Capítulo 67° Revelações

La Push, 27 de novembro de 2011, sábado ás 20h55min, Casa de Isabela

O cheiro dele estava por toda parte. Ela inalava profundamente o cheiro amadeirado, ela nunca poderia se cansar daquele gosto, aquele que não saia de seus lábios. Seus toques sempre tão carinhosos não saiam de sua cabeça. Seu olhar sobre seu corpo fazia todos os pelos de seu corpo se eriçar.

Ela havia se tornado em fim uma total mulher aquela noite, Jacob Black a transformou. Ele agora poderia muito bem se levantar da cama e dizer que a atração entre eles havia acabado e que ele estava realizado por ter conseguido sua meta, mas não, ele apenas queria ficar ali, ao seu lado, para toda a eternidade.

Não era apenas atração... Era amor. Sim Jacob Black estava amando, aquela noite foi diferente para ele, não é segredo algum que Jacob é muito experiente, mas com Isabela ele se sentiu um garotinho ingênuo. Um garotinho ingênuo apaixonado. Um garotinho ingênuo apaixonado e realizado.

-E agora? –Isabela perguntou de frente para ele. Ela acariciava seu rosto com as pontas dos dedos.

-Agente se casa. –Isabela não se conteve... Ela riu. O som de sua risada invadiu os tímpanos de Jacob. Ele simplesmente adorou ouvir o som de sua risada. Ele então riu com ela.

-Essa é uma boa idéia. –ela concordou. Jacob olhou para ela é ficou sorrindo.

-Mas... –ele colocou atrás da orelha de Isabela uma mecha de cabelo. –Até isso não acontecer, o que você acha de irmos ao cinema amanhã à noite? –perguntou umedecendo os lábios.

-Acho uma ótima idéia. Poderíamos convidar Maggie e seu amigo... Seth Clearwater. –Isabela tinha que correr contra o tempo, ela precisava descobrir quem matou os pais de Maggie. Ela precisava e não iria demorar muito até conseguir, ela tinha certeza disso.

-Ótimo! –Jacob concordou e colocou seus lábios ao de Isabela em um beijo carinhoso.

La Push, 28 de novembro de 2011, domingo ás 19h17min, Casa de Isabela

Os quatro estavam no carro a caminho do cinema, os garotas ligaram o som e começaram a cantar fazendo as garotas rirem. Eles passaram a viagem inteira fazendo palhaçadas.

Jacob Black fez um enorme bem a Isabela Beckham, ela ainda sentia a falta de seus pais e ainda desejava com todas as suas forças a vingança que buscava. Mas agora era diferente, ela não vivia SÓ para a vingança, ela simplesmente... VIVIA!

Chegando ao cinema sentaram-se Seth, Maggie ao seu lado, Isabela e Jacob na outra ponta. O filme era comedia romântica, eles aproveitaram bem a sessão. Jacob continha o braço ao redor de Isabela o filme inteiro, ela descansava sua cabeça em seu peito, Jacob de vez em outra sussurravas frases carinhosas em seu ouvido fazendo com que as borboletas em seu estomago se espalhassem por todo o corpo de Isabela.

Quando saíram da sala de cinema foram até uma lanchonete, eles conversaram animadamente sobre a escola, músicas, sobre o filme que acabaram de assisti, Seth brincava dizendo que Jacob e Isabela estavam em sua bolha particular e que eles não notariam se o filme fosse de terror. O pior é que isso é verdade, o mundo poderia acabar e ambos não veriam.

As garotas foram ao banheiro e Isabela sabia que aquela poderia ser uma boa chance dela arrancar alguma coisa de Maggie.

-Ei! O Seth é bonitinho né? –perguntou lavando as mãos. Maggie arrumava seu cabelo quando inesperadamente corou.

-É. –Isabela a olhou pelo espelho.

-Você gosta dele! –acusou. Maggie mexeu nas mãos nervosamente.

-É claro, digo, ele é o amigo do seu namorado, eu não o odeio, porque eu o odiaria? Então eu gosto dele, mas gosto como o amigo do seu namorado, porque, porque se eu odiasse... –Isabela a interrompeu com um riso pequeno.

-É melhor você parar. –aconselhou. –Antes que você confesse que matou o Kennedy! –Maggie jogou um pouco de água em Isabela.

-Para! –ela riu. –É por ai. –concluiu por fim. Isabela se aproximou dela.

-Maggie, sei que você já deve estar de saco cheio disso, mas... –Isabela estreitou os olhos e Maggie a olhou. –Por que você não conta quem matou seus pais?

-Isa... –ela passou o peso de seu corpo para o outro pé. –Não comece, sim? Por favor. –pediu em um sussurro.

-O que você teme? –pressionou. Ela não queria ser chata, mas ela não estava fazendo aquilo apenas por causa de sua missão, agora ela queria poder ajudar Maggie, queria ajudar a prender os desgraçados que mataram os pais dela.

-Você não entende? Meus pais morreram para me salvar, se eu disser quem foi eles vão me matar e a morte dos meus terá sido em vão! –se exaltou um pouco.

-Você não tem que se preocupar com isso. A polícia vai ti proteger, seus amigos estarão com você. –colocou a mão em seu ombro. –Você não acha que seus pais lhe contaram quem ia matá-los exatamente para você no final contar quem foi? Pense bem Maggie, seus pais merecem justiça. –Isabela disse convicta. Maggie a olhou, seus olhos azuis estavam lacrimejando.

Quando ela falou, foi em um sussurro.

-Eles... –uma lágrima caiu. –Estão sempre... Sempre... –ela olhou para os lados e depois olhou dentro dos orbes achocolatados. –Observando-me. Temo que eles não possam apenas me matar, mas também matar meus amigos e meus tios, os únicos que sobraram de minha família.

Isabela travou o maxilar.

-Você disse. –ela se inclinou na direção de Maggie. –Sempre estão a observando? Como assim? Então eles estão em La Push? –perguntou arqueando uma sobrancelha. Maggie fechou os olhos e balançou a cabeça negativamente.

-Pior... –ela os abriu. –Eles estão aqui. –Isabela engoliu em seco.

Ela não contava com aquilo.

-Aqui? –perguntou.

-Eles não se aproximam, apenas observam. –ela mordeu o lábio inferior.

De repente o celular de Isabela vibrou no bolso de sua calça, ela o pegou e depois olhou para Maggie.

-Já volto. –ela caminhou até uma parte distante de Maggie e atendeu ao celular.

-Isabela, não recebo noticias suas há muito tempo. –disse a voz grave do outro lado da linha.

-Você só pode ser vidente. –Isabela exasperou.

-O que houve? –Isabela olhou de esguelha para Maggie e ela se olhava no espelho, parecia arrependida de ter falado alguma coisa. –Descobriu quem matou os pais de Maggie? –perguntou.

-Não, mas... Maggie acaba de me dizer que os assassinos estão sempre a observando, então eles ainda estão aqui. –sussurrou.

-Isso é ótimo Isabela, é ótimo. –Micael parabenizou.

-Vou desligar, não quero que ela desconfie. –eles desligaram e Isabela retornou até onde estava. –Desculpe minha governanta. –disse.

Maggie assentiu e disse:

-Então vamos? Os garotos devem estão preocupados. –Isabela se decepcionou pela mudança de assunto, mas assentiu, ela pelo menos descobriu alguma coisa.

Elas saíram do banheiro e quando estavam andando pela lanchonete Maggie parou abruptamente. Isabela a olhou e perguntou:

-O que foi? –Maggie estava com o semblante aterrorizado.

-Eles... –sussurrou. Isabela olhou na direção em que Maggie olhava e se deparou com duas figuras, um homem de cabelos curtos castanhos escuros e de olhos azuis, era alto e um pouco forte, ele vestia uma blusa preta, uma calça social da mesma cor, um sapato e seu olhar estava nelas. A mulher tinha os cabelos castanhos claros até os ombros, seu corpo era muito bem definido e ela usava um vestido preto, seus olhos eram verdes claros.

-Você ta dizendo que... –Isabela foi interrompida por Maggie.

-Temos que ir embora, agora! Temos que sai daqui! Eu não devia ter ti contado nada! –ela estava desesperada. Isabela segurou seus ombros.

-Mag! Mag! Calma! Eles não vão fazer nada, além do mais quem eles pensam que são para fazer alguma coisa conosco? –Isabela soou confiante.

-Eles são... –Maggie engoliu em seco...

Isabela arqueou a sobrancelha e Maggie terminou dizendo:

-Os Volturi.




Próximo Capítulo:

-Então... E agora? –perguntou ansiosa.

-Você já pode voltar para New York, tenho uma nova missão para você. –Isabela fechou os olhos e suspirou os abrindo.

-Não posso terminar esse ano aqui? –ela não queria se separar de Jacob e ela NÃO iria se separar de Jacob.

-Ser um espião tem suas conseqüências. –disse por fim.

Categories: A herdeira