5 de dez. de 2010

Capitulo 4

Posted by sandry costa On 12/05/2010 2 comments


Notas do Autor


Mais uma vez, sinto pela demora.

Meu tempo parece até uma piada de mal gosto comigo mesmo.

Espero postar o próximo um pouco mais rápido.

Ange.

O Bom filho a Casa Retorna





Capítulo 3 – O Bom filho a casa Retorna


Todo homem possuí uma trajetória a seguir na vida, como um chamado natural do que se deve ser feito: nascer, envelhecer e morrer. Quando tornamo-nos imortais, a quebra do tempo é fundamental para que tais conceitos de naturalidade sejam irrevogavelmente contrariados e, por fim, transgredidos.
Eu me tornei vampiro há séculos atrás e vaguei solitário durante muitos e muitos anos até decidir que eu poderia ao menos tentar ter uma vida normal, afinal, eu também tinha este direito e apesar de ter sido amaldiçoado, ainda havia vontade de ser feliz dentro de mim. Foi então que criei meu primeiro companheiro, um filho que eu desejava sempre estar ao meu lado... Edward.
Edward passou por uma fase conturbada durante sua adolescência vampira e abandonou por um tempo a mim e a Esme... Esme ficou arrasada, apesar de ela ter sido transformada depois de Edward, sempre o considerou um filho, aliás, filhos foi o que Esme sempre desejou e nossa família cresceu exponencialmente em parte devido a esse dom natural que ela possui de amar incondicionalmente.

Agora, fechado em meu gabinete, eu ainda ouvia os suspiros inconformados de Esme no quarto onde ela passava fechada a maior parte do tempo, a perda de dois de seus filhos e o seqüestro de uma filha, uma nora e nossa preciosa neta abalou totalmente sua força maternal... além, é claro, do desaparecimento de Edward.
Olhando para a janela, eu admirava hipnotizado uma chuva fina e monótona se esparramar pelo mundo, o chiado calmante das gotas de chuva caindo sobre as árvores embalava meu coração imóvel, mas,ainda assim, eu me sentia intranqüilo. Muito subitamente, me sobreveio uma vontade de descer a caminhar à chuva, deixei meu gabinete e não cruzei com ninguém no caminho para o jardim, apenas Garret se encontrava estático na varanda mas ele não se deu conta de mim.
Caminhei sem pensar em nada até a borda do rio que separava minha casa da de Edward e Bella... e o sentimento de tristeza me abordou novamente, parei então admirando a trilha sinuosa que se estendia do outro lado do rio até o chalé que construímos para os dois. Lembranças antigas vieram-me a mente, como a de quando Renesmee ainda era pequena e vinha correndo saltando a correnteza para cair em meus braços sorrindo como o sol... só de imaginar a possibilidade de não revê-la deixava-me profundamente perturbado.
Bella também fora uma graça em nossa vida, sempre fora extremamente benevolente para com todos nós... principalmente por amar Edward na proporção que conheço. Ela o tirou de uma vida de tristeza e amargor levando-o a tornar-se um marido dedicado e uma pai excepcional, Bella sempre seria uma benção para mim, fora ela quem salvara Edward de uma depressão eterna.

Continuei meu caminho seguindo o rio até o jardim selvagem que Esme e Alice cultivavam com tanto apresso e cuidado, o rosto de Alice me veio imediatamente à mente e meu coração se entristeceu novamente. O que faríamos nós sem a energia vibrante daquela pequena e graciosa vampira? 
O pé de abeto ergueu-se majestoso, agora senhor e protetor dos túmulos que repousavam sobre ele, parei defronte ao lugar onde repousavam Emett e Rosalie e minhas lembranças novamente me tomaram: o dia em Rosalie foi transformada, sua energia bela e resplandecente e o fato de que era para ela ser companheira de Edward mas que, no fim, tornou-se sua irmã. Lembrei-me também de quando Rosalie trouxe em seus braços um rapaz belo e robusto chamado Emett... tornou-se um vampiro sorridente e brincalhão, arteiro e sempre disposto a ajudar os irmãos.
Contemplei os túmulos de Ahmed e Benjamim... dois grandes e corajosos vampiros... Ahmed mal nos conhecia mas deu sua vida por nós, um sacrifício que eu carregaria em minhas lembranças por toda a eternidade; Ben também nos faria falta, ele viera assim que recebera minha ligação... 
Tanta dor, tanta tristeza nos consumia que eu imaginei se algum dia conseguiríamos ser felizes novamente, e tudo isso devido a uma família real chamada Volturi. Eles perderam a razão de sua existência, perderam as medidas de seus atos e as conseqüências inerentes a eles... e pensar que eu morei em seu palácio durante um tempo, pensar que fui amigo pessoal de Aro... se bem que Aro, naquela época não era um vampiro mal... ganancioso sim, mas não mal. Obviamente ele já guardava uma sombra em seu coração, mas parece que agora se rendeu totalmente aos pecados de sua existência.

Súbito, escutei o vento cantar mais veloz e um segundo depois eu soube que não estava sozinho, não me desviei dos túmulos pois estava numa espécie de transe, então, lentamente, senti dois braços delicados ma abraçarem com ternura e a voz de Esme soou como música em meus ouvidos.
- Eu ainda não acredito que eles partiram... – ela disse suspirando.
- Tampouco eu, meu amor... – eu respondi segurando suas mãos e sentindo-a me abraçar com mais força.
- Eu não sei se conseguirei suportar, Carlisle...
- Eu as trarei de volta para casa, Esme.
- E se você morrer? Eu não vou conseguir viver sem você...
Então, levemente, Esme fez-me virar para encará-la e seus olhos cintilaram para mim, a chuva corria por seu rosto perfeito fazendo parecer que ela chorava... eu a beijei ternamente e ela novamente me olhou com cuidado.
- Prometa que se você morrer eu poderei acompanhá-lo.
- Mas Esme...
- Eu pedirei a um de nossos amigos para tirar minha vida.
- Eu não desejo este fim para você.
- Dois de meus filhos estão no outro mundo, não sei se Edward está vivo ou se as meninas ficarão bem... se você se for, permita, por favor, que eu o acompanhe.
- Está bem, meu amor.
Eu sabia que não adiantaria contrariá-la, e sei que Esme não ficaria em paz se toda sua família estivesse morta; ela se tornaria um fantasma, algo parecido com Kaori quando a encontramos, taciturna, triste e distante. Penso, talvez, que uma vida vazia distante das pessoas que se ama seja muito pior do que a morte.

- Eu ainda sinto o perfume de Rosie pelo ar – ela disse escondendo o rosto em meu peito.
- Eu também...
- Você se lembra do quanto ela era intransigente no começo?
- Era uma aristocrata, Esme... o que você esperava? – eu disse rindo à menção da lembrança de Rosalie.
- Você era obrigado a comprar um vestido novo por semana para ela... 
- Ah sim, eu lembro – disse rindo alto agora – E piorou muito quando Alice se juntou a nós... as duas não deixavam Paris...
- Era horrível...
- Ah, no começo era fácil... eram apenas vestidos e calçados, depois que o mundo mudou e tornou-se tão consumista vieram os carros, motos, lanchas, viagens...
- Sorte você ser um vampiro rico – riu Esme.
- Ah, todos eles trabalharam...
- Menos Emett... 
- Emett foi um caso sério...
- Lembra daquela confusão com Edward em 1973? – perguntou Esme me olhando e havia alegria em seus olhos com a lembrança do acontecimento.
- Se lembro... ele e Edward destruíram nossa casa de veraneio no Colorado.
- Por causa de um carro bobo...
- Mas Esme – eu disse na defensiva – Era aniversário de Edward e eu havia comprado aquele Corvete com seis meses de antecedência para chegar a tempo da festa dele... era o lançamento do modelo novo daquele carro... e agora diga-me, você não esperava que Edward ficasse furioso?
- Emett o destruiu na primeira saída do carro... no primeiro poste...
- Edward nem teve tempo de sentar-se no bendito automóvel...
- Emett sempre foi inconseqüente... ele nunca amadureceu.
- Por isso o amávamos tanto – eu disse sorrindo.

- Alice também deu trabalho – disse Esme rindo depois de um minuto de silêncio.
- Os gostos dela mudavam a cada dia... – respondi rindo.
- Em que ano nós reformamos nossa casa em Liverpool?
- 1969? – eu disse chutando.
- Acho que sim... Alice pintou a casa toda com aquela cor horrível.
- Ah sim – eu disse sendo obrigado a rir novamente – Parecia abacate estragado.
- Quanto tempo agüentamos aquela cor?
- Dois dias... – eu disse e nós rimos alto desta vez.
- Edward e Emett aproveitaram a saída de Alice com Rosalie para pintar casa de marrom... Jasper ajudou sem ela jamais saber...
- Tadinha...
- E a crise de ciúmes de Jasper? – eu disse invocando outras de nossas lembranças.
- Morávamos no Alasca – disse Esme – 1982... Alice estava na faculdade e um rapaz roubou um beijo dela...
- Jasper ficou furioso... queria matar o pobre moço.
- Eu fiquei realmente surpresa... um humano roubar um beijo de uma vampira? Deveríamos ter parabenizado o rapaz.
- Lembra o que Edward e Emett fizeram? – perguntei rindo.
- Arrombaram o Campus da faculdade à noite, pintaram o pobre rapaz de amarelo e o penduraram na cesta de basquete da quadra de esportes... tudo isso por ciúmes da irmã.
- Garanto que a idéia foi de Emett - eu disse acusando.
- Eu não sei não... Edward pode ser muito criativo quando quer...
- Jasper riu muito aquela vez... acho que foi a primeira vez que o vi rir tanto.
- Não como a vez em que Nessie maquiou Jacob enquanto ele dormia....
- Meu Deus... é mesmo – eu disse surpreso – Ela tinha quantos anos? Dois?
- Sim, dois anos... Jake dormiu no sofá e acordou parecendo uma dragqueen.
- Edward tirou muitas fotos...
- Emett filmou...
- Mas eu lembro que quem incentivou Nessie a fazer esta arte foi a Bella..
- Bella se mostrou muito sapeca com o tempo, não foi?
- Ela e Emett se alfinetavam o tempo todo...
- Sim, até a vez em que quebraram o pé de Seth sem querer... 
- Pobre Seth – eu disse sorrindo.
- E quando Nessie obrigou Edward a lhe comprar um gato?
- Verdade – e desta vez eu ri ainda mais – O pobre bichano desapareceu na primeira vez em que viu Jacob transformado em Lobo, mas também, imagine um gato ver um lobo daquele tamanho...
- Era um gato bonito.
- Persa – eu chutei tentando lembrar a raça do animal.
- E aposto que foi Emett ou Edward que se livraram daquele quadro que comprei na Índia e que enfeitava nosso quarto...
- Aquele com um elefante? – perguntei.
- Sim...
- Ah, não... na verdade aquele quadro fui eu quem deu um sumiço.
- Carlisle!? – disse Esme surpresa.
- O que eu poderia fazer, Esme? – perguntei me defendendo – Era um quadro de um elefante que parecia um hipopótamo...
- Eu gostava dele... e você pois a culpa em Emett...
- Não tive coragem na época de dizer que fui eu.
- Carlisle Cullen... francamente, às vezes você é mais criança que seus filhos.

E eu e Esme ficamos ali, abraçados e rindo um para o outro até o momento em ela desviou o olhar fixando-o nos túmulos de Emett e Rosalie, instantaneamente a alegria deixou Esme e seu rosto assumiu novamente uma feição de dor e perda. Eu a abracei mais forte, sentindo também as lembranças felizes me deixarem enquanto corriam novamente para o passado de onde eu as invocara.
- Eu as quero de volta, Carlisle – ela falou numa voz triste.
- Eu sei querida, eu sei... não se preocupe, eu as trarei de volta para casa.
Fiquei mais um tempo ante o tumulo de nossos filhos esperando que Esme derramasse mais algumas lágrimas de chuva, então, delicadamente, a afastei de lá rumo à nossa casa, não havia necessidade de Esme ficar remoendo todos os acontecimentos ruins que nos atingiram, o melhor a fazer era lembrar-se sempre das coisas boas que guardávamos dentro de nós.
Kate nos recebeu na entrada conduzindo Esme ao nosso quarto para fazê-la trocar de roupa, eu, sinceramente, não me incomodava com isso... estava me sentindo muito letárgico hoje. Havia dois dias que não recebíamos a visita de Jacob ou Seth, mas eles provavelmente viriam amanhã, afinal, completariam os três dias que pedi para aguardar Edward... e ele ainda não aparecera.
Teríamos que partir para a América Central em busca de Erestor, o único vampiro vivo que conseguiu escapar das masmorras de Volterra, espero que nossa história o comova e que assim possamos resgatar Bella, Nessie, Alice e Quill de um destino de escravidão.
Eu precisava encontrar Jasper para começar a planejar a viajem, Garret me informou que ele estava na garagem e eu desci até lá para vê-lo; encontrei-o em uma mesa comprida que usávamos como bancada de serviços, estada parado diante de uma placa de mármore branco.
- Jasper? – eu o chamei antes de me aproximar, ele se voltou para mim e seu olhar estava perdido assim como o meu.
- Eu... – começou ele com a voz falha – Não sei o que escrever na lápide de Edward.
Então eu mesmo encarei a placa de mármore polida e imaculada, ali seriam talhadas ultimas palavras de nossa família para Edward, eu havia me enganado: meu filho não voltaria para nós. Eu levei a mão ao ombro de Jasper e aquiesci levemente para ele dizendo:
- Eu também não sei o que escrever, Jasper.
- Sinto muito por ele não voltar.
- Eu também, meu filho... eu também.
- Eu não consigo pensar direito – disse Jasper tristemente – Meus pensamentos sempre se voltam para Alice.
- Talvez, devêssemos esperar até resgatarmos Bella, para que ela decida o que deve ser escrito, não é mesmo?
- Sim... você tem razão.
- Jasper... receio termos que preparar as coisas para nossa partida.
- Podemos esperar mais um pouco, Carlisle.
- Não, infelizmente não. Eu pedi três dias... não terei mais que isso.
- Está bem.
E pelo resto da noite, eu e Jasper planejamos nossa partida.

Como esperado, Seth e Jacob chegaram muito cedo no outro dia, Jacob com o rosto austero e carregado assim como Seth... muito longe de serem os rapazes sorridentes e divertidos de outrora, mas eu não os culpava, todos passaram por um trauma muito grande e nós, possivelmente, caminhávamos para nossa própria destruição.
- Dr. Cullen – cumprimentou Jacob.
- Jake... como está você?
- Ansioso para partir...
- Todos nós estamos, meu amigo.
- Eu... sinto muito por Edward, Dr. Cullen.
- Obrigado – respondi – Está sendo muito difícil, então por favor, não toquem neste assunto perto de Esme... Seth, como vai?
- Respirando – disse ele simplesmente.
Nos reunimos na sala de estar, Garret era abraçado por Kate... ela não partiria conosco pois ficou incumbida de cuidar de Esme, ela não gostou da idéia mas todos sabíamos que Esme nunca fora uma guerreira – eu tampouco era – e uma viajem sem destinos certos a faria nos atrasar demais. Esme nascera para ser mãe e não matadora de vampiros. Jasper estava em pé e silencioso próximo à janela, os lobos sentavam-se nos sofás e Kaori estava no chão com as pernas cruzadas me olhando com cuidado... Esme estava sentada na varanda... ela não queria ouvir nossos planos.
- Bem, por onde começamos? – perguntou Jacob.
- Primeiramente, teremos de ir à Nicarágua encontrar Erestor... – eu respondi prontamente.
- E o senhor sabe seu paradeiro exato? – indagou Seth.
- Não. E como eu já lhes informei, Erestor possui um dom muito forte de auto-preservação, então não podemos nos aproximar dele com qualquer pensamento hostil ou ele sumirá e jamais tornaremos a encontrá-lo.
- E você acha que ele realmente será útil? – quis saber Jasper.
- Ele foi o único vampiro que fugiu de Volterra... seus segredos nos serão extremamente importantes.
- E como faremos a viajem, correndo mesmo? – perguntou Garret.
- Não, apesar de que talvez cobríssemos o terreno com mais rapidez não seria muito prudente, talvez de lá, tenhamos que seguir para outro lugar ou direto à Itália, e aviões são mais... diretos. – respondi.
- E como será? – perguntou Jacob.
- Tomaremos um vôo até Phoenix, então para a Cidade do México e de lá para Manágua, a capital da Nicarágua.
- A que distância fica o vulcão? – perguntou Jasper.
- Meio dia correndo à toda nossa velocidade. O San Cristóbal fica no noroeste da Nicarágua na fronteira entre dois pequenos municípios: o Chichigalpa e o Chinandega. Precisamos procurar vestígios de Erestor nestas duas cidades, afinal, eu não creio que ele tenha perdido o hábito de se alimentar de sangue humano.
- Estranho ele não ser um vampiro errante – completou Garret.
- Também acho, talvez ele tenha encontrado paz próximo ao vulcão.
- Quando partimos? – perguntou Seth.
- Amanhã à tarde.
- Excelente.
- E alguma orientação quando chegarmos em Volterra? – perguntou Garret.
- Bem, neste ponto... nenhuma – respondeu Jasper – Nós sabemos bem o que enfrentaremos, ou seja, um exército de milhares de vampiros e temos consciência que jamais os derrotaríamos. A idéia é basicamente entrar, sair com as meninas e Quil e desaparecer do mapa.
- Esse é o plano? – disse Jacob surpreso.
- Temos que aproveitar que você matou Demetri, Jake... agora não há mais rastreador entre os Volturi... sumir é o melhor a fazer.
- Mas e quanto à La Push, provavelmente eles virão até aqui... e se vingarão de nós.
- Você não entende muito o pensamento de Aro, Jake – eu disse – Ele não considera os lobos tão importantes... e nem uma ameaça, além do mais, os Volturi prezam o anonimato e atacar uma tribo inteira em pleno século XIX não é uma boa idéia.
- E quanto a Charlie? – quis saber Seth – E a mãe de Bella?
- Na verdade ainda não pensamos nisso – respondeu Jasper.
- Mas que plano mais furado este... – disse Jake.
- Bem, a verdade é que existe apenas nossa esperança de revermos as pessoas que amamos, Jacob – eu respondi – O que vocês precisam ter em mente é que partimos hoje sem qualquer esperança... sem qualquer mínima esperança de voltar para casa, por isso preciso que vocês decidam se vão conosco ou não, porque para esta jornada não existe espaço para indecisões.
- Eu vou com vocês independente de haver esperanças ou não – disse Kaori de repente – Não vou permitir que esta família termine seus dias deste modo, ainda tenho fé de que conseguiremos resgatá-las.
- Eu não vou desistir agora... – disse Seth.
- Tampouco eu – reagiu Jacob se levantando e caminhando até a janela enquanto Jasper se dirigia para mais perto de mim.
- Eu sempre estarei ao seu lado – ele disse me olhando.
- Bem, conheço vocês há anos... claro que irei junto, além do mais, poderei manter contato direto com meu informante em Volterra – completou Garret.
- Então... está decidido... já que não me resta mais nada a esperar aqui – eu disse tristemente me lembrando de Edward.
O silencio tomou conta de todos, estávamos partindo para muito provavelmente jamais retornar, o pensamento de deixar Esme sozinha me oprimia, mas, infelizmente, não nos restava outra escolha. Não tínhamos um plano perfeito, apenas um esboço traçado que teria de servir, contaríamos mais com a sorte do que com planejamento e eu sei que isso preocupava tanto Jacob quanto Jasper, mas era o melhor que podíamos fazer.
Assim, todos permaneceram em seus lugares pensando no futuro incerto, a manhã já se alongava e a chuva ainda caia quando, subitamente, Esme deu um suspiro alto e eu soube que ela havia se assustado, ouvimos então o deslocar de ar típico do som de um vampiro correndo e soubemos que ela havia se levantado ido ao encontro de algo... rapidamente Jasper correu até a porta, todos agora nos ressaltávamos com facilidade, eu me pus em pé mas antes de dar um passo ouvi Jacob falar horrorizado da janela.
- Eu não acredito... ele está vivo!

Não pensei em nada e disparei para a porta e parando na varanda eu o vi, caminhando com a roupa em frangalhos e agora sendo abraçado com força por Esme e Jasper... o filho que eu pensei jamais rever novamente. Desci meio bambo até o gramado e caminhei lentamente até ele, seu rosto estava sujo de lama e seus cabelos também, sem camisa e apenas com fiapos da calça... ele me olhou com olhos dourados que eu conhecia a mais de um século. Esme e Jasper o soltaram e ele veio até mim um pouco cambaleante... havia uma cicatriz fina e irregular em sua garganta quase de um extremo ao outro maculando a clareza de sua pele fria.


Eu o abracei com força...
- Meu filho... – sussurrei enquanto o apertava.
- Está tudo bem pai... – ele disse fracamente – Estou aqui.


E eu senti como se ao menos uma parcela de minha dor desaparecesse de meu coração, por que, no fim das contas, ao menos um de meus filhos estava de volta... um de meus filhos havia retornada à minha casa.


Edward estava vivo.

2 comentários:

Amie mt zica eu chorei

Nossa eu sabia q vc não era totalmente do mal Angus.
obrigada por trazer meu Edward de volta é por isso q eu leio suas fics pois vc é um gênio.
parabens pelo cap lindissimo q vc fez.
amo de coração tudo q vc escreve e acho simplismente (simplismente)é uma palavra tão pequena pra descrever como me sinto quando leio...
mais vai essa mesma
acho simplismente MAGNIFICO SUA FIC E SUA ESCRITA
parabens e beijos
de sua amiga

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