4 de ago. de 2010

Capitulo 7

Posted by sandry costa On 8/04/2010 No comments

Ferido 

Ele começou a caminhar entrando mais na floresta, eu o segui.
Depois de andar um pouco ele parou em um pequeno rio que corria por ali.
O céu nao tinha nuvens, nem estrelas, a luz da lua refletia sobre a agua clareando a noite, tonando-a linda.
Ele sentou encostando na arvore, estava de cabeça baixa mais sua expressao era triste.
Eu me sentei também, um pouco afastada dele.
Uns minutos de silencio se passaram, eu resolvi falar.
-Desculpe, eu nao queria ter dito aquilo, foi cruel demais da minha parte - pedi desculpas novamente.
-Voce tem razao - disse ele baixo - eu culpo todo mundo por uma coisa que ninguem tem culpa,ou melhor, a culpa é toda minha. - ele levantou a cabeça e me olhou.
-Mais eu nao devia ter dito aquilo, voce...
-Eu tenho sido cruel com todos a minha volta - ele me interrompeu e começou a falar - tenho sido cruel ate comigo mesmo, me culpando por uma coisa que aconteceu a algum tempo, meus amigos me abandonaram, meu pai nao aguenta mais olhar na minha cara - ele respirou fundo - Mais voce nao merece ouvir isso, vem vou te mostrar o caminho de volta - ele se levantou.
-Espera - falei - eu quero ouvir, eu... talvez voce se sinta melhor se me contar - eu hesitei.
-Ninguem é capaz de me fazer sentir melhor - murmurou ele se sentando de novo, sua voz era dura e fria.
-Mais eu quero ouvir - insisti.
O desejo de consola-lo que eu sentia era enorme.
Porque eu estava sentindo aquilo?
Ele assentiu.
-O nome dela era Catherine - ele começou a falar - eu estava em La Push com uns amigos, nós tinhamos combinado de ir a praia no fim de semana, tudo estava indo parfeitamente bem, ate que ela apareceu, foi como... - ele parou de falar, pareceu que ele estava editando alguma coisa - foi como amor a primeira vista - ele sorriu se lembrando, era a primeira vez que eu o via sorrir, o sorriso dele era lindo, mais triste.
-Nós ficamos conversando o dia todo - continuou - no dia seguinte eu a chamei pra sair e nós começamos a namorar, uns tres meses depois eu a pedi em casamento, nós nos amavamos e era isso que importava - ele parou de novo - na mesma noite que eu a pedi em casamento, eu a levei pra jantar em Port Angeles... nós saimos do restaurante um pouco tarde, mais eu nunca tive dificuldades em digirir a noite, quando estavamos chegando nos arredores de Forks, um caminhão veio em nossa direçao e ... - ele estremeceu.
Nao o forcei a dizer mais nada sobre o acidente, aquilo só estava magoando ainda mais ele.
Eu só nao entendi como ele tinha sobrevivido, mais isso depois eu ia descobrir.
-Entendi - sussrrei.
-Me desculpe se fui rude com voce na escola mais... agora voce sabe porque - murmurou ele.
Eu assenti.
-Eu nunca contei a ninguem como eu me sentia, voce foi a primeira pessoa com quem eu conversei depois da... depois que a Cathy se foi.
Naquele momento eu entendi porque a Sophia disse que era como se ele tivesse morrido junto com ela, ele nao vivia mais.
-Espero que voce esteja se sentindo melhor, eu nao queria fazer com que voce se sentisse pior depois daquilo que eu falei - murmurei.
-É estranho mais - ele hesitou - eu estou bem melhor agora - ele sorriu levemente, e dessa vez seu sorriso nao era duro, eu sorri levemente também.
Meu telefone tocou, o numero no identificador de chamadas era de minha mae.
-Alo? - falei.
-Isabell, onde voce esta? - pergutou ela preocupada - ja era pra voce estar em casa.
-Eu sei mae, me desculpe, eu ja estou a caminho.
-Voce tem vinte minutos... - nao foi preciso ela terminar a frase.
-Ja entendi, tchau - desliguei o telefone.
Olhei pra Symon, ele estava serio demais.
-Tenho que ir - eu disse.
-Tudo bem, eu vou te ajudar a chegar na trilha. - falou.
Ele começou a caminhar eu o segui.

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