25 de ago. de 2011

Capitulo 23

Posted by sandry costa On 8/25/2011 No comments

 Eu amo você



POV Bella

Enquanto tomava meu café minha atenção foi atraída para a janela. Um carro preto parou enfrente a minha casa. Franzi a testa. Quem seria?

Meus olhos se arregalaram quando vi Esme Cullen saindo do automóvel e vindo em direção a minha porta.

OMG!

O que ela queria?

Deixei minha xícara sobre a mesa e fui para a sala. Eu abri a porta e a senhora Cullen já estava pronta para apertar a campainha.

- Sra. Cullen? – Mordi os lábios apreensiva.

- Bella, querida, será que podemos conversar um minuto?  - Sai do caminho dando espaço para ela entrar em minha casa. – Espero que não esteja te atrapalhando em nada querida.

- Não. – Sorri – Eu estava apenas tomando café da manhã - Me acompanharia? – Indiquei minha mesa para ela.

- Oh querida eu adoraria.

Servi uma xícara de café preto para ela.

- O que gostaria de conversar? – Indaguei.

- Bom, primeiro eu queria... – Esme colocou a xícara na mesa e abriu sua bolsa tirando de lá um envelope – Seu dinheiro.

- Não. – Neguei com a cabeça – Você não precisa fazer isso.

- Eu insisto Bella, você ajudou o meu Edward e aqui está seu pagamento.

- Obrigada. – Apertei meus lábios – Mas realmente não posso aceitar, eu... – Suspirei – Você não entenderia.

Ela sorriu apoiando o cotovelo na mesa e o queixo nas mãos.

- Posso te contar uma história?

- Fique a vontade.

Esme abriu sua carteira e tirou de lá uma foto, colocando-a em minha frente. Havia varias pessoas ali, porém apenas duas não olhavam para a câmera: um loiro e uma ruiva. Eles se olhavam como se quisessem se aproximar um do outro, mas não pudessem.

- Sou eu e Carlisle. – Esme sorriu apontando para os jovens que se olhavam – Essa foto foi tirada quando eu estava me formando e ele havia acabado de entrar na faculdade. Eu veterana e ele novato. Bom, fui encarregada de ser conselheira dele, mas para falar a verdade eu não conseguia ajudar muito ele quando sua boca estava muito perto. – Ela riu voltando a guardar a foto – Agora imagine, uma mulher de 24 anos se relacionando com um garoto de quase 20 anos. – Soltei minha xícara assustada, mas Esme continuou – Isso foi há 19 anos, imagine quanto preconceito existia? – Seu sorriso se tornou pequeno e triste – Carlisle e eu sofremos muito preconceito tanto da minha família quanto da dele, fora a sociedade que me julgavam como uma vádia... – Seus olhos rolaram e ela voltou a rir – Mas bom, não nos importamos muito com isso, afinal, nós dois nos amávamos e o resultado disso é que estamos aqui até hoje, juntos, felizes e com um filho lindo.

- Ok... – Batuquei meus dedos na mesa. Droga, Edward havia dito algo a ela? – Porque está dizendo isso a mim?

- Acha que eu não percebi o jeito como você e meu filho se olham? – Ela abaixou a cabeça e suspirou, suas bochechas ficaram coradas – Ok, foi errado, mas quando eu tive a oportunidade... – Esme riu – Peguei a aliança que ele havia comprado e li seu nome dentro dela.

Desviei os olhos sem saber o que falar.

- Eu... – Fechei os olhos – Sinto muito, eu acabei me deixando levar... Edward ficava me cercando, ele é lindo e eu acabei...

- Caindo em tentação. – Ela completou. Ergui o rosto e a vi sorrindo – Eu perdi completamente o controle quando fui ao quarto onde Carlisle dividia com um amigo e o flagrei apenas de toalha, sei como é.

Ri.

- Me desculpe, você me contratou para ensinar matemática ao seu filho e eu acabei me envolvendo demais com ele.

- Não precisa se desculpar querida. – Suas mãos pousaram sobre as minhas – Eu é que tenho que te agradecer. Depois que Edward começou a se envolver com você ele mudou completamente. Sei que não deveria me intrometer, mas ele é meu filho e sobre aquilo que aconteceu aquele dia em minha casa Carlisle e eu conversamos com ele... – Esme torceu os lábios e fez uma careta – Aquela garota, a tal Tânia, ela sempre se jogou para cima de Edward, desde quando eles eram crianças ela vivia cercando-o, dê uma chance dele se explicar e... Só um minuto querida.

Esme parou de falar quando foi interrompida por seu celular. Ela o atendeu e quando desligou, pela sua cara, a noticia não era nada boa.

- Algum problema? – Indaguei quando ela se levantou guardando a carteira e o aparelho celular na bolsa.

- Edward.

- O que é que tem ele?

- Não entendi direito. Carlisle apenas disse que haviam ligado para casa pedindo para que nós dois fossemos imediatamente a escola... Edward se meteu em uma briga.

- Hmm... – Gemi fechando os olhos – Eu não acredito que ele fez isso – Sussurrei para mim mesma. – Será que posso ir com você?

- Claro querida, vamos.

POV Edward

Com as costas da mão enxuguei o sangue que escorria no canto dos meus lábios.

-... Dois homens, inteligentes, maduros... – Aro continuou seu sermão. Olhei pelo canto dos olhos e vi Jacob me encarando com seus olhos e lábios inchados. – Eu não consigo entender como duas pessoas civilizadas podem sair desferindo chutes e socos dentro de uma escola, ainda mais um professor como você Black.

- A culpa é desse garoto irresponsável e imaturo que...

- Jacob eu não quero saber de quem é a culpa. – O diretor Aro o cortou, eu soltei um risinho e acabou sobrando para mim – E você Edward, bom, veremos o que acontecerá com você quando seus pais chegarem.

- Como assim veremos o que acontecerá comigo? – Arregalei os olhos.

- Você vai ser expulso seu pirralho.

Olhei para Aro desesperado.

- Não, eu não posso repetir mais um ano, eu... eu me esforcei tanto para passar...

- Não vou expulsar você. – O diretor tocou meu ombro – Eu acompanhei seu esforço até indiquei Bella para ser sua professora, mas lamento dizer que recebera uns dias de suspensão.

- Sem problemas. – Sorri e olhei para Black mexendo minhas sobrancelhas – E ah, eu nem te agradeci por me mandar aquele anjo.

- Bella é mesmo um anjo.

- Pra onde você vai tem muitos anjos. – Dei um pulo da cadeira, escondendo-me atrás de Aro. – Edward Cullen, saia já daí...

- Mãe, deixe-me explicar... – Implorei escondendo meu rosto nas costas de Aro. – Eu juro que não fui eu quem começou.

- Edward. – Agora foi a vez do meu pai me chamar. Meu corpo tremeu. Ok, eu nunca havia apanhado dos meus pais, mas eles haviam dito que sempre pode ter uma primeira vez. – Saia de trás de Aro e venha cá me dar um abraço filho, uau você deixou ele todo inchado.

- Carlisle! – Minha mãe ralhou.

Ri saindo de trás de Aro. Olhei para meus pais que estavam na porta e abaixei a cabeça.

- Agradeço por terem vindo Sr. e Sra. Cullen. – Aro cumprimentou meus pais com um aperto de mão – Bom, acho que vocês já devem ter concluído que Edward e Jacob andaram brigando. Eu ainda só não consegui entender o por que.

- É, mas eu sei... – Minha mãe cruzou os braços sobre o peito – O “porque” da briga se chama Isabella.

Arregalei os olhos. Porra, como minha mãe soube?!

- Isabella? Swan? – O diretor franziu a testa.

- Aham. – Concordei suspirando. – Minha namorada.

- Sua ex-namorada – Black grunhiu.

- Ex porque você e a vadia da Tânia armaram para isso acontecer.

- Bella merece um homem, não um garoto idiota.

- É por isso que não estou mais com você Jake.

Sorri para minha ex-namorada que havia entrado na sala de Aro e parado ao lado da minha mãe.

- Oi. – Sussurrei para Bella, ela sorriu para mim e meu coração acelerou. – Viu? E você achando que eu não ia conseguir provar a verdade.

- Espera, não estou entendendo nada. – Meu pai sacudiu a cabeça confuso.

- Oh Carl, nosso bebê está apaixonado.

- Mãe! – Olhei para meus pés fazendo-a rir.

- Disso eu sei, ele acordou gritando isso.

Meus pais só me envergonhavam.

- Esta tudo bom, esta tudo bonito. – Minha mãe cantarolou – Mas você sabe que vai ficar de castigo. – Ela virou-se para Black – Enquanto a você, se tocar novamente no meu bebe terá o prazer de conhecer minha mão. – Até mesmo Bella e Aro se assustaram quando minha mãe ergueu a mão. – Aro, será que Edward pode ir conosco?

- Claro. – Meu diretor sorriu. - Mas lamento dizer que Edward ficará uma semana afastado da escola.

Eu até que estava gostando daquele papo de ficar uma semana longe da escola, eu poderia passar todos esses dias na casa de Bella e não precisaria dormir cedo. Ok, eu era muito sortudo.

- Venha Edward.

Segui minha mãe e antes de sair da sala de Aro lancei um sorriso zombeteiro para Jacob. Meus pais caminharam na frente enquanto Bella e eu lado a lado os seguíamos.

- O que está fazendo aqui? – Indaguei baixinho.

- Sua mãe estava em minha casa quando seu pai ligou.

- Hmm. Espera! Na sua casa? Fazendo o que?

- Depois conversamos sobre isso.

Cruzamos o pátio onde vários alunos já estavam, deduzi que era o intervalo. Alguns me olhavam com medo, outros como se eu fosse um super-herói, mas aqueles que olhavam para Bella não me agradaram muito. Aproximei-me dela e enlacei sua cintura, mostrando que ela já tinha um macho.

- Edward, o que está fazendo? – Bella olhou para os lados e viu que todos nos olhavam, tentou sair dos meus braços, mas eu não deixei.

- Tecnicamente você é minha namorada de novo. – Sorri. Olhei para trás e vi Aro acompanhando Jacob, aproveitei para falar em voz alta. – E se alguém olhar para a minha mina vai ficar no mesmo estado que o professor Black. Desfigurado.

Foi legal ver todos virarem o rosto e Jacob travar o maxilar.

Saímos da escola e fomos para o estacionamento. Caminhei em direção ao meu volvo, mas fui barrado por minha mãe.

- O que?

- Você vai de carona, já que não tem mais carro.

- Mãe... – Fiz aquele biquinho que eu conseguia tudo. – Já disse que a senhora está linda hoje?

- Verdade? – Ela olhou para a própria roupa sorrindo, mas logo balançou a cabeça. – Não tente me distrair, ande, passe as chaves.

- Mas...

- Sem “mas”. – Ela esticou a mão. Tirei minha chave do bolso e entreguei a ela. – OMG, sempre quis dirigir seu volvo.

- E eu vou a pé?

- Não, vai com Bella no meu carro. Seu pai teve que voltar rápido para o hospital – Minha mãe atirou a chave para Bella – Da casa de Bella você vem para casa, ainda temos muito que conversar mocinho.

- Ok...

- Tchau querido. – Observei mamãe correr saltitante até meu carro e sair arrancando com ele. Coitadinho do meu bebê.

- Vem Edward. – Bella destravou o carro da minha mãe para que entrássemos nele, já lá dentro ela tocou meu rosto. – Você não devia ter brigado com Jacob...

Tirei sua mão do meu rosto e beijei seus dedos.

- Me desculpa, mas eu não consegui me controlar... – Encostei minha cabeça no banco e fechei os olhos apertando sua mão na minha – Ele quase me fez perder você. – Senti meu rosto corando. Da licença ok? Eu nunca havia me declarado para uma mulher. Respirei fundo e continuei – Eu nunca te disse, mas... Sabe é difícil para um cara como eu confessar uma coisa dessas, mais difícil ainda foi descobrir que... – Abri os olhos e Bella me olhava com expectativa. - Eu...

- Você? – Ela mordeu os lábios.

Puxei o ar.

- Eu am...

Fui interrompido por uma leve batida no vidro. Abri os olhos e vi Emmett com o rosto colado no vidro.

- Droga! – Bella resmungou ao meu lado e desceu os vidros.

- Mano, fiquei sabendo que você... Bella?

- Oi Emm.

- O que está fazendo com o carro da dona Esme? – Meu treinador sorriu olhando no banco de trás. Ele achava o que? Que havíamos matado minha mãe e íamos nos livrar do corpo?

- Ela foi com meu volvo. – Suspirei.

- Mas voltando. Eu fiquei sabendo da briga sua com Black, cara ele está furioso porque vai ser afastado da escola. – Meu amigo riu, mas depois fez uma careta – Pela cara que Bella está fazendo eu devo ter atrapalhado algo. Hm... Seus safadinhos. Não respeitam nem o carro da própria sogra Bellinha?

 - Emmett! – Bella ligou o carro bufando.

- Ok. Eu entendi. – Ele rolou os olhos – Tchau.

- Tchau Emm. – Acenei para ele enquanto Bella dirigia para fora do estacionamento da escola. Assoviei deslizando minha mão pelo banco e disfarçadamente a pousava em sua coxa. Bella me olhou com as sobrancelhas arqueadas – O que?

Ela riu, mas logo voltou a ficar séria.

- Me desculpa por não ter acreditado em você quando disse que não sabia como Tânia havia ido parar em sua cama.

Dei de ombros sorrindo.

- Você teve todos os motivos para desconfiar. Se eu te visse com um homem semi-nu em seu quarto, bom, eu também agiria da maneira como você agiu, claro que antes disso eu quebraria a cara do imbecil!

- Eu não conhecia esse seu lado... Mike Tyson.

Rolei os olhos rindo. Há dias eu não me sentia bem assim.

Bella parou o carro enfrente a sua casa e soltou seu cinto. Ficamos nos olhando sem falar nada. Eu sabia que as palavras eram inúteis agora, ela seria minha novamente. Inclinei-me colando meus lábios nos dela. A ponta de sua língua pediu espaço para entrar em minha boca e eu a suguei. Bella separou nossos lábios e veio para meu colo.

- Eu tenho tanta coisa pra te falar... – Escorreguei meus dedos por suas costas – Mas acho que não seria tão romântico dizer o que tenho para dizer dentro de um carro.

Ela riu baixinho e voltou a me beijar, mas logo se afastou quando meu celular começou a vibrar em meu bolso. Bella saiu do meu colo dando-me espaço para pegar o aparelho.

- Eu não acredito nisso... – Rolei os olhos atendendo o celular – Oi mãe?

Sério, espero que não estejam transando em meu carro, só eu e seu pai podemos fazer isso ai.

Passei minha mão pelo rosto.

- Não mãe, não estamos.

Ótimo, convide Bella para vir jantar aqui em casa.

- Tudo bem.

Eu te amo bebê

- Eu também

Você também o que? – Ela riu.

- Também amo você mãe. – Desliguei o celular e voltei a mirar Bella que ria baixinho. – Era minha mãe ela te convidou para ir jantar lá em casa, aceita?

- Tenho medo de sua mãe querer me apresentar à mão dela.

Ri abrindo a porta e dando a volta no carro para abrir a dela.

- Deixe de ser boba, dona Esme é inofensiva.

Bella enlaçou minha cintura sorrindo.

- Quer entrar um pouco?

- Eu adoraria. – Abracei seu corpo e torci os lábios – Mas preciso ir para casa, levar um sermão e depois ir para o trabalho, de ônibus.

- Se quiser que eu te leve dê um toque no meu celular, eu passo em sua casa e pego.

- Já que você insiste. – Sorri. Encostei-me na lataria do carro e a puxei para o meio de minhas pernas. Bella logo entendeu o que eu queria. Seus braços rodearam meu pescoço e sua boca pousou no pequeno ferimento que Jacob me causou.

[...]

- Porque não veio aos treinos semana passada? – Perguntei a Derick enquanto caminhávamos lado a lado.

- Eu... ér... Não deu. – Ele desviou os olhos. – Porque está indo embora a pé?

Ri tocando os cabelos dele.

- Bom, eu briguei na escola hoje... – Apontei para o corte no meu rosto. – Tecnicamente estou de castigo, minha mãe confiscou meu carro e meu Playstation.

- Nossa, que sacanagem.

- Pois é.

Já estávamos a uma quadra da rua de nossa casa quando um cara parou Derick.

- Onde você estava garoto?

- Eu estava... – O garoto abaixou a cabeça – No treino.

- O que eu te falei sobre ir jogar futebol? Você não devia estar ajudando Jhonas na oficina? Garoto eu preciso de dinheiro.

- Pai, eu...

- Não quero ouvir suas explicações. Acho bom você ir para casa e quando eu voltar quero vê-la limpa, aproveite e faça a janta.

Antes do cara seguir seu caminho ele me encarou com uma cara feia. Depois que ele se foi virei-me para Derick, o garoto estava de cabeça baixa tentando esconder as lágrimas que caiam de seus olhos.

- Ei, aquele é seu pai? – Ele não falou nada apenas assentiu e começou a andar. – Qual o problema dele? Porque ele falou daquele jeito com você?

- Ele não gosta que eu jogue bola porque eu devia estar na oficina do Jhonas, sabe eu ajudo lá e ganho dinheiro. – Sussurrou com a voz embargada – Eu não quero voltar para casa.

- Porque não?

- Por isso. – Derick ergueu a camisa mostrando grandes marcas roxas em suas costas – Ele saiu pra beber e quando voltra vai me bater por eu ter ido ao treino. Semana passada não fui aos treinos porque minhas pernas estavam com vergões. Ele bebeu e me bateu não me pergunte o porquê, nem eu sei. – O garoto me olhou um tanto assustado. – Me promete que não vai contar isso pra ninguém senão eu to morto.

- Derick ele não pode te bater, isso é errado.

- Por favor...

- Vem, hoje você fica lá em casa.

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