10 de fev. de 2011

capitulo 12

Posted by sandry costa On 2/10/2011 1 comment

Desentendimentos



Musica: Love Story – Taylor Swift
- Charlie?

- Bella - Charlie falou com a voz embargada. – Minha filha! Você está enorme. Senti tanto sua falta.

Eu estava em choque, sem saber o que dizer.

- Bella... - Charlie chamou baixinho, ainda parado na soleira da porta. – Diga algo...

- O que você está fazendo aqui?- sussurrei

- Eu estava na cidade vizinha e resolvi vir te ver. – Charlie murmurou. – Onde está sua mãe?

- Ela saiu.

Charlie olhou para trás de mim. Li as emoções que passou pelo seu rosto: surpresa, raiva, apreensão, mais raiva.

- O que ele faz aqui? – Charlie perguntou o rosto ficando vermelho de raiva, se referindo a Edward atrás de mim.

- Ele está me fazendo companhia – Disse defensiva.

- Claro. – Charlie disse sarcástico. – Ele deve está aproveitando e fazendo extras...

- Charlie! – Repreendi.

- Quer dizer que agora Renné deixa a casa livre para você ser a puta dele? – Ele disse apontando o dedo para Edward

Estaquei. As palavras de Charlie foram como um tapa na minha cara.

- Senhor Swan. – Edward veio para o meu lado. - Peço que respeite a Bella.

- Quem você pensa que é para me dizer o que fazer? – A voz de Charlie era ácida.

- Por favor, Senhor Swan, se retire dessa casa então. Você não deveria ter vindo de tão longe para agredir a Bella.

Charlie abriu a boca para dizer algo, mas preferiu se virar e sair. Eu voltei a ficar em estado de choque.

Edward passou por mim e fechou a porta, trancando-a em seguida, depois ele me abraçou sua mão afagando o meu rosto. Outro trovão ecoou fazendo o meu corpo tremer. Edward me abraçou com mais força.

- Vamos dormir? Não sei você, mas brincar na chuva me deixou morto. – Ele sussurrou levemente.

Eu assenti. Edward foi se trocar no banheiro e eu no quarto. Coloquei um pijama vestido não muito curto e me deitei me enrolando com o lençol. Edward apareceu logo depois usando uma blusa de algodão azul-claro e uma calça pijama xadrez, trazia consigo um lençol. Ele se espremeu do meu lado e se embrulhou depois me puxou para o circulo dos seus braços. Normalmente, isso teria causado reações diferentes, porem distintas, no meu corpo. Mas dessa vez eu me sentia inerte a tudo.

- Bella?

- Oi, Edward. – Minha voz saiu fininha. Eu mal a reconhecia.

- Você sabe o que é um ponto verde no cantinho da sala? – Ele perguntou com uma voz seria.

Me virei para olhar o rosto dele. Que tipo de pergunta era aquela?

- Você está falando sério?

- Sabe ou não sabe? – Uma sombra do seu sorriso torto apareceu.

- Não Edward. Não faço ideia. – A boca dele se contorceu na tentativa de segurar o riso. – O que é um ponto verde no canto da sala?- perguntei.

- É uma azeitona de castigo. – Ele gargalhou gostosamente enquanto bati na minha mão na testa.

- Mas que progresso Cullen. – Disse irônica.

- Ok. E um pontinho preto no jardim?

- Essa é velha.  – Eu ri. – É uma formiga com óculos de sol.

- Chata! – Ele me deu língua – E um pontinho amarelo no alto de um edifício?

- Essa eu não sei. O que é? – perguntei com um sorriso.

- É um milho suicida. – Revirei os olhos rindo da besteira.

– E um pontinho amarelo na calçada do mesmo edifico?

 - Sei lá... É o milho que pulou?

 - Não - Ele riu. – É um pinto esperando milho pular.

- Idiota. – Eu ri junto com ele. Um trovão iluminou o quarto, mas não me importei. Edward estava lá comigo.

Bocejei. Fechei os olhos me aconchegando a Edward.

- Com sono? – A voz de Edward era um arrulho.

- Uhum. – Assenti preguiçosamente.

- Então durma bem, anjinho da minha vida.

Soltei outro bocejo e assenti para Edward novamente.

Depois de um tempo escutei a voz de Edward.

- Bella? Ainda está acordada?

- Uhum... – Eu respondi, mas estava mais dormindo que acordada.

- Posso te contar uma coisa?

- Aham.- Gemi

Ele hesitou. - Te beijar é muito bom... – Sussurrou ele por fim.

Eu devia estar sonhando...

Minha cama estava um calor agradável.

Notei que os braços que me envolviam não estavam sobre o meu lençol e sim embaixo, logo, a pele dele estava em contato com a minha. O calor ali era realmente gostoso.

Senti os lábios de Edward beijar o meu pescoço. No momento eu enrijeci, mas Edward não pareceu não se importar, trilhou um caminho de beijos pelo meu pescoço até a minha orelha. Uma mão deixou minha cintura e pousou na minha coxa. Virei para ele tentando entender o seu comportamento. Não pude falar nada. Edward tomou os meus lábios, e num encaixe perfeito das nossas bocas, as nossas línguas se entrelaçaram em um ritmo próprio e ardente. A mão em minha coxa começou a subir levando consigo o vestido. Suas mãos, deliciosamente quentes, faziam o meu corpo querer entrar em combustão. Elas foram para a base das minhas costas, uma delas subindo pela minha cintura e brincando com a lateral da minha calcinha, enrolando nos dedos. Era estranho, mas não dei importância. O beijo de Edward me consumia sua língua fazia um tango com a minha, hora rápido, hora devagar. Ele tinha total controle sobre mim. Num impulso me ajoelhei na cama puxando Edward pela blusa. Uma vez ajoelhada coloquei as mãos por baixo da camisa dele explorando a sua barriga perfeita com os dedos. As mãos de Edward se apressaram em retirar o meu vestido e jogou-o em um canto qualquer, fiz o mesmo com a sua blusa. Nossos corpos se colaram com força, nos abraçávamos como se quiséssemos no fundir um ao outro.

O beijo parecia uma loucura, completamente inebriante e gostoso. Eu aranhava suas costas pedindo por mais. As mãos de Edward passeavam livremente pelo meu corpo agora que eu estava somente de calcinha. Ele me deitou na cama me colocando por cima.

O beijo se tornou mais sôfrego, mais rápido. Edward me apertava em vários locais, eu sentia uma energia que se espalhava a partir do centro me impulsionando a buscar por mais. Minhas mãos passavam pelo seu peito, ombros, pescoço... Ás vezes eu o segurava pelos ombros com força. Trazendo-o para mim.

Eu gemi involuntariamente nos seus lábios e ele apertou minha coxa e virou, ficando por cima.

Não me importei com o peso dele. Ali, eu me senti protegida. Edward beijou por mais tempo e depois começou a trilhar o caminho pela minha mandíbula, chupou o lóbulo da minha orelha e desceu pelo meu pescoço mordiscando e beijando.

Meus dedos se entrelaçavam e puxava o cabelo dele de acordo que eu ia arrepiando. Ele continuou descendo pelo meu colo, soltei um suspiro de expectativa fazendo-o sorrir contra a minha pele. Ele deu um beijo no vão entre os meus seios e foi descendo pela minha barriga onde ele deu vários beijos entre mordiscadas e passeava com o nariz inspirando fundo.

Eu me sentia no paraíso.

Quando Edward lambeu o meu umbigo, me causando um arrepio mais intenso, eu o puxei para mais um beijo cheio de paixão. Uma mão acariciou minha coxa e desceu até a panturrilha e então ele encaixou minha perna na sua cintura.

Nessa hora o nervosismo bateu em mim. O que nós estávamos prestes a fazer?

Edward sentiu minha hesitação e sorriu olhando nos meus olhos. Mesmo no escuro eu podia ver os seus olhos verdes me dominando e me mostrando segurança. Mesmo presa aquelas esmeraldas eu sentia como se pudesse voar.

Mas será que eu estava pronta para ser dele daquela forma? Eu de certa forma queria. Era um meio de mostrar a ele o que eu sentia. Algo que ia além da amizade.

Edward deu um puxão leve no meu cordão para chamar a minha atenção e deu um beijo na minha bochecha. Ele abriu a boca para dizer algo, porém o que saiu da boca foi... Um trovão.

Um trovão longo e assustador.

E então, eu acordei.

Me mexi na cama em busca dele, quando notei que ele não estava na cama abri os olhos. Ele não estava no quarto. Suspirei. O sonho havia sido tão real... Voltei a me deitar achando a cama extremamente fria para mim e, depois de um tempo, cai na inconsciência.

A manhã, no dia seguinte, começou com bastante chuva. Eu me espreguicei na cama e fui trocar de roupa depois fui fazer minha higienização.

Desci e fui para cozinha onde a cheiro de café se espalhava no ar. Parei de lado da porta escutando o que falavam:

- Eu não sei dizer. Charlie passou muito tempo sumido... – Renné suspirou. – Bella sempre foi o tesouro dele. Eu até compreendo um pouco o comportamento dele. Mas ele, como sempre, foi muito precipitado. Você e a Bella são inocentes demais. O que há entre vocês... Essa amizade... É muito pura. Por isso nunca vi problemas em você dormir com ela. Até no mesmo quarto... – Ela suspirou novamente.

 - Agradeço a confiança, tia Renné. – A voz de Edward estava nasalada.

Silencio. Então eu achei uma boa hora para entrar na cozinha. Eles estavam á mesa tomando café da manhã.

- Bom dia!  - Falei.

- Bom dia! – Responderam.

Quando sentei notei que Edward não estava bem. Seu nariz estava vermelho, os olhos cabisbaixos e a pele mais pálida que o normal.

 - Você adoeceu?  - Perguntei um pouco assustada.

- É o que parece. – Ele disse com a voz nasalada. – Amanheci assim.

- Vou fazer um chá pra você. – Falei sorrindo. – Depois vou te deixar em casa.

Edward sorriu.

- Bem, meus amores,tenho que ir. – Renné disse. – Bella eu venho te pegar ás cinco. Vamos fazer compras. – Ela riu e eu fiz careta.

Ela pegou a bolsa e saiu.

Edward soltou um gemido e deitou a cabeça na mesa. Eu levantei e fiz um cafuné na cabeça dele depois fui pegar os ingredientes do chá mo armário.

Depois de pronto o chá, Edward foi beber na sala. Ele bebeu com uma careta e quando terminou deitou a cabeça no meu colo. Automaticamente afaguei seus cabelos.

- Minha cabeçinha está doendo. – Ele disse gemendo.

Eu ri. – Tinha me esquecido de como você fica uma criançona mimada e enjoada quando fica doente.

- Para, Bells. Eu to dodói. Eu tenho que melhorar logo. Tenho jogo sexta. Vai ser minha estréia.

- Tem sorte de ter adoecido no fim de semana. Terá tempo de melhorar.

- Uhum. – Assentiu. – Bella... Posso te pedir uma coisa?

- Peça. – Disse carinhosamente.

- Deita aqui comigo? – Ele fez cara de pidão. Mordi o lábio hesitando. – Por favor!

Como resistir aquele olhar? Acabei cedendo.

Eu me deitei e Edward me abraçou firme para que eu não caísse. Depois ele afundou a rosto no meu peito e em poucos minutos ele dormia com a boca frouxa.

Esme ficou louca, quando fui deixar Edward mais tarde, ao ver o filho doente. Agora ele também estava febril.

Edward não me deixa ir embora. Ele ficava deitado com a cabeça no meu colo e quando fazia menção de me levantar da sua cama ele me agarrava com força e fazia bico.

- Bellinha tem que ficar aqui e cuidar de mim. – Ele resmungava fazendo careta. – Eu to dodói e carente.

Eu ria e apertava o bico que ele fazia.

As cinco eu realmente tinha que ir.

1 comentários:

AH QUE PENA QUE FOI SOMENTE UM SONHO....

MAS EU ACHO QUE ELA NÃO PODE SER FACIL ASSIM PRA ELE NÃO.... MENINNO MIMADO.

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