Cápitulo 75° Mentir para que?

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Nick


Não queria abrir os olhos, pois não queria enfrentar uma pessoa, ou até mesmo essa pessoa não queira me enfrentar ao certo. Mas de uma forma ou de outra alguma hora eu teria que abri-los.
E lá estava ele, a pessoa que eu não queria ver na minha frente olhando para mim.
-Oi. –em sua voz continha curiosidade, preocupação, medo e dor. Eu o conheço tão bem que às vezes eu me odeio por isso. Assenti com a cabeça seu cumprimento.
-Você está com raiva de mim. –não era uma pergunta. Ele me olhava com mais dor do que sua voz demonstrava. Ficamos em silencio com apenas o barulho de nossa respiração.
-Desculpa. –sua angustia tomava conta de mim quando eu apenas queria ter ódio.
-Pelo o que? –minha voz não saiu como eu queria ao invés dela sair com aspires ela saiu com a mesma dor que havia nos olhos do Seth.
-Eu devia ter ti contado, eu sei que devia. Desculpe por isso. Essa foi à pior maneira de você descobrir.
-Pior e única. –senti meus olhos enxerem de água. –Se eu não tivesse tocado no Jake, agora eu estaria vivendo uma farsa, você mentiu pra mim. –uma lagrima transbordou por minha face. Levei minha mão até meu rosto para enxugar a lágrima traiçoeira, eu senti uma dor aguda após fazer isso. O Seth se mexeu começando a caminhar até mim, eu estiquei minha mão para frente e a balancei em um sinal de “não se aproxime.”
-Mentir para que? O que você ganha com isso? –perguntei abaixando a mão. Agora a minha voz continha um pouco da fúria que eu sentia.
-Eu não queria que você tivesse que ficar comigo por obrigação e você ainda não se recuperou pela perca do Cayo –ele falar do Cayo foi golpe baixo. –Não totalmente.
-Não fale do Cayo. –outra lágrima escorreu por minha face. Tentei me sentar e as minhas costas arderam o Seth se mexeu novamente, mas não se aproximou de mim. –Seth. –um nó se fez em minha garganta, mas eu precisava de um tempo para pensar.
-Sim? –em sua voz a dor ainda não havia sumido ao contrario só havia crescido mais.
-Vá embora daqui. –disse cada palavra lentamente. Pude sentir sua dor, mas eu precisava pensar, eu estava confusa, eu poderia ter usado outras palavras, mas agora eu não podia voltar ao tempo e acho que essa escolha de palavras foi à melhor.
-Ta bom. –ele olhou para o chão e depois olhou para mim de novo. –Melhore. –ele virou os calcanhares e saiu de meu quarto. Deixei as lágrimas caírem logo de uma vez.




Seth


Sai de seu quarto e permaneci na porta, lágrimas começaram a cair de meus olhos, eu me odeio, me odeio por ter a magoado, me odeio por ter mentindo pra ela, me odeio, me odeio e me odeio. O fogo começou a crescer dentro de mim, comecei a correr, eu pulava os degraus. Olhos assustados me olhavam enquanto eu atravessava a sala correndo.
-Seth. O que houve? –o Jake perguntou dando um passo, o Edward pegou o ombro dele o impedindo. “Quero ficar sozinho.” Pensei. Depois pulei os degraus da entrada da casa dos Cullen e deixei o fogo me dominar e forcei minhas patas a correrem pela floresta, correr sem um destino, correr para esquecer que eu sou a causa do sofrimento da Nick.




Nick


Me coração dói. Eu não sei o que sinto pelo Seth, não sei se o amo. E o fazer sofrer está acabando comigo. Ele mentiu para mim, e isso de imprinting é tão importante e ele não me contou sobre isso. Meus sentimentos estão embaralhados, ódio, amor, raiva, amor, não sei o que sinto no momento. Tentei sentar agora com mais sucesso. Ta bom eu sei o que estou sentindo, pelo menos no momento, dor, dor psicológico e dor físico. Minhas costas ardem como se a cama fosse uma frigideira. Pus a mão –a que eu não usei para enxugar as lágrimas, pois esse braço doía –atrás das costas e a dor piorou.
-Ahhh! –um grito saiu de meus lábios. Ouvi a porta se abrir e o Carlisle logo estava ali sentado na beirada de minha cama.
-O que houve Nick? –ele perguntou. Os outros logo estavam ali no quarto também. Todos menos ele.
-Minhas costas. –as lágrimas não paravam de transbordar.
-Deite se de bruço. –Carlisle disse. Eu olhei para ele.
-Não consigo. Não consigo nem me mexer. Mas o que aconteceu eu pulei de um avião sem pára-quedas e cai no meio de uma floresta em cima de pedras? –perguntei olhando para meu braço dolorido.
-Vou ajudar. –Carlisle disse passando o braço por minha cintura e ajudando-me a ficar de bruços. Alguém puxou a coberta a jogando na cadeira do computador. Senti o Carlisle puxar minha blusa para cima deixando a maior parte de minhas costas à mostra. Depois não houve barulho algum.
-O que foi? O que tem de errado com a minha costa? –perguntei. Ninguém me respondeu.
-Falem.



Leitores agradeço pelos comentários... Espero que gostem desse capitulo tb...
Comentem é o que tenho a dizer =]
Bjsculos!

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