18 de out. de 2011

Capitulo 33

Posted by sandry costa On 10/18/2011 No comments



O dia seguinte foi um pouco triste. Acordamos na hora do almoço e arrumamos nossas malas. A viagem tinha chegado ao fim.

- Vou sentir falta daqui. – Bella falou contemplando a casa. Tudo já estava no carro que ia nos levar ao aeroporto. Por sorte a neve tinha parado e as estradas já estavam funcionando.

- Todos nós vamos. – eu falei trazendo-a para mim.

Bella sorriu tristemente. Alice saiu da casa com o rosto avermelhado, ela sempre chorava na hora de ir embora. Ela correu até mim e me abraçou. Ela chorou em silencio, a saudade já apertando no peito de ficar longe de parte da família.

- Vovó virá para nossa formatura. – murmurei. – Vai passar rápido. Eu lhe prometo.

Alice assentiu com a cabeça no meu peito. Vovô saiu de casa acompanhada da nossa avó e eles vieram abraçar Alice e a mim. Eu sentia muita falta deles.

Quando levantei o olhar Bella estava a alguns metros de mim junto com Jasper e Rose. Eles conversavam entre si e davam alguns olhares para nós, querendo não ficar no meio de um momento tão familiar e intimo. Era inevitável não olhar Bella de cima a baixo. Ela usava um sobretudo marrom com uma legue branca, botas que iam até o joelho de um marrom mais escuro, luvas e boina creme. Ela poderia sair de uma dessas propagandas de coleção de inverno.

Me permiti mais alguns minutos com minha avó antes de ir até Bella de volta.

***



- Bella... E a faculdade? – perguntei suavemente enquanto a tinha em meus braços durante o vôo de volta a Washington.

- A faculdade? Bem segundo o dicionário significa: poder, direito, capacidade, possibilidade. Em italiano se diz do mesmo modo que o inglês.

- Você sabe que não estou falando dessa faculdade. – murmurei arqueando uma sobrancelha. Ela riu.

- Sim eu sei.

- E então? Já sabe para onde vai ou que curso quer fazer?

- Acho isso tão injusto... – Bella murmurou. – Com dezoito anos você decide o que você quer para toda sua vida... Será que temos maturidade para entender a extensão disso? – fiquei calado. Ela continuou. – Tive muito que pensar na Itália. Pensei que queria algo como literatura ou belas artes até mesmo quem sabe música... Mas percebi que não o que eu quero de verdade... Que me imagino fazendo daqui a dez anos e vivendo disso... Vejo mais como uma distração... Meu lazer... Meu ócio construtivo sabe?

- E o que você se imagina fazendo então? – perguntei rindo.

- Fisioterapia. Sabe, eu imagino abrindo um grande centro de reabilitação em Forks onde pessoas virão de todos os lugares do país para fazer fisioterapia em um lugar calma e longe do estresse da cidade. Quero vê-las retornarem a ter qualidade de vida... Quero ver o sorriso no rosto ao ver o primeiro passo que alguém vai dar sozinho após ter sofrido algum acidente e perdido o movimento das pernas... Quero ver as lágrimas da família ao ver que aquela pessoa que eles amam tanto agora consegue escrever o próprio nome novamente... Essas coisas, entende? – Ela disse me olhando com um sorriso no rosto.

- Inspirador. – Falei. – O que você quer é realmente lindo.

- Eu vou me candidatar para medicina e vou fazer uma especialização em fisioterapia e futuramente uma pós-graduação em fisioterapia infantil.

- Então seremos colegas de sala. Faremos medicina juntos. Eu vou passar esse semestre indo trabalhar no hospital como auxiliar, para adicionar créditos para o meu currículo para a faculdade.

- Vamos fazer Yale? Todos juntos? – ela perguntou com o olhar atento. Era um sonho de pequeno nosso irmos todos juntos para a mesma faculdade e morarmos na mesma casa ou bem próximos uns dos outros.

- Se todos conseguirmos passar... Sim. –

Ela sorriu antes de me dar um beijo. Pensei por um momento como seria bom morar com Bella em Yale. Medicina cobrava muito estudo e sobrava pouco tempo para outras coisas. Mas se Bella estivesse comigo tudo seria mais fácil.



***



Uma surpresa quando chegamos em casa: Phill havia pedido Renné em casamento. Ele colocou a aliança na taça de champanhe dela e ela quase engoliu.

Bella sorriu largamente e correu para abraçar sua mãe. Logicamente ela sabia, mas, a pedido de Phill, havia guardado segredo.

Isso acabou gerando uma comemoração na praia. Nos reunimos em um restaurante em La Push onde comemos uma peixada maravilhosa e brindamos muito ao futuro do casal.

Imaginei se um dia poderia ser eu e Bella sendo o casal brindado.



***

Ainda havia mais dois dias antes do inicio das aulas. Por conta da neve a energia da escola de Forks estava comprometida e esperava a neve baixar para resolver o problema.

Bella achou que o ideal era começar a estudar para que ela conseguisse acompanhar a turma. Nos reunimos os seis em minha casa e espalhados na sala íamos estudando, tirando duvidas, lendo textos em voz alta, explicando... Passamos a manhã assim. Afundados em livros. Almoçamos rapidamente e após um descanso de meia hora voltamos aos estudos.

As três da tarde Bella fechou o livro dela.

- Tenho que ir. – ela disse.

- Por quê? – perguntei levantando meus olhos do livro de biologia para encará-la.

- Tenho uns assuntos para resolver em casa. – ela falou se levantando e pegando sua mochila. Ela andou até mim e me deu um suave beijo nos lábios. – À noite você vai lá para casa?

- Claro. – murmurei me levantando do sofá para acompanhá-la até o carro.

Dei um forte abraço nela do lado de fora da casa e beijei seus lábios. Ela deu um beijo na minha bochecha e eu a soltei no chão.

- Até a noite então. – ela murmurou.

- Até a noite.

E ela se foi.

***



Cheguei à casa de Bella por volta das sete horas e para minha surpresa havia outro carro estacionado onde geralmente eu colocava meu carro. Por um momento cogitei que fosse Phil, mas o carro dele não era aquele. Então, quem seria? Será que Charlie havia vindo ver sua filha?

Com os pensamentos girando andei até a sacada e dei três batidinhas na porta. Ao longe escutei vozes de risos e pouco tempo depois Bella abria a porta para mim. Sua expressão estava animada e seus olhos se iluminaram mais quando me viu. Peguei sua mão e dei um rápido beijo antes de puxá-la para dentro. Quando chego na sala eu vejo quem é avisitinha de Bella.

Era o amiguinho que ela tinha arranjado na Itália. Qual era mesmo o nome? Amos? Amon? Adriel? Ado? Adival?

- Edward, creio que você se lembra do Adrian. – Disse Bella sorrindo. - Adrian esse é o Edward. – Ela nos apresentou.

Andei até ele e forcei um sorriso ao apertar sua mão. Deu vontade de falar: - Sou namorado da Bella, prazer! – Mas contive meu surto infantil. Eu era educado demais.

- Então, Bella, já está na minha hora. – Adrian disse se levantando e pegando a papelada que estava em cima da mesinha que só agora eu havia notado. O que era?

- Tudo bem, Adrian. – Bella disse sorrindo. – Manterei contanto.

- É bom mesmo. – Ele falou rindo. – Prazer conhecê-lo, Edward. – E então saiu. Ouvi-o cumprimentar Renné que estava na garagem pela distancia da voz dela.

Bella pegou minha mão e me conduziu até o sofá.

- Estou com vontade de ficar sentada quietinha abraçada ao meu namorado. – Bella falou sorrindo.

Eu ri e a aconcheguei no meu braço enquanto conversávamos sobre uma série de TV qualquer. Mas havia algo no Adrian que me incomodava. Ao olhar para ele vi que ele tinha um segredo juntamente com Bella. Um segredo que ela não partilhara comigo, o namorado e melhor amigo dela. Mas que segredo poderia ser esse?

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