31 de out. de 2010

Capitulo 7

Posted by sandry costa On 10/31/2010 2 comments



DESPEDIDA


Bella


A tensão que por semanas dividia o mesmo ambiente que minha família, estava esvaindo aos poucos. Edward relaxou visivelmente quando voltamos a nossa casa, seu humor mudou de tal forma que ele parecia mais excitado com a viagem do que Renesmee. Eu também estava
empolgada, mais quando pensava em Charlie, meu êxtase diminu
ía um pouquinho. Não deveria estar procurando formas de me distanciar,
pelo menos n
ão agora. Desde o início soube que em algum momento teria que me afastar de Charlie, mesmo ele estando a
par da “meia-verdade”, era quest
ão de tempo, antes que tivesse que realmente deixa-lo. Claro, ainda
podia visit
á-lo, manter contato via telefone, como venho
fazendo com Renée.

Não era a mesma coisa.

É muito mais difícil pensar em desconectar meu pai de minha nova vida, principalmente porque foi com ele que convivi, durante os momentos mais marcantes, momentos que precederam os atuais – bons momentos - desde que conheci, me apaixonei e me
casei com Edward. Charlie sempre esteve presente, mesmo sem ter conhecimento
real de meu relacionamento com os Cullens.

Não estávamos partindo para sempre, mas a sensação de que esse dia chegaria e em breve tomou conta de mim.

O tempo voava. Claro, tudo passa em velocidade exagerada quando se está feliz.
Edward voltou a falar sobre carros, eu sabia que um dia acordaria com um
grande, superpotente e exageradamente caro carro estacionado em minha porta.


Achava difícil ir contra seu entusiasmo, ele ficava tão contente quando aceitava seus presentes sem reclamar e ficava em êxtase quando eu realmente apreciava, e para falar a
verdade... muitas vezes eu adorava. Essa era uma parte de mim que parecia estar
em processo de transformaç
ão. A poucas noites atrás, quando voltava para o chalé, sozinha, após passar a tarde fazendo compras com Alice e
Rosalie, para a viajem fui recebida por um Edward mais entusiasmado que o
normal. Sua express
ão era
tranqüila, mais havia um brilho especial em seus olhos, um brilho que o
entregou quase imediatamente. Sabia que ele havia aprontado algo, s
ó
torcia para eu n
ão fosse nada
extravagante demais.

Eu estava tentando me enganar.

Ao perceber minha aproximação – ele já havia me escutado - Edward postou-se ao meu lado e com um sorriso que transpassava os limites da beleza, puxou minha mão, para que parasse, se aproximou e me
beijou.

Um beijo de “boas vindas”... um beijo apaixonado.

Correspondi imediatamente e já não estava mais pensando na extravagância que viria a seguir.

Mais uma vez, devido a Alice, eu havia passado a tarde toda longe. Ela estava começando a tranformar nossos passeios como um acontecimento regular. Dessa vez usou como
desculpa a viagem... com Alice sempre havia motivos para fazer compras ou
organizar festas. Apesar de saber que ele estava me esperando, que sempre teria
meu marido e minha filha, ansiando por meu retorno, - me sentia... me sentia...
angustiada? Ansiosa? Ou talvez seria uma mistura dos dois sentimentos - Alice
como sempre, fingia n
ão perceber – em outras
palavras, me ignorava - claro que era
tang
ível o meu nível de estresse, talvez ela associasse ao fato de estar me “obrigando”
a fazer algo que eu realmente n
ão gostava.

Me senti aliviada quando o vi, quando olhei para seu rosto perfeito, quando senti o
aroma delicioso de seu h
álito, que sempre me
inebriava.

Após alguns minutos, que pareceram muito curtos... ele se afastou e seu sorriso era ainda mais estonteante.

- Bem vinda. – ele disse me aconchegando ao seu lado.

- É muito, muito bom estar de volta.

- Como foram as compras? – perguntou ele observando que não carregava nenhuma sacola.

- Alice como sempre fez a festa, comprando muito além do necessário, tanto para ela, quanto para mim e além disso, aparentemente eu não sei usar o meu próprio closet, então ela virá amanhã para poder guardar tudo apropriadamente. – fiz
careta ao falar.

- O segredo é deixar Alice ser Alice, se protestar demais a coisa tende a piorar. Mas não se preocupe, vou ter uma conversinha sobre
limites com minha irm
ã. Ela não ode fazer você ficar longe de mim por tanto
tempo. – murmurou ele, acariciando meu rosto com as pontas dos dedos.

- Você parece ter aproveitado bem a tarde. – disse, analisando o lindo sorriso que não havia deixado seu rosto.

- Bom... eu tinha que fazer alguma coisa. Emmet e Jasper já pegam no meu pé o suficiente por não conseguir funcionar direito longe de você.

O que ele havia feito?

- Então, a tarde foi produtiva? – perguntei, curiosa.

- Eu senti muito sua falta... claro, Renesmee também, Jacob parece não gostar de ficar aqui sem você, mas ele não reclamou. – estávamos entrando no chalé, nesse momento e ele estava claramente tentando me distrair.

Edward estava me conduzindo pela sala, quando parei abruptamente.

- Oh, Edward!

- O que foi? – perguntou, ansioso.

- Você comprou um carro, não foi? – falei em um tom derrotado. Só podia imaginar a
monstruosidade do autom
óvel.

Ele riu alto.

- Não, não comprei um carro para você... ainda.

Relaxei um pouquinho.

- Oh... Ok, isso é bom. Porque dessa vez eu quero poder escolher com você. – não estava empolgada com a idéia, mas pareceu uma forma inteligente de impedir que meu próximo carro seja um Porshe ou um Lamburgni.

- Mesmo? – ele pareceu empolgadíssimo. – Isso é ótimo, podemos fazer isso no momento em que voltarmos do Brasil. - Agora vamos... – ele me puxou pela mão, em direção ao quarto de Renesmee.

Ela estava profundamente adormecida.

- Ela queria te esperar, mas não agüentou. – sussurrou Edward em meu ouvido. – Dormiu antes de chegar aqui.

Oh! Não gostava de perder nenhum minuto com Renesmee... ou com Edward.

- Ela fez uma coisa para você... – ele informou.

- Sério? O que é? – estávamos sussurrando para não acordá-la.

Ele foi até a cômoda branca que ficava encostada na parede, abriu gentilmente a penúltima gaveta, sem fazer ruído algum, pegou um pequeno objeto, fechou a gaveta, ainda sem fazer qualquer barulho - Renesmee permaneceu adormecida – Pegou
minha m
ão, dessa vez me puxando para nosso quarto.
Sentei-me na cama e esperei. Ele me olhava, sorrindo, ainda de pé.

- Agora... Renesmee insistiu que queria te dar um presente depois de ouvir Jacob falando sobre como as pessoas normalmente são cheias de normas de etiqueta quando alguém que conhecem mudam para
uma casa nova.

- Jacob estava falando sobre isso? – perguntei o olhando de forma incrédula. O que Jacob sabia sobre normas de etiqueta? Nem mesmo eu era bem informada sobre
o assunto.

Edward franziu os lábios e deu os ombros.

- Bem... não exatamente falando sobre isso, mais reclamando. O que ele deixou de verbalizar com Renesmee é que Emily havia
falado que ele precisaria comprar uma lembrança para você quando nos mud
ássemos, que era necessário – como se ele não fosse conosco – resmungou Edward em um tom
que seria inaud
ível. - Ele estava conversando
com Sam e Emily sobre o pr
óximo ano, foi assim que
o assunto
surgiu. – Edward explicou. - De qualquer forma, Renesmee insistiu que também
queria comprar algo para você, e ficou t
ão empolgada que queria sair para comprar algo imediatamente. Precisava
ver como ela ficou. – ele riu, lembrando. – Ent
ão contei a ela que você amava presentes feitos em casa e ela ficou
preocupada, porque n
ão
sabia exatamente o que fazer. Jacob a incentivou, dizendo que a ajudaria, ela
concordou, desde que eu ajudasse também.

Ele pareceu satisfeito por Renesmee também querer sua ajuda e parecia também que iria me dar o informe de tudo que aconteceu... em detalhes.

Perdi tanta coisa em apenas uma tarde. Mas não foi de todo ruim, ele parecia feliz com o tempo passado com Renesmee e Jacob... ou talvez só Renesmee.

- Pensamos em algumas coisas e sugerimos... afinal ela era dona da idéia – ele falou em um tom solene e sério.

Jacob e Edward sugerindo idéias para Renesmee? Hilário... queria muito ter presenciado isso.

No meu rosto estava estampado um sorriso de quem estava amando ouvir tudo isso.

Ele continuou.

- Demorou um pouco, mas ela aceitou em parte uma de minhas sugestões e em parte uma de Jacob... e foi assim que ela chegou a isso.

Edward mostrou o que havia pegado no quarto de Renesmee. Ele se sentou ao meu lado, colocando em minha mão o presente feito por ele,
Nessie e Jacob.

Era uma pequena cesta – cabia na palma da mão - feita de palha trançada e de cor clara, na alça, havia pequenas flores selvagens, amarelas e violetas, com duas pequenas rosas entalhadas de
madeira ao final - a parte de Jacob no presente - ele provavelmente j
á tinha as rosas entalhadas a muito tempo,
sabia que o processo era delicado e demorado, elas eram cheia de detalhes. Dentro
da pequena cestinha, havia uma almofada acetinada vermelha com detalhes dourados
e mais flores selvagens, bem pequenininhas e belissimamente acomodado ao
centro, estava um broche oval, circulado de pequenos diamantes com um tracejado
de ouro branco ou prata – n
ão sabia destinguir - ao redor e como
protagonista, ofuscando os pequenos diamantes, estava a safira, lapidada em
diversas facetas, em seu azul Royal. Eu nunca tinha visto nada t
ão lindo. Com certeza, essa parte era a de Edward.

Perfeito, o presente todo era perfeito. Tão delicado e lindo.

Fiquei sem saber o que dizer olhando para a pequena cesta em minha mão.

- Então... você gostou? – perguntou ele.

- Vocês passaram o dia todo fazendo isso para mim? – perguntei emocionada.

Ele apenas balançou a cabeça para cima e para baixo.

- Então...

- Claro que gostei... Não... Eu AMEI. É perfeito Edward. – mais uma vez fiquei sem palavras.

- Renesmee fez a cesta, Jacob entalhou as rosas e a minha parte imagino que já saiba qual é.

Suspirei e acenei com a cabeça, sorrindo.

- Existe um significado nesse presente – ele agora estava sério e seus olhos intensos – você está em todos os nossos
pensamentos, especialmente nos meus, e mesmo que por um relativamente curto
intervalo de tempo em que você se ausenta, n
ós sentimos,
sentimos mesmo a sua falta, posso afirmar isso por Renesmee e até por Jacob
mais
principalmente por mim. N
ão tenho vergonha de
admitir que preciso de você, o
tempo todo. – Parecia imposs
ível, mais sua voz ficou
cheia de fervor e seus
olhos ainda mais intensos. – Quero te dar tudo, tudo que esteja ao meu alcance,
eu quero poder mimar minha mulher, enchê-la de presentes, porque você merece,
por isso fico extremamente feliz por você aceitar minha parte do presente sem
dizer nada... sem reclamar. – ele n
ão resistiu e teve que
acrescentar a última parte.

Abrir a boca para poder falar, mas um de suas mãos tocaram meus lábios, pedindo para esperar.

- Você sabe que hoje, a exatamente dois anos atrás, eu passei a minha primeira noite na casa de Charlie... com seu concedimento?

Hoje? Hoje fazia dois anos que ele havia me levado a campina e abrido sua alma para mim. Claro que sim... era hoje. Como não percebi isso antes?

Ele continuou.

- Então veio a calhar a idéia de Renesmee, apesar dela ainda não saber da importância da data.

Só consegui olha-lo, admirando a beleza de suas feições. Era possível explodir de tanto amor? Mesmo agora, mesmo imortal, meu coração parecia inflar a cada dia para comportar tanto, meu amor por Edward continuava a aumentar e eu sentia que isso nunca teria fim,
nunca deixaria de am
á-lo a cada dia mais,
apesar de
imaginar ser imposs
ível sentir amanhã mais do que sinto hoje. Minha pequena
Renesmee tinha seu lugar reservado e de alguma, assim como Edward, conseguia me
encher ainda mais de amor e adoraç
ão.

Quando consegui falar, minha voz saiu falhada de emoção.

- É uma pena que Renesmee esteja dormindo.

Essa foi minha resposta brilhante a mais uma de suas declarações.

- Ela me fez prometer que eu entregaria assim que você chegasse em casa, mesmo se ela estivesse dormindo.

- Você poderia ter me ligado, eu teria voltado mais cedo.

Ele sorriu delicadamente.

- Eu sei, mais estou tentando ao máximo aprender a te compartilhar com o restante de minha família. Tenho que admitir é muito difícil.

Ele manteve o sorriso em seu rosto e aquela imagem me inebriou.

Ok... nunca iria me acostumar aquilo, não queria me acostumar. A sensação de poder amar Edward era maravilhosa, uma rotina adquirida, uma rotina que nunca terminaria...


Tudo estava pronto e partiríamos para New Hampshire amanhã. Fomos caçar assim que Renesmee acordou –
coisa r
ápida. A tarde ficou
reservada para Charlie. Ele j
á sabia a respeito da
viagem e gostou da idéia de Renesmee poder conhecer outra parte do mundo, ainda
t
ão jovem.

- Eu gostaria muito de ter feito isso por você, Bells. Mais não se tem muita opção quando se ganha um salário de policial. – disse Charlie, sentado a mesa da cozinha, enquanto eu preparava seu jantar.

Renesmee estava em seu colo e Edward havia se retirado por um momento, ele estava dando “privacidade” a Charlie, deixando-o mais a vontade comigo e Renesmee.

O jantar estava quase pronto. Não havia me esquecido em como preparar os peixes que Charlie tanto amava, agora só não seria possível compartilhar com ele
a refeiç
ão. Renesmee fez cara feia quando sentiu o
cheiro da comida frita, ela sabia que teria que
se alimentar pelo menos um pouquinho. N
ão podia culpá-la, o cheiro era quase
insuport
ável. Quando servi Charlie um prato de peixe,
ouvi uma brusca batida na
porta.

Sorri.

Claro, eu já sabia quem era, era fácil reconhecer pelo cheiro. Eu nunca imaginei esses dois dividindo o mesmo carro.

- Eu atendo. – falou Charlie, já se levantando.

- Tudo bem, pai, Edward atende, não deixe seu jantar esfriar. Deve ser o Jacob. – anunciei, sabendo que era Jacob, mais Charlie
estava para receber uma boa surpresa.

Pude ouvi-los conversar rapidamente na sala, antes de se dirigirem para a cozinha.

Renesmee estava sentada no colo do Charlie, mordiscando a comida. Ela sabia que tinha que conter seu entusiasmo com Jacob naquele momento. Não queria que me pai
estranhasse ainda mais o relacionamento dos dois.

- Ei, pessoal. Cheguei na hora certa. – comentou Jacob ao passar pela entrada da cozinha.

- Hey jake. – o comprimentei.

- Nessie, não sabia que você gostava de peixe. – ele falou... sarcasticamente.

Ela lançou um olhar de nojo em sua direção.

- Ela não precisa comer muito pai, quando chegarmos em casa ela vai querer mais alguma coisa, estando cheia ou não, então é melhor não exagerar agora.


Renesmee sorriu.

- Ok, você pode levar uns pedaços de peixe para ela.

Provavelmente Jacob os comeria.

- Sem problemas.

- Hey... Vocês estão dando uma festa e nem me convidaram.

Alice entrou na cozinha, trazendo consigo sua famosa expressão “trágica”.

- Alice! – Falou Charlie, se levantando imediatamente com Renesmee ainda no colo, mal conseguindo conter a empolgação.

- Oi, Charlie, quanto tempo.

Charlie não via Alice há algumas semanas, apesar do clima entre meu pai e os Cullens ter ficado por um tempo um pouco sombrio – devido ao fato de Carlisle ter informado a ele
que eu estava em Atlanta quando isso n
ão era verdade. – a sua afeição por Alice não diminuiu nem um pouco.
Ele ficava claramente feliz em vê-la.

Ele se aproximou para cumprimentá-la. Um sutil abraço foi trocado, Alice tinha sempre muito cuidado para não tocar sua pele, ela tentava não assustá-lo tanto. Claro que
como sempre, ela estava preparada, com luvas, uma blusa mangas longas e
cachecol.

- Que boa surpresa, o que a trás aqui? – demandou Charlie, voltando a se sentar.

- Como assim o que me trás aqui, vim me despedir de você, Charlie, ou achou que iria viajar sem vê-lo antes?

De novo, a expressão falsamente trágica.

Ele pareceu extasiado enquanto Renesmee fez cara feia e se negou a comer mais. Na realidade ela não havia comido nem
sequer um pedaço, mais n
ão podia forçá-la a isso.

- Não quer mais? – perguntou Charlie.

Ela apenas sacudiu a cabeça.

- Vamos para a sala Nessie, assistir um pouco de TV com seu pai. – falou Jacob a pegando sua mão. Ela pulou do colo de Charlie e o seguiu.

Alice se sentou a mesa e eu a acompanhei, esperando que Charlie terminasse para poder arrumar a cozinha. Eram esses pequenos gestos que fazia Charlie e eu muito
felizes, como se pouca coisa tivesse realmente mudado, como se eu conseguisse
conciliar minha antiga vida, com a nova, perfeitamente.

Claro que isso não era verdade, mais estava satisfeita assim mesmo.

- Você veio com Jacob? – perguntou Charlie a Alice.


- Sim, ele passou lá em casa procurando por Bella, aproveitei que já estava de saída e o trouxe.

- Ele passa muito tempo com Nessie, não demora ela vai estar o chamando de “tio Jacob”. – Charlie riu.

Olhei incredulamente para Alice, antes de me virar para Charlie. Ele não notou nossa troca de olhares.

- Não acho que ele irá gostar de ser chamado de tio, Charlie. – disse.

Ele me olhou, pensou por alguns segundos e concluiu.

- Imagino que não, ele não parece um “tio”.

Não parecia mesmo.

Alice e Charlie conversaram sobre vários assuntos triviais, após algumas horas, Edward apareceu na porta da
cozinha, sorriu e sinalizou com a cabeça para que eu o
acompanhasse. Charlie n
ão o viu, imerso na
conversa.

- Eu vou levar Renesmee para casa, ela está quase dormindo... – disse ele quando nos afastamos da cozinha.

- Oh... me desculpe, perdi a noção do tempo, vou me despedir de Charlie. – falei interrompendo-o.

- Não, não, fique. Converse com Charlie mais um pouco, você vai ficar um tempo sem vê-lo, então aproveite o tempo com ele. Alice vai ficar com você.

Suspirei. Era uma boa idéia.

- Ok. Ficarei mais um pouco. Não vou demorar, ele daqui a pouco está apagando também.

Voltamos para a cozinha, Edward se despediu de Charlie e ele de Renesmee.

Edward sugeriu que Jacob fosse para casa, mais ele queria os acompanhar até o chalé.

Com um beijo rápido ele se despediu de mim e com um aceno de Alice.

Charlie suspirou.

- Acho que não vou ver Nessie tão cedo. Vou sentir saudades da pequena. – murmurou para si mesmo. – Já tem alguma idéia de
quando voltar
ão?

- Ainda não, mais prometo ligar sempre que possível.

- Faça isso.

- Tem algo diferente na casa, Charlie. – Alice comentou.


Charlie pareceu ficar sem graça.

Realmente, havia pequenos detalhes diferentes, os cheiros que senti em Janeiro quando o visitei pela primeira vez após nosso “pequeno”
desentendimento com os Volturi, ainda estavam ali. Acabei me acostumando a ele
e jogando ao fundo de minha mente o fato de Edward ter mencionado algo sobre
uma poss
ível revelação.

- Oh! Sue tem mexido um pouco por aqui, por algum motivo ela achava a casa um pouco crua demais. Ela trouxe alguns pequenos objetos de decoração que o pessoal da reserva faz. Eles são muito habilidosos.

A única coisa que havia de diferente na sala, era um novo porta-retrato, com uma foto de Renesmee e eu. Percebi também, que não havia entrado no quarto de Charlie e nem no banheiro, talvez o cheiro mais forte que identifiquei vindo do segundo andar se
deva a algum presente maior por parte de Sue.

Bom... isso não era importante.

- Eu gosto da casa do jeito que ela é. – era verdade, eu não mudaria nada. Pelo menos agora. Quando me mudei – a alguns anos - teria adorado
que Charlie tivesse constru
ído um banheiro a mais.

- Eu também.

Conversamos por mais uma hora, antes de nos despedirmos. Não sabia quando iria ver Charlie novamente, sabia que não ficaríamos fora por tanto tempo, mais ainda sim, me
sentia inquieta em deix
á-lo.

- Charlie vai ficar bem. – Alice tentou me consolar quando estávamos no carro a caminho de casa. – Eu posso ver, pelo menos em partes... você sabe, quando Seth ou Leah não estão lá.

- Eu sei, é só mais uma de minhas “coisas”. Me preocupo muito com ele.

- Eu sei. – ela ficou em silêncio por uns segundos e completou. – Mais agora não quero te ver para baixo, você não quer estragar o clima para Nessie, não é? Ela está radiante e ansiosa para amanhã, seria ótimo se você compartilhasse um pouquinho da empolgação dela.

- Eu estou. Realmente estou. – disse, sorrindo amplamente para minha irmã.

Ela analisou meu rosto por alguns segundos, viu a sinceridade nele e sorriu em resposta.

- Sim, você está. Eu acredito em você.


Amanhã partiríamos para New Hampshire, onde eu conheceria minha futura casa e faculdade. Eu realmente estava animada, não havia como negar. Todos estavam, inclusive Jacob. O que me fez pensar... como seria quando nos
mud
ássemos?Como
ficaria essa história toda de imprinting? Ele iria conosco, ficaria com o pai?

Muitas perguntas ainda precisavam de resposta.

Bom... tínhamos tempo para pensar nisso.

2 comentários:

Como gosto dessa fic!!! É uma das minhas preferidas.
Então, no próximo cap a história dá uma nova guinada, muita coisa pode acontecer, só espero que o Jake se mude com eles.
Abraços

È mto fofo ver todo mundo feliz!Sua fic é MARAAA.
Beijos :*

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