Sem Notícias – Mensagem – Parto de Emy
Se passaram várias horas e Jake nunca apareceu. Meu pai e minha mãe me mandaram deitar.
- Mas pai! Ele ainda não voltou. – eu disse.
- Renesmee, ele não é obrigado a ficar aqui. Ele pode ir para La Push. Ele deve ir amanhã à escola. Você fala com ele lá.
- Tudo bem . – eu me conformei. Minha mãe tinha razão. Eu fui dormir. Tive aquele pesadelo horrendo de novo. Mas, desta vez tinha continuação. Jake me tinha deixado para outra. Acordei gritando muito de novo. Meu pai e minha mãe, já estavam no meu quarto e antes que eles me perguntassem, eu introduzi em suas mentes o meu pesadelo.
- Ah, querida. – minha mãe disse – Foi só um pesadelo. Já passou.
- Tem se repetido muito mãe. – eu disse – Ele me assusta muito.
- Isso não vai acontecer. Se acalma. – meu pai disse passando sua mão nos meus cachos dourados. – Se vista. Tia Alice deixou roupa preparada para você.
Eu me levantei, eles saíram do meu quarto e eu fui me arrumar. Tia Alice tinha me preparado um vestido prateado simples e curtinho com uns sapatos agulha de ganga. Meu casaco também era de ganga.
Tomei meu café da manhã sozinha na cozinha. Isso era tão esquisito. Eu sentia que algo não estava certo.
Eu fui para a escola, mas não encontrei o Jake em lado nenhum. Fui para a minha aula de Biologia com a Maggie. O professor Alexis já tinha feito a chamada. Eu tentei encontrar a mente do Jake para saber onde ele estava. Mas, não encontrei nada. O resto do dia se passou assim. Angie e Maggie me perguntaram por Jake, mas eu também não sabia. Joe como sempre foi simpático e atencioso. Ele me levou a casa. Eu tinha vindo com os meus pais, mas era suposto que Jake me levasse para casa no fim do dia. Mas, como ele não veio à escola ele não pode fazer isso.
Mais dias se passaram, eu chorei muito. Eu não sabia nada de Jake. Será que ele não me queria ver porque ainda estava chateado comigo por aquele abraço que eu dei a Joe? Eu não sabia de nada. Eu estava sofrendo muito. Jake não aparecia, eu não vivia.
Agora, eu estava sentada no sofá da casa grande com toda a minha família à minha volta. Eles estavam preocupados comigo. Eles sabiam o que se estava passando, mas queriam que eu expressasse o que eu estava sentindo. Tio Jasper estava num canto mais afastado. Eu sabia que ele estava sentindo a minha dor.
- Renesmee Carlie Swan Cullen, fale comigo. Por favor. – tia Alice pediu me chocalhando. – Faça qualquer coisa, me responda, reaja!
Eu decidi cantar. Expressava melhor o meu estado de espírito. Eu sabia que tinha uma voz muito boa:
Heartbeat –Nneka
You said you'd be there for me
Você disse que iria estar lá por mim
In times of trouble when I need you and I'm down
Em momentos de angústia quando eu preciso de você e eu estou para baixo
And likewise you need friendship
E também você precisa de amizade
It's from my side pure love but I see lately things have been changing
É puro amor do meu lado, mas eu vejo que as coisas foram mudando ultimamente
You have goals to achieve
Você tem metas a atingir
But the roads you take abroad and heartless
Mas a estrada está a tomar no exterior e sem compaixão
That wants you make another way
Isso quer que você faça uma outra forma
You throw stones
Você atira pedras
Can you see that I am half human I am breathing
Você pode ver que eu sou meia humana estou respirando
But you don't give a damn
Mas você nem liga
Can you feel my heart is beating?
Você pode sentir o meu coração está batendo?
Can you see the pain you're causing?
Você pode ver a dor que está causando?
Can you feel my heart is beating?
Você pode sentir o meu coração está batendo?
Can you see the pain you're causing?
Você pode ver a dor que está causando?
Blood, blood, blood.... keeps rushing
Sangue, sangue, sangue .... mantém apressando
And now the world is asleep
E agora o mundo está dormindo
How will you ever wake her up when she is deep in her dreams, wishing?
Como você já acorda-la quando ela é profunda em seus sonhos, desejando?
And yet so many die
E ainda assim muitos morrem
And still we thing that it is all about us
E ainda temos algo que é tudo sobre nós
It's all about you
É tudo sobre você
You sold your soul to the evil and the lust
Você vendeu sua alma ao mal e à luxúria
And the passion and the money and you
E a paixão e o dinheiro e você
See innocent ones die, people hunger for decades
Ver os inocentes que morrem, as pessoas da fome durante décadas
Suffer under civilized armed robbers, modern slaveholders
Sofram assaltantes armados sob civilizado, moderno slaveholders
Can you feel my heart is beating?
Você pode sentir o meu coração está batendo?
Can you see the pain you're causing?
Você pode ver a dor que está causando?
Can you feel my heart is beating?
Você pode sentir o meu coração está batendo?
Can you see the pain you're causing?
Você pode ver a dor que está causando?
Blood, blood, blood.... keeps rushing
Sangue, sangue, sangue .... mantém apressando
Evaded, eliminated, erased, interrogated
Iludidos, eliminado, apagado, interrogado
Our tradition, our love for our fellow countrymen,
A nossa tradição, o nosso amor para com nossos colegas compatriotas,
Our property, our resources - our pride
Nossa propriedade, os nossos recursos - o nosso orgulho
Can you feel my heart beating?
Você pode sentir o meu coração bater?
No, no, no... you don't
Não, não, não... você não
Can you feel my heart is beating?
Você pode sentir o meu coração está batendo?
Can you see the pain you're causing?
Você pode ver a dor que está causando?
Can you feel my heart is beating?
Você pode sentir o meu coração está batendo?
Can you see the pain you're causing?
Você pode ver a dor que está causando?
Ninguém na sala falou quando eu terminei de cantar. Eu não queria falar mais nada também. O meu mundo não tinha sentido. Ele para mim devia estar rodando ao contrário.
Uma semana depois, eu recebi uma mensagem no celular. Preferia não ter recebido.
“Renesmee, você não vai mais me ver. Eu fugi com Leah porque eu amo ela. Não me procure, Jacob.”
Dor, raiva, solidão, traição foi o que eu senti nesse momento. Eu me sentia traída principalmente. Mas, o pior é a sensação de que nem consigo respirar.
O amor, a vida, o significado... acabados.
Meus pais não estavam comigo no chalé. Eu estava sozinha. Fui para a floresta. Andei e andei. O tempo não fazia sentido enquanto eu avançava bem devagar pelo denso bosque. Passavam-se horas, mas também apenas segundos. Talvez eu tivesse a impressão de que o tempo congelara porque a floresta parecia a mesma, independentemente da distância que eu percorresse. Comecei a me preocupar que estivesse andando em círculos, um pequeno círculo, mas continuei andando. Por fim, dei uma topada em alguma coisa – agora estava escuro, eu não fazia ideia do que prendera meu pé – e caí. Rolei de lado, para conseguir respirar, e enrosquei meus braços em volta das minhas pernas.
Enquanto estava deitada ali, tive a sensação de que se passara mais tempo do que eu percebera. Não conseguia me lembrar de quanto tempo se passara desde o anoitecer. Será que ali era sempre tão escuro à noite? Com certeza, como sempre, alguns feixes da luz do luar se infiltrariam pelas nuvens, através das árvores, e encontrariam o chão.
Eu senti passos e vozes, mas não tive a capacidade de distinguir quem era e o que diziam. Nada disso importava agora. Meu mundo não fazia mais sentido. Jacob me deixou e fugiu com Leah.
- Renesmee, Renesmee… Acorde filha. – meu pai me chocalhou no chão da floresta. Eu não me movi. Eu o estava ouvindo, mas mais nada fazia sentido.
- Edward, ela está bem? – minha mãe perguntou.
- Renesmee está sangrando na cabeça, mas não acho que ela se tenha magoado fisicamente. Maldita impressão, maldito Jacob Black. Ela vai passar muito mal. – meu pai disse.
- Não fala assim Edward.
- Ele fugiu com Leah. – meu pai disse raivoso. Eu permanecia de olhos fechados. Cerrei meus punhos nessa hora. – Nessie, está me ouvindo.
- Como sabe que ele fugiu com Leah? – eu perguntei.
- Quando nós chegámos ao chalé e não a vimos, telefonamos para você, mas seu celular tocou em seu quarto. Nos desculpe, mas acabámos por ver a mensagem do Jacob. – meu pai me informou – Você se sente bem?
- Eu… não… consigo… respirar… bem. Dói…muito. – eu disse.
- Eu sei o que isso é. – minha mãe disse num sussurro – Senti exactamente a mesma coisa quando o seu pai me deixou. – ela disse tristemente e meu pai se encolheu. Ele sempre se culpava. Minha mãe me carregou para o chalé e se trancou no meu quarto comigo.
Ela me deu banho, me vestiu o pijama e me deitou na cama. Eu não pronunciei uma única palavra durante esse processo. Eu só conseguia pensar no Jacob e na Leah, os dois juntos, num quarto de hotel ou de uma pensão, sabe deus fazendo o quê. Lágrimas quentes e grossas rolavam pelo meu rosto. Eu sentia um buraco bem fundo cravado no meu peito. Eu me sentia em pedaços. Coloquei meus braços em volta de mim mesma para tentar juntar os cacos do que restava de mim.
- Isso ajuda. Eu sempre fiz isso quando estive sem seu pai. – minha mãe disse.
- Eu…sinto…um…buraco…no…meu…peito. – eu disse entre soluços.
- Também senti. Isso nunca vai passar Renesmee. Eu só consegui me reerguer quando seu pai voltou.
- Mãe, me deixa sozinha, por favor? – eu pedi.
- Claro Nessie. – ela me disse e saiu de meu quarto.
Eu esperava conseguir dormir. Eu queria poder esquecer tudo isso. As ondas de dor que haviam me assaltado pouco tempo antes se erguiam agora com força e inundaram minha cabeça, puxando-me para baixo.
Não voltei à superfície.
………………………………………Meses depois………………………………………
Vários meses se passaram: Outubro, Novembro, Dezembro, Janeiro, agora estávamos em Fevereiro. Como se isso realmente importasse!
O tempo passa. Mesmo quando isso parece impossível. Mesmo quando cada batida do ponteiro dos segundos dói como o sangue pulsando sob um hematoma. Passa de modo inconstante, com guinadas estranhas e calmarias arrastadas, mas passa.
- Bella, acho melhor afastarmos Renesmee daqui. Já se passaram 4 meses e ela parece mais morta do que nós dois. Devíamos mandá-la para a Flórida para passar uma temporada com Renée. – meu pai disse no andar de baixo do chalé.
- Não acho boa ideia Edward. – minha mãe disse. Eu já estava voando escadaria abaixo.
- Eu não quero ir a lado nenhum. – eu disse.
- Mas, filha, Jacob não vai voltar. – ele disse.
- Eu não quero me afastar daqui. Eu tenho vocês, nossa família, meus amigos… - eu disse.
- Você não tem visto ninguém. Você vai para a escola. Almoça com eles, mas parece um zumbi.
- Vou ligar para Joe. Vamos dar um passeio no parque amanhã à tarde. – eu disse.
- Tudo bem. – minha mãe disse – Edward desista. Renesmee não vai a lado nenhum.
- Ok, ok. – meu pai disse com ar carrancudo.
Eu fui para o meu quarto, peguei meu celular e disquei o número do Joe.
- Alô. – Joe disse.
- Oi Joe. Fala a Renesmee. – eu disse.
- Oi Renesmee. – ele disse animado – Não estava esperando sua ligação hoje.
- Estou sem nada para fazer. Que tal irmos dar uma volta no parque amanhã à tarde? – eu disse. Eu não queria muito ir, mas meus pais ficariam menos preocupados se eu aparentasse que estava melhorando.
- Perfeito. Te pego no chalé às 16 horas. – ele me disse.
- Até amanhã, então. Tchau. – eu disse e desliguei meu celular.
Mais duas extensas e dolorosas horas se tinham passado quando ouvi meu celular tocando com o número da Emy.
- Oi Renesmee. Fala a Emily. – ela me disse.
- Oi Emy.
- Bom, eu estava pensando, como nós não nos temos visto nos últimos tempos podia passar aqui na minha casa? E u queria falar com você. – ela me pediu.
- Tudo bem, então. Chego aí em 20 minutos. – eu disse.
- Fico te esperando. Um beijo. – ela disse e eu desliguei a chamada. Eu desci as escadas do chalé e fui para a sala onde o meu pai e minha mãe estavam vendo um dos meus filmes de bebê.
- Mãe, pai. – eu disse – Ouviram a minha conversa com a Emily?
- Sim filha. – eles responderam em coro.
- Posso ir? – eu perguntei.
- Claro. Vá e divirta-se. – minha mãe e meu pai de novo sincronizados disseram.
- Até logo. – eu disse e sai correndo do chalé.
Corri até La Push. Isso me trouxe lembranças, que eu preferia não relembrar. Eu fui invadida por novos níveis de dor, mas decidi me concentrar no objectivo principal: visitar a Emy. Ela não tem nada a ver com isso e ela merece minha visita.
Eu já estava passando as últimas árvores antes da casa de Emy quando a vi, sentada num dos bancos de seu jardim, com um enorme barrigão de grávida. Quanto tempo tinha passado!
- Oi Nessie. – ela disse animada tentando se levantar.
- Oi Emy. Não precisa de se levantar não. – eu disse.
- Eu estou enorme. Eu nem consigo ver os meus pés. – ela disse.
- Acredito. – eu disse.
- É assim. Ficar grávida de um lobo tem suas consequências. Eles crescem muito… - ela disse e eu me lembrei de como há meses atrás eu sonhava em um dia ter um filho com Jake, com um lobo. Sem sequer me dar conta, a dor já estava me matando com uma ferida aberta de novo. Lágrimas escorriam pelo meu rosto. – Ah, Nessie, me desculpa. Eu…eu não queria… - ela disse se apercebendo do meu estado. Eu coloquei dois dedos na sua barriga.
- Não, tem problema. – eu disse sem ar nos meus pulmões. Sempre que eu falava ou pensava no Jake, todas as células de meu corpo doíam. – Você não fez de propósito.
- Eu sei, mas me perdoa.
- Tá perdoada. – eu disse – Então, já escolheu nome para o garoto? – Eu sabia que era um rapaz. Meu avô Carlisle estava vigiando essa gravidez.
- Já. – ela disse.
- Qual vai ser? – eu perguntei.
- Tom. – ela disse.
- Gostei do nome. – eu disse.
- Obrigada. – disse ela radiante. Ela realmente estava uma grávida bonita, apesar de seu rosto estar desfigurado. – Oi galera. – ela disse quando viu o Seth, o Sam e o Embry chegando.
- Oi meninas. – eles disseram.
- Oi. – nós dissemos.
- Nessie… - Seth me abraçou – Há quanto tempo!
- É. – eu disse. – Tudo bem com você?
- Mais ou menos. – ele disse – E você?
- Mal. – eu disse sincera.
- Percebo. Chega de falar em coisas tristes. – ele disse.
- Sim, chega. – eu respondi.
Nesse momento nós ouvimos todos, um grito. Era Emy.
- O bebê…ai – mais um grito – vai nascer…agora! – ela disse.
- Agora? – perguntámos todos.
- Sim. Nessie, chame seu avô. Ele é meu médico. Eu preciso dele…ai – mais um grito de novo.
- Tudo bem. – eu disse. – Sam a carregue para a cama.
- Certo. – ele disse e a carregou. Eu disquei o número de meu avô.
- Vovô… - eu disse quando ele atendeu – Bebê de Emily vai nascer.
- Eu vou já para ai. A deitem na cama. Preparem toalhas.
- Tudo bem.
- Nessie, você já estudou isso com seu pai uma vez. Aplique seus conhecimentos enquanto eu não chegar. A ajude a respirar. – vovô disse.
- Eu? – perguntei.
- Sim. Eu vou tentar ser rápido.
- Tudo bem. Eu assumo até você chegar. – eu disse e desliguei. – Seth sua mãe está em casa?
- Não. – ele respondeu – Ela foi a Port Angeles com seu avô.
- Droga. – eu disse – Não há problema. Emy respira. Eu já estudei muito bem isso com meu pai, uma vez. Eu vou ajudá-la até meu avô chegar.
- Tudo bem. – ela disse.
- Sam vai buscar toalhas. Traz uma bacia com água também. – eu disse.
- Volto já. – ele disse e foi. Quando ele voltou, eu molhei uma toalha pequena e coloquei na testa da Emy.
- Isso deve ajudar. – eu a informei.
- Alivia um pouco. – ela disse.
- Vou medir sua dilatação. – eu disse. – Você ainda tem algum tempo. Vovô vai chegar a tempo.
- Ainda bem. – Emy disse. Ela agarrou a mão de Sam.
Mais algum tempo se passou. Seth e Embry estavam na sala, por respeito a Emy. Eu já tinha vestido uma camisa de noite nela, para ser mais fácil. Sam foi buscar a bolsa que Emy tinha preparada com a primeira roupinha do bebê. Finalmente meu avô chegou. Ele me perguntou alguns detalhes do que eu já tinha providenciado e eu lhe informei.
- Bem, Nessie se quiser pode ir para a sala. Eu assumo daqui. – ele disse.
- Tudo bem, vou vos dar privacidade. – eu disse.
- Nessie, - Emy me chamou e eu me virei – Fique aqui. Me dê a mão. – ela pediu.
- Ok. Eu fico. – eu disse e agarrei a mão livre dela.
O parto decorreu normalmente. Quando finalmente o bebê estava cá fora, Emy já chorava de emoção. Sam estava completamente encantado com a cena. Sam segurou o garoto. Meu avô cortou o cordão umbilical.
- É um bebê lindo. – Emy disse. Todos concordámos.
Depois eu dei banho no Tom. Emy estava demasiado exausta. Sam tinha medo de fazer algo mal. E eu, bem eu tinha experiência com minhas primas.
- É um bebê lindo e grande. – ouvi meu avô dizer na sala para os garotos. Já não eram só o Seth e o Embry que lá estavam. Eu conseguia ouvir a voz do Quil, da Claire, da Rachel, do Paul, do Jared…
- Emy, toma seu bebê. – eu disse quando terminei de dar o banho ao Tom e lhe arrumar. Ela abriu seus braços e sorriu.
- Tom. – ela disse chorando de felicidade – Lindo.
- É perfeito. – disse Sam também chorando. Bem, o que um filho não faz… O Sam chorar? Bem, eu tava me sentindo meia a mais.
- Eu vou para a sala, esse momento é vosso. – eu disse.
- Espera Nessie. – Sam disse – Vai mostrar o Tom para os outros. Eu tenho de conversar com a Emy.
- Eu? Têm certeza? – perguntei.
- Temos. – eles disseram. Eu peguei o pequeno tom. Era um bebê com os olhos castanhos esverdeados e seu cabelo era castanho claro. Eu olhei para ele e caminhei para a sala. Todos estavam nos sofás ou em volta, conversando.
- Atenção gente… - eu pedi – olhem o Tom. – eu disse e todos se viraram.
- Que lindo! – disseram a Rachel e a Claire.
- O moloque é bonitinho! – disse o Seth, o Embry e o Quil ao mesmo tempo.
- Pois é. – disseram o Jared e o Paul.
- Um futuro lobo no bando. – disse Billy Black. Ai não, de novo não. Essa dor, esse buraco no peito ao ver o pai dele. Eu nem quero pensar no nome dele. Eu não estou aguentando.
- Nessie, você está bem? – perguntou a Claire.
- Sim. Estou bem, não se preocupa não. – menti. Ela reparou. Me lançou aquele olhar de “não pensa que eu cai não. Falamos mais tarde”.
Sam saiu do quarto e foi felicitado por todos. Ele veio buscar o pequeno Tom para Emily.
Fiquei mais um pouco ali, mas aquela felicidade estava me incomodando. Eu senti uma ternura pelo bebê, mas eu não aguentava tar perto de pessoas tão alegres e felizes, enquanto eu estava desmoronando por dentro.
Claire me chamou para um passeio na praia, mas eu lhe mostrei com meu dom que a praia era um mau local. Tinha muitas recordações. Ela queria ir até ao chalé comigo, mas hoje não era o dia mais apropriado com o nascimento do seu primo.
Eu considerava Claire uma das minhas melhores amigas, mas eu não conseguia acompanhar nem metade das suas frases. Na verdade, eu não conseguia manter um diálogo com ninguém desde que… desde que “ele” se foi. Hoje, foi um dos dias nos últimos meses em que eu me mantive mais virada para a realidade. Mas foi só por ser uma situação de extremos. Emily precisava de mim, e eu ajudei-a. Mas a mim, por mais que tentem, ninguém me consegue ajudar.
Fui para casa.
Nota da autora: Esse e o próximo são tristes, mas eu vos garanto que o Jacob tem um bom motivo, e nem tudo o que parece é. Comentem! Bjs
Se passaram várias horas e Jake nunca apareceu. Meu pai e minha mãe me mandaram deitar.
- Mas pai! Ele ainda não voltou. – eu disse.
- Renesmee, ele não é obrigado a ficar aqui. Ele pode ir para La Push. Ele deve ir amanhã à escola. Você fala com ele lá.
- Tudo bem . – eu me conformei. Minha mãe tinha razão. Eu fui dormir. Tive aquele pesadelo horrendo de novo. Mas, desta vez tinha continuação. Jake me tinha deixado para outra. Acordei gritando muito de novo. Meu pai e minha mãe, já estavam no meu quarto e antes que eles me perguntassem, eu introduzi em suas mentes o meu pesadelo.
- Ah, querida. – minha mãe disse – Foi só um pesadelo. Já passou.
- Tem se repetido muito mãe. – eu disse – Ele me assusta muito.
- Isso não vai acontecer. Se acalma. – meu pai disse passando sua mão nos meus cachos dourados. – Se vista. Tia Alice deixou roupa preparada para você.
Eu me levantei, eles saíram do meu quarto e eu fui me arrumar. Tia Alice tinha me preparado um vestido prateado simples e curtinho com uns sapatos agulha de ganga. Meu casaco também era de ganga.
Tomei meu café da manhã sozinha na cozinha. Isso era tão esquisito. Eu sentia que algo não estava certo.
Eu fui para a escola, mas não encontrei o Jake em lado nenhum. Fui para a minha aula de Biologia com a Maggie. O professor Alexis já tinha feito a chamada. Eu tentei encontrar a mente do Jake para saber onde ele estava. Mas, não encontrei nada. O resto do dia se passou assim. Angie e Maggie me perguntaram por Jake, mas eu também não sabia. Joe como sempre foi simpático e atencioso. Ele me levou a casa. Eu tinha vindo com os meus pais, mas era suposto que Jake me levasse para casa no fim do dia. Mas, como ele não veio à escola ele não pode fazer isso.
Mais dias se passaram, eu chorei muito. Eu não sabia nada de Jake. Será que ele não me queria ver porque ainda estava chateado comigo por aquele abraço que eu dei a Joe? Eu não sabia de nada. Eu estava sofrendo muito. Jake não aparecia, eu não vivia.
Agora, eu estava sentada no sofá da casa grande com toda a minha família à minha volta. Eles estavam preocupados comigo. Eles sabiam o que se estava passando, mas queriam que eu expressasse o que eu estava sentindo. Tio Jasper estava num canto mais afastado. Eu sabia que ele estava sentindo a minha dor.
- Renesmee Carlie Swan Cullen, fale comigo. Por favor. – tia Alice pediu me chocalhando. – Faça qualquer coisa, me responda, reaja!
Eu decidi cantar. Expressava melhor o meu estado de espírito. Eu sabia que tinha uma voz muito boa:
Heartbeat –Nneka
You said you'd be there for me
Você disse que iria estar lá por mim
In times of trouble when I need you and I'm down
Em momentos de angústia quando eu preciso de você e eu estou para baixo
And likewise you need friendship
E também você precisa de amizade
It's from my side pure love but I see lately things have been changing
É puro amor do meu lado, mas eu vejo que as coisas foram mudando ultimamente
You have goals to achieve
Você tem metas a atingir
But the roads you take abroad and heartless
Mas a estrada está a tomar no exterior e sem compaixão
That wants you make another way
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Can you see that I am half human I am breathing
Você pode ver que eu sou meia humana estou respirando
But you don't give a damn
Mas você nem liga
Can you feel my heart is beating?
Você pode sentir o meu coração está batendo?
Can you see the pain you're causing?
Você pode ver a dor que está causando?
Can you feel my heart is beating?
Você pode sentir o meu coração está batendo?
Can you see the pain you're causing?
Você pode ver a dor que está causando?
Blood, blood, blood.... keeps rushing
Sangue, sangue, sangue .... mantém apressando
And now the world is asleep
E agora o mundo está dormindo
How will you ever wake her up when she is deep in her dreams, wishing?
Como você já acorda-la quando ela é profunda em seus sonhos, desejando?
And yet so many die
E ainda assim muitos morrem
And still we thing that it is all about us
E ainda temos algo que é tudo sobre nós
It's all about you
É tudo sobre você
You sold your soul to the evil and the lust
Você vendeu sua alma ao mal e à luxúria
And the passion and the money and you
E a paixão e o dinheiro e você
See innocent ones die, people hunger for decades
Ver os inocentes que morrem, as pessoas da fome durante décadas
Suffer under civilized armed robbers, modern slaveholders
Sofram assaltantes armados sob civilizado, moderno slaveholders
Can you feel my heart is beating?
Você pode sentir o meu coração está batendo?
Can you see the pain you're causing?
Você pode ver a dor que está causando?
Can you feel my heart is beating?
Você pode sentir o meu coração está batendo?
Can you see the pain you're causing?
Você pode ver a dor que está causando?
Blood, blood, blood.... keeps rushing
Sangue, sangue, sangue .... mantém apressando
Evaded, eliminated, erased, interrogated
Iludidos, eliminado, apagado, interrogado
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A nossa tradição, o nosso amor para com nossos colegas compatriotas,
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Nossa propriedade, os nossos recursos - o nosso orgulho
Can you feel my heart beating?
Você pode sentir o meu coração bater?
No, no, no... you don't
Não, não, não... você não
Can you feel my heart is beating?
Você pode sentir o meu coração está batendo?
Can you see the pain you're causing?
Você pode ver a dor que está causando?
Can you feel my heart is beating?
Você pode sentir o meu coração está batendo?
Can you see the pain you're causing?
Você pode ver a dor que está causando?
Ninguém na sala falou quando eu terminei de cantar. Eu não queria falar mais nada também. O meu mundo não tinha sentido. Ele para mim devia estar rodando ao contrário.
Uma semana depois, eu recebi uma mensagem no celular. Preferia não ter recebido.
“Renesmee, você não vai mais me ver. Eu fugi com Leah porque eu amo ela. Não me procure, Jacob.”
Dor, raiva, solidão, traição foi o que eu senti nesse momento. Eu me sentia traída principalmente. Mas, o pior é a sensação de que nem consigo respirar.
O amor, a vida, o significado... acabados.
Meus pais não estavam comigo no chalé. Eu estava sozinha. Fui para a floresta. Andei e andei. O tempo não fazia sentido enquanto eu avançava bem devagar pelo denso bosque. Passavam-se horas, mas também apenas segundos. Talvez eu tivesse a impressão de que o tempo congelara porque a floresta parecia a mesma, independentemente da distância que eu percorresse. Comecei a me preocupar que estivesse andando em círculos, um pequeno círculo, mas continuei andando. Por fim, dei uma topada em alguma coisa – agora estava escuro, eu não fazia ideia do que prendera meu pé – e caí. Rolei de lado, para conseguir respirar, e enrosquei meus braços em volta das minhas pernas.
Enquanto estava deitada ali, tive a sensação de que se passara mais tempo do que eu percebera. Não conseguia me lembrar de quanto tempo se passara desde o anoitecer. Será que ali era sempre tão escuro à noite? Com certeza, como sempre, alguns feixes da luz do luar se infiltrariam pelas nuvens, através das árvores, e encontrariam o chão.
Eu senti passos e vozes, mas não tive a capacidade de distinguir quem era e o que diziam. Nada disso importava agora. Meu mundo não fazia mais sentido. Jacob me deixou e fugiu com Leah.
- Renesmee, Renesmee… Acorde filha. – meu pai me chocalhou no chão da floresta. Eu não me movi. Eu o estava ouvindo, mas mais nada fazia sentido.
- Edward, ela está bem? – minha mãe perguntou.
- Renesmee está sangrando na cabeça, mas não acho que ela se tenha magoado fisicamente. Maldita impressão, maldito Jacob Black. Ela vai passar muito mal. – meu pai disse.
- Não fala assim Edward.
- Ele fugiu com Leah. – meu pai disse raivoso. Eu permanecia de olhos fechados. Cerrei meus punhos nessa hora. – Nessie, está me ouvindo.
- Como sabe que ele fugiu com Leah? – eu perguntei.
- Quando nós chegámos ao chalé e não a vimos, telefonamos para você, mas seu celular tocou em seu quarto. Nos desculpe, mas acabámos por ver a mensagem do Jacob. – meu pai me informou – Você se sente bem?
- Eu… não… consigo… respirar… bem. Dói…muito. – eu disse.
- Eu sei o que isso é. – minha mãe disse num sussurro – Senti exactamente a mesma coisa quando o seu pai me deixou. – ela disse tristemente e meu pai se encolheu. Ele sempre se culpava. Minha mãe me carregou para o chalé e se trancou no meu quarto comigo.
Ela me deu banho, me vestiu o pijama e me deitou na cama. Eu não pronunciei uma única palavra durante esse processo. Eu só conseguia pensar no Jacob e na Leah, os dois juntos, num quarto de hotel ou de uma pensão, sabe deus fazendo o quê. Lágrimas quentes e grossas rolavam pelo meu rosto. Eu sentia um buraco bem fundo cravado no meu peito. Eu me sentia em pedaços. Coloquei meus braços em volta de mim mesma para tentar juntar os cacos do que restava de mim.
- Isso ajuda. Eu sempre fiz isso quando estive sem seu pai. – minha mãe disse.
- Eu…sinto…um…buraco…no…meu…peito. – eu disse entre soluços.
- Também senti. Isso nunca vai passar Renesmee. Eu só consegui me reerguer quando seu pai voltou.
- Mãe, me deixa sozinha, por favor? – eu pedi.
- Claro Nessie. – ela me disse e saiu de meu quarto.
Eu esperava conseguir dormir. Eu queria poder esquecer tudo isso. As ondas de dor que haviam me assaltado pouco tempo antes se erguiam agora com força e inundaram minha cabeça, puxando-me para baixo.
Não voltei à superfície.
………………………………………Meses depois………………………………………
Vários meses se passaram: Outubro, Novembro, Dezembro, Janeiro, agora estávamos em Fevereiro. Como se isso realmente importasse!
O tempo passa. Mesmo quando isso parece impossível. Mesmo quando cada batida do ponteiro dos segundos dói como o sangue pulsando sob um hematoma. Passa de modo inconstante, com guinadas estranhas e calmarias arrastadas, mas passa.
- Bella, acho melhor afastarmos Renesmee daqui. Já se passaram 4 meses e ela parece mais morta do que nós dois. Devíamos mandá-la para a Flórida para passar uma temporada com Renée. – meu pai disse no andar de baixo do chalé.
- Não acho boa ideia Edward. – minha mãe disse. Eu já estava voando escadaria abaixo.
- Eu não quero ir a lado nenhum. – eu disse.
- Mas, filha, Jacob não vai voltar. – ele disse.
- Eu não quero me afastar daqui. Eu tenho vocês, nossa família, meus amigos… - eu disse.
- Você não tem visto ninguém. Você vai para a escola. Almoça com eles, mas parece um zumbi.
- Vou ligar para Joe. Vamos dar um passeio no parque amanhã à tarde. – eu disse.
- Tudo bem. – minha mãe disse – Edward desista. Renesmee não vai a lado nenhum.
- Ok, ok. – meu pai disse com ar carrancudo.
Eu fui para o meu quarto, peguei meu celular e disquei o número do Joe.
- Alô. – Joe disse.
- Oi Joe. Fala a Renesmee. – eu disse.
- Oi Renesmee. – ele disse animado – Não estava esperando sua ligação hoje.
- Estou sem nada para fazer. Que tal irmos dar uma volta no parque amanhã à tarde? – eu disse. Eu não queria muito ir, mas meus pais ficariam menos preocupados se eu aparentasse que estava melhorando.
- Perfeito. Te pego no chalé às 16 horas. – ele me disse.
- Até amanhã, então. Tchau. – eu disse e desliguei meu celular.
Mais duas extensas e dolorosas horas se tinham passado quando ouvi meu celular tocando com o número da Emy.
- Oi Renesmee. Fala a Emily. – ela me disse.
- Oi Emy.
- Bom, eu estava pensando, como nós não nos temos visto nos últimos tempos podia passar aqui na minha casa? E u queria falar com você. – ela me pediu.
- Tudo bem, então. Chego aí em 20 minutos. – eu disse.
- Fico te esperando. Um beijo. – ela disse e eu desliguei a chamada. Eu desci as escadas do chalé e fui para a sala onde o meu pai e minha mãe estavam vendo um dos meus filmes de bebê.
- Mãe, pai. – eu disse – Ouviram a minha conversa com a Emily?
- Sim filha. – eles responderam em coro.
- Posso ir? – eu perguntei.
- Claro. Vá e divirta-se. – minha mãe e meu pai de novo sincronizados disseram.
- Até logo. – eu disse e sai correndo do chalé.
Corri até La Push. Isso me trouxe lembranças, que eu preferia não relembrar. Eu fui invadida por novos níveis de dor, mas decidi me concentrar no objectivo principal: visitar a Emy. Ela não tem nada a ver com isso e ela merece minha visita.
Eu já estava passando as últimas árvores antes da casa de Emy quando a vi, sentada num dos bancos de seu jardim, com um enorme barrigão de grávida. Quanto tempo tinha passado!
- Oi Nessie. – ela disse animada tentando se levantar.
- Oi Emy. Não precisa de se levantar não. – eu disse.
- Eu estou enorme. Eu nem consigo ver os meus pés. – ela disse.
- Acredito. – eu disse.
- É assim. Ficar grávida de um lobo tem suas consequências. Eles crescem muito… - ela disse e eu me lembrei de como há meses atrás eu sonhava em um dia ter um filho com Jake, com um lobo. Sem sequer me dar conta, a dor já estava me matando com uma ferida aberta de novo. Lágrimas escorriam pelo meu rosto. – Ah, Nessie, me desculpa. Eu…eu não queria… - ela disse se apercebendo do meu estado. Eu coloquei dois dedos na sua barriga.
- Não, tem problema. – eu disse sem ar nos meus pulmões. Sempre que eu falava ou pensava no Jake, todas as células de meu corpo doíam. – Você não fez de propósito.
- Eu sei, mas me perdoa.
- Tá perdoada. – eu disse – Então, já escolheu nome para o garoto? – Eu sabia que era um rapaz. Meu avô Carlisle estava vigiando essa gravidez.
- Já. – ela disse.
- Qual vai ser? – eu perguntei.
- Tom. – ela disse.
- Gostei do nome. – eu disse.
- Obrigada. – disse ela radiante. Ela realmente estava uma grávida bonita, apesar de seu rosto estar desfigurado. – Oi galera. – ela disse quando viu o Seth, o Sam e o Embry chegando.
- Oi meninas. – eles disseram.
- Oi. – nós dissemos.
- Nessie… - Seth me abraçou – Há quanto tempo!
- É. – eu disse. – Tudo bem com você?
- Mais ou menos. – ele disse – E você?
- Mal. – eu disse sincera.
- Percebo. Chega de falar em coisas tristes. – ele disse.
- Sim, chega. – eu respondi.
Nesse momento nós ouvimos todos, um grito. Era Emy.
- O bebê…ai – mais um grito – vai nascer…agora! – ela disse.
- Agora? – perguntámos todos.
- Sim. Nessie, chame seu avô. Ele é meu médico. Eu preciso dele…ai – mais um grito de novo.
- Tudo bem. – eu disse. – Sam a carregue para a cama.
- Certo. – ele disse e a carregou. Eu disquei o número de meu avô.
- Vovô… - eu disse quando ele atendeu – Bebê de Emily vai nascer.
- Eu vou já para ai. A deitem na cama. Preparem toalhas.
- Tudo bem.
- Nessie, você já estudou isso com seu pai uma vez. Aplique seus conhecimentos enquanto eu não chegar. A ajude a respirar. – vovô disse.
- Eu? – perguntei.
- Sim. Eu vou tentar ser rápido.
- Tudo bem. Eu assumo até você chegar. – eu disse e desliguei. – Seth sua mãe está em casa?
- Não. – ele respondeu – Ela foi a Port Angeles com seu avô.
- Droga. – eu disse – Não há problema. Emy respira. Eu já estudei muito bem isso com meu pai, uma vez. Eu vou ajudá-la até meu avô chegar.
- Tudo bem. – ela disse.
- Sam vai buscar toalhas. Traz uma bacia com água também. – eu disse.
- Volto já. – ele disse e foi. Quando ele voltou, eu molhei uma toalha pequena e coloquei na testa da Emy.
- Isso deve ajudar. – eu a informei.
- Alivia um pouco. – ela disse.
- Vou medir sua dilatação. – eu disse. – Você ainda tem algum tempo. Vovô vai chegar a tempo.
- Ainda bem. – Emy disse. Ela agarrou a mão de Sam.
Mais algum tempo se passou. Seth e Embry estavam na sala, por respeito a Emy. Eu já tinha vestido uma camisa de noite nela, para ser mais fácil. Sam foi buscar a bolsa que Emy tinha preparada com a primeira roupinha do bebê. Finalmente meu avô chegou. Ele me perguntou alguns detalhes do que eu já tinha providenciado e eu lhe informei.
- Bem, Nessie se quiser pode ir para a sala. Eu assumo daqui. – ele disse.
- Tudo bem, vou vos dar privacidade. – eu disse.
- Nessie, - Emy me chamou e eu me virei – Fique aqui. Me dê a mão. – ela pediu.
- Ok. Eu fico. – eu disse e agarrei a mão livre dela.
O parto decorreu normalmente. Quando finalmente o bebê estava cá fora, Emy já chorava de emoção. Sam estava completamente encantado com a cena. Sam segurou o garoto. Meu avô cortou o cordão umbilical.
- É um bebê lindo. – Emy disse. Todos concordámos.
Depois eu dei banho no Tom. Emy estava demasiado exausta. Sam tinha medo de fazer algo mal. E eu, bem eu tinha experiência com minhas primas.
- É um bebê lindo e grande. – ouvi meu avô dizer na sala para os garotos. Já não eram só o Seth e o Embry que lá estavam. Eu conseguia ouvir a voz do Quil, da Claire, da Rachel, do Paul, do Jared…
- Emy, toma seu bebê. – eu disse quando terminei de dar o banho ao Tom e lhe arrumar. Ela abriu seus braços e sorriu.
- Tom. – ela disse chorando de felicidade – Lindo.
- É perfeito. – disse Sam também chorando. Bem, o que um filho não faz… O Sam chorar? Bem, eu tava me sentindo meia a mais.
- Eu vou para a sala, esse momento é vosso. – eu disse.
- Espera Nessie. – Sam disse – Vai mostrar o Tom para os outros. Eu tenho de conversar com a Emy.
- Eu? Têm certeza? – perguntei.
- Temos. – eles disseram. Eu peguei o pequeno tom. Era um bebê com os olhos castanhos esverdeados e seu cabelo era castanho claro. Eu olhei para ele e caminhei para a sala. Todos estavam nos sofás ou em volta, conversando.
- Atenção gente… - eu pedi – olhem o Tom. – eu disse e todos se viraram.
- Que lindo! – disseram a Rachel e a Claire.
- O moloque é bonitinho! – disse o Seth, o Embry e o Quil ao mesmo tempo.
- Pois é. – disseram o Jared e o Paul.
- Um futuro lobo no bando. – disse Billy Black. Ai não, de novo não. Essa dor, esse buraco no peito ao ver o pai dele. Eu nem quero pensar no nome dele. Eu não estou aguentando.
- Nessie, você está bem? – perguntou a Claire.
- Sim. Estou bem, não se preocupa não. – menti. Ela reparou. Me lançou aquele olhar de “não pensa que eu cai não. Falamos mais tarde”.
Sam saiu do quarto e foi felicitado por todos. Ele veio buscar o pequeno Tom para Emily.
Fiquei mais um pouco ali, mas aquela felicidade estava me incomodando. Eu senti uma ternura pelo bebê, mas eu não aguentava tar perto de pessoas tão alegres e felizes, enquanto eu estava desmoronando por dentro.
Claire me chamou para um passeio na praia, mas eu lhe mostrei com meu dom que a praia era um mau local. Tinha muitas recordações. Ela queria ir até ao chalé comigo, mas hoje não era o dia mais apropriado com o nascimento do seu primo.
Eu considerava Claire uma das minhas melhores amigas, mas eu não conseguia acompanhar nem metade das suas frases. Na verdade, eu não conseguia manter um diálogo com ninguém desde que… desde que “ele” se foi. Hoje, foi um dos dias nos últimos meses em que eu me mantive mais virada para a realidade. Mas foi só por ser uma situação de extremos. Emily precisava de mim, e eu ajudei-a. Mas a mim, por mais que tentem, ninguém me consegue ajudar.
Fui para casa.
Nota da autora: Esse e o próximo são tristes, mas eu vos garanto que o Jacob tem um bom motivo, e nem tudo o que parece é. Comentem! Bjs
2 comentários:
oi querida eu amei o nascimento do tom
amiga a fic ta show
beijusss
triste o cap mesmo
tomara q o jake volte rapido
beijos
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