28 de abr. de 2011

Capitulo 11

Posted by sandry costa On 4/28/2011 2 comments

Uma ajuda do... ovo? parte 




Cap. 11 – Uma ajuda do... ovo? Parte I

POV. Jhuly

Tudo bem. Eu não disse que esse maldito sonho que eu não me lembro, iria me perturbar durante um bom tempo?
Pra vocês verem. Aqui estou eu em plena madrugada de terça-feira depois de ter acordado com um susto. O estranho é que eu me assustei não sei com o que já que eu NÃO ME LEMBRO DA POCARIA DO SONHO. Ainda não contei nada para as meninas porque não as quero preocupadas atoa por causa de uma coisinha boba que anda acontecendo comigo.
Acho que vocês já perceberam que eu sou meio reservada e que não gosto de meter os outros nos meus problemas. Mas vocês ficariam da mesma forma se todos que vocês amam estão amando outras pessoas, que finalmente encontraram suas almas gêmeas – mesmo não tendo contado nada disso pra elas ou ter começado algum tipo de relação (elas continuam apenas amigas deles) –, não seria eu que iria tirar o sossego delas com um pressentimento meu.
Então o único em quem eu contei sobre isso foi, é claro, pro Di. Afinal ele sempre consegue me acalmar quando eu dou uns chiliques desses sem sentido.
Mas não é hora de ficar se lamentando. Já são 6:30 da manhã, já está na hora de me levantar pra me arrumar para mais um dia de aula.
Decidi por usar um vestido e botas de cano longo cinza. Preferi não usar perfume e manter uma maquiagem básica, pois uma coisa que nunca aconteceu era eu não estar com vontade pra me arrumar, ainda mais sendo uma estilista. Todavia, vamos deixar isso de lado, não é tão importante assim se estou ou não com vontade de me arrumar.
Desci pra tomar o café e vi uma coisa que pensei nunca ver na vida... As meninas já estavam todas prontas e arrumadas para o colégio. Esperando somente que eu tomasse café pra irmos. Acho que me esqueci de mencionar que ontem na aula elas “avançaram” no relacionamento com os meninos. Não digo que já estão namorando, porque isso não é verdade. Porém, estão mais íntimos. E hoje iremos pegar carona com eles pra ir para escola. Não que nossos carros estejam com defeitos, mas eles perguntaram e é claro que elas aceitaram de bom grado. E parece que estão aprontando, pois me puseram pra ir justamente com o Alec, não que eu esteja reclamando, na verdade estou amando, entretanto, diferente delas, eu não sou tão aberta assim. Depois do que houve daquela vez eu não sei mais se consigo me abrir, mesmo ainda mantendo o segredo, com mais alguém a não ser com elas e o Diguinho.
No entanto, como quando elas se juntam contra mim querendo me forçar a fazer algo sem que eu queira, eu sei que de qualquer jeito elas venceriam, então pra que ficar discutindo? É melhor aceitar de uma vez do que acabar revelando o que não devo pra essas meninas de mente poluída.
Não estava muito a fim de ver que roupas elas estavam, já que todas estavam na porta de casa pra ir à casa dos Cullen pegar carona. Essas aí parecem estar na seca há um bom tempo, pois estão desesperadas para encontra-los. Gente louca. Mas as amo do mesmo modo. Família é família.
Nem deu tempo de eu descer toda a escada pra chegar à cozinha para comer algo e elas já estavam me puxando pra fora, sem nem dar um bom dia. Aff, mal educadas. É eu tinha razão. Elas estão há muito tempo na seca. Tadinhas. Tenho dó mesmo é dos meninos. Porquanto, quando eles começarem a namorar e der um “avanço” no relacionamento e ter uma “intimidade” maior (se é que vocês me entendem) elas vão acabar com a sanidade e forças desses vampirinhos e lobos. Uma coisa que eu sempre acreditei ser impossível. Mas com elas eu não duvido nada.
- Anda logo JAJ! Não estou afim de chegar atrasada na escola. – respondeu-me “com toda educação” uma Mily nervosinha.
Enquanto isso Cami estava “brisando”, sorrindo feita boba pro além. Pelo visto hoje essas duas trocaram de papel. Afe, vai entender esses negócios de gêmeos.
- Bom dia pra vocês também. Eu dormi bem, obrigada por perguntarem. – respondi sarcástica – Nem parece que eu dei educação pra vocês.
- Você dar educação pra alguém? Me poupe, não é Jhu? O quê? Tá estressadinha linda?– me respondeu um Diogo sorrindo da minha cara. Eu mereço viu.
- Primeiro: você não pode falar nada se eu dou ou não educação pra alguém. Pois você me abandonou por quatro anos pra cuidar sozinha dessas cruzes de pecados que eu carrego – respondi olhando paras as garotas que me fuzilaram. Dei um risinho pra elas – Segundo: não é você que tem que ir pro colégio. Já não estuda mais. Então não me atormente, sabe muito bem o que eu posso fazer... – disse lhe mandando um olhar cerrado.
- Não está mais aqui quem falou. – disse levantando as mãos numa clara tentativa de paz.
Balancei a cabeça em descrença e vi um monumento descendo as escadas em direção à garagem.
É claro que estou falando do deus grego, relíquia dos céus, deus da beleza, o... Tá parei. Vocês entenderam!
Alec sentiu (acredito eu) o meu cheiro. Porque virou rapidamente a cabeça – quase revelando sua identidade – e me olhou direto nos olhos. Sorte que consigo disfarçar muito bem. Pois tenho certeza que perdi uma batida do coração. No entanto disfarcei rapidamente.
- Oi. – ele disse dando-me um lindo sorriso de lado.
Respondi ao sorriso e disse um “Olá”.
Ele entrou para pegar o carro.
Ao sair parou do lado de onde estava. Olho em volta e vejo que aquelas filhas de um pai se mandaram e nos deixaram sozinhos.
Entro no carro e ele vai em direção ao hospício, digo colégio.
- Nossa acredita que hoje eu vi algo que eu nunca imaginei ver? – disse a ele enquanto olhava-lhe a face.
- Depende do que você nunca viu. – respondeu relutante.
- Não é nada assim, bobo. Eu vi todas as meninas prontas antes de até mesmo eu descer pra tomar café, acredita?
Ele riu e concordou.
Passamos o resto do caminho todo conversando sobre as meninas e os meninos. Dizendo que todos eles são preguiçosos e coisas do tipo. Mas juramos não contar isso a eles. Um segredo nosso. É eu sei que isso parece infantil, mas qual é? Eu não tive infância, e ele também não (só não sabe que eu sei disso), então nos deixe sermos felizes.

...

As aulas foram tranquilas. O intervalo foi muito engraçado, ver a Cami dando uma de Mily e a Mily dando uma de Cami. Tadinho daqueles dois que aturam elas.

Estava entrando pra aula de Literatura, minha penúltima aula do dia. É, pelo menos é uma matéria que eu irei me dar bem. Entretanto, mesmo assim preferiria não ter que estudar!

...

Eu estava enganada. Com aquela professora nem aula de sono seria legal. Ô mulherzinha chata viu.
- Oi de novo. – vejo Alec ao meu lado sorrindo torto como sempre. Ai ai...PÁRA se não você vai babar, e isso não vai ser nem um pouco legal.
- Oi, Alec. – sorri. Agora teríamos aula de Sociologia juntos.
Sentamos em nossos lugares – que infelizmente ficam distantes um do outro – e esperamos a professora entrar.
- Bom dia classe. Hoje iremos tratar de um assunto sobre convivência... – ela ia dizendo. Ah não. Se formos falar mais um pouco sobre os cuidados que os adolescentes têm que ter ao se relacionarem (sexo) com outros adolescentes, de novo eu juro que surto. Desde o primeiro dia de aula ela trata desse mesmo assunto. Estou começando a achar que quanto mais ela falar sobre isso mais os alunos irão se irritar – como eu – e irão se relacionar só de raiva.
- Professora, nós iremos ficar falando sobre relacionamentos mais uma vez? – perguntou com desanimo, uma garota da primeira fileira. Nossa, para os “nerds” da sala estar reclamando é porque a situação é pior do que eu pensava.
- Basicamente, senhorita. É sobre convivência, porém, é um trabalho que vocês faram em dupla. E antes que os grupinhos se juntem, já vou avisando que tem que ser casais, ou seja, um menino e uma menina. Pois, vocês terão que cuidar de um... – ela virou e abri sua bolsa à procura de algo, e quando vira com uma caixa de... – ovos!

(caixa de ovos)

 

Todo mundo fez cara de “Ãn?”. E ela vendo que ninguém tinha entendido porque cuidaríamos de ovos tornou a falar.
- Bom gente, é que vocês ficarão com cada dupla um ovo durante um mês, e no final desse mês vocês me trazem os ovos, as duplas que quebrarem ou danificarem eles perderão pontos, pois vocês têm que trata-los como se tivessem cuidando do filho de vocês. Terão também que fazer um relatório diário sobre o dia a dia com o ovo. Então as duplas terão que se ver frequentemente para cuidar do ovo. E não adianta deixa-lo na geladeira e só trazê-lo no dia da aula. Porque vocês terão que trazê-los todo dia pra escola e eu quero ver as duplas juntas cuidando dele.
Continuou:
- Colocarei espiões para saber se vocês estão cuidando devidamente do ovo dentro e fora da escola. Também nem pensem que se quebrarem os ovos podem colocar outro no lugar, eu mesma numerei eles e carimbei com o carimbo da diretora. Se quebrarem não tem como trocar. E só pra deixar claro e pra não ter intrigas, serei eu que escolherei as duplas.
- E quais serão “sora”? – perguntou um garoto que acho que se chama Davon.
- As duplas serão, Karen e Raphael, Fred e... – ela foi citando os nomes.
E finalmente chegou a minha vez.
- Jhuly você fica com o... – deu uma olhada geral na sala para saber com quem me colocaria – Alec.
Ele olhou na minha direção e sorriu.
- Agora cada dupla virá aqui na minha mesa para pegarem o ovo e para que eu registre-os com cada ovo. Depois já podem ir embora.
Na ordem em que ela foi formando as duplas eles se levantaram e foi indo para a mesa dela. Pegavam o ovo e já saiam da sala.
Sobrou apenas eu e o Alec na sala para pegarmos o ovo.
- Bom, vocês ficarão com o ovo número 3 com o carimbo sete.
Assinamos os nossos nomes no caderno e saímos.
- Então, como será o esquema para cuidar... disso? – ele perguntou apontando pro coitado do ovo.
- Vamos pra sua casa e pensamos melhor. Quanto mais longe eu ficar daqui melhor.
- Nossa, baixou o espirito da Sabrina em você? Porque ela é quem detesta escola.
- Não sei, só que hoje eu não estava a fim de vir. É como se eu tivesse outra coisa muito importante pra fazer e não soubesse o que é. – desabafei mais pra mim mesma do que pra ele.
Ele pareceu meio confuso com o que eu disse, entretanto entrou no carro para irmos a sua casa.
Fomos o caminho todo conversando sobre o porquê da professora nos dar um trabalho assim.

...

-...não acredito que seja isso. É...estranho demais pensar isso. – eu ia dizendo ao subir os degraus da casa dos Cullen. Estávamos rindo do possível motivo da professora Karina nos dar um trabalho estranho como esse. E a hipótese do Alec era engraçada demais.
- Mas você tem que concordar que é uma opção provável, ainda mais se formos levar em conta o modo como ela vive. E... – ele deixou o resto no ar quando reparamos que todos nos olhavam.
E é claro que aquelas traíras tinham grandes sorrisos maliciosos nos lábios. Tô falando que essas meninas tem a mente poluída demais. Vou começar a proibir certos assunto de dentro de casa e deixar que elas ouçam, veem e façam somente coisas educativas.
- Por que vocês demoraram tanto pra chegarem do colégio? – perguntou um Emm muito malicioso. Não vai ser nem um pouco legal deixar essas garotas junto com o Emm. A mente dele é infantil sim, mas consegue ser tão maliciosa quanto é infantil.
- A prof Karina pirou de vez, e agora nos deu um trabalho onde temos que cuidar disso. – respondi levantando o ovo que estava na minha mão para que eles pudessem ver. – E, não que seja da sua conta, mas demoramos porque fomos os últimos a serem escolhidos para as duplas.
- E com quem vocês terão que fazer dupla? – perguntou Leah que chegava agora da cozinha junto com o resto do bando. Esses lobos só pensam em comer?!
- Faremos juntos. A Karina acha que assim ninguém arrumará “intrigas” em relação as duplas. – explicou Alec revirando os olhos ao dizer sobre a opinião da “fessora”. – E se nos dão licença, estaremos no meu quarto discutindo o que fazer em relação a isso.
“Nossa Jhu, você já está indo pro quarto com ele? Você não acha que seria melhor vocês, tipo assim, começarem a namorar antes de ficarem num quarto? Pelo visto você ta na seca mesmo viu!” ouvi os pensamentos “nada” maliciosos de dona Beatriz na minha mente.
Pelo visto ela ‘ligou’ uma conversa entre todas nós porque ouvi as risadas mentais de todas elas.
“Não enche Bia. Não era eu que estava desesperada hoje de manhã só pra pegar carona com alguém...” insinuei a elas que se calaram imediatamente. Ri com isso e entrei no quarto do Alec. Afinal, pra essas conversas eu não preciso ficar no andar de baixo conversando com elas. E nem elas precisam, assim ninguém percebe nada.
O quarto dele era lindo. Branco com detalhes em destaque de azul. Outros detalhes eram o carpete cinza escuro, o preto na beira da cama e o marrom como cor dos estofados de cadeiras e do banco no quarto.
Um quarto realmente lindo e bem iluminado por causa das cortinas brancas claras, que deixavam a luz do dia entrar.

(Quarto do Alec)

 

- Nossa, seu quarto é lindo! Mais arrumado do que eu pensei sinceramente. – disse e ele riu.
- Obrigado. Sente-se. – gesticulou para a cama.
Sentei-me no banco a frente dela.
- Bom, nós temos que fazer um rosto pro nosso “filho”, não é? – ele perguntou rindo ao dizer ‘filho’.
Fiz um sim com a cabeça enquanto ria também. Ele desceu para pegar o material para fazermos o rosto e o relatório.
Reparei numa pasta azul ao meu lado no banco. Nela havia escrito em branco “Poesias de minha vida”. Não resisti a tentação de saber o que continha dentro da pasta e abri.
O primeiro poema escrito ali se chamava “Eu não queria saber...”.

Eu não queria saber
Da podridão do mundo
Do corte profundo 
Do que é imundo
Do defeito de Zé ou Reimundo...
 
Eu não queria saber
Do coração, a maldade
Do egoísmo, da falsidade 
Do que não é verdade
Do que impede a felicidade...
 
Eu não queria saber
Do que é impuro 
Do que se mostra obscuro  
Do que não é seguro
Do que compromete o futuro...
 
Eu não queria saber
Do tal jogo de interesse
Seja daquele ou desse
Do que apodrecesse 
De gente, que por amor, sofresse...
 
Eu não queria saber
Do medo, da covardia
Da dor, da agonia
Da falta de harmonia
Do que faz sofrer dia-a-dia...
 
Eu não queria saber
Das coisas que errei
Do que aprendi e não ensinei
De tanta coisa que sei
Do que não perdoei...
 
Eu não queria saber...
Mas sei!

O poema era lindo. Acredito que tenha sido escrito na época que estava pra ser queimado junto da irmã. Pois se via um sofrimento e arrependimento de algo que ele não fez antes de deixar isso acontecer. E também porque estava escrito com tinta de pena que era usada antigamente, e a folha já era bem amarelada no estilo de papel de papiro.
Passei para o próximo. Este – acredito eu – deve ter sido escrito quando entrou para os Volturi. Não entendia realmente o que estava acontecendo. Era novo demais para saber tal gravidade do assunto. Ele se chamava “Tempestade”.

Raios e trovões povoam minha mente
Momentos tormentosos me trazem agonia
Sinto-me fraco, profundamente doente
Tempestade que não passa
Tempestade que cai, inunda
Tempestade que me arrasa
Crueza de dor profunda
Minha alma se ressente dos ventos,
Tortuosos, tormentosos
Preciso sair dessa chuva
Em busca de novos portos
A dor na tempestade se intensifica
vou morrendo aos poucos
Morrendo de dor sofrida, doída.

Passei rapidamente por muitos poemas. Não sei porque, mas queria saber quais eram os seus poemas mais atuais.
Parei num poema quase no fim. Este aqui transmitia um pouco de alegria. Mostrava alguém saindo depois de muito tempo de uma dor profunda. Se chamava “Do Sofrimento”.

Sou grato pela honra de sofrer
Querendo coisas boas para alguém;
E grato por, sofrido, perceber
A chance de sofrer fazendo o bem.
Sofrer já não importa se eu souber
Que o prêmio da aflição por certo vem
Quando eu a vir sorrir: quando vier
Esse momento, eu sorrirei também.
E eu já sorrio em meio ao sofrimento!
(Que a lógica perdoe o atrevimento,
Mas é na dor que a gente ousa sonhar...)
Portanto, se o amor é padecerNo paraíso, eu quero agradecer:
Sou grato por sofrer de tanto amar!
O Poema era lindo mesmo. Dava pra sentir o alívio que ele sentia ao escrever isto por alguma razão. Porém, o que dava a entender deste poema, era que ele finalmente tinha encontrado alguém. Mas quem seria essa tal pessoa a fazê-lo tão feliz?
Seja quem for quero que ele seja muito feliz. Pois, sendo ele o meu mio amore, eu quero toda a felicidade pra ele. Mesmo que essa felicidade não seja comigo.
Pulei para o último poema. Na intenção de descobrir quem era a felizarda. O poema se chamava “Sofrimento no Amor”. Achei o nome meio estranho pra quem finalmente encontrou alguém. Mas li.

Já não choro
Não por, não ter lágrimas
Mas por estar cansado
De sofrer
De não ser amado...
Ás vezes penso
Que já não existes
Outras vezes penso 
Que morreste
Mas quando me encontro com a solidão
Invades-me de novo
Invades de novo o meu coração.
Resta um bocadinho de esperança
Que gostaria de apagar
Para puder deixar de te amar.
Como se isso fosse possível
Não consigo dar ordens
Ao nosso coração
Como é possível.
Sofrer por isto
Sofro por tanta paixão
Mas não consigo entender 
Porque me tens aversão.
Não consigo compreender 
Como me expulsas-te assim 
Se foste tu
Que alimentas-te o meu amor
E de amor me alimentas-te a mim.
Amor tu me deste
Amor te retribuí
Penso que não compreendes
Todo o amor que senti.
Desapareceste 
E sem explicação.
Deixando-me a sofrer 
Por tanta paixão
Deixando-me assim.
Continuo a viver
Mas sem compreender
Porque me abandonas-te
Deixando-me sem entender
Deixando-me a sofrer...
Deixando-me a morrer...

Era um poema forte. Ele demonstrava que o seu amor não era correspondido. E isso dói muito em mim do que deve doer nele. Porque ele é a minha vida. E sofro por vê-lo sofrer.

Estava tão concentrada que nem vi ele entrar no quarto. Quando disse:
- O que você está fazendo? – perguntou-me com um pouco de relutância na voz.
- O que... Ah, me desculpe. É que eu vi aqui em cima e fiquei curiosa. Você escreve muito bem, Alec. Entretanto, foi errado o que eu fizeste e peço desculpas por isso. – respondi abaixando a cabeça.
- Não... É... Tudo bem. Obrigado. – me deu seu sorriso torto que me faz derreter. Mas é claro que não demonstrei isso a ele.
- Bem, acho melhor começarmos pelo relatório, o que acha? – perguntei.
- Concordo. Só não sei exatamente o que devemos colocar nesse relatório. – confessou.
- Acredito que começar dizendo como foi o trajeto do colégio até aqui e como foi separado o modo de como cuidaremos dele ajuda.
- Sim, você está certa. Mas, com quem o ovo irá ficar primeiro? Comigo ou com você?
- Pode ser comigo. Tenho uma cestinha de madeira em casa que eu acho que vá servir pra carregar ele.
- Tudo bem então. Deixa eu começar aqui então.
...
Já fazia um tempinho que ele fazia o relatório. Então decidi por fazer a carinha do nosso “bebê”. Era engraçado pensar assim.
- O que você está fazendo? – ele perguntou-me após terminar o relatório.
- A carinha do nosso filho. Dã.
- Ele tá parecendo gay com essa cara.
- Não, tá não. É fofo. – disse fazendo carinha fofa enquanto olhava pra ele.
- Se me zoarem por causa disso a culpa vai ser totalmente sua. – ele me acusou.
- Primeiro é que já vão te zoar só por estar dando um de “pai do ovo”, então não fala nada.
E o ovo estava uma gracinha em minha opinião.

(carinha do ovo)
 


2 comentários:

rsrsrs, muito fofo mesmo amei o capitulo,
pena que ja acabou.

oi minha linda voce pensou q eu nao iria comentar ah se enganou eu dei uma relida e continuo achando a mesma coisa.
cap magnifico e as poesias sao lindas
e nao é por terem sido escritos pelo Alec nao é por serem magnificas mesmas
voce esta de parabens
beijussss

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