24 de fev. de 2011

Capitulo 12

Posted by sandry costa On 2/24/2011 No comments


Um coração, dois amores
Será verdade, que podemos amar (amor de homem-mulher) duas pessoas ao mesmo tempo?

Os Volturi iniciam seu ataque silencioso... no que isso irá resultar?

O que Kate fará de agora em diante?

Só lendo pra saber!

POV Nessie
            Jamais imaginei algo assim. Nahuel; foi minha melhor e feliz escolha. Imaginei que passaríamos a eternidade juntos, felizes como o restante de minha família. Já se passaram 3 dias, mas ainda não me conformo e, creio que nunca irei me conformar. Minha mãe tem se sacrificado, faz de um tudo para que eu me sinta melhor. Não apenas ela, mas todos da família e até mesmo os lobos. Jake tem sido um pilar, um porto seguro... sempre dedicado. Meu amado tio tem acampado – definitivamente – aqui em casa e, disse que só sairá daqui quando eu estiver bem.
            - Nessie, posso entrar? – disse uma voz suave.
            - Claro Aly. É sempre bem vinda! – tentei esboçar um sorriso, mas acho que foi mais uma careta.
            - Minha florzinha, eu realmente sinto por tudo que está passando e, me odeio por não poder ver o futuro de vocês e dos lobos. Se eu tivesse visto... – seus lindos olhos dourados, ganharam uma coloração laranja, o que demonstrava sua tristeza, tenho certeza que, se pudesse estaria chorando.
            - Não foi culpa sua Aly... foi uma fatalidade, eu mesma já estou me convencendo disso. – fui envolvida por seus braços longos e gélidos – Sabe Aly... o que dói mais, é lembrar de nossos planos. Ele me pediu em casamento na noite anterior, tivemos uma linda noite. – dei um sorriso fraco e sem graça – P-pela primeira vez nos... – engoli o choro - nos amamos.
            - Nessie, sinto tanto. Não sei o que faria nessa eternidade sem meu Jass. – apertou-me ainda mais entre seus braços – Saiba que estarei aqui, pra tudo o que precisar. – beijou-me os cabelos.
            - Obrigada tia.... – permiti-me deitar em seu colo e ter meu rosto acarinhado suavemente, enquanto deixava escapar minhas últimas lágrimas. Jurei não mais demonstrar fraqueza, sei que ele não iria querer isso.
No andar de baixo...

            - Edward, estou muito preocupada com Nessie. Ela não tem se alimentado direito, nem mesmo Jacob tem obtido êxito.
            - Esme, eu também já não sei o que fazer. Corta-me o coração vê-la assim. – respondeu sentando-se a mesa – É tão injusto, ela é apenas uma criança! Não merecia passar por isso!!
            - Eu concordo plenamente. – disse uma voz rouca e grave. – Também já não sei o que fazer meu amigo.
            - Jake, nunca quis tanto que ela o tivesse escolhido, ao menos assim... não estaria sofrendo. – Edward estava com olhos pedantes, sua tristeza pelo estado da filha era palpável.
            Jacob estava cada vez mais desesperado. Queria a todo custo arrancar a tristeza de sua pequena. O vampiro mais jovem lhe acenou a cabeça em um sim. Com a permissão concedida, o lobo subiu as escadas, indo até o quarto de Renesmee.
            - Nessie, levanta – disse sem muita emoção na voz.
            - O que quer Jake? Deixe-me em paz! – O Alfa, mas que depressa volveu o olhar para a híbrida.
            - Você não está em paz! – aproximou-se e a ergueu pelos ombros – E por mais que eu queira respeitar isso, não posso ver o que está acontecendo e fingir ser cego! – a olhava intensamente, um pedido de socorro gritava nos olhos de sua amada – Por favor, venha comigo. Não se destrua dessa forma!
            Nessie analisou a situação. Realmente não estava sendo feliz ou deixando que sua família e amigos fossem. Na verdade, não estava nem mesmo vivendo. Já havia prometido não mais chorar, olhou para o rosto de Alice que estava somente a observar. Voltou o olhar a seu melhor amigo lobo, ele tinha razão... ela deveria se conformar com sua perda, contudo nunca iria desistir de sua vingança. Levantou-se deu as mãos a seu amigo e com um singelo sorriso, se permitiu sair com ele.
            - Venha, te levarei ao nosso local especial. – disse ele ao me dar um sorriso lindo, aquele que me aquece a alma. Me pegou nos braços e pulou a janela de meu quarto, minha família nos observava satisfeito através da parede de vidro.
            - Jake, será que é seguro? Aquela coisa, ainda pode estar por perto. – disse com certo temor.
            - Eu a protegerei, não se preocupe. Além do mais, ela atacou na floresta, não há como entrar em La Push, a aldeia é protegida pelos nossos ancestrais.
            Não posso dizer o quanto isso, me deixou aliviada. Chegamos a nossa cachoeira, Jake pulou, comigo ainda em seus braços. Não sei se pelo que passei, pela falta de Nahuel, me sentia tão aconchegada nos fortes e quentes braços do meu “tio”.
            Acabei por me divertir muito, ele realmente sabe como me alegrar. Não sei quando foi, ma não mais pensava em minha dor. Sai da água e fiquei a observar meu lindo tio. Felizarda quem possuir aquele coração... tão solícito, amável, amigo...  e não apenas isso. Aquele sorriso tão alvo, tem o poder de aquecer a alma, acalentar o espírito; fora aquele corpo tão bem desenhado, parece esculpido, na mais nobre madeira. Madeira... junto a tez morena, me faz sentir seu perfume amadeirado e hálito de hortelã.
            - Nessie, não vai entrar novamente? A água está ótima. – ele se pôs de pé a margem da cachoeira, sua imagem me aquecia o coração. Realmente Jacob Black é um homem lindo. Alto, com seus olhos ônix, seus curtos e negros cabelos, aquele sorriso que faz o sol ter inveja de sua luminosidade, um corpo tão definido.... uma pele tão quente...
          “Céus, como posso estar pensando nessas coisas?” – repreendi-me tão logo percebi a intensidade de minha observação.
          - Eu prefiro admirar a paisagem, se não se importa. Mas fique a vontade Jake! – sorri sinceramente.
POV Jake
          Não deixaria minha pequena sozinha, aproximei-me em um salto me assentei junto a ela sobre a pedra. Ela estava tão fragilizada, até mesmo o pequeno rubor de suas bochechas havia sumido. Abracei aquele ser que tanto amo e venero, trazendo-a para junto de mim, tentando dar-lhe um conforto a alma perturbada.
          Nessie se aconchegou em mim, pude ouvir um pesado suspiro deixar seus lábios. Observei suas reações, ela me apertava em seus finos braços como se eu fosse um tesouro muito precioso. Não posso negar que, esse simples gesto, me causou uma comoção enorme. Minha Nessie me queria por perto. Toquei seu delicado queixo e ergui seu rosto até nossos olhares se encontrarem. Parecia ser a primeira vez que nos olhávamos, talvez com a morte de Nahuel, os laços da impressão tenham se tornado mais fortes.
          - Renesmee... – ela calou meus lábios tocando-os suavemente com seu dedo indicador.
          - Nessie... me chame de Nessie, Jake. – seus olhos me transmitiam um sentimento inexplicável, não era o mesmo olhar. Tinha certa malícia.
POV Nessie
            Ainda não entendi minha atitude. Fiquei a lembrar de tudo que Jake passou e sofreu por mim. Imaginei o quanto minha relação com Nahuel o tenha magoado. A dor que sinto, em nada se compara com a dele; ele viveu todo esse tempo por mim e pra mim. E eu, o que fiz? O joguei para escanteio como se fosse um cão sarnento. Decidi que não iria mais lutar contra o poder da impressão. Se dizem, que ela faz a escolha certa, é porque a minha felicidade e a de Jake só será possível se ficarmos juntos.
            Ele me tocou o rosto e me fez olhar em seus olhos. Havia tanto amor neles, que me senti uma estúpida por lhe ter preterido. Tanto sofrimento eu haveria poupado, se o imprintingo faz me amar com tamanha devoção, me fará amá-lo também.
            - Renesmee... – ele me chamou pelo nome, Jake nunca me chama pelo nome. Toquei seus lábios em sinal de silêncio.
            - Nessie... me chame de Nessie, Jake. – ao dizer isso, aproximei meu rosto o suficiente para sentir sua respiração quente contra minha pele. Como ele não reagiu, decidi prosseguir tocando seus lábios macios e quentes com os meus.
            Jake me enlaçou com seus braços fortes, aos poucos aprofundando nosso beijo. O beijo tão desejado, tão esperado e enfim trocado entre nós. Sua língua pediu passagem entre meus lábios e eu permiti. Ele explorava cada cantinho de minha boca, com suavidade. Meu corpo parecia entrar em um êxtase profundo, sentir o cheiro de sua pele, seu calor, o amor que me devota... tudo me fez sentir tão protegida, amada, desejada. Nahuel que me perdoe, mas agora sim, eu me encontrei. Estava em casa nos braços de Jake.
Em certo penhasco....
            Desde aquele dia na floresta, me sinto estranha. E pra piorar as coisas, Nahuel e Nessie terminaram e o meu amado “chefe” passou a morar na casa dos Cullen. Será possível, que Nessie não pode suportar um término? Ah qual é... relacionamentos terminam, nada é eterno. Só uma coisa me intriga, não me lembro de como voltei pra casa naquele dia, apenas acordei em minha cama. Estava com o corpo molhado, mas também não me recordo de ter nadado e, como a porta estava trancada não há como alguém ter entrado. Ah deixa pra lá... o que os olhos não vêm o coração não sente!
            - Olá. – ao ouvir a voz olhei para o ser que se aproximava. Uma linda mulher, loira, alta, de óculos escuros em um dia nublado.
            - Precisa de alguma coisa? Se perdeu pelo caminho? – perguntei gentilmente.
            - Na verdade eu acabo de achar o que procurava Kate. – como ela sabia meu nome? É certo que não existe muitas pessoas como eu por aqui, mas nem me lembro de ter ficado famosa.
            - Quem é você e como sabe meu nome?
            - Já nos conhecemos, aqui mesmo no penhasco. Não se lembra? – a mulher sustentou o ar altivo e prosseguiu – Meu nome é Chelsea, Chelsea Volturi.
            Ao ouvir o sobrenome, fui tomada por lampejos psicóticos, meu cérebro iria explodir. Senti um fio de angústia e alegria subir por minha coluna. Um modesto sorriso se desenhou em minha boca e prostei-me diante da Volturi.
            - Aqui estou mestre. Diga o que precisas e terei enorme prazer em atendê-lo.
            “Minha cara Kate, minha pérola negra. Faça tudo o que Chelsea lhe mandar, ela será sua referência.” – Aro falava a mente da brasileira, seu plano de vingança começava definitivamente.
            - Como quiser mestre Aro. Seguirei as instruções de Chelsea. – disse com grande satisfação – O que devo fazer? – perguntei encarando os agora descobertos, olhos vermelhos, de Chelsea.
            - Apenas me escute, a princípio. Preciso que entenda o que irá enfrentar. – acenei positivamente – Nós os Volturi, somos uma família unida, e os Cullen querem nos destruir. Não somos simples humanos e você já percebeu isso. Somos vampiros, o clã dos Volturi é a nobreza, defendemos nossa espécie e os Cullen querem destruir tudo o que construímos em séculos de existência. Tudo por inveja, por ganância, eles até mesmo se misturaram aos humanos e criaram aquela aberração que é a Renesmee! – dizia com visível asco – Há também os protetores dessa corja, os lobos. O grande grupo de mecânicos de La Push são todos transmorfos, lobisomens. E apesar de sermos espécies inimigas, eles se juntaram aos Cullen para destruir a paz que estabelecemos.
            Conforme Chelsea me explicava tudo o que deveria saber. Parte de mim sentia repulsa e ira, outra parte sentia mágoa. Jamais pensei que, meu Jake me esconderia algo, ele e Renesmee tinham uma ligação afinal! Ele me usara, apenas isso. As coisas não seriam tão fáceis para o senhor Alfa. Se ele achava que poderia me ter a seu bel prazer, estava muito enganado. Chelsea me explicou o que ocorreu naquela fatídica tarde da morte de Nahuel. Me explicou o que iria acontecer comigo. E o engraçado é que com tudo o que me disse, não conseguia odiá-la ou a qualquer Volturi, já os Cullen... com esses teria contas a acertar. A linda Volturi se foi, disse que quando precisasse me chamaria aquele local, assim como fez hoje. Fiquei a pensar e saí a procura do meu objeto de sedução: Jacob Black. Se ele queria brincar, eu iria mostrar que esse jogo pode ter dois jogadores.
            Antes, decidi nadar um pouco e aliviar a tensão nas doces águas da cachoeira. Foi quando os vi... eles estavam se beijando... o MEU Jake, beijando aquela aberração desbotada. Me aproximei silenciosamente e fingi tropeçar nos dois.
            - Desculpe, eu estava distraída. – disse cinicamente.
POV Jake
            Ao ouvir aquela voz, senti que estava encrencado. Kate nos olhava como quem nada quer. Me perguntei se ela não viu o beijo, mas pela sua carinha de despreocupada, creio que estava tão distraída quanto nós.
            “Jacob meu velho, quero ver se sair dessa agora! Desde quando um coração suporta dois amores?” – pensei comigo mesmo.


Obrigada a todos que tem comentado. O comentário de vocês me impulsiona e me faz feliz. Essa fic é feita com muito carinho e é sempre bom receber os frutos - reviews - do seu trabalho.Ah me desculpe pelo cap anterior... minha dramaturgia ainda está ruim! Prometo que aprenderei a matar as personagens! *apanha*Pra não perder o costume...

0 comentários:

Postar um comentário

Não esqueça de comentar, isso incentiva os escritores e também a mim que tento agradar a vocês.