25 de out. de 2010

Posted by sandry costa On 10/25/2010 1 comment


Kateryne

                   



Imagina o que é ter sua vida virada de ponta cabeça, você se sentir sem chão, sem saber o que fazer, é assim que estou nesse momento. Eu sempre fui à típica patricinha de cidade grande, cresci na movimentada NY e sou apaixonada por compras, porem hoje isso é um sonho inatingível graças à maior monstruosidade de todas, como se minha vida já não fosse uma completa maluquice.
Por ter crescido na cidade mais movimentada do EUA aprendi a malandragem do mundo cedo, sou única em minha beleza, sou descolada e chamo atenção de todos onde passo. Todos, eu disse todos os homens estão aos meus pés, sempre estiveram!  Afinal não é sempre que encontram uma Nova Yorquina de cabelos longos e ondulados em um tom entre o castanho e o preto, com olhos azuis, pele rosada e um corpo bem definido, tenho uns traços mais mestiços como os lábios carnudos, que definitivamente não são da minha mãe, mas que realça minha elegância e beleza!
Minha mãe é como eu, só que com a pele mais branca como porcelana! Ela não cresceu aqui, cresceu em Forks, um lugarzinho no fim do mundo, que não faz sol.
Não sei quem é meu pai, mas a quem interessa? A mim não! Bom ao menos nunca interessou, até as crises de nervos começarem. E eu ter que procurar um médico. Lembro-me de cada detalhe desse dia.


***

-Como assim doutor? – Eu senti a raiva brotar em mim, quer dizer que eu fiz mil exames pra ele me dizer que não deu nada.
-Kateryne querida olha você não tem nada grave... Provavelmente algo genético.
-Impossível, o senhor conhece minha mãe, sabe que ela não tem nenhuma doença como essa.
-Sua mãe não. – Minha boca se abriu em um O quando percebi o que ele queria dizer, alem de nunca ter conhecido meu pai, ele ainda pode ter me deixado uma doença genética. Agradeci ao doutor ... afinal ele não tinha nada mais o que fazer e voltei pra minha casa, sem deixar transparecer para minha mãe o que se passava.
Sempre me virei com minha mãe, a amo mais que tudo, mesmo ela não sendo digamos... Normal! Ela é diferente, mas quem não é, apesar de que eu nunca vi alguém como ela, porem tentamos manter as aparências, o porquê disso? Ela pode ver o que não devia! Mantemos isso em segredo, afinal não quero que minha amada mãe seja dada como uma aberração.
Ela está doente e apesar dos médicos não saberem o que ela tem, eu acredito fielmente que é devido as suas “visões”, o seu maior medo é me deixar só!
O primeiro passo, lógico, seria perguntar-la, porem só de tocar na palavra pai as coisas ficam feias por aqui. E como ultimamente ela anda doente, evito aborrecê-la.
Meu mundinho está abalado sim, mas não posso perder a pose, sou uma diva e tenho que agir feito tal.
***
-Kat o Mat quer saber se você vai estar na festa hoje? - Eny minha assistente perguntou entrando na minha sala. Eu sou a design da revista de moda mais conceituada de NY. Pude ver o pedido mudo nos olhos da minha assistente.
-Você tem alguma duvida? - Ela sorriu contida e saiu da sala. É claro que eu vou à festa, e como sempre serei o centro das atenções, Damon estará lá e como sempre se fará de difícil, mas sempre tenho o que quero, e vou tê-lo, custe o que custar afinal me chamo Kateryne e meu sobrenome é determinação.
-Eny - a chamei impedindo-a de sair da sala - preciso de uma passagem de avião para o estado de Washington, no Condado de Clark para amanha pela manhã! Faça uma reserva no melhor hotel da região, por favor!
-Kat sem querer ser intrusa, mais já sendo. O que vai fazer em outro estado?
-Eny isso não é da sua conta! E vamos! Tenho pressa!
Aproveite e ligue para minha casa peça a governanta para arrumar as minhas malas. Não sei quanto tempo ficarei fora, então resolva tudo com ela! Agora vá!Tenho que dar um telefonema!
Se tenho que ir atrás do meu passado, que seja de uma vez! Quanto antes isso se resolver, melhor.

Maldito! Maldito e maldito! Desliguei o telefone e lancei os meus desenhos, que estavam sobre a mesa, no outro lado da sala.
Pago caríssimo ao melhor detetive de toda a Nova York, quiçá de todo EUA! E o infeliz só me da um nome!
Incompetente! É isso que ele é! E quer o dobro pra continuar, só por conta de umas lendas absurdas que, sinceramente, não dei a mínima atenção. Dane-se vou continuar isso eu mesma!
O foda é só ter um nome!
Black!
O que esse nome tem haver com meu pai?
Será o seu sobre nome?! Se for é patético! Nunca usaria estou contentíssima com Price!
A anta do Brian me disse outro nome como era mesmo?! Hum...
Quileuties eu acho?
Sai da janela e me direcionei ao meu computador, conferi se estava realmente sozinha em minha sala, Eny já estava no telefone fazendo o que mandei! Abri a pagina principal e fui à busca de mais informação!





INDIOS!
Minha mãe se envolveu com um índio! Não! Isso não pode ser verdade!
Eu? Filha de um índio! Nunca!
Preciso falar com o Carter ele vai saber me orientar! Ate porque é no Condado de Clark que ele esta! Vou seguir os planos e me encontrar com o Carter e se esse absurdo se confirmar vou ate o Clallam!
-Kat! Nossa! O que houve aqui?
- nada Eny, fala logo o que quer? To muito atarefada!
- sim! A senhora Price quer saber qual o motivo da sua viagem!
- mamãe também! – exclamei exaltada, algo que ultimamente vem acontecendo com muita freqüência – diga que é a negócios, um novo acionista quer conhecer meu trabalho! Ah sei lá! inventa algo ta legal?! Estou de saída agora! – peguei minha bolsa e meus óculos essa informação me abalou profundamente - Arrume esse escritório! Não volto mais hoje!- preciso de um ar, o park da cidade é um bom lugar para pensar!
O central park é um dos lugares mais bonitos que eu já vi, e sempre que estou exaltada vou até lá, sento me em um dos bancos e dou comida aos pombos. Hoje minha cabeça estava a mil, “índios” “quiluetes” “lendas” tudo isso girava em minha mente.
-Tem alguém sentado com você? – Ouvi uma voz rouca perguntar, não me importei em olhar pra ver quem era. –Não fica a vontade. – Tentei ser o mais educada possível. Senti quando ele se sentou ao meu lado, seu cheiro conseguiu me tirar da minha linha de raciocínio, era inebriante, sentia como se ele me atraísse e lutei comigo mesmo para não o encarar.
-Você vem sempre aqui? – Ele perguntou puxando assunto. Levantei meu olhar lentamente e a primeira coisa que eu vi foi seus olhos, eles pareciam duas lagoas negras e profundas, nossos olhos se prenderam como se eles já se conhecessem e estivessem somente fazendo a ligação de um para o outro, senti todo meu corpo estremecer e meu coração acelerar, em seguida senti meu rosto formigar e esquentar, com certeza eu estava vermelha, desviei meus olhos imediatamente.
-Sempre, é o meu lugar preferido.
-Engraçado eu nunca te vi. – Ele disse refletindo.
-Você também... Antes de terminar a pergunta ele já balançava a cabeça.
-Sim, sempre desde que vim pra cá. – Claro que ele não era daqui, sua pele era de um tom avermelhada, como se ele fosse um surfista, suas cabelos e olhos negros como carvão e seu sorriso era marcante.
-Você não é daqui então.
-Não, abri meu consultório aqui depois que eu me formei. – Antes que eu pudesse perguntar o que ele fazia, ouvi meu celular tocar em minha bolsa, e o atendi.
-Kat, o Mat está igual doido atrás de você.
-Novidade. – Disse sorrindo. –Estou indo pra ai. – Desliguei o telefone. –Tenho que ir, foi um prazer...
-Seth e você?
-Kat.
-Prazer Kat, nós... – O interrompi.
-Eu tenho que ir, quem sabe nos vemos de novo. – Senti um aperto estranho no peito e vi algo diferente em seus olhos. Antes de qualquer coisa eu me levantei e sai.


***


-Eny qual o problema? – Perguntei assim que eu entrei em minha sala e ela veio atrás.
-ELE deu ordens explicitas pra que assim que você chegasse fosse direto a sua sala.
-Ok. – Sai da minha sala e fui até a sala do Mat no fim do corredor. Bati na porta e entrei, Mat nem bem me viu e foi falando.
-Finalmente. Eu preciso que você faça uma matéria, ouvi bem Kat, pois é importantíssimo, ele é um dos cirurgiões plásticos mais famosos e bem sucedidos da atualidade, e detalhe nunca deu entrevista pra ninguém, e esse furo será o ponto alto da nossa próxima edição. – O olhei entediada. -Não faz essa cara... Ele estará na festa de hoje à noite, e será lá que você dará o bote. Eu não me importo como só consiga a matéria, nem que seja entre os lençóis de seda dele.
-Eu não sou repórter Mat, manda alguém... – Ele me interrompeu.
-Não. Ele é importante demais pra que eu mande qualquer um, preciso de alguém da minha máxima confiança. – Abri minha boca pra protesta e ele me cortou novamente. – É uma ordem Kat.
-Qual o nome do renomado cirurgião? – Era impossível conter o sarcasmo de minha voz.
-Clearwater, Dr. Clearwater.
Voltei pra minha sala com novas duvidas na cabeça, imaginava como seria esse Dr. Clearwater, um velho, ranzinza, com a cabeça branca. Olhei ao redor e vi as pastas do arquivo que o Brian me mandou, e minhas preocupações voltaram como achar uma pessoa com apenas um nome? Peguei minha bolsa, despedi-me de Eny e fui para a casa.
O restante do dia passou rápido e logo chegou a hora da festa, eu estava estonteante, como sempre.
Enquanto conversava com a Jess olhava onde Damon estava, eu não o tinha visto ainda, outro que eu ainda não tinha visto era o tal Dr. Clearwater, porem esse eu não me importava nem um pouco de não o ver. Procurei Damon distraidamente e eu então o vi, ele estava lindíssimo em um smoking preto, segurava uma taça de champanhe e conversava com um casal de meia idade, senti meu coração acelerar e minha mão suar, era muita coincidência o ver duas vezes no mesmo dia. Ele me olhou e sorriu, se despediu e caminhou lentamente até mim.


-Olá. NY ficou pequena de repente. – Disse em um tom zombador.
-Pois é. – Falei no meu tom mais ameno.
-Resolveu o que tinha que resolver.
-Ah? A sim resolvi. – Mat me olhou e piscou, não entendi o porquê. Então eles uma mulher pegou o microfone.
-Temos a honra de ter aqui conosco um dos mais renomados cirurgiães da atualidade e quero chamá-lo pra dizer algumas palavras pra nós. Dr. Clearwater. – Olhei em volta procurando quem iria levantar e ir ate a mulher, era ridículo só por que o cara era um medico renomado o chamavam pra dar uma palavra.
-Merda. – Seth resmungou, eu o olhei. –Desculpe.
- Dr. Clearwater? – A mulher insistiu.
-Ela não vai desistir não é? – Seth falou sorrindo, colocou a taça na mesa do buffer e se encaminhou para o palco onde a mulher esperava, a cumprimentou e ela falou.
-Obrigada Dr. Clearwater.

Cap escrito por Sandry

1 comentários:

Nossa San o nosso menino virou Dr: ai q fofo .
ai essa estoria esta cada vez mais envolvente.
e ela amiga e filha dos black.
um entao sera q eles tiveram imprinting.
ai se for q legal,amo demais essa fic ela é realmente perfeita e envolvente............
misteriosa ....................................
beijos linda .
parabens..............

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