26 de abr. de 2011

Capitulo 30

Posted by sandry costa On 4/26/2011 3 comments

LLA




Passei meu braço ao redor do ombro de Bella e a puxei contra meu peito. Seu pequeno corpo tremia enquanto suas lágrimas molhavam minha camisa.

- Amor, tente se acalmar...

Apertei meus lábios em sua testa e esfreguei seu braço.

- Eu...

- Shhh...

Estávamos no hospital e nenhum médico ainda veio nos dar informações sobre Anthony. Bella estava transtornada, não parava de chorar. Eu ainda me lembrava do pequeno corpo do garoto se amolecendo na sala.

- Droga, cadê esses malditos médicos?

Minha mãe era outra, que andava de um lado para outro xingando toda a família de todos os médicos que trabalhavam ali. Ela havia se apegado bastante a Anthony, para estar tão preocupada assim.

Olhei para o canto onde meu irmão apertava o botão do bebedouro fazendo a água jorrar, mas quando ia beber soltava o botão fazendo a água cessar.

- Porra de bagulho! – Ele chutou o bebedouro de metal, aqueles típicos de escola.

- Deixa que eu te ajudo amor... – Rosalie levantou-se, apertou o botão para Emmett que bebeu a água.

Suspirei. Nem as burrices de meu irmão tornavam o clima melhor.

Meu celular começou a tocar. Desvencilhei-me de Bella procurando o aparelho em meu bolso. Era Jasper.

- Jasper? – Atendi surpreso.

Ei Edward, estou no aeroporto! Pelo que me lembre, minha irmã estaria aqui para me pegar. Estou ligando no celular dela, mas está caindo na caixa postal.

- Espera um minuto. – Pedi. Tirei o celular da orelha – Rosalie, Jasper quer falar com você.

- Jasp... OMG! – Ela veio até mim, tirando o aparelho da minha mão – Me desculpa Jazz...

Ela se afastou um pouco, para conversar com ele. Bella me olhou interrogativa.

- Seu primo. – Dei de ombros – Rosalie esqueceu ele no aeroporto.

Ela deu um sorriso fraco e não falou mais nada, apenas voltou a deitar a cabeça em meu ombro.

Alguns minutos depois Rose se aproximou.

- Preciso ir, tenho que pegar Jasper no aeroporto.

- Eu vou com você. – Renée se levantou.

- Eu também – Emmett levantou-se.

Eles se foram. Apenas Bella, eu e meus pais ficamos ali. O médico responsável por atender Anthony apareceu, explicou que não tinha certeza do que estava acontecendo com o garoto e que já estavam fazendo exames.

Obvio que pelo fato de Bella e meu pai serem médicos renomeados ajudou bastante.

Ficamos mais ou menos uma hora aguardando, não sei ao certo com exatidão, até que o Dr. Marlon voltou.

- O Garoto já está no quarto, descansando. Vocês podem vê-lo.

O medico estava pronto para sair, mas Bella o segurou.

- E os exames? O que eles indicaram.

- Os exames ainda não ficaram prontos, então, prefiro não dizer nada. Daqui no máximo uma hora os exames estarão prontos, estamos fazendo o possível para que tudo ocorra o mais rápido possível.

Percebi que Bella ia começar a surtar. Eu me adiante.

- Tudo bem. Obrigada Dr. Marlon.

Fomos à recepção para saber em que quarto Anthony estava. Meus pais, mais aliviados com a noticia que o garoto estava bem, foram embora apenas para tomar um banho, prometendo voltar para saber o resultado dos exames.

Bella e eu fomos para o quarto onde o garoto estava.

Anthony ressonava tranquilamente, seu pequeno braço estava esticado ao lado do seu corpo e uma agulha enfiada em sua veia. Estremeci.

- Ele vai ficar bem. – Abracei Bella por trás.

- Eu sei que vai. Ele precisa ficar bem.

[...]

[N/A: Juro que me esforcei ao máximo para deixar tudo certinho, pesquisei bastante, mas se tiver algo errado vocês me avisem ta? ]

Demorou, mas enfim, Dr. Marlon voltou, agora com os exames nas mãos. Meu pai e eu fomos os primeiros a levantar.

- Bom... – O Dr. Pigarreou – Os exames já estão prontos.

- Então? – Minha mãe e Bella se aproximaram.

O médico olhou para os exames e depois para nós.

- O garoto de vocês tem LLA.

Franzi a testa. LLA?

- Não... – Bella negou com a cabeça.

- Eu queria dizer que é mentira, mas não é.

Bella apertou os olhos com força.

- Pode me explicar o que é exatamente LLA? – Indaguei.

- Leucemia linfocítica aguda... – Foi meu pai quem respondeu. Os braços de Bella se apertaram em minha cintura. – O Tipo mais comum de leucemia em crianças.

Tudo bem que eu não era médico, mas eu tinha uma idéia básica do que é leucemia.

- Como não percebi isso antes... – Bella passou a mão pelo rosto desesperada.

- É difícil identificar, principalmente com as crianças. Fadiga, fraqueza, febre, sintomas de infecções, perda de apetite, dores ósseas e nas juntas, são coisas normais para um garoto da idade dele, já que as crianças sempre ficam resfriadas, e isso torna mais difícil distinguir a doença.

- Como Anthony está agora?

- Ele está ótimo. Fiquem tranqüilos, ele vai ficar bem, faremos mais alguns exames e dependendo do estado dele, logo, poderá voltar para casa com vocês.

Meu pai suspirou.

- Qual é o grau da LLA de Anthony?

- Felizmente não é grave. – O médico sorriu, Bella relaxou ao meu lado. – Não há motivos para entrar em desespero. Só quero saber se alguém é compatível com ele, caso necessite de transplante de medula óssea.

Bella mordeu os lábios.

- Eu... não sei.

- Vocês dois não tem mais filhos? Talvez o irmão dele seja compatível e...

- Thony não é nosso filho. – Respondi. – Ele é adotado.

- Hum. E vocês sabem onde estão os pais dele? É difícil arrumar doadores compatíveis, os irmãos sempre tem uma probabilidade maior de ser compativeis...

- Todos nós podemos fazer exames. – Minha mãe interrompeu – Não podemos?

- Sim claro, mas a possibilidade de compatibilidade é de 0,01% ainda mais não tendo nenhum grau de parentesco com ele.

- E se acharmos os pais deles? – Bella indagou desesperada.

- Os pais nem sempre são compativeis. Como o pai passa metade da herança genética e a mãe outra metade, eles são o que se chama de haploidênticos, pois têm apenas metade da informação genética do filho.

E os primos ou outros parentes mais próximos podem ajudar?  - Minha mãe perguntou

- Se fizer uma pesquisa em toda a família, a chamada busca na família estendida, a chance de encontrar alguém totalmente compatível é de 7% a 10%.

- Ótimo. – Ela sorriu para ele e virou-se para mim e Bella – Vai dar tudo certo, eu tenho certeza. – Voltou a encarar o médico – Mesmo tendo 0,01% de chances de sermos compatíveis com ele podemos fazer os exames?

- Claro, mesmo, como eu já disse, sendo muito difícil. Mas fiquem calmos, nem sabemos se precisamos ou não do transplante, depende de como o corpo do garoto está reagindo a LLA. Ele apenas precisara tratamentos, como vocês devem saber...

Meu pai se adiantou.

- A primeira fase é a de indução: o objetivo é eliminar todas as células neoplásicas da circulação. O tratamento é feito com quimioterapia + corticóides por 4 semanas. Depois vem a fase de consolidação: a fase de consolidação visa impedir o retorno das células cancerígenas após a indução.

- Exatamente. – Dr. Marlon sorriu – Esta fase pode ser feita repetindo-se o esquema da indução com doses menores ou com transplante de medula óssea. Há também a fase de manutenção: o tratamento quimioterápico é geralmente prolongado por mais 2 anos. O objetivo é eliminar qualquer resíduo de leucemia que possa ainda existir sem que seja detectado nos exames.

Assentimos.

[...]

POV Jacob


Eu andava pelo paraíso – leia-se: Shopping – olhando todas aquelas lojas perfeitas.

Foi ai que eu a vi. Ela estava parada. Não havia uma pessoa que não passasse por perto e não a olhasse.

Suspirei mantendo a calma.

Hoje era meu último dia em Miami, eu não podia deixar aquilo passar. Sem dúvida, não teria outra chance.

Entrei na loja, corri até a vitrine e espalmei minha mão no vidro.

- Eu querooooooooo!!! – Gritei para a atendente, apontando para a bolsa rosa da Prada.

- Me desculpa senhor... – A morena abriu a vitrine e pegou a bolsa – Ela acabou de ser vendida para aquela mulher ali.

Meu queixo caiu ao ver a ruiva-tarada debruçada sobre o balcão conversando com a moça do caixa.

Eu estava pronta para cerrar os olhos, mas me lembrei que havia acabado de passar mascara e que aquilo borraria tudo.

Comecei a pensar nas minhas futuras atitudes para conseguir pegar aquela preciosidade, a bolsa, claro.

Eu poderia esperar Tânya sair do shopping, persegui-la pelo estacionamento, matá-la, roubar a bolsa e me livrar do corpo.

Ok, isso era muita coisa, sem duvida ia me fazer soar e eu odeio ficar soado. Só aceito quando o Ricardão me deixa soado, ai sim, ai é bom!

Frustrado, sai da loja e fui para a praça de alimentação. Pedi um Milk Sheik de morango com guarda-chuvas cor-de-rosa. Cruzei as pernas e olhei ao redor. Ok, Miami é o paraíso, cada homem gostoso...

- Oi.

Abaixei meus óculos escuro, olhando incrédulo para a ruiva.

- O que faz aqui perua?

Ela sorriu mordendo os lábios.

- Pensei que talvez eu pudesse te fazer companhia, sabe, eu acabei de sair de uma loja e vim para cá, odeio ficar sozinha, então te vi aqui...

- Eu vi você na loja. – Fiz bico – Tu roubou a minha bolsa.

- Eu... eu o que?

Apontei para a bolsa da Prada encima da mesa

- Eu queria ela!

- Oh! – A ruiva tirou a bolsa da bolsa e colocou na minha frente – Pode ficar, na verdade era um presente para a Rosalie, ela se casa daqui uns dias.

OMG, eu já disse que amo essa Tânya?

- Obrigada mona.

Tentei pegar a bolsa, mas ela puxou de volta.

- Claro que antes...

- Antes?

- Vou querer em troca outra coisa...

- Outra coisa o que?

- Favores sexuais.

Meu queixo caiu. Ela... queria... sexo?

- Eu...

Ela gargalhou dando a bolsa para mim.

- Estou brincando.

- Ah... ta.

Ficamos conversando por mais um tempo. Até que Tânya tinha um papo legal. Ela era engraçada e extrovertida. Combinamos de sair para fazer compras quando ela retornasse a LA.



POV Bella


Passei a mão pelos cabelos curtos de Anthony.

Doía ver o estado dele.

Seus lábios estavam brancos, embaixo de seus olhos haviam olheiras, seu peito subia e descia devagar, e a agulha em sua veia.

Ele odeia agulhas!

- Bella, venha aqui... – Edward enlaçou minha cintura e me tirou da beira da cama de Anthony, arrastando-me para o sofá. Ele sentou-se e me puxou para sentar em seu colo – Tente se acalmar ok?

- Não consigo... – Deitei minha cabeça em seu ombro – Eu tenho tanto medo de perder ele...

- Você viu o que o médico disse, o garoto é forte, vai ficar bem.

- Edward, eu sou médica, sei que ele está certo, mas eu me preocupo com Anthony, não gosto de vê-lo assim. Esse ele precisar do transplante? O que vamos fazer?

Ele segurou meu rosto e colou seus lábios em minha testa.

- Iremos atrás dos pais dele.

- Edward entenda! Mesmo que ele tenha um irmão, para que ocorra a compatibilidade é necessário que a criança seja filha do mesmo pai e mãe que Anthony.

- Nós vamos dar um jeito amor. Agora se acalme. Pode me explicar como Anthony pode ter pegado LLA?

Assenti.

- Amor a leucemia linfóide aguda ou LLA, é um câncer das células brancas, as causas precisas do desenvolvimento desta patologia são desconhecidas. Apenas uma pequena porcentagem dos casos (<5%) está associada com a presença de alguma síndrome genética, exposição à radiação ionizante ou drogas quimioterápicas. – Suspirei, limpando minhas lágrimas – Cada tipo de leucemia possui sua própria causa. Suspeita-se de ser causada por fatores diversos, dentre eles: herança genética, desencadeamento após contaminação por certos tipos de vírus, radiação, poluição, tratamento quimioterápico entre outros. Algumas vezes, pensa-se muito a respeito da baixa imunidade (onde células podem destruir células cancerígenas) ou alguma falha no sistema imunológico que fizesse com que alguma célula anormal não fosse destruída e se reproduzisse, dando início ao câncer. Não se pode determinar de forma exata como a leucemia se desencadeia em um indivíduo específico.

- Thony pode ter pegado isso dos pais dele?

- Sim.

- Mas vocês nunca fizeram nenhum exame? Sabe... Exames de rotina.

Levantei-me de seu colo.

[N/A: Nem levem a serio ok? Dei uma modificada um pouco no texto do Wikipédia, mas é fanfic, ficção, então, coisas podem ser inventadas, não é? Tipo... vampiros, isso já é uma “invenção” e vampiros que brilham também.]

- Acha que sou irresponsável? – Bufei – É claro que a cada quatro meses Anthony passa por exames. Edward todos nós temos algumas doenças em nosso corpo, depende de cada organismo para saber se elas vão se manifestar-se ou não. É algo que pode aparecer de uma hora para outra.

- Hei calma... Não estou dizendo que você é irresponsável.

Ele se levantou e veio me abraçar.

- Mas eu sou.

Ele riu.

- Amor. Por que não vai para casa, toma um banho e descansa um pouco?

- Não vou sair daqui.

Meu namorado suspirou contrariado. Deu de ombros e me arrastou novamente para o sofá.

- Então tente dormir um pouco, eu fico de olho no garoto.

- Não quero dormir.

- Bella, não seja teimosa! – Bateu no sofá, me chamando – Venha, você precisa estar descansada para cuidar de Thony.

Contrariada, fiz o que Edward mandou. Sentei-me ao seu lado, deitei minha cabeça em seu colo e encolhi minhas pernas.


POV Edward


- Será que Tia Bella vai me apoiar? – Anthony indagou com a voz fraca. Ele havia acordado não fazia muito tempo.

- Bom, acho que ela não vai gostar muito da idéia de você namorando a enfermeira.

- Mas eu estou apaixonado. – Ele riu.

Torci os lábios.

- Você não era apaixonado por Rosalie?

- Né. – Deu de ombros – Mas cansei de sofrer por alguém que não me ama.

Ok, aquilo foi profundo.

Rimos juntos.

- Como está se sentindo? – Perguntei.

- Ótimo, tirando o fato de ter uma agulha na minha veia.

- Odeio agulhas. – Estremeci.

- Mais do que borboletas?

Franzi a testa pensativo.

- Não, nem tanto.

Rimos de novo. Mas paramos quando ouvimos um resmungo de Bella. Minha gostosa estava dormindo no sofá.

- Ela ronca... – Anthony tapou a boca, contendo um riso.

- Eu sei. – Sussurrei – Mas isso não é algo que se diga a uma mulher.

- Por quê?

- Porque senão você corre o risco de nem ouvir os roncos dela, sabe como elas são, qualquer coisa manda você ir dormir no sofá.

- Eu não sei como elas são, mas ti garanto, um dia vou saber.

- Saber o que?

Paramos de rir e nos viramos em direção ao sofá, onde Bella estava se levantando.

- Tia, é coisa de homem.

- Hm... – Bella se despreguiçou caminhando até nós – Como está se sentindo meu anjo?

- Eu estou ótimo. – Sorri para ela. Os dois reviraram os olhos.

- Bem. – Anthony deu de ombros – Tia, tenho que te contar uma coisa...

- O que?

- Estou apaixonado.

- Ai meu Deus! – Ela resmungou – Você se apaixona por todo mundo!

Rimos.

- Quem é a da vez?

- A enfermeira. – Respondi, colando meus lábios em sua testa – Uma loira gostosa.

- Muito gostosa.

- Edward! – Bella me socou. – Eu durmo e você fica olhando as enfermeiras?

- Credo amor... – Resmunguei, tocando o local onde fui socado – Eu já disse que prefiro as morenas. – Ri, abraçando-a por trás – Quantas vezes vou ter que dizer que só existe você para mim?

- Muitas vezes. – Ela sorriu.

- Vocês podem parar? – Anthony resmungou. – Eu to aqui ok?


POV Bella


Como o médico havia nos dito, a recuperação de Anthony foi rápida, tanto que três dias e meio depois de sua internação ele já estava pronto para voltar pra casa. O hospital queria que começássemos o tratamento dele ali, mas como semana que vem já estaríamos de volta para nossa cidade, e a LLA de Thony estava controlada, resolvi deixar para fazer tudo em Los Angeles, onde teríamos mais recursos.

- Vou sentir saudades... – Ele acenou para a enfermeira da qual havia se apaixonado.

- Eu também Thony. – Ela sorriu, aproximando-se e beijando a bochecha do garoto.

Saímos do hospital e seguimos para o carro. Anthony sentou-se no banco de trás, sorrindo como bobo.

- Nunca mais vou lavar o rosto! – Afirmou meu sobrinho. Rolei os olhos. Edward riu enquanto manobrava para fora do estacionamento.

[...]

- OLHA! PIZZA! – Anthony tentou pegar uma fatia, mas eu fui mais rápida, puxei ele para meu colo.

- Nada disso garotinho. – Eu o levei para a cozinha, onde Renée e Esme estavam, as duas pareciam discutir, mas quando nos viram afastaram-se cada. Esme veio até nós sorrindo.

- Ei, seja bem vindo de volta garotinho. Essa casa ficou tão triste sem você.

- Obrigada. – Ele sorriu. – Eu saibo, sou o sol das suas vidas.

Eu o coloquei no chão e o puxei até a mesa, onde seu prato já estava colocado.

- Olha, que maneiro, fizeram alguma coisa deliciosa pra comemorar minha volta?

- Claro. – Ri ajudando-o a se ajeitar na cadeira. – Renée, pode trazer a sopa.

- What?

- Sopa meu amor, sopa com legumes.

- Oh. EW! EW! EW!

- Ei! – Dei um tapa no ombro dele – Não faça essa cara de nojo, tem pess...

-... pessoas que nem tem o que comer e você fica reclamando, devia agradecer a Deus por ter comida todos os dias. – Anthony completou revirando os olhos – Você sempre diz isso.

[N/A: Minha mãe fala, e a sua? HAHA]

[...]

Puxei a coberta para cima de Anthony e voltei a mirá-lo. O garoto dormia do meu lado direito, com a cabeça em meu braço, sua pequena perna estava sobre minha cintura, enquanto me abraçava. O puxei para mais perto de mim.

Eu ainda estava preocupada com a chance dele precisar de um transplante de medula óssea. Teríamos que procurar por seus pais o mais rápido possível, mesmo eu tentando evitar ao máximo isso.

Sim, era egoísmo da minha parte evitar o encontro dele com os pais. Mas... E se eles o quisessem de volta?

O que seria de mim? Eu me apeguei tanto a esse garoto...

Fechei os olhos e contive um riso ao lembrar de Esme. A mulher obrigou até Tânya a fazer o exame de sangue, para ver se alguém de nós – por milagre – poderia ser compatível com meu sobrinho. Mesmo sendo quase impossível, o médico nos garantiu que se os sangues não fossem compatíveis com Thony poderiam servir para outras crianças e Adultos que possuem essa e outras doenças.

- Oi...

Abri meus olhos , fitando Edward.

- Não ouvi você entrando... – Sussurrei, desembaraçando meu corpo do de Thony.

Ele riu.

- Eu percebi. – Mordeu os lábios. – Eu queria conversar com você.

- Claro amor, vem cá. – Bati no espaço livre da cama. Edward se sentou ao meu lado. Deitei minha cabeça em seu peito. – Conversar o que?


POV Edward


Eu sabia que aquele não era o momento certo, mas eu não agüentava aquela duvida.

- Você... – Mordi os lábios indeciso.

- Eu?

- Bom... você não quer ter filhos?

Ela desviou seus olhos dos meus.

- Claro que sim.

Segurei seu queixo e a fiz me olhar.

- Então porque você não quis fazer amor comigo sem camisinha?

- Edward...

- Ok, se você não quer responder...

- Não é isso... – Bella suspirou, sentando-se na cama para me olhar – Eu apenas tenho medo. Medo de ter que passar por aquilo tudo de novo e...

- Ei. – A puxei de volta para meu peito – Mas dessa vez eu estou aqui, não vou te deixar nada acontecer com você e bem... – Mastiguei meus lábios – Já pensou na hipótese... de que... de que você...

- De que eu?

- Que você já pode estar grávida.

Bella abriu a boca para falar, mas nada saiu.

- Mas... mas nós... nós usamos camisinha e...

- Usamos camisinha aqui, mas quando viajamos para LA, aquela noite fizemos amor várias vezes e não nos prevenimos. – Dei um sorriso torto – E sabe como eu sou, não é? Te engravidei de primeira há 5 anos atrás, eu posso ter feito novamente. – Mexi com as sobrancelhas.

- Oh... – Bella sentou-se na cama – Não, eu não... eu não posso estar grávida.

- Bells, deixe disso amor. – Afastei seus cabelos, beijando sua nuca – Sempre foi esse nosso sonho, lembra-se? Noivar, Casar, Ter filhos...

- Sim, mas e se... eu não vou suportar passar por tudo aquilo de novo e...

A fiz se deitar na cama.

- Shh... Você vai acordar Anthony. – Colei meus lábios nos dela. – Nem sabemos se eu estou certo, mas se for verdade – Sorri, escorregando minha mão para sua barriga – Você vai me fazer o homem mais feliz do mundo.

Ela deu um meio sorriso.

- Será possível? – Bella colocou sua mão sobre a minha.

- Não sei – Sussurrei – Mas eu me amarrei na idéia, descobriremos a verdade amanhã, quando eu voltar com nossos exames. Se quiser, podemos dar uma fugidinha lá para meu quarto... – Mordi a boca dela – Sabe, só por prevenção caso você não esteja grávida a gente resolve isso agora mesmo.

Colei minha boca na dela abafando seu riso.

- Não posso. Prometi a Thony que ficaria do lado dele a noite toda.

Fiz bico. Ela sorriu, enfiando suas mãos em meus cabelos, fazendo cafuné.

- Ok, eu entendo... – Ronronei. Escorreguei por seu corpo parando minha cabeça em sua barriga. – Será que é menina?


POV Bella

- Edward! – Agarrei seus cabelos, obrigando-o a me encarar. – Não sabemos se estou grávida!

Ele pareceu nem me escutar.

-... Acho que se for menina, poderíamos por seu nome do meio sabe, sempre achei Marie um nome bonito, mas se for menino a gente da uma pesquisada no Google, lá tem bastante nome legal...

Edward continuou a fazer planos para nosso bebê-que-talvez-não-exista. Mas e se existisse?

Suspirei.

Eu não podia conviver com o medo. Como Edward disse, ele estaria ao meu lado dessa vez, tudo seria diferente.

Um sorriso brotou em meus lábios.

Será mesmo que eu estava grávida?

-... Então, quando ela fizer 30 anos, eu até permito namoro, mas só de mãos dadas, não quero nenhum rapaz ralhando na minha princesinha, não é filha? – Edward beijou minha barriga e me olhou – OMG, temos que começar a comprar o enxoval. Mas, droga, ainda nem temos uma casa amor, precisamos comprar uma, mas espera, antes temos que nos casar, podíamos aproveitar que o casamento de Rosalie está perto e pegar carona nesse trem, então nós...

Tapei a boca dele. Era muita coisa para minha cabeça.

- Edward, cala a boca! Está me deixando com dor de cabeça, inferno!

Ele me olhou serio.

- Bella, olha a boca! Não quero que meu filho cresça traumatizado! – Bufou e voltou a deitar a cabeça na minha barriga – Não liga bebê, papai te ama.

3 comentários:

nossa capitulo simplesmente tocante...
querida voce esta de parabens
beijusss

oq????
esse final foi otimo!!
eita! sera q ela ta gravida mesmo hein????
e qando os exames chegarem ????
ela vai descobrir sobre o anthony!!!
ALELUIA!!!
rsrs
ta otimo!!!
bjs!
Gabi

Ok...
É realmente seu texto hoje foi bem criativo, eu gostei.

ainda continuo com a minha opinião de que
quando a Bella descobrir tudo sobre o Anthony ela tem que dar um tapa na cara da Renee.

Ps: Você tem uma imaginação boa pra inventar essas coisas.
Bem criativo

Bjus

Postar um comentário

Não esqueça de comentar, isso incentiva os escritores e também a mim que tento agradar a vocês.