12 de dez. de 2010

Capitulo 32

Posted by sandry costa On 12/12/2010 3 comments





Amigos, família e inimigos


Edward





Todos estavam olhando para nós. Não era algo nada novo, acontecia o tempo todo.


O hall do luxuoso prédio comercial no centro de Seattle, não estava cheio. Apenas quatro pessoas, fora os funcionários do local. A sala de Jason Jenks ficava no décimo segundo andar. Há muitos anos Jasper utilizava seus serviços em prol da discrição de nossa família.


A reação do pequeno e redondo advogado ao nos avistar era comum. O choque e o medo foram os sentimentos que predominavam. Com muito esforço, ele conseguiu nos cumprimentar.


- Sra. Cullen, como vai? – sua voz tremia, sua mão suava.


- Estou bem e, por favor, me chame de Bella. Meu marido, Edward. – ela disse gesticulando para mim e fazendo os pensamentos de J. perderem o rumo mais uma vez. Ele estava tentando muito se manter coerente quando se virou para mim.


... sim O marido. Intimidador.


- Sr. Cullen, é bom finalmente conhece-lo.


... ele é tão assustador quanto o irmão. O que me faz imaginar se todas as mulheres Cullens são gentis... e atraentes como Bella.


Eu quase sorri.


Não. Elas não eram.


Todos de nossa família estavam acostumados a ignorarem humanos, acostumados a assustá-los. A atração era apenas uma coisa momentânea e inicial. O automático instinto de proteção subconsciente – normalmente – se sobressaia e eles se afastavam. Nos admirando de uma certa distância e depois ignorando nossa presença.


J. era pura admiração e medo. Admiração por Bella e medo de mim.


Interessante.


Ela não os assustava. Provavelmente porque não estava tentando.


Sempre com um sorriso gentil nos lábios. Com certeza tentando fazer o estranho humano se sentir menos desconfortável possível.


Comecei a imaginar como isso iria transcorrer em Dartmouth. Bella já naturalmente atraia demais os olhares masculinos – mesmo quando humana – agora seria pior.


Não respondi o homem apavorado a minha frente, apenas balancei a cabeça. Não iria tornar a vida dele fácil. Seus pensamentos estavam perigosamente seguindo um
rumo desagradável.


... intimidador. Concentre-se, você tem um trabalho a fazer. – Ordenou ele em pensamento.


- O que posso fazer por vocês? – perguntou ele, apontando para as cadeiras a frente de sua mesa.


Tomamos nossos lugares.


Expliquei o que queríamos, ele escutou, tentando prestar atenção em mim. Tentando não perder o foco.


J. era talentoso, sem dúvidas. E até mesmo profissional em seus pensamentos... pelo menos na grande maioria das vezes.


- Outro documento para a Renesmee Carlie Cullen. – ele gaguejou um pouco.


- Exato. – ela respondeu.


Bella deu entrada em seus novos documentos legalmente. Trocando a foto e seu nome. Oúnico lugar onde ela não era oficialmente a Sra. Cullen.


- Ela se parece muito com o Sr. se me lembro corretamente. Uma menina linda. – ele disse honestamente.


- Ela é. Obrigado. – respondi, mantendo minha expressão séria.


E ela era. A cada dia mais. A princípio só conseguia ver Bella em nosso pequeno milagre, mas agora, aceitava com muito orgulho, que Renesmee se parecia muito comigo. Bella estava lá, nos pequenos traços, fazendo Renesmee ainda mais perfeita.


Ter uma filha sempre será algo completamente surreal para mim.


- Para quando precisa? – perguntou ele.


- Duas semanas. – disse.


- Mesmo lugar da última vez? – perguntou Bella em um tom conversacional. E claro, ele ouviu de outra forma. Ele estava deslumbrado.


Era engraçado observar seu comportamento.


- Ahhh... claro. – J. mal conseguiu dizer.


- Então o vemos em duas semanas. – falei me colocando de pé. Definitivamente estaria com Bella. Era divertido.


- Estarei lá, com seus papéis.


- Ótimo.


- Foi muito bom vê-la novamente, Bella e muito bom finalmente conhecê-lo, Sr. Cullen.


O homem estava tremendo e suando ainda mais quando deixamos seu escritório.


Eu ri quando entramos no elevador.


- Pare de rir. Ele foi gentil.


- Ele mal conseguia falar, Bella.


Ela riu também.


- Ok... foi engraçado.


- Sempre será engraçado. E eu gostei dele... um pouco. Ele quase não foi desrespeitoso. Quero dizer, existem coisas que são impossíveis de não pensar quando se coloca os olhos em você. Poderia ter sido muito pior.


Ela ofegou. Seus olhos se arregalaram, e sua boca se abriu levemente.


Era engraçado como ela se sentia envergonhada com isso. Eu só estava falando a verdade.


Bom... e me divertindo as suas custas também.


Antes de voltarmos para casa, paramos em um restaurante italiano e compramos comida para Nessie. Bella não se importava com o fato de Renesmee precisar de sangue. Eu por outro lado, achava que seria mais fácil para ela conviver com humanos, sendo mais humana.


Renesmee estava nos esperando na garagem com Jacob a tira colo.


Franzi minha testa ao vê-lo. Ainda precisava conversar com ele.


Mais tarde. Decidi.


- Vovó Renée ligou. – Renesmee anunciou quando desliguei o motor.


- Ligou? – Bella perguntou, retirando o celular do bolso e olhando. O telefone não havia tocado.


- Ela não tentou o celular e disse que liga mais tarde.


- Oh. Ok. – ela respondeu, um pouco desapontada.


- Eu falei com ela. – cantou Nessie, animada.


- Você falou? Sobre o que conversaram?


Ela soltou a mão de Jacob e se colocou entre Bella e eu, segurando as nossas.


- Tia Alice pediu para eu atender, quando o telefone tocou. – Renesmee começou a relatar. – E aí eu perguntei quem estava falando e com quem queria falar. Ela disse que era Renée e que queria falar com Bella.


Então, Renesmee olhou para mim. Estávamos seguindo em direção a sala.


- Quase falei que minha mamãe não estava em casa. Mas Alice me avisou a tempo. – ela se virou para Bella. – Me desculpe.


- Não se preocupe.


- Depois ela perguntou se Edward estava em casa.


Ela balançou a cabecinha negativamente, quando lembrou sua resposta. Edward não está em casa também. Ele saiu com Bella. – Era estranho para ela se referir aos pais pelo nome. Era estranho ouvir também. Estava tão acostumado com “mamãe e papai”.


- Você se saiu muito bem. – disse a ela.


- Sim, ela disse que queria me conhecer um dia. Eu quero conhecer ela também e que mamãe, ahn, Bella, fala muito sobre ela. Renée ficou feliz. E depois Alice tirou o telefone de minha mão.


- Onde está Alice? – Bella perguntou quando chegamos a sala.


- Estou aqui. – ela quicou escada a baixo radiante. Isso não era bom sinal.


- O que? – Bella aparentemente notou também.


Oh... não era bom... para Bella. Alice estava planejando outra comemoração. Uma que eu, particularmente, acho ridícula.


- Nada. Só estou planejando umas coisinhas. Não precisa me olhar assim.


- Alice... – comecei a dizer.


- Oh, por favor! Será ótimo, você vai ver. – Ela argumentou comigo.


- O que será ótimo? – Bella demandou já receosa.


- Uma festa. Halloween!


- Yay! – cantou Renesmee.


- Só será para nós. Temos uma criança na casa. Ela merece celebrar tudo.


- Tem certeza que temos apenas uma? – perguntei me referindo a ela.


Alice constantemente usava Renesmee como desculpa para seu comportamento festivo. A verdade era que independente de Nessie estar conosco ou não, Alice sempre seria Alice.


- Além do mais, nós nunca celebramos essa data e com Nessie aqui será perfeito! Especialmente para fotos.


- Nós nunca celebramos essa data, porque é ridícula. – falei e fui imediatamente ignorado.


- Você tira foto todos os dias. – rebateu Bella.


- Eu sei, mas nunca em uma fantasia.


- Oh, não, Alice! – Bella protestou.


- Oh, vamos lá! Será divertido.


- Você sempre diz a mesma coisa.


- E você sempre gosta.


- Eu quero. – cantou Renesmee. – Por favor, mamãe.


- Não vou usar nenhuma fantasia. – Bella disse.


- Isso é o que você acha. – falou Alice em um tom desafiador.


Bella bufou.


- Uhu! – comemorou Emmett descendo as escadas. – As coisas estão tão paradas ultimamente, que até as festas de Alice estão parecendo um grande marco.


Ela fez careta para ele.


- Vá incomodar outra pessoa. – eu disse a ela.


- Hey, sou útil também. Especialmente para você. Como ficaria sabendo que na Floresta Freemont de Oregon, eles estão tento problemas com uma superpopulação de leões da montanha? – sua voz tinha uma pitada de arrogância. Onisciência tende a fazer isso com as pessoas.


- Obrigado. – agradeci. Não encontrava um Leão da Montanha a várias semanas.


- Pensei que talvez, você e Bella queiram ir até lá.


Nem sequer precisei perguntar, Bella já estava sorrindo.


... pai, eu não posso ir. Preciso ficar com Jake. – Pensou Renesmee. Balancei a cabeça concordando. Ela já sabia sobre a luta interna de Jacob, eu já havia conversado com ela.


Ir conosco agora ou não ir. Ele não conseguia decidir. Entendia que Jacob estava lutando para tomar uma decisão. Por isso não ele ainda não havia falado nada com Bella ou comigo.


- Podemos ir amanhã. – disse a Bella, retornando ao presente. – Nessie pode ficar com Rosalie e Alice, não precisamos ficar mais de uma noite fora.


- Perfeito.


- Por nada. – falou Alice, me dando um beijo no rosto e dançando de volta para seu quarto.


Jacob a olhou partir... sua testa franzida. Ele se incomodava com sua elegância. Mas gostava dela.


Não poderia adiar minha conversa com Jacob e aproveitaria o fato de Renesmee estar dormindo para fazer.


Bella seguiu para o chalé com Nessie nos braços.


Suspirei ao recordar a reação de Rosalie ao saber da notícia. Ela não conseguiu esconder o sorriso.


Eu não estava me sentindo feliz.


Antes que ele pudesse se despedir, abordei o assunto.


Tentei explicar o que ví na mente de Billy no curto período que fiquei na pequena reserva. Jacob já sabia dos receios do pai, ele conseguia ler em seus olhos. Billy nunca chegou a pedir a ele para ficar.


Jacob não estava feliz ou satisfeito. Aquilo seria muito, mas muito difícil para ele. E para minha surpresa, foi difícil para mim também.


A dor que ele sentiu quando percebeu que deveria ficar que era sua obrigação ficar, foi tão grande que também senti.


Ele estava batalhando internamente com a idéia de deixar o pai.


Billy ficaria bem, todos da reserva cuidariam dele. Ele tentou justificar dessa maneira, tentou mentir para si mesmo.


Mas não... ninguém estaria com Billy para as pequenas coisas, talvez algo no meio da noite. E se ele se sentisse mal e por algum motivo não conseguisse pedir ajuda?


Todas as pequenas possibilidades passaram por sua cabeça.


Dizer não para Renesmee era algo quase impossível para ele.


Ela era toda sua vida agora.


Odiava isso e ao mesmo tempo era grato.


Um conflito de sentimentos.


Apesar de ter dito para mim mesmo dezenas de vezes – especialmente desde o imprinting - que não estava ali para fazer a vida de Jacob Black mais fácil, percebi que não era exatamente dessa forma que funcionava.


Queria ser a pessoa a conversar com ele, porque minha dívida com Jacob, seria eterna.





Ele fechou os olhos e sua testa vincou profundamente. Ele estava tentando achar algum sentido em minhas palavras.


Não foi difícil.


Simplesmente verbalizei o que já estava em sua mente, o que já sabia. Ele não encontrou palavras. Não conseguia falar.


Não o pedi para ficar ou o proíbi de nos acompanhar. Ele sabia do que se tratava e jásabia o que iria fazer. Tentar fazer.


- Eu sei que será difícil para você, mas ela estará segura. – tentei reassegura-lo.


Estávamos de frente ao chalé. Aquele dia poderia ter sido classificado como um dia perfeitamente normal – se não fosse pelo que estávamos conversando agora.


- Não falei com vocês sobre ir, porque sei que não devo, não agora. Mas... não sei se posso... ficar para trás. – ele disse. Era doloroso ouvi-lo. Seus pensamentos
estavam em todos os lugares.


Jacob estava preocupado com o pai. Sua saúde não era das melhores.


- Sim, você consegue. Você nunca será capaz de se perdoar se deixar Billy dessa forma. Ele precisa de você. – minha voz era baixa, a mantive assim durante toda a conversa.


- Eu sei. – ele gemeu.


- Você tem a força de vontade para isso, você já o fez antes... – ele olhou para mim, exasperado. – Você deixou sua matilha para proteger Bella, aquilo era algo impossível também. Mas você conseguiu, porque era a coisa certa a se fazer.


Jacob ficou em silêncio, tentando se convencer de que era possível ficar para trás. Ele não queria ser um exemplo ruim para Renesmee. Essa era outra questão em sua mente.


- Você sempre será bem vindo...


Ah... o conflito de sentimentos me invadiu novamente quando disse as palavras em voz alta, mas ignorei.


– Não estamos tirando ela de você e você não a está abandonando. Temos que ir, não podemos mais ficar aqui. Temos que permanecer...


- Eu sei! – ele quase rosnou. – Entendo tudo isso.


Bella se juntou a nós, colocando-se ao lado de Jacob e passando o braço por sua cintura amigavelmente, como se a voz de Jacob fosse um grito por consolo. Seu rosto também transparecia dor. Seu amigo estava sofrendo.


- Ela entende, Jake, e também sabe que é a coisa certa. Nós vamos pensar em uma maneira de fazer toda essa transação o mais fácil possível para você. – ela disse gentilmente.


- Humf! – ele bufou.


- Nós vamos. – ela insistiu.


- Bella... – ele quase gemeu.


- Converse com Rachel, ela tem que ajudar também. A responsabilidade não pode ficar só sobre você.


- Fácil falar.





Comprometemos-nos a fazer tudo para facilitar a vida dele e de Renesmee nessa questão. Não seria fácil para ela também.


Ele estava decidido. Ele iria ficar.


Por quanto tempo? Não havia como saber. Uma coisa era certa, Jacob iria tentar.


Tentar era a palavra chave.


Renesmee já imaginava que Jacob não iria com ela. Já havia adiantado – antes mesmo de conversar com ele - que provavelmente iria ficar com o pai. Senti-me muito feliz quando ela se colocou no lugar do amigo... imaginando como seria se algum dia por algum motivo ela tivesse que me deixar. Ela balançou a cabecinha e repetiu para si mesmo... que isso nunca iria acontecer.


- Arhg! Odeio isso. Ele parece tão triste. – Bella estava triste também.


- Eu sei, mas o que mais podemos fazer? A decisão é dele.


Odiava quando isso acontecia. Quando algo ao qual eu não tinha controle a afetava tanto.


- Ele provavelmente está perdendo noites de sono com tudo isso.


- Bella... Jacob ainda não sabe disso, mas eu tenho certeza que a decisão de ficar foi a certa. Sim, será difícil para ele, mas a curto prazo. Se algo vier a acontecer com Billy ou mesmo com alguém de sua matilha e mesmo que esse algo seja inevitável por sua presença ou não, ele se sentirá culpado. E essa culpa pode se arrastar por anos.


- Eu sei. Eu ainda assim odeio isso. Ele não filho único. Rachel podia dar uma mãozinha.


- Concordo. Mas Jacob não pede por ajuda. E ela está presa demais a nova vida, sendo um objeto de imprinting. – fiz careta.


- Ele assumiu a responsabilidade pelo pai. Sozinho.


- Exatamente. E até a uns meses atrás, ele gostava disso.





Havia diversos pequenos detalhes a se acertar, como quando partiríamos para Hannover, as aulas que faríamos na faculdade entre outras coisas. Detalhes que achei que teriam que esperar por mais alguns dias.


Ainda era madrugada quando Bella se desenrolou dos lençois e seguiu para o closet.


- O que está fazendo? - demandei.


- Só pegando os papéis... aqui – disse ela retornando para a cama e me entregando uma folha de papel trabalhada de Dartmouth. Era da lista de relações de cursos – aulas – que eles ofereciam. Nós ainda não tinhamos feito a nossa. Bom... EU não havia escolhido as minhas.


Ela se acomodou em meus braços novamente.


- Temos que enviar isso até amanhã. – Bella me informou.


Amanhã?


Havia esquecido completamente a data de reserva antecipada. Estava tão ocupado vivendo e sendo feliz em meu mundo particular fui deixando para depois... até que quase não existisse mais depois.


Brinquei com ela e até quase a chamei de “relapsa” por não ter dado atenção aos documentos de Dartmouth e no final das contas eu quem acabei para trás.


Isso era outra coisa nova. Nunca deixei nada para o último minuto.


- Esqueci de fazer a minha. – admiti.


- Notei. – ela riu. – Mas não tem fazer agora. Mais vamos ter que decidir isso antes de nossa viajem de caça.


- Você está certa, podemos terminar isso pela manhã... História do mundo moderno é um bom curso... – falei, interessado em suas escolhas. Bella tirou as folhas de papéis de minha mão.


- Como eu disse... não precisa fazer agora. Só mencionei isso agora porque fiquei com medo de esquecer de novo. Você continua me distraindo. – ela murmurou e se moveu para me beijar.


- Eu tenho sido vítima de suas distrações também. – sussurrei contra seus lábios. – Nunca deixei nada para o último minuto... até agora.


- Culpada. – ela admitiu rindo.


Seus beijos eram sempre tão cheios de amor e desejo que me deixavam completamente perdido... sempre querendo mais. Minha mente viajava ao seu redor. Conseguia - incrivelmente - me fazer esquecer sobre nosso pequeno acordo – ela prometeu ser mais boazinha com relação a seu escudo, sua mente. E isso era algo que estava sempre emminha mente. Então... quando Bella passou a cumprir o que havia prometido, ainda me pegou completamente desprevinido.


- Obrigado. – disse veemente contra a pele de seu ombro.


... sou uma mulher de palavra. – ela pensou.


- Nunca duvidei disso...


No dia em que fizemos o acordo, me enchi de expectativa... e nada. Ela queria me surpreender e eu não queria ser muito insistente...


Ela era boa... não, Bella era ótima em sua habilidade, mas tinha que ir bem devagar, para aproveitar cada segundo de sua mente. Mesmo sendo hábil, ela ainda não conseguia manter o escudo longe caso se distraísse demais.


Bella estava presa ao momento. A sensação de saber como meu toque era recebido, era indescritível.


O dobro de prazer.


A combinação do perfume, da pele aveludada, respiração acelerada era demais para suportar. Minhas mão tinham vontade própria e acariciavam todo o seu corpo. O contato de seu cabelo acetinado contra minha pele também não estava ajudando.


Sim... eu só poderia ter um pedacinho de sua mente por vez.


Mais estava tudo bem... cada segundo era mais do que eu merecia.





Um pouco antes do sol se levantar, pequenas gotas de água começaram a cair e combinado com o vento que balançava as folhas das árvores ao redor de nosso chalé, o som se tornava perfeito.


A porta francesa que dava para nosso pequeno jardim estava aberta, o vento trazia pequenas folhas secas para o quarto.


Como em todos os dias, sabia que era questão de minutos para que minha bolha de felicidade – de ter minha Bella em meus braços em nosso momento de privacidade – se expandisse para acomodar Renesmee e o restante da família. Uma bolha de felicidade que aparentemente teria que se expandir – ou se fortificar – por outros motivos, como para receber nossos novos visitantes.


... tem certeza que é aqui? – Pensou – e verbalizou – uma jovem voz. A voz de um menino.


... sim, o rastro está em todo lugar, só preciso encontrar o mais forte e segui-lo. – Pensou – e verbalizou – uma
mulher.


Não estava ouvindo as vozes reais de Ethan e Sam, mas sim seus pensamentos. O alcance de minha habilidade era muito maior do que de meus ouvidos.


Bella ainda estava deitada ao meu lado, sua cabeça descançando em meu peito.


Ela não iria gostar de nossa nova companhia.


O garoto parecia hesitar um pouco antes de seguir a irmã.


... Kate foi clara ao dizer que eles são pacíficos, mas ainda perigosos. ... acho melhor irmos embora. – ele pensou, falando alto apenas a segunda parte.


... deixe de ser bobo. Você era quem queria ver Renesmee. – ela pensou e falou com o irmão.


Eles estavam seguindo para o chalé.


Suspirei e me sentei na cama, levando Bella comigo.


- Se vista, amor, temos companhia. – murmurei.


Seus olhos se arregalaram e se encheram de pavor.


- Não é ele. – disse rapidamente antes que ela se apavorasse ainda mais. - Ele não estápor perto.


Apesar de desejar que sim, para poder acabar com sua vida miserável bem lentamente.


- Quem então? Não posso ouvir nada ainda.


- Ethan e Samantha.


- Os amigos de Kate? O que eles estão fazendo aqui? – ela perguntou surpresa.


- Renesmee. – disse.


Bella pulou da cama e seguiu para o Closet, assim como eu.


- Mais a frente... é um pequeno chalé. – Samantha comentou.


Bella suspirou. Ela podia ouvi-los.


- Eu estou te dando autorização para me sequestrar, assim como Nessie e nos levar para uma ilha deserta e isolada do mundo. – Ela disse assim que seguiu para o quarto de nossa filha – que ainda dormia.


Eu ri.


- Já pensei nisso tantas vezes. Prometo fazer isso assim que comprar uma ilha para nós.


Ela me olhou de cara feia.


- Fique com Nessie, vou esperá-los lá fora. – disse.


Assim que abri a porta da frente, eles se aproximaram e pararam a uma pequena distância de mim.


Não disse nada... estava esperando que um deles iniciassem o diálogo.


Eles perceberam imediatamente quem eu era. A semelhança com era inegável.


O garoto falou primeiro.


- Olá. Meu nome é Ethan, essa é minha irmã, Samantha, somos amigos de Kate.


- Eu sei. Olá. – disse e imediatamente quis revirar meus olhos aos pensamentos da garota.


- Você é o pai de Nessie. – disse ela encantada. – Você é Edward Cullen, certo?


- Sim, sou eu. Nessie está dormindo. – me apressei em dizer. Ela estava me fazendo sentir desconfortável. Se eu não os queria aqui antes, agora ainda menos.


- Me desculpe, estávamos apenas passando e minha irmã reconheceu o cheiro de Nessie na floresta e eu pensei que seria ótimo vê-la
novamente.


O garoto estava sendo honesto.


- Eu entendo. – meu tom mais suave. - Talvez devessem voltar mais tarde. – sugeri. Não queria ser rude com os amigos de meus amigos.


Bella ainda estava dentro do chalé, com Nessie.


- Voltaremos. – a garota disse. – Um dia, como Ethan disse, estávamos apenas de passagem.


- Agradeceria muito se deixassem para caçar após os limites da cidade.


- Entendo as regras. Não sabíamos que vocês moravam aqui. – disse ela.


Bella se colocou ao meu lado, Renesmee não estava em seus braços. Ela decidiu deixá-la dormindo.


O garoto sorriu imediatamente quando a viu. Ele também fez a conexão.


- Bella, certo? – foi Samantha quem perguntou.


- Sim. Prazer em conhecê-los. – ela disse timidamente.


- Bom, é uma pena não poder ver sua doce Nessie hoje, mas pelo menos pude conhecer seus pais, o que já é um imenso prazer. Perdoem – nos por qualquer inconveniente. Jáestamos de partida. ... nossa pequena parada valeu muito a pena. – completou Samantha em pensamento.


Eles não tinham planos para ficar.


Eram pessoas que viviam bem apenas com a companhia um do outro. Já tinham inclusive pensado em recusar qualquer convite de se hospedar conosco. Eles não gostavam de multidão.


- Tenham uma boa viajem. – desejou Bella.


Os irmãos balançaram a cabeça e partiram em direção ao sul.


- Isso vai acontecer sempre, não vai? – Bella me perguntou.


- Provavelmente. Mas eles não irão retornar tão cedo, não se preocupe.





Um pouco mais tarde, seguimos para a casa principal. Bella e eu estavamos olhando a sessão de alunos no site da faculdade e os brochures. Tinhamos que decidir o quadro de matérias – claro, eu iria fazer o mesmo curso que Bella – mas quando recebemos a resposta da faculdade online, me deparei com mais um pequeno problema. Bom... dois pequenos problemas.


- Talvez eu deva escolher outra. – sugeriu Bella.


Estávamos sentados na sala de jantar – a mesa cheia de papéis.


- Não. Se você não fizer essas matérias específicas não vai conseguir se formar no que quer.


- Mas você também não vai.


- Posso mudar de curso e fazer as mesmas matérias que você... exceto essas duas.


As duas que já estavam com a classe cheia. Cheia de alunos que lembraram de fazer a pré-inscrição. Duas classes com apenas uma vaga restante.


Se Bella quisesse se formar em Literatura, ela iria precisar dessas matérias. Elas eram essênciais na pontuação final.


- Temos mesmo que enviar isso tudo hoje? Talvez você ainda tenha tempo de ir e deslumbrar a reitora.


A risada de Alice – que estava no segundo andar – ecoou pela casa.


Revirei meus olhos para ela.


- Na primeira semana de aula, existe uma coisa chamada “dia de compras” onde você pode ficar a vontade para rodar o campus e trocar algumas matérias, talvez alguém desista e eu consiga uma vaga, mas se isso não acontecer não tem problema. E
sim... temos que enviar hoje. Foi você que me lembrou disso.


- Edward costumava ser mais responsável... sempre cumprindo suas tarefas a tempo, nunca deixando nada para a última hora. – disse Jasper que estava na frente da TV com Emmett.


... ela te corrompeu. - completou ele em pensamento. “Da melhor forma possível” pensei em responder.


- Uhum, o que aconteceu? Por que só estão fazendo isso agora? – perguntou Emmett, se aproximando e mexendo nos papéis – Vocês tiveram vários dias...


Oh Ow.


- Estávamos ocupados, temos uma filha pequena que... – interrompeu Bella, mas ele fingiu que não ouviu.


- E várias noites, com nada para fazer...


- Emmett. Quieto. – Bella o repreendeu. Renesmee estava sentada em cima da mesa, tentando nos ajudar.


Havia dias que ele estava incomodado com o resultado de uma das apostas que perdeu para ela – ele não sabia o significado de “deixar pra lá”.


- Sobre isso...


- Aposta é aposta. Você perdeu. Mantenha-se calado.


Renesmee franziu a testa enquanto observava os dois.


- Quer fazer outra? Para sobrepor essa?


Bella começou a balançar a cabeça.


- Você só não quer porque sabe que não vai aguentar. Mesmo com as aulinhas que estátendo com Edward... você não pode me vencer. Não mais, irmãzinha.


Ele estava tentando provocá-la.


- Isso não funciona com ninguém além de você mesmo. – eu disse.


Ele fechou a cara e insistiu.


- Oh... vamos lá, Bella. Só uma lutinha de nada... vai ser bem rápido.


... posso te colocar no chão em dois segundos, se seu marido trapaceiro não intervir. Mas se ele fizer será divertido da mesma maneira. – ele pensou olhando para mim. Desafiando-me.


- Pensei que Esme havia o proibido de lutar. – ela questionou sabiamente.


Sim, ela havia proibido.


- Com Jasper e Edward, ela não disse nada a respeito de você.


Sutilmente, fechei meu punho e acertei seu ombro – ele quase desviou – e voou até a sala, bagunçando alguns móveis.


Antes que pudesse me arrepender de tê-lo acertado, ele estava rosnando.


- Revanche!


- Pelo o que? – perguntei. – Você está atrapalhando. Estamos ocupados.


- Estamos. – confirmou Bella. – E eu ainda vou lutar com você... só me dê mais alguns meses. Não é exatamente justo partir para a briga agora, você tem anos de experiência a minha frente.


- Tudo bem! Alguns meses. Não vou esquecer. – ele prometeu.


Ele não esqueceria.


Ótimo. Mesmo por brincadeira, eu não a queria lutando.


Emmett tendia a não medir forças nessas horas.


Respirei fundo.


Estava sendo tolo. E tinha quase certeza que quando essa tal “briga” acontecesse eu teria que intervir a seu favor e assim fazer o dia de Emmett.


Bella fazia progresso com os treinamentos. Progressos rápidos. Ela sempre foi uma mulher muito inteligente e perceptiva. Isso ajudava muito na hora de ensinar manobras defensivas. Um pouco mais tarde – quando os formulários já estavam devidamente preenchidos e aguardando para serem
lidos, nos bancos de dados de Dartmouth - continuamos com os treinamentos.


Não me soltava com ela, com medo de machuca-la. Estava fazendo tanto isso que Bella questionou.


- Você mal me tocou. Isso não foi exatamente um ataque.


- Estou fazendo o melhor que posso diante das circunstâncias. – me justifiquei. A mente vampira é muito gráfica. Fácil imaginar algo e fazer esse algo parecer real demais.


- Vou me mover contra você – eu tremi - de uma forma mais lenta. Assim você vai poder ver meus movimentos - movimentos comuns utilizados em combates. Tente usar o que te ensinei para se defender. Ok?


Ela suspirou antes de responder.


- Ok.


Como disse, ela era boa. Se continuássemos treinando Bella poderia ser tão hábil lutadora como Rosalie


Saímos para viajem de caça na manhã seguinte. Tecnicamente nossa primeira viajem exclusiva para caçar.


Chegamos à Freemont um pouco depois do sol se pôr.


Inicialmente iríamos caçar e retornar, mas tudo estava indo tão bem. Estava adorando mais esse tempo sozinho com ela.


As partículas de água – que vinham da pequena queda d’agua a menos de duzentos metros de onde estávamos – deixavam o ambiente ainda mais bonito.


Bella e eu terminamos juntos. Ela era tão boa em tudo, que aprimorou sua habilidade em caçar mais rápido do que qualquer outro vampiro que conheço. Sem nenhum fio de cabelo fora do lugar, ela se colocou ao meu lado.


Vê-la caçar era uma das coisas que mais gostava... e eu estava sempre fazendo isso. A observando.


- Terminou? – perguntou Bella.


- Sim. Você?


- Completamente satisfeita... até um pouquinho cheia.


Seus olhos estavam mais claros do que de costume. Seu rosto levemente corado. A verdadeira imagem da perfeição.


- Temos um tempinho para matar. – ela comentou.


- Tem uma queda d’agua aqui perto... – sugeri.


- Vamos!


Chegamos lá com menos de dois segundos. Seus olhos correram o local com admiração. Era lindo. Nunca estive nesse lugar específico. Um lugar livre da presença de humanos.


- Amo cachoreiras.


- Isso é bom. Temos uma pertinho de nossa nova casa. Tão remota quanto essa, sómaior.


Ela se sentou em uma das pedras ao redor do pequeno rio. Coloquei-me atrás dela, me acomodando em sua forma. Bella encostou suas costas em meu peito, apoiando a cabeça em meu ombro. Meus braços em sua cintura.


- Vamos poder cortar Oregon da lista. – ela comentou.


- Você não conhece todo o estado. Então acho que vou deixá-lo onde está. – respondi em seu ouvido.


- Podemos começar outra lista. – ela se virou e tocou meus lábios com os seus delicadamente.


- Podemos começar o que você desejar.





A responsabilidade chamava. Tinhamos que voltar. Então assim que anoiteceu, seguimos para casa.





Era uma tarde de sexta feira, um dia comum, um dia feliz, quando Alice o viu.


A visão era clara e fiquei grato por Bella estar com Jacob e Renesmee na cozinha.


Ele estava nos redores da casa da Tânia. Eu em meu piano, ela ao meu lado.


... você não chegará lá a tempo. - pensou Alice. Sua visão havia mudado. Eu estava no mesmo lugar que Abadir esteve, sozinho.


Eu quase rosnei.


... não consigo ver mais nada. Ele está meio perdido. Sinto muito - Ela estava se sentindo culpada.


- Não se preocupe. – sussurrei para ela.


Um dia ele irá perceber que seu orgulho está ferido demais e se aproximará o suficiente... e eu estaria a sua espera.


Aquela foi uma das muitas noites que passamos na casa principal. Alice ficou por perto, atenta a qualquer possível alteração. Mas nada aconteceu. Aquela também foi a primeira noite que passamos ali desde que Carlisle e Esme haviam partido para Hannover. Era estranho. Como se algo faltasse. Acho que isso funcionaria se qualquer um de nós se distanciasse. Lembro-me de pensar no passado que se Rosalie partisse, sentiria sua falta, mas conseguiria viver muito bem com isso. Agora... eu definitivamente sentiria falta dela, e com certeza pareceria como se um pedaço da família tivesse sido perdido.


Todos nós necessitavamos um do outro. Como se levar esse estilo de vida fosse impossível sozinhos. E o mais importante de tudo... é que se todos resolvessem seguir seu caminho, mesmo que temporariamente, eu não ficaria sozinho.



Rosalie e Emmett já viveram separados – de nós – diversas vezes. Às vezes mantinham proximidade – como Bella e eu, com uma casa nos arredores – e às vezes eles viajavam, como em uma lua de mel. Naquela época me sentia como se estivesse de férias. Era grato por temporariamente poder ficar longe dos pensamentos fúteis de Rosalie.


Alice e Jasper eram diferentes. Eles sempre estavam por perto, salvo às vezes quando se afastavam para visitar algum lugar ou alguém. Era raro, mas acontecia. E entre os dois, ela era quem fazia questão de ficar. Jasper permanecia como consequência. Uma consequência bem vinda.


Renesmee, no momento, está certa de que nunca irá se afastar de nós. Para ela é algo inconcebível.


Eu entendia.


Nos últimos dias, ela resolveu passar mais tempo com Jacob porque sabia que ficaria longe dele. Automaticamente, eu tentava ficar o mais longe possível de Rosalie. Ela não estava feliz com a situação atual. Seus pensamentos eram desagradáveis.





Estava decido a não esconder nada de Bella. Então na noite seguinte, assim que ficamos sozinhos, contei sobre a visão de Alice.


- Ele não tem intenção de voltar... pelo menos não por enquanto. – Disse a ela quando voltamos para o chalé.


- Mas o que ele estava fazendo em Denali? O que ele quer? – perguntou ela.


- Elas sabem se cuidar. Todos eles sabem.


- Arhg! Eu o odeio. Por que ele não nos deixa em paz?!


- Ele vai, amor. Ele vai.


- Sim... se nós fizermos algo a respeito. – ela comentou bem baixinho. – É como se ele estivesse esperando por nós. Nos chamando ou algo do tipo.


Suas palavras fizeram com que o comportamento de Abadir fizesse mais sentido. Talvez ele estivesse esperando... esperando por ela. Esperando que Bella agisse.


Não... não pode ser assim, ele deve saber melhor. Eu nunca a deixaria ir atrás dele.


- Eu vou proteger nossa família. Eu juro.


- Edward... – ela parou e respirou fundo antes de continuar abordando um ponto de vista melhor... para ela. – Ele não vai conseguir nos encontrar uma vez que nos mudarmos. Então acho que não vai ser necessário ninguém fazer nada a respeito. Nossos caminhos nunca mais irão se cruzar.


Ela tentou parecer certa ao dizer as palavras.


A abracei. Apertado. A culpa crescendo dentro de mim.


Minha Bella merecia um pouco de paz de espírito.


Na manhã seguinte, Charlie ligou, como ele sempre fazia. Sugeri irmos até ele. Não tinhamos nada para fazer durante o dia além de aturar Alice – com seus planejamentos. Então a melhor coisa era afastá-la dali por algumas horas. Além de tudo isso, Nessie também ficaria muito feliz.


A casa de Charlie não estava com o cheiro forte de sempre. Aparentemente Sue e seus filhos não o tem visitado com tanta frequência.


Bella percebeu.


- Eu tenho ido mais a La Push. – disse ele a Bella quando ela perguntou por Sue. – Então não há necessidade dela vir aqui só para me alimentar. Ela tem suas responsabilidades.


- Espero que não esteja tentando cozinhar sozinho. – Bella o repreendeu carinhosamente.


- Quando não posso ir até lá, sempre peço uma pizza. Aprendi que é mais seguro.


- Charlie, você pode me ligar. Eu posso vir e cozinhar para você. – sugeriu ela. Não era a primeira vez que o assunto surgiu.


- Absolutamente não. Você tem a sua vida, um marido e uma filha. Eu posso me virar.


- Ham... pai, já falamos sobre isso, eu moro perto, tenho um carro – um carro mais rápido – não seria problema nenhum. E Edward está bem grandinho, ele sabe se cuidar. Certo? – ela me perguntou, apertando minha mão.


- Humm... sei não, Bella. – retorci meus lábios em uma falsa dúvida antes de responder. Bella me deu uma leve cotovelada. – Ébrincadeira, Charlie. Claro que por mim não existe o menor problema. Além de tudo, acho que seria bom você se aproveitar de Bella. Em um pouco mais de dois meses estaremos nos mudando.


- Ele está certo, pai. Tire proveito de mim enquanto estou aqui. – Bella concluiu.


O assunto era doloroso, mas Charlie disfarçava bem.


- Hum... está planejando me visitar, certo? Eu vou precisar ver minha neta.


... e você. – Pensou Charlie.


- Você pode ir conosco em Janeiro. São suas férias, certo?


-Ahh... Sim, eu vou estar de férias...


Bella arqueou as sobrancelhas esperando ele terminar de falar.


Ele queria ir, mas não queria ir. Ele era um homem confuso em certos aspectos.


- Pai, você vai sobreviver longe de Forks por uns dois dias.


Ele pensou por mais uns segundos. Era como se ele estivesse preso a essa pequena cidade.


- Nessie vai adorar ter você conosco.


Ele a olhou, adormecida em seus braços.


- Você é a pessoa favorita dela. – Bella murmurou, tentando convencê-lo. Aquilo pareceu agradar Charlie ao extremo.


- Você é a pessoa favorita dela. – ele rebateu.


- Ok, depois de mim, então.


- Até eu venho em terceiro. – completei.


Ele sorriu e concordou em nos acompanhar.





- Volte sempre que puder. – Charlie disse ao nos acompanhar até o carro.


- Não se esqueça. Você vai passar o natal com a gente.


- Não vou me esquecer. – ele disse rindo. – Aqui... – ele ofereceu Renesmee para mim. – Vão colocar a pequena princesa na cama. Ela está ficando pesada.


- Ela tem comido melhor. – disse a ele.


- Notei. Provavelmente é a convivência com Jacob. Aquele menino acaba com qualquer geladeira.





A paz de espírito que Bella merecia iria chegar... para ficar. Eu a daria isso.


Amigos, inimigos... eles sempre existiriam, mas ainda para nós. Estávamos em uma situação onde todos se dividiam a nosso respeito – amor ou ódio por nossa família. Graças a Renesmee, o amor parecia cativar uma maior quantidade de pessoas.


Vamos ter que nos acostumar com visitas constantes de admiradores e curiosos. Viver sendo o centro das atenções – mesmo apenas entre os nossos.


A única coisa que queria e precisava era estar em paz entre os meus. Apenas os MEUS.


Tudo estava encaminhado. Só precisávamos viver mais algumas semanas em nossa pequena cidade, antes de dar início a mais uma etapa.

3 comentários:

O cap estava perfeito. Não vejo a hora deles irem para a faculdade, tenho certeza que muitas coisas interessantes e engraçadas acontecerão, aposto que o Edward vai pirar com todos aqueles estudantes dando em cima da Bella. kkkkk
E esse Abadir? hummm sei não, ainda acho que ele vai criar muitos problemas.
Amo esse fic!!!
Bjs

amei sua fic!!!!!! ai meu des é muito boa!!
ahhhh... é uma pena q acabou!!!
eu tbm qeria ver os universitarios danfo em sima de bella!!!
kkk
memso assim espero q vc possa fazer outra !!
gostei muito!!!
bjs!!!

Adorei a Fic espero muito que você continue é dificil encontrar Fics tão boas que respeitam as personagens parabéns

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