele manteve o olhar e
Luly’s desviou seus olhos.
- Quer
dançar? – Um carinha perguntou a Ness e não viu por que recusar. Os outros
foram pra mesa onde já tinha uma galera.
-
Pessoal, essas são Bia, Nanda e Luly‘s. Meninas esses são o pessoal. – Kauã
falou sorrindo. Uma nova música começou a tocar e Guto se levantou chamando
Luly’s pra dançar, ela ficou muito vermelha, mas não quis recusar. Assim que
eles chegaram ao centro da pista de dança Henri os viu, ele soltou a loira que
estava com ele e soltou um rosnado alto, chamando a atenção dos primos pra ele.
Quando ele deu dois passos pra dentro da pista JP já estava do seu lado.
- Nem
pensa nisso.
- Ela é
minha. – Henri falou possessivo, sem nem acreditar nas palavras que ele falou.
- Não era
o que parecia quando nós chegamos. – Henri fuzilou JP com o olhar e saiu do
pub. O episódio não passou despercebido.
- O que
deu nele? – Nanda perguntou.
- Henri é
meio estressadinho. – Duda respondeu. Logo eles estavam conversando e
esqueceram o ocorrido.
Ness
Já fazia
uma semana que eu estava em NY e apesar da saudade dos meus pais, estava sendo
perfeito. Columbia era demais e nós já tínhamos feito vários amigos, entre eles
nossos vizinhos, que eram primos e muito legais.
- Ei
garotas. – Henri chamou se aproximando de Nanda e eu. – Meus primos e eu vamos
ao haras amanhã. Estão afim de ir? – Nanda fez uma careta e eu sorri, nós não
éramos acostumadas com cavalos, mas seria uma boa experiência.
- Claro.
Podemos chamar a Bia e a Luly’s? – Perguntei, pois sabia que havia algo entre
eles, às vezes eles se olhavam como se só existissem eles no universo, me
lembrava até os olhares entre minha mãe e meu pai, mas às vezes só faltava se
pegarem no tapa, sem contar quando ficava um silêncio incomodo.
- Yeah. –
Ele respondeu com uma mistura de felicidade e raiva no olhar.
Tanto Bia
quanto Luly’s se animaram a ir, e os olhos de Luly’s brilharam quando eu disse
que tinha sido o Henri quem convidou. O dia passou rápido e logo a noite
chegou, subi pro meu quarto fiz o exercício pra segunda-feira e mexi um pouco
no computador, como sempre digitei “apanhador de sonhos”, queria aprender cada
vez mais sobre essa anomalia, já que eu sofria desse mal. Olhei em um site novo
que dizia:
“Os
apanhadores de sonhos transitam entre as dimensões dos mortos e dos vivos, tem
a capacidade de verem almas que estão ligadas a esta dimensão.”
Olhei com
olhos arregalados para aquela matéria do site. Era só o que faltava! Além de
ver os sonhos das pessoas, ainda poderia ver fantasmas. Continuei a ler.
“Ocorreram
casos de apanhadores de sonhos entrarem em mentes sem que sejam em sonhos.”
Fechei o
site e desliguei o computador, isso estava ficando cada vez mais inacreditável.
Tomei um banho gelado, mais uma vez minha temperatura estava alta, alta demais
pro meu gosto, e fui me deitar mais cedo.
Eu estava
em um quarto grande e branco, de um canto Arthur me olhava com um sorriso
triste, assim como da primeira vez ele estava embaçado e não dava pra vê-lo
direito, dei um passo em sua direção, mas ele negou com a cabeça, senti um nó
na minha garganta e uma lágrima descer em meu rosto.
Sentei na
minha cama ofegante, meu corpo todo tremia e eu estava desperta, sem nem um
pingo de sono.
- Merda.
– Levantei, tomei um copo de água e voltei pro meu quarto, eu sabia que não
conseguiria dormir de novo. Sentei no meu piano e comecei a passear meus dedos
pelas teclas, sentindo a música fluir de dentro do meu peito, fechei meus olhos
e comecei a tocar.
Todas as noites eu corro
para minha cama
Com esperança de que talvez eu tenha a chance de te
ver
Quando fecho meus olhos
Estou fora de mim
Perdida num conto de fadas
Você pode segurar minhas mãos e ser meu guia?
Nuvens cheias de estrelas cobrem seu céu
E eu espero que chova
Você é a canção de ninar perfeita
Em que tipo de sonho eu estou?
(Refrão)
Você pode ser um sonho doce, ou um lindo pesadelo
De qualquer jeito, eu não quero acordar de você
Doce sonho, ou um lindo pesadelo
Alguém me belisque, seu amor é muito bom pra ser
verdade.
Meu prazer secreto, eu não vou a lugar nenhum
Enquanto você estiver aqui
Eu estarei flutuando no ár porque você é meu
Você pode ser meu doce sonho, ou um lindo pesadelo
De qualquer jeito, eu não quero acordar de você.
Eu falo de você em minhas rezas
Eu tenho você em todos os meus pensamentos
Rapaz, você me deixa "alta"
Eu desejo que você esteja lá quando eu acordar
Para que você me abrace de verdade
E me diga que ficará ao meu lado.
Abri meus
olhos e senti um sorriso nascer entre as lágrimas que rolavam dos meus olhos.
Sentia-me triste e alegre ao mesmo tempo.
- Amo
você. – Sussurrei para o nada.
♥♥♥
Narradora
Henri
acordou com o coração disparado, ele havia sonhado mais uma vez com Luly’s, no
sonho eles estavam juntos e ele ouviu uma voz dizendo “não adianta lutar
contra.” Henri balança a cabeça e levanta pra se arrumar.
- Todos
prontos? – Ele pergunta ao entrar na cozinha. E os primos afirmam com a cabeça,
o telefone toca e ele fala que vai atender.
“Alô.”
“Henri.
Como vai?” Alice pergunta, Duda, JP e Kauã entram na sala e Duda faz sinal pro
Henri que quer falar com ela.
“Tudo tia
Lice... A Duda quer falar com você.”
“Claro
que quer.” Alice sorri. Mesmo ela não podendo ver nada sobre os meninos, ela
sentiu que devia ligar para eles.
“Oi tia,
que saudade.”
“Você foi
embora há uma semana Duda.”
“Mas já
tô com saudade, não posso?” Duda gargalha e ouvi a risada de sinos da tia a
acompanhar. “Tem uma coisa que preciso te perguntar.”
“Pode
perguntar.” Todos os Cullen olharam pra Alice e ela deu de ombro pra dizer que
não sabia o que era, eles eram pontos escuros como a Nessie, Jacob ou qualquer
um híbrido.
“Você
sabe alguma coisa sobre uma híbrida na nossa faculdade?”
“Híbrida?
Não querida, você sabe que não consigo.” Alice falou com tristeza na voz.
“Ela me
parece familiar.”
“Familiar
como?”
“Não sei,
o sorriso dela e os traços, ah sei lá, ela só...” Duda encarou os primos, ela
ainda não tinha falado pra eles das suas suspeitas. “Ela se parece com nossa
família, eu pensei que... Que poderia ser a tia Ness.”
“Como?”
- Como? –
Tanto Alice, quanto os garotos perguntaram ao mesmo tempo.
“Foi só
um pensamento doido que passou pela minha cabeça.”
“Quer que
algum de nós vá ate aí e dê uma olhada?”
“Não
precisa.”
“Ok, vou
ligar para a Nessie, qualquer novidade e eu te ligo. Beijos”
“Beijos,
diz a todos que amamos vocês.” Duda desliga o telefone.
- Por que
não nos disse nada? – Kauã pergunta.
- Por que
é tão louco que nem eu mesmo acreditei quando pensei isso. – Eles ficaram em
silêncio por um tempo, até Henri dizer que eles estavam atrasados. Eles
encontraram as meninas no hall do edifício e foram na frente com o carro
mostrando o caminho.
O haras
era lindo, enorme e cheio árvores. Várias pessoas passeavam em cavalos e alguns
pulavam em obstáculos dentro da arena. Eles foram ate uns chalés que havia lá e
pegaram um com dois quartos, um pras garotas e outro pros garotos. Nos fundos
do chalé havia duas piscinas lindas e várias quadras de tênis, vôlei, basquete
e um campinho de futebol.
Henri
resolveu ir montar, vestiu sua roupa de equitação, calça apertada preta, blusa
branca e bota de montaria até o joelho por sobre a calça, ele e os primos
sempre vinham ali e ele amava montar. Quando ele chegou lá viu Luly’s
acariciando o focinho de relâmpago, o seu cavalo preferido.
- Ele
gostou de você. – Henri fala se aproximando. Luly’s se assusta e olha pra cima,
ela dá um sorriso quando vê Henri, o coração de Luly’s dispara e o de Henri
acompanha quando ele ouve.
- Ele é
lindo. – Luly’s diz acariciando novamente o focinho do cavalo.
-
Relâmpago.
- Hã?
- O
cavalo, o nome dele é relâmpago. – Luly’s sorri e fala pro cavalo.
- Oi
relâmpago, eu sou a Luly’s. – Henri sorri com o jeito meigo dela. Ele para ao
lado dela e encosta na baia e começa a acariciar a cabeça do relâmpago.
- Você
monta? – Henri pergunta a Luly’s.
- Não
exatamente. – Henri a olha interrogativamente. – Eu montava quando era mais
nova, mas daí eu me mudei pra Califórnia e parei do montar, equitação não é
muito conhecido por lá.
- Quer
dar uma volta?
- Não
sei, tem muito tempo que não monto.
- Não vou
deixar nada te acontecer. – Henri fala olhando nos olhos de Luly’s e ela se
sente segura, Henri desce a mão acariciando relâmpago e toca na mão de Luly’s,
ambos sentem uma descarga de eletricidade passear pelo corpo com o contato. Ele
desce mais a mão e entrelaça seus dedos com o dela, ela afirma com a cabeça e
sorri, ele retribui o sorriso.
Henri
sela relâmpago e outro cavalo manso e eles vão dar uma volta pelo haras. Luly’s
se sente um pouco amedrontada no começo, mas logo fica a vontade, eles até dão
uma corrida. Eles correm até o fim do haras, onde há um rio com água
cristalina, árvores rodeando o rio e muitas flores. Luly’s desce do cavalo
encantada com a vista.
- Que
lindo. – Henri concorda com a cabeça, hipnotizado pela garota na sua frente. –
Podemos descansar um pouco? – Luly’s pergunta desviando seus olhos dos olhos de
Henri.
- Você
pode o que quiser. – Como se estivesse em transe Henri caminhou
os dois passos que os separavam e tocou seus lábios, ele sentiu como se tudo
girasse e seu coração disparou. Henri pediu passagem com a língua e Luly’s
concedeu, eles travavam um duelo interessante, em que não haveria ganhador ou
perdedor. Henri apertou a cintura de Luly’s a puxando mais para si. Eles se
afastaram ofegantes e olharam um nos olhos dos outros. Luly’s sentia como se
estivesse sendo puxada para ele, por um instante ambos sorriram e então o
sorriso morreu nos lábios de Henri. Ele percebeu o que tinha feito, tudo bem
ela realmente era linda, mas ele sabia que o que tinha predominado eram os
efeitos do imprinting.
Luly’s
não entendeu quando ele montou no cavalo e o esporou correndo como um louco.
Ness
Eu
reconhecia que o haras era lindo, mesmo eu não entendendo nada de cavalos, a
Luly’s que deve estar amando já que ela é apaixonada por eles. Enquanto pensava
nela, Luly’s entrou chorando e correu para o banheiro.
- Qual o
problema dela? – Duda perguntou.
- Não
sei. – Falei me levantando e indo até o banheiro. – Luly’s sou eu, está tudo
bem?
- Tô...
Bem. – Ela respondeu entre os soluços. Voltei pro quarto onde Duda me olhava
interrogativamente.
- Ela
disse que está bem. Mas... Ela não é de chorar a toa. – Duda ficou pensativa. –
O que foi?
- Pode
ser por causa do meu primo. – Arqueei a sobrancelha interrogativa. – Você deve
ter percebido que eles estão meio a fim um do outro.
- É percebi.
- Então,
mas meu primo é meio cabeça dura.
- Você
acha que ela a fez chorar? – Um ódio tremendo tomou conta de mim.
- Tenho
grande suspeitas que sim. – Quando Duda disse isso eu me levantei e saí do
quarto, ouvi ela perguntar onde eu estava indo, mas ignorei. Andei até o chalé
dos meninos e vi o Kauã do lado de fora.
- Fala,
pequena. – O fuzilei com o olhar por causa do apelido, só por que ele era um
gigante não queria dizer que eu era pequena.
- O Henri
está aí?
- Ele
chegou há pouco... – Não esperei ele terminar, subi as escadas e entrei no
chalé. JP estava sentado na cama olhando pra TV e Henri estava deitado de
bruços na outra cama.
- Me dá
licença? – Pedi ao JP e ele afirmou já saindo do chalé. Mesmo ele ouvindo minha
voz não se virou, eu fui até ele e percebi perplexa que ele estava chorando.
Todas as palavras acusatórias que eu tinha pensado em dizer morreram ao vê-lo
assim. Acariciei seu cabelo e ele finalmente me olhou. Senti-me estranha e eu
vi que ele a amava, mas tinha medo. Tirei minha mão rápido da sua cabeça, sem
entender exatamente o que tinha acontecido. – Você está ok?
- Claro.
– Sua voz era baixa. – Como ela está? – Ele perguntou se sentando. Não disse
nada somente o abracei.
♥♥♥
Quando voltamos pra cidade no domingo à noite sentia como se conhecesse Henri,
Kauã, Duda e JP a vida toda, era como se fossemos ligados. Se eu acreditasse em
reencarnação diria que tínhamos sido da mesma família em outra vida.
14 comentários:
Em outra encarnação? vai nessa são familia nessa encarnação mesmo! xD sahsuahs
Amei a fic! se sabe eu amo a fic sempre! :T
nao nao em aoutra encarnação nao nessa msm e acho q é um pouco improvavel q eles vão pqra outra encarnção e eles vao descobrir q ela é sim a tia deles amo essa fic beijinhos
Meu deus eu ainda torço para que o Henri fique com a Luly's eles formam um casal perfeito *-*
E quero muito que eles descubram que são da mesma família só para ver o que vai acontecer!!
Beijos e parabéns.
WOW!!!!!!!!!!! e eu fiquei com o coração na mão!!!!!!!!!!
nossa!!!!!!! o San vc já tentou falar pro Henri que não adianta lutar contra o imprinting pois é um amor muito forte?????????????????????????????????????????
amore vc está de parabens querida.
a fic é um sucesso
beijos princesa
ain que maximo *-*'
Ales
Nossa, não acredito que ele beijou ela e depois fugiu.
É tão lindo quando um homem chora.
To vendo que muitas aguas vão rolar até eles ficarem juntos.
Amei o capitulo.
Ness não vai vê mais Art não é?
@Cintia Lima
vai sim, em breve
vlw pelo comentario
@Zenilda
pois é ne, vou bater um papo com ele kk
vlw
noosa, Sandry o cap tava ótimo
que linda essa ligação que a Ness tem com os sobrinhos
poxa, queria que eles descobrissem a verdade
logo
*---*
a fic tah ótima
parabéns e mais uma coisa:
poxa o Henri e a Lul's formam um casal muito fofo
ele devia parar com isso
Beeeijos
O capitulo ta ótimo mesmo
que lindo o Henri e a Luly's juntos
a Ness tem que descobrir logo posta mais cedo os capitulos ta perfeito sua fic
Ah que maravilha hein??? Ja imaginava que ela estava vendo Artur por causa de seu dom... Que belezura!!! Agora eu quero ver como vai acabar esse rolo...
Muito linda a historia ... pra variar um pouquinho vc se superou de novo Sandry...
Um cheiro e até mais!!
Oi esta perfeito cada capitulo
quero ver agora como vai ser
quando for constatado que a Ness
é da familia deles.
ai meu deus san ta lindo!!! lindo mesmo!!!!!!!!!!!!
esperando o proximo capitulo ansiosamente!
bjs!!
Ai ta lindo , mais deu raiva do henri e pena dele ao mesmo tempo quero ver o proximo capitulo , ta muito bom como sempre !!!
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