Capítulo 51° Morte

Agradecimentos: Aya, Jess, Andreia e Jóyce.

AVISO: Leiam ouvindo essa música, vocês vão se emocionar! Pelo menos essa é a intenção! ^^ > http://www.youtube.com/watch?v=ixob0q_QAY0

Boa Leitura!




New York 31 de outubro de 2010, domingo às 9h59min, Hospital

Isa

Eu estava em algum tipo de lugar onde tudo era pura escuridão.

-Tem alguém ai? –eu chamei, mas minha voz fez eco pelo local. Uma luz fortíssima apareceu um pouco a minha frente. Um homem e uma mulher estavam ali.

-Oi! –eu gritei. –Onde eu estou? –perguntei. Eu me aproximei mais deles e pude ver os seus rostos. Eram... Eram meus pais.

-Pai? Mãe? Onde estamos? Que lugar é esse? –perguntei.

-Fique Isa. –disseram juntos.

-Como assim? Ficar onde? –perguntei confusa. Eles se aproximaram de mim e juntos coloram as mãos em meu peito. Eu senti como se um choque passasse por todo o meu corpo. Literalmente.

-Acorde! –gritaram tocando meu peito novamente. Eu senti uma descarga elétrica passar pelo peito mais forte do que a primeira.

Eu abri os olhos e não estava mais naquele lugar onde só se podia ver a escuridão. Havia luz. Eu estava em um quarto com pessoas vestidos de branco ao meu redor.

-Ela voltou! –gritaram transmitindo a alegria em suas vozes. Eu não ouvi mais nada, pois voltei a cair em um sono profundo onde não havia sonhos.

New York 31 de outubro de 2010, domingo às 23h37min, Hospital

Abri meus olhos e eu não sabia onde eu estava, era uma sala ampla, com uma TV, um sofá e uma poltrona, eu estava deitada em uma cama, eu ouvia barulhos de bips próximos a mim. Havia fios pelos meus braços e tinha alguma coisa em meu nariz, eu levei a mão até ela e a tirei. Tentei me sentar e voltei a olhar ao redor.

Eu sabia onde eu estava. No hospital. Mas por quê? O que houve?

Flash Back On

Isa viu um dos carros ficarem para trás e quando ela percebeu o outro carro do outro lado bateu com toda a força na lateral do carro que derrapou no asfalto molhado.

-Isa coloca o sinto! –gritou Christian. Isa apenas fechou os olhos e sentiu algo circular seu corpo com um barulho de uma fivela. Ela abriu os olhos e viu o carro descer pelo barranco a baixo. Ela olhou para frente e viu os rostos dos seus pais assustados.

-Isa. Nós te amamos. –seu pai disse antes do carro começar a capotar.

Flash Back Off

-Isa. Nós te amamos. –seu pai disse antes do carro começar a capotar.
-Isa. Nós te amamos.

Aquela frase rodava pela minha cabeça.

Antes do carro começar a capotar.

-Capotar. –sussurrei. Ouvi a porta se abrir e olhei para ela rapidamente. Orei para que fossem meus pais, mas não era, era um homem de cabelos pretos e com alguns fios grisalhos. Era Micael.

-Você acordou. –disse surpreso.

-Onde estão meus pais? O que aconteceu? O que você está fazendo aqui? Responda-me! Eu quero ver meus pais! –alterei-me. Não queria ver aquele homem ali. Queria meus pais. Agora.

-Isa, eu preciso que você fique calma. –ele disse se sentando na poltrona ao lado da cama.

-Não quero ficar calma! Quero meus pais! –eu quase gritei.

-Isa... –ele ficou em silencio e depois disse às palavras que eu jamais pensei em ouvir – Seus pais morreram.

-Mentira. –sussurrei, as lágrimas banharam meu rosto sem eu perceber.

-É verdade, escute, sua mãe chegou ao hospital já morta, mas seu pai não, tivemos esperança de que ele sobrevivesse, mas ele teve uma parada cardíaca tentaram o reanimá-lo, mas... Infelizmente ele faleceu. Você também teve uma parada cardíaca alguns minutos depois que seu pai teve e felizmente eles conseguiram ti salvar.

-NÃO! Sai daqui! É MENTIRA! Eu quero meus pais! SAI DAQUI! –gritei.

-Isabela, compreenda, aconteceu. –ele disse se levantando.

-Não! –eu disse. Abaixei a cabeça, era mentira, é claro que eles não estavam mortos. Isso é impossível, não pode esta acontecendo comigo.

-Eu sinto muito Isabela. –o ouvi dizer enquanto caminhava até a porta. Ouvi-a sendo aberta. –A propósito. –olhei para ele. –Feliz aniversario. –então ele saiu do quarto fechando a porta atrás de si.

New York 01 de novembro de 2010, segunda-feira às 04h02min, Hospital

Narradora

Após Micael ter saído da sala algumas enfermeiras entraram no quarto de Isa lhe dando remédios para dor e um tranqüilizante que a fizeram dormi. Isa não estava tão machucada assim, apenas com alguns arranhões, a batida do acidente não lhe causou muitos ferimentos graças ao seu sinto de segurança, mas no hospital ela teve um ataque cardíaco, mas os médicos a trouxeram de volta ao contrario de Christian.

Isa estava acordada, nem mesmo o tranqüilizante lhe fez dormir tanto tempo assim. A ficha de que seus pais tinham morrido ainda não havia caído.

A porta se abriu e uma Jenna com os olhos vermelhos entrou no quarto sentando-se na poltrona.

-Isa. –ela sussurrou. Ela passou um braço pelo ombro de Isa e começou a chorar. –Oh querida, eu sinto tanto. Seus pais. Oh meu Deus. –ela se afastou de Isa se levantando. –Foi uma tragédia. –Isa permaneceu calada. -Você está bem Isa? Está sentindo alguma dor?

-Quero ficar só. –disse virando a cabeça para a janela. Após alguns segundos Isa ouviu a porta se abri e se fechar.

-Isa. Nós te amamos.

-Eu também amo vocês. –ela sussurrou.

New York 01 de novembro de 2010, segunda-feira às 10h19min, Hospital

-Senhorita Beckham, seu caso não é tão grave, mas você terá que ficar em observação. –o médico dizia. –Mas... Como você não sofreu nenhuma lesão. Você poderá ir ao... –Isa que estava olhando para a janela olhou para o médico. –Ao enterro de seus pais. –disse por fim. –Mas depois você terá que retornar. –a porta foi aberta e Micael adentrou o quarto.

-Se a garota não tem lesões não vejo o porquê de ela ter que ficar em observação Doutor. –disse Micael acompanhado de Bryan e de mais dois homens.

Isa apenas virou o rosto para a janela, ela simplesmente ignorou a conversa de Micael e do Doutor. Se seus pais estivessem ali, eles já teriam resolvido as coisas. Se eles estivessem ali às coisas seriam diferente.

-Então está resolvido Isabela. À tarde, perto do sol se por Bryan virá ti busca, pedirei a Jenna que fique aqui com você até a hora de você ir. –ela ouviu Micael falar. –Tudo bem? –ela não respondeu.

Desistindo de ter algum tipo de diálogo com Isa ele saiu da sala junto com o Doutor e com os outros homens.

Alguns minutos mais tarde a porta foi aberta e Jenna entrou no quarto fechando a porta e se sentando na poltrona.

-Tudo bem? –silencio. –Isa, por favor, fale alguma coisa. –Isa virou o rosto lentamente a olhando nos olhos.

-Como foi à festa? –sua voz saiu rouca e muito baixa. Jenna se surpreendeu pela sua pergunta.

-Hã... Quando soubemos do acidente ligamos para todos os convidados desmarcando. Felizmente conseguimos avisar os Hale, os Swan e os Cullen antes que eles pegassem o vôo.

-O que disseram para os convidados? –quis saber.

-Apenas que a festa foi desmarcada por acontecimentos pessoais. Micael achou melhor que não disséssemos o que de fato aconteceu.

-Pelo menos algo de bom esse homem sabe fazer. –Isa virou o rosto para a janela que passou a ser sua única e desejada companhia. –Não quero que saibam do ocorrido.

Naquele dia Isa não voltou a abrir a boca.

New York 01 de novembro de 2010, segunda-feira às 18h03min, Ruas de New York

Isa sentia como se algo estivesse fora do lugar, à cidade estava sem seu brilho habitual, estava sem cor, sem vida. Ela se sentia vazia, se sentia sem forças.

-Respire Senhorita Beckham. –Bryan disse. Isa soltou o ar e o encarou pelo retrovisor.

-Achei que não devia me dirigir à palavra Senhor John. –disse voltando a olhar pela janela. O silencio predominou no carro. Jenna estranhou o modo frio com que Isa falou.

-Chegamos. –Jenna disse. Isa olhou para a cobertura e seu estomago revirou. Ela sabia que a partir dali as coisas iriam mudar. Completamente.



Pois é pessoal, escrevi esse capítulo com o coração na mão, foi muito dificil para eu me despedir do Christian e da Ágata... Mas foi preciso... Uma hora isso ia acabar acontecendo...
Galera não se esqueçam, usem sempre o sinto de segurança, pois ele pode salvar muitas vidas!

Digamos que apartir daqui Isabela Beckham se tornará uma nova garota!

Próximo capítulo:

-Me deixa em paz, se é que é possível. –ela se levantou e Hachi foi atrás dela, ela abriu a porta da varanda e depois a fechou se sentando no chão.

Jenna abaixou a cabeça e saiu do quarto.

-Mãe? –Enrique a chamou quando ela saiu do quarto. –Como ela está?

-Deixe à sozinha Enri, ela não quer visitas. –Jenna desceu as escadas. Enri olhou para a porta de Isa que tinha uma placa: Quarto de minha princesinha.

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