3 de dez. de 2010

Capitulo 6

Posted by sandry costa On 12/03/2010 6 comments

POV Jake


Após turbinar o Rabbit, Quil e eu fechamos a oficina. Despedi-me e fui para casa.

- Pai?! Ainda acordado, velho Billy? – meu pai me aguardava na sala. – O que houve?

- Filho, eu tive um pressentimento. – disse com os olhos fechados, cabisbaixo; pressionando a têmpora com os dedos, indicador e o médio, da mão direita. – Algo está para acontecer Jake. Eu, ainda não sei o que é. – em um acesso de fúria, esmurrei a parede próxima a porta.

- Será que nunca teremos paz? – urrei de indignação. – Pai, o senhor não tem mesmo a mínima ideia do que possa ser? – perguntei com alguma esperança. Mas, o velho Billy não alterou suas feições.

- Sinto muito Jake. – disse em um muxoxo. – Vou me reunir com os outros anciões. Ver se descobrimos algo. Enquanto isso, fique atento. – ele me olhou preocupado. – Até seu posto está em perigo.

- Billy, pare de gracinhas. Isso, não pode ser sério pai! – não podia mesmo ser.

- Jake, meu filho... – Billy me olhou com pesar. – Creio que essa, será a batalha final. Onde o destino de La Push, será definido. – ele suspirou lentamente, como se pudesse sentir o peso sobre os ombros. – Por favor, filho tome cuidado. – os olhos do velho Billy, a muito não sabiam o que era chorar. Porém, nesse momento, uma lágrima solitária correu sua face. Abracei meu pai, tentando consolá-lo. O que, por Deus, seria tão assolador?

- Eu, darei o meu melhor pai. O melhor pelo bando, por La Push, por nós dois. – dei um beijo em sua face, após o acomodei em seu quarto. – Boa noite pai, eu te amo. – nós não tínhamos muitos momentos assim. Mas, eu precisava dizer e sei que ele precisava ouvir. Depois da morte de minha mãe, somos só nós dois. Sempre um pelo outro, mas ainda assim, orgulhosamente machistas. Não demonstrávamos nossas fraquezas.

Tomei um banho, comi alguma coisa e fui me deitar. As lembranças da conversa anterior, ainda rondavam em minha mente. Afinal, o que poderia ser tão ameaçador? Teria de falar com Carlisle, talvez Alice tenha pressentido alguma coisa. Assim adormeci em um sono sem sonhos.

Pela manhã, fui a mansão dos Cullen. Determinado a saber o que estava por vir. Nessie me aguardava na varanda.

- Jaaake! Eu estava com saudades! – me esmagou em um abraço de urso. – O que foi? Não está feliz em me ver? – fez aquele biquinho irresistível, juntamente com aqueles olhinhos de cão caído da mudança.


- Claro que estou feliz em te ver pestinha! – retribuí o abraço e a girei no ar, vendo seu lindo sorriso faiscar a luz do sol. – Carlisle está?
- Jake, que prazer! – respondeu-me o próprio Carlisle. – O que lhe traz a minha procura?

- Billy teve um mau-presságio. Quero saber, se Alice viu alguma coisa. - vendo minha feição nada serena, o patriarca Cullen me convidou a entrar. Imediatamente, toda a família se pôs a sala de reuniões. Por que aquilo sempre me lembrava da távola redonda do rei Arthur? – era um pensamento idiota eu sei, mas sempre o tinha.

Alice, Jasper, Bella e Edward se assentaram a minha direita. Emmett, Rose, Renesmee e Nahuel a minha esquerda. Carlisle e Esme a minha frente. Todos pareciam preocupados e aguardavam o pronunciamento do mais velho.

- Diga-me Jake, o que seu pai pressentiu? – perguntou-me Carlisle com seu ar sempre altivo e sereno. – 9 pares de olhos me olhavam curiosos e Edward, já tinha expressões pensativas.

- Ele não me disse muita coisa. Apenas que um grande mal está por vir. – todos ficaram aterrorizados. – E que essa talvez seja a batalha final, onde nossos destinos serão selados, definitivamente.

- Mas pelo amor de Deus! – gritou uma Rosalie estarrecida. – Será possível? Nunca teremos paz nessa eternidade? – Emmett a abraçou ternamente.

- Calma ursinha. – ele não suportava o sofrimento de Rose. – Aly? – Emmett a olhou com apreensão.

- Infelizmente não vi nada. – ela estava desolada, odiava não ver o futuro, ainda mais sendo algo tão sério. – Talvez... ainda veja. Assim que as pessoas envolvidas se decidirem. – sua voz era chorosa, estava inconformada, mas tentava passar esperanças.

- Bem, não temos o que fazer, a não ser ficar em alerta. – disse Edward. – Podemos fazer vigílias junto a matilha. Por enquanto é só.

- Edward tem razão. – o patriarca Cullen disse por fim. – Vamos montar os grupos e patrulhar. – todos ouviram atenciosamente e concordaram.

- Eu me disponho a ficar no primeiro turno. – Jasper sempre solícito.

- Então eu vou com você. – Emmett disse firmemente. – Se houver algo lá fora, vai se ver com meus punhos. – disse socando um punho na palma da outra mão, seus olhos emanavam ira.

- Certo... Edward e Carlisle fazem a próxima. Eu irei com os lobos na última. – todos ficaram boquiabertos. – O que foi? Eu já me considero um Cullen. Tenho o dever de ajudá-los. – Nahuel deixou a todos abobalhados.

- Nahuel, eu não posso deixar que assuma nossos problemas. – respondi. Ele veio até mim, colocou as mãos sobre meus ombros e disse.

- Jake, eu não sou nenhum inválido. Sei me defender e amo essa família também. – eu não podia expor meus argumentos, não em frente a ele.

- Certo quanto mais, melhor. Vou avisar ao bando. – disse me retirando da presença de todos. Ao chegar próximo a floresta, senti dedos frios a me tocar os ombros.

- Bells, o que foi?

- Jake, eu sei que não está feliz com Nahuel se pondo em batalha. Mas Jake, a escolha foi dela. Ela tem que arcar com as consequências.

- Você não entende Bella. – respondi num muxoxo. – Ela fez a escolha, mas ainda assim, eu tenho que protegê-la. Se algo acontecer a ele ela sofrerá.

Flash back on

Nessie hoje completa 18 anos. É estranho, ela nasceu a apenas 10. Mas o que eu posso chamar de estranho? Sou um transmorfo, lobisomem. – ri de meus pensamentos. – Ela desceu as escadas da mansão. Estava linda, soberanamente linda.

- Hey Jake!! Trouxe meu presente? – ela disse com um sorriso nos lábios. – Você sabe muito bem qual é! – disse com um olhar maroto.

- Ok Nessie, você ganhou. Eu te conto o que quer tanto saber. Vamos, aqui não é o melhor lugar. – nos dirigimos até o penhasco, nosso local favorito. Assentamos-nos a sombra de uma árvore, um de frente ao outro.

- Vamos, me diz... quem é ela? - seus olhos curiosos me olhavam com impaciência.

- Nessie, serei direto. É você. – ela ficou atônita e um silêncio mortal se fez presente.

- J-Jake... eu nunca imaginei. – seus olhos se umedeceram. – Desde quando?

- Desde que você nasceu. Quando meus olhos te viram.... eu senti, que minha gravidade nessa Terra estava em você.

- Jake, mas você é meu melhor amigo.... eu não entendo. – ela estava confusa.

- Eu sempre fui tudo o que você precisou. Fui um pai, um irmão mais velho, seu melhor amigo. Porém, eu não posso mais esconder o que sinto Renesmee. – segurei suas mãos e olhei firmemente em seus olhos. – O que me diz? – as lágrimas começaram a rolar por seu lindo rosto.

- Eu fico lisonjeada, mas eu não posso Jake. - senti meu coração ser dilacerado, sabia que o objeto do imprinting poderia não aceitar. Mas, nunca imaginei que seria tão despedaçado. – Você é muito importante pra mim. – ela tocou meu rosto – Só que não sinto o mesmo. Pra mim, você é um amigo, um tio carinhoso.

Faltou-me o ar, meu mudo escureceu. Nada mais fazia sentido, uma lágrima teimosa saiu de meus olhos. O olhar de piedade de Nessie foi pior que a própria morte. Tentei me recompor, enquanto sua delicada mão secava minha lágrima solitária.

Um tio, se é assim que ela quer, assim eu serei. Ao menos assim poderei protegê-la. Um sorriso modesto brotou em meus lábios. Se é disso que ela precisa, assim será.

- Nessie, se é assim que você quer. – não pude disfarçar a tristeza.

- Jake, assim é o certo. Você sempre esteve em minha vida, sempre estará. Mas não posso retribuir tamanho amor como você espera. Por favor, lobinho.... – ela fez aqueles olhinhos do gato do Shrek, não pude resistir. Ao menos ela ainda me queria em sua vida.

- Serei o melhor tio desse mudo! - nos abraçamos ternamente.

Flash back off.

Deixei minha amiga-irmã e me dirigi a reserva, ainda teria muito que fazer.

POV Billy Black

Convoquei uma reunião com os anciões do conselho. Expliquei meus pressentimentos, o velho Ateara então nos levou até o solo sagrado. Na caverna, nos assentamos em círculo ao redor da fogueira. Ele invocou os espíritos ancestrais e fomos levados a um outro plano físico.

“ O que querem de nós?” – uma voz ecoou masculina, parecia a voz de um trovão, disse em meio a lânguida aurora que nos cercava.

- Eu Quil Ateara, ancião da tribo Quileute de La Push; venho rogar que nos mostrem o que assolará nosso povo.

As cores da aurora começaram a se fundir em um infinito branco. O velho Quil atiçou o fogo com um pó. Do meio da fogueira ergueu-se um vulto, sim... meu avô o primeiro lobo.

“ Eu Ephraim Black, o primeiro lobo – sua voz tinha um tom etéreo, seus lábios não se moviam – digo-vos que o mal assolará nosso povo. A não ser que se cumpra a profecia de Lunara. Para isso, o líder alfa terá de escolher um caminho. Cabe a ele o destino de todos.” – e assim ele sumiu em meio a fumaça, a aurora voltou a nos circundar e logo estávamos de volta ao solo sagrado.

- Billy – Sue se pronunciou – o que iremos fazer? Jacob tem o futuro de várias pessoas nas mãos. – Meu coração pareceu parar. A profecia de Lunara, eu achava que era apenas uma história, das muitas que inventaram sobre as reais.

- Sue, eu ainda não sei o que fazer. – olhei para o velho Quil, este me encarava pesaroso. – Eu vou me aprofundar estudar uma forma. – ele assentiu e eu me retirei com Sue.

No caminho de volta nada foi dito. Eu me perdi em pensamentos absortos, se não me falhasse a memória.... a profecia falava da mulher do primeiro lobo. Lunara era seu nome, sim... a primeira esposa de meu avô. Aquela que deu a vida por seu amado e por seu povo, a primeira esposa.

- Billy; acho melhor irmos para a minha casa, Jake pode chegar e ouvir a conversa. – apenas assenti com a cabeça e fui levado em direção a residência dos Clearwater.
Sue sentou-se a minha frente, com uma preocupação quase palpável.

- O que a profecia diz Billy?

- Segundo contam, após a morte de Lunara, os espíritos da floresta decidiram dar-lhe outra chance. O amor que tinha pelo esposo e o sofrimento que ele passava os comoveram. Permitiram então que ela voltasse, sua alma era a mesma, porém seu corpo não. Ephraim se casou novamente com uma linda mulher. Ele não sabia, mas era ela: Lunara. Ela sofreu amargos anos de sua nova vida, já que o amado não conseguia esquecê-la. Quando meu avô se foi dessa terra, ela amaldiçoou o amor do alfa. Um amor que apesar de ser por ela e apenas pra ela, não a fez feliz. Pois a sombra de sua própria morte a perseguia. Em seu leito de morte, ela rogou sua maldição: “ O alfa terá que conhecer seu amor pelo fogo. Passará pela dor, levará seu povo consigo a perdição. Apenas quando a reconhecer, quando o verdadeiro amor não passar por seus olhos, a paz voltará.”

- Meu Deus, Billy! – Sue estava sem ação. – Jake já achou sua impressão, isso não pode estar acontecendo.

- Sim, mas por ela foi rejeitado. Estamos de mãos e pés atados. – conclui.

6 comentários:

Awnnn Jake rejeitado! tadinhuh! =/ Vem aki que eu te consolo lobinho! xD

Amei continuaaaa! \o/

ñ vejo a hora do proximo capitulo,posta logo ele.

Cade o cap. 7? Posta logo, Sandry pf!Tô super curiosa!


Lupimix

menina eu não entendi muito bem mas não deve ser facil não
sua fic é muito intrigante e eu gosto disso
faz vc ficar pensando o q vai acontecer
parabens
beijos

kkkkkkkkkkkk essa é a intensao dela ze kk
parabens rafinha otimo cap, e muito interessante

posta maissss


bjsss

MENINAS!! EU VOLTEI!!!

Muitíssimo obrigada pelos comentários!. Eu tive uma crise kkkk criei uma maldição e depois não consegui ver um futuro legal pra ela. kkkkkkkkkkk

Crise resolvida, cap postado.

Ah Sandry, o cap 8 já tá on!! ( forma de recompensar o atraso )

Até semana que vem muchachas!!

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