Chamava-se Francesco... Francesco Velathri.
Descendia dos agitados etruscos, povo que habitava a Toscana naquela época distante, sua voz era alta como é normal dos italianos e era honesto até o último suspiro, seu pai ensinara-lhe bem: a única forma das pessoas confiarem em você é sendo honesto o tempo todo. Apesar da vida no campo era dado às artes e à filosofia, uma pequena e pomposa biblioteca compunha sua residência rural e charmosa; lia de Aristóteles à Ésquilo com o mesmo prazer e com a mesma perspicácia.
Eu passei a visitá-lo todas as noites e enchíamos a madrugada com riso e conversas sobre o tempo, a colheita, história e filosofia; Francesco ficava estarrecido com meu conhecimento dos fatos antigos e mal podia saber ele que não fora devido à leitura de livros que eu adquiri toda esta carga de sabedoria e conhecimento.
Mas quanto mais nossa amizade se estendia, mais crescia a minha vontade de tê-lo ao meu lado para sempre, obviamente, eu o amava e ele nutria o mesmo sentimento por mim... éramos companheiros de solidão. Homens além de seu tempo e que os meros gentis daquela época não compreendiam.
As terras de Francesco, prósperas e imensas, também ofereciam algo muito mais que pastos para cabras e terra para vinhedos, não... lá das entranhas do subsolo também brotavam metais preciosos e isso despertou a cobiça de muitos proprietários vizinhos. Naquela época haviam já dois grandes senhores de terras: Montaione e Cecina. Homens grosseiros e ignorantes que exploravam seus escravos obrigando-os a trabalhar até a morte, estes dois ofereceram a Francesco uma grande fortuna pelas terras, obviamente meu grande amigo recusou-se terminantemente a vender a propriedade que pertencera à seu pai... esta recusa acirrou um ódio latente e os dois decidiram que era o momento de tomar à força o que não conseguiram com riquezas.
Ah, lembro-me até hoje do horror das chamas... quando, à noite, cheguei junto às fronteiras das terras de Francesco eu vi sua casa ardendo com o fogo sibilante; corri desesperado até lá para encontrá-lo caído nos escombros de seu lar completamente alquebrado. Havia sido covardemente espancado e atirado ali para fenecer junto às chamas.
E como poderia eu deixá-lo morrer? Francesco que fora meu amigo e irmão depois de tantos anos de solidão? Ele que passava horas durante suas noites conversando comigo e me contanto seus segredos e seus pensamentos.... ele que eu amara depois de tantos séculos sem amar ninguém. Não. Eu não poderia deixá-lo morrer e, desta forma, o salvei transformando-o naquilo que eu era... um imortal.
Fugimos dali assim que Francesco despertou para sua vida de vampiro, durante cinco anos ficamos afastados e escondidos no sul da Itália até que ele se adaptasse à sua vida e compreende-se o que lhe foi oferecido; para meu total deleite, ele abraçou a vida de imortal com muito gosto... planejava ler todos os livros que até então foram escritos no mundo, afinal, agora, teria tempo de sobra para isto.
Mas Francesco não abria mão da vingança contra os homens que o atacaram e me convenceu a retornarmos a Toscana e fazer justiça aos injustos, para tanto, eu não poderia deixar de negar este pedido, eu devia isso a ele, devia porque o transformei em um semi-morto sem sua autorização. E desta forma, como sombras vingadoras da morte, cruzamos o país para punir os que o haviam matado.
Não foi difícil. Em pouco mais de meio dia havíamos assassinado os dois homens, suas famílias, seus servos e incendiado suas casas. E quando pensei que iríamos embora dali, quando imaginei que Francesco havia se cansado da Itália, descobri que meu amigo não desejava partir, mas sim, eregir um palácio formidável nas colinas da toscana, sobre os escombros do que um dia fora seu lar ele decidiu erguer uma fortaleza e ensinar àqueles míseros seres humanos que ali habitavam que ele era o senhor daquelas terras.
E em pouco tempo, algo mais do que 12 anos, o palácio estava formando para espanto de todos os que moravam nos arredores, os pobres camponeses não contavam que aquele castelo fora erguido pelos poderes sobrenaturais de dois vampiros poderosos. Com nossa velocidade e com nossa força, nenhuma torre ou muralha era um empecilho intransponível, na colina eregimos uma fortaleza perfeita de muitas torres e de um palácio espantosamente belo e suntuoso, suas muralhas eram altas, seus aposentos talhados e amplos, seu pátio coroado com flores de muitas plantas e suas masmorras profundas e intrincadas numa série de corredores retorcidos que sempre conduziam para baixo.
Para ser senhor de suas terras novamente, meu amigo mudou seu nome. Agora ele não era mais Francesco Velathri, mas sim... Francesco Volturos.
E à sua magnífica cidade ele deu o nome de Volaterrae.
Há muitos sítios e guerras esta cidade sobreviveu com o passar das décadas, os camponeses que viviam aos arredores foram trazidos para dentro das muralhas graças à bondade de seus dois senhores. Fizemos isso porque desta forma haveria alimento em fartura, nem eu e nem Francesco precisaríamos deixar a cidade para caçar novamente, nosso sangue essencial estava dentro de nosso próprio pátio, na soleira de nossa porta.
Obviamente, nós tivemos nosso apogeu... mas como toda grande cidade... também tivemos nosso declínio. Não me recordarei a data exata, talvez 70 ou 80 antes de Cristo, talvez antes ou depois, o Império Romano estava em plena guerra civil, e nós fomos acusados de traição por estarmos abrigando camponeses que não queriam servir à Roma. Uma bobagem, sempre fomos fiéis a Roma... tanto eu quanto Francesco amávamos sua cultura, sua riqueza, seus aquedutos, seus edifícios e suas esculturas, suas leis; acusar-nos de traição foi só um pretexto para roubar as riquezas de Volaterrae.
E uma vez mais, Francesco viu sua casa ser destruída. O palácio foi invadido e os camponeses foram mortos e vimo-nos ali, tristes e lamuriosos em meio aos escombros de nosso lar, em meio às paredes meio desabadas, às bibliotecas queimadas e livros incinerados, aos gritos e suplícios dos que sobreviveram.
Uma vez mais eu pedi a Francesco que deixássemos aquela terra triste e partíssemos para além dos mares divisores, tudo o que encontrávamos ali, indiferente da passagem dos séculos, era a destruição movida única e exclusivamente pela volúpia da especulação. A riqueza daquele lugar era sua maior fraqueza.
E uma vez mais, Francesco convenceu-me a ficar. Convenceu-me a reerguer os entulhos do castelo. Mas a fortaleza agora havia diminuído e passara a servir de morada para homens santos, era quase um mosteiro e Francesco fora abençoado pelos padres e monges por ter oferecido a eles um lugar de repouso tão confortável. Obviamente, tudo não passava de um plano naquela mente perspicaz que Francesco desenvolvera, o abrigo à uma Ordem Religiosa era apenas uma máscara, uma camuflagem para espantar os invasores e os sedentos por riquezas.
Ali, nasceram muitos homens que se tornaram bispos poderosos, sendo que um deles, Lino, tornou-se um Papa... mas nos submundos, nas catacumbas, nos subterrâneos nós morávamos e nos alimentávamos nos aldeões que viviam sob nossa guarda.
E ali Francesco mudou novamente seu nome. Agora chamava-se Francesco Volturi
E a cidade fora rebatizada, recebendo assim o nome de Volterra.
Mas o coração de Francesco, aquele coração puro e honesto havia sido corrompido, corrompido pela dor, pela perda e pelo medo; medo de ter sua casa destruída novamente. Ele prometeu a si mesmo que jamais voltaria a ver seu lar sendo queimado e para isso ele desenvolveu uma solução simples, uma solução eficaz: um exército de vampiros poderosos.
Esta idéia me escandalizou totalmente, eu via em meu amigo uma sombra de ódio que alterava sua face gentil transformando-o em um homem amargurado e vingativo; via em seus olhos rubros o ardor da ira e percebi, lamentavelmente, que ele estava nos arrastando para um poço de lamúrias de destruição.
Eu deveria tê-lo impedido, mas não o fiz... descobri ser impossível repreendê-lo sem perdê-lo para sempre e Francesco me era muito caro para eu simplesmente abandoná-lo. Eu deixei claro que nós deveríamos criar vampiros apenas como companhia e que ele não deveria criar um número tão grande assim; traria muito problemas. A alimentação, o controle... afinal, como ele pretendia controlar um exército?
Mas ele não me deu ouvidos e em um de seus passeio noturnos trouxe consigo um belo jovem de cabelos negros chamado Aro. Aro se tornou o primeiro filho de Francesco e depois dele vieram Marcus e Caius que ficaram conhecidos como os três irmãos Volturi e, para nossa surpresa, Aro e Marcus eram extremamente talentosos; Aro lia pensamentos quando tocava nas pessoas e Marcus sentia o poder dos laços de afeto entre os que observava. Caius era simplesmente um vampiro comum... entretanto, sua crueldade não parecia ter tamanho.
Com o passar dos séculos... Aro, Caius e Marcus expulsaram os abades transformando Volterra num feudo seu, eles proibiam os vampiros subalternos que foram criando de caçar nos muros da cidade, Aro tinha pavor da anarquia e estabeleceu duras regras à todos os vampiros que faziam parte de sua corte.
No fim das contas, Francesco perdeu o controle sobre seus filhos e eles o destruíram... a mim, acharam que seria mais divertido prender-me num calabouço para o resto da eternidade. E eu fiquei mais de um milênio atado em uma cela encantada de onde só fugi por pura sorte... por um toque malicioso do destino que nos traz exatamente a este momento, senhores, a esta sala e com este propósito”.
Por alguns minutos eu permaneci estarrecido e acho que todos nós estávamos assim, Carlisle tinha um ar pensativo e Jasper ainda tinha a boca aberta, Garret parecia estar digerindo tudo o que lhe fora contado enquanto Kaori tinha cara de quem não acreditava no que acabara de ouvir. Os lobos estavam igualmente perdidos.
Agora, apesar de muitas perguntas gritarem em minha mente, nenhuma chegava à minha boca ou conseguia ser verbalizada, eu estava completamente aturdido com tudo o que este homem acabara de contar... tudo o que fez.. o que viveu.
Nenhum de nós conseguia expressar qualquer reação.
Ali, sentado tranqüilamente à nossa frente, estava o criador de Volterra... o homem que criou o primeiro Volturi... o homem que era praticamente o avô dos Volturis. Este era o vampiro que começara tudo, ali, velho e lento, olhando-nos com um interesse incomum; sua pele de uma brancura tão intensa que parecia emanar uma aura prateada, seus olhos rubros e leitosos, sua antiguidade emanando de si como um aviso de que este era um dos seres mais velhos que caminhavam sobre a terra. Eu nem podia imaginar sua idade, tudo o que ele já vira... tudo o que presenciara... era muita informação... ali, parado nos olhando, oculto no meio do nada, num vinhedo à beira de um vulcão... numa casa colonial elegante e escondida morava Erestor.
Erestor... Um dos Mais Velhos
Erestor... o Pai de Todos os Volturi.
Descendia dos agitados etruscos, povo que habitava a Toscana naquela época distante, sua voz era alta como é normal dos italianos e era honesto até o último suspiro, seu pai ensinara-lhe bem: a única forma das pessoas confiarem em você é sendo honesto o tempo todo. Apesar da vida no campo era dado às artes e à filosofia, uma pequena e pomposa biblioteca compunha sua residência rural e charmosa; lia de Aristóteles à Ésquilo com o mesmo prazer e com a mesma perspicácia.
Eu passei a visitá-lo todas as noites e enchíamos a madrugada com riso e conversas sobre o tempo, a colheita, história e filosofia; Francesco ficava estarrecido com meu conhecimento dos fatos antigos e mal podia saber ele que não fora devido à leitura de livros que eu adquiri toda esta carga de sabedoria e conhecimento.
Mas quanto mais nossa amizade se estendia, mais crescia a minha vontade de tê-lo ao meu lado para sempre, obviamente, eu o amava e ele nutria o mesmo sentimento por mim... éramos companheiros de solidão. Homens além de seu tempo e que os meros gentis daquela época não compreendiam.
As terras de Francesco, prósperas e imensas, também ofereciam algo muito mais que pastos para cabras e terra para vinhedos, não... lá das entranhas do subsolo também brotavam metais preciosos e isso despertou a cobiça de muitos proprietários vizinhos. Naquela época haviam já dois grandes senhores de terras: Montaione e Cecina. Homens grosseiros e ignorantes que exploravam seus escravos obrigando-os a trabalhar até a morte, estes dois ofereceram a Francesco uma grande fortuna pelas terras, obviamente meu grande amigo recusou-se terminantemente a vender a propriedade que pertencera à seu pai... esta recusa acirrou um ódio latente e os dois decidiram que era o momento de tomar à força o que não conseguiram com riquezas.
Ah, lembro-me até hoje do horror das chamas... quando, à noite, cheguei junto às fronteiras das terras de Francesco eu vi sua casa ardendo com o fogo sibilante; corri desesperado até lá para encontrá-lo caído nos escombros de seu lar completamente alquebrado. Havia sido covardemente espancado e atirado ali para fenecer junto às chamas.
E como poderia eu deixá-lo morrer? Francesco que fora meu amigo e irmão depois de tantos anos de solidão? Ele que passava horas durante suas noites conversando comigo e me contanto seus segredos e seus pensamentos.... ele que eu amara depois de tantos séculos sem amar ninguém. Não. Eu não poderia deixá-lo morrer e, desta forma, o salvei transformando-o naquilo que eu era... um imortal.
Fugimos dali assim que Francesco despertou para sua vida de vampiro, durante cinco anos ficamos afastados e escondidos no sul da Itália até que ele se adaptasse à sua vida e compreende-se o que lhe foi oferecido; para meu total deleite, ele abraçou a vida de imortal com muito gosto... planejava ler todos os livros que até então foram escritos no mundo, afinal, agora, teria tempo de sobra para isto.
Mas Francesco não abria mão da vingança contra os homens que o atacaram e me convenceu a retornarmos a Toscana e fazer justiça aos injustos, para tanto, eu não poderia deixar de negar este pedido, eu devia isso a ele, devia porque o transformei em um semi-morto sem sua autorização. E desta forma, como sombras vingadoras da morte, cruzamos o país para punir os que o haviam matado.
Não foi difícil. Em pouco mais de meio dia havíamos assassinado os dois homens, suas famílias, seus servos e incendiado suas casas. E quando pensei que iríamos embora dali, quando imaginei que Francesco havia se cansado da Itália, descobri que meu amigo não desejava partir, mas sim, eregir um palácio formidável nas colinas da toscana, sobre os escombros do que um dia fora seu lar ele decidiu erguer uma fortaleza e ensinar àqueles míseros seres humanos que ali habitavam que ele era o senhor daquelas terras.
E em pouco tempo, algo mais do que 12 anos, o palácio estava formando para espanto de todos os que moravam nos arredores, os pobres camponeses não contavam que aquele castelo fora erguido pelos poderes sobrenaturais de dois vampiros poderosos. Com nossa velocidade e com nossa força, nenhuma torre ou muralha era um empecilho intransponível, na colina eregimos uma fortaleza perfeita de muitas torres e de um palácio espantosamente belo e suntuoso, suas muralhas eram altas, seus aposentos talhados e amplos, seu pátio coroado com flores de muitas plantas e suas masmorras profundas e intrincadas numa série de corredores retorcidos que sempre conduziam para baixo.
Para ser senhor de suas terras novamente, meu amigo mudou seu nome. Agora ele não era mais Francesco Velathri, mas sim... Francesco Volturos.
E à sua magnífica cidade ele deu o nome de Volaterrae.
Há muitos sítios e guerras esta cidade sobreviveu com o passar das décadas, os camponeses que viviam aos arredores foram trazidos para dentro das muralhas graças à bondade de seus dois senhores. Fizemos isso porque desta forma haveria alimento em fartura, nem eu e nem Francesco precisaríamos deixar a cidade para caçar novamente, nosso sangue essencial estava dentro de nosso próprio pátio, na soleira de nossa porta.
Obviamente, nós tivemos nosso apogeu... mas como toda grande cidade... também tivemos nosso declínio. Não me recordarei a data exata, talvez 70 ou 80 antes de Cristo, talvez antes ou depois, o Império Romano estava em plena guerra civil, e nós fomos acusados de traição por estarmos abrigando camponeses que não queriam servir à Roma. Uma bobagem, sempre fomos fiéis a Roma... tanto eu quanto Francesco amávamos sua cultura, sua riqueza, seus aquedutos, seus edifícios e suas esculturas, suas leis; acusar-nos de traição foi só um pretexto para roubar as riquezas de Volaterrae.
E uma vez mais, Francesco viu sua casa ser destruída. O palácio foi invadido e os camponeses foram mortos e vimo-nos ali, tristes e lamuriosos em meio aos escombros de nosso lar, em meio às paredes meio desabadas, às bibliotecas queimadas e livros incinerados, aos gritos e suplícios dos que sobreviveram.
Uma vez mais eu pedi a Francesco que deixássemos aquela terra triste e partíssemos para além dos mares divisores, tudo o que encontrávamos ali, indiferente da passagem dos séculos, era a destruição movida única e exclusivamente pela volúpia da especulação. A riqueza daquele lugar era sua maior fraqueza.
E uma vez mais, Francesco convenceu-me a ficar. Convenceu-me a reerguer os entulhos do castelo. Mas a fortaleza agora havia diminuído e passara a servir de morada para homens santos, era quase um mosteiro e Francesco fora abençoado pelos padres e monges por ter oferecido a eles um lugar de repouso tão confortável. Obviamente, tudo não passava de um plano naquela mente perspicaz que Francesco desenvolvera, o abrigo à uma Ordem Religiosa era apenas uma máscara, uma camuflagem para espantar os invasores e os sedentos por riquezas.
Ali, nasceram muitos homens que se tornaram bispos poderosos, sendo que um deles, Lino, tornou-se um Papa... mas nos submundos, nas catacumbas, nos subterrâneos nós morávamos e nos alimentávamos nos aldeões que viviam sob nossa guarda.
E ali Francesco mudou novamente seu nome. Agora chamava-se Francesco Volturi
E a cidade fora rebatizada, recebendo assim o nome de Volterra.
Mas o coração de Francesco, aquele coração puro e honesto havia sido corrompido, corrompido pela dor, pela perda e pelo medo; medo de ter sua casa destruída novamente. Ele prometeu a si mesmo que jamais voltaria a ver seu lar sendo queimado e para isso ele desenvolveu uma solução simples, uma solução eficaz: um exército de vampiros poderosos.
Esta idéia me escandalizou totalmente, eu via em meu amigo uma sombra de ódio que alterava sua face gentil transformando-o em um homem amargurado e vingativo; via em seus olhos rubros o ardor da ira e percebi, lamentavelmente, que ele estava nos arrastando para um poço de lamúrias de destruição.
Eu deveria tê-lo impedido, mas não o fiz... descobri ser impossível repreendê-lo sem perdê-lo para sempre e Francesco me era muito caro para eu simplesmente abandoná-lo. Eu deixei claro que nós deveríamos criar vampiros apenas como companhia e que ele não deveria criar um número tão grande assim; traria muito problemas. A alimentação, o controle... afinal, como ele pretendia controlar um exército?
Mas ele não me deu ouvidos e em um de seus passeio noturnos trouxe consigo um belo jovem de cabelos negros chamado Aro. Aro se tornou o primeiro filho de Francesco e depois dele vieram Marcus e Caius que ficaram conhecidos como os três irmãos Volturi e, para nossa surpresa, Aro e Marcus eram extremamente talentosos; Aro lia pensamentos quando tocava nas pessoas e Marcus sentia o poder dos laços de afeto entre os que observava. Caius era simplesmente um vampiro comum... entretanto, sua crueldade não parecia ter tamanho.
Com o passar dos séculos... Aro, Caius e Marcus expulsaram os abades transformando Volterra num feudo seu, eles proibiam os vampiros subalternos que foram criando de caçar nos muros da cidade, Aro tinha pavor da anarquia e estabeleceu duras regras à todos os vampiros que faziam parte de sua corte.
No fim das contas, Francesco perdeu o controle sobre seus filhos e eles o destruíram... a mim, acharam que seria mais divertido prender-me num calabouço para o resto da eternidade. E eu fiquei mais de um milênio atado em uma cela encantada de onde só fugi por pura sorte... por um toque malicioso do destino que nos traz exatamente a este momento, senhores, a esta sala e com este propósito”.
Por alguns minutos eu permaneci estarrecido e acho que todos nós estávamos assim, Carlisle tinha um ar pensativo e Jasper ainda tinha a boca aberta, Garret parecia estar digerindo tudo o que lhe fora contado enquanto Kaori tinha cara de quem não acreditava no que acabara de ouvir. Os lobos estavam igualmente perdidos.
Agora, apesar de muitas perguntas gritarem em minha mente, nenhuma chegava à minha boca ou conseguia ser verbalizada, eu estava completamente aturdido com tudo o que este homem acabara de contar... tudo o que fez.. o que viveu.
Nenhum de nós conseguia expressar qualquer reação.
Ali, sentado tranqüilamente à nossa frente, estava o criador de Volterra... o homem que criou o primeiro Volturi... o homem que era praticamente o avô dos Volturis. Este era o vampiro que começara tudo, ali, velho e lento, olhando-nos com um interesse incomum; sua pele de uma brancura tão intensa que parecia emanar uma aura prateada, seus olhos rubros e leitosos, sua antiguidade emanando de si como um aviso de que este era um dos seres mais velhos que caminhavam sobre a terra. Eu nem podia imaginar sua idade, tudo o que ele já vira... tudo o que presenciara... era muita informação... ali, parado nos olhando, oculto no meio do nada, num vinhedo à beira de um vulcão... numa casa colonial elegante e escondida morava Erestor.
Erestor... Um dos Mais Velhos
Erestor... o Pai de Todos os Volturi.
2 comentários:
nossa isso foi simplesmente inacreditável e pensar que tudo começou por amor e agora tudo se transformou e guerra.
o cap ficou emocionante e eu amei
vc esta de parabéns pelo cap incrível
beijusss e até
por favor não demore a postar mais capitulos esta fanfic e demais
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