7 de set. de 2011

Capitulo 14

Posted by sandry costa On 9/07/2011 1 comment


POV Renesmee

- Calma... desse jeito vai engasgar!
- Ah mamãe, JJ não tem jeito. É guloso demais... não sei como não explode de tanto que gosta de comer....
Falava isso enquanto amamentava JJ no peito. Ele sugava com uma pressa que parecia que se não fosse rápido o suficiente o leite iria acabar. Tinha uma força na sucção que se fosse em um seio normal, arrancaria a pele. Após 2 semanas o leite materno não lhe sustentava e ele já se alimentava de papinha. Fazia um mês e cinco dias que minha vida mudara radicalmente. Quando soube que estava grávida, quando soube que Jake havia deixado uma herança pra mim mudei minha vida.. tudo passara a ser pelo bebê e para ele, mas eu não esperava, não imaginava que ao vê-lo ao senti-lo em meus braços esse amor maravilhosamente se multiplicaria em extensões que eu jamais acharia serem possíveis. JJ era um garoto muito inteligente com apenas 1 mês ele já tinha a aparência de um bebê de 3 meses e apesar de nunca termos escutado a sua voz ele falava com a gente quando queria, quando estava com fome, quando queria brincar, quando queria que lêssemos historinhas... Sem nenhum toque ele entrava em nossas mentes com sua vozinha angelical, aquela voz que me tirou de dentro da banheira.

Como era o esperado JJ se tornou o xodó da família, era paparicado por todos, meu pai então nem se fala... era uma paixão só. E eu não me cansava de olhar pra ele... depois de tantas coisas ruins que havia acontecido, depois de tantas perdas, me senti abençoada por tê-lo em meus braços, apenas um dos meus desejos não foi realizado, JJ era a cópia do meu pai, e não a copia de Jake, claro com uns detalhes meus, mas resumindo o todo, ele era todinho o Edward, ou melhor como dizia Carliste, ele é a fotocópia de Elizabethe Masen versão masculina.. com sua pele branca, os cabelos castanhos... e com os olhos verdes...  E eu ficava tentando imaginar aqueles olhos em meu pai... Deveria ser lindo.
Vovô Carliste sempre ficava acompanhando seu desenvolvimento e procurando entender as familiaridades entre os genes, e eu queria muito saber se ele também seria um transmorfo, se ele tornaria um lobo lindo igual seu pai era. Quando lhe questionei sobre isso vovô falou que provavelmente seria um, pois o JJ têm em seu sangue as mesmas propriedades que tinha em Jake, só que de uma forma mais forte. JJ seria um lobo mais forte do que seu pai e muito mais poderoso.

13 de Maio de 2020
Já faziam 2 anos que estávamos enclausurados dentro do abrigo, cada um procurava uma ocupação e todos revezavam para cuidar do JJ, revezar era um apelido para a situação, a atenção de JJ era disputada e  sempre acabavam em brigas no caso mais comum com Alice e Rose.
Eu comecei a estudar arquitetura, vovó Esme tinha tudo o que precisava para me ensinar a aprender. Ela e tio Emmett foram meus instrutores, eu amava aprender, amava conhecer e tinha facilidade pra isso... e mesmo com JJ ali, tínhamos que ter alguma coisa para ocupar nossas mentes, se não ficaríamos loucos de tédio. Foi em um desses dias de estudo que ouvi Alice e Rose me gritando – Renesmee corre aqui você precisa ver isso!
Eu percebi a urgência... saí correndo da sala de estudos e fui até o som de suas vozes, ao entrar na sala fiquei estagnada na porta, perplexa. A única que coisa que consegui foi dizer. – O que é isso?
- Sou eu mamãe.
Olhei pro JJ com seus olhinhos travessos, eu não me acostumava sempre que ele me chamava de mamãe meu coração dava um saldo do peito. Desde a primeira vez quando ele tinha apenas 4 semanas...  e mesmo assim agora ele com 1 ano de idade eu ainda não me acostumava em escutar sua vozinha, não me acostumava com aquele anjinho me chamando de mamãe... Era surreal demais.
Surreal também era a cena que estava diante dos meus olhos... Estavam todos perplexos na sala de brinquedos que Alice tinha montado em um dos quartos. Era como mágica havia carrinhos andando em um tráfego de trânsito perfeito, os bonecos andavam como se estivessem vivos, os aviões estavam no ar todos em movimento. E JJ sorria escandalosamente com a festa que ele estava fazendo. Meu pai foi o último a entrar na sala, mas apesar de já ter visto na mente de todos o que estava acontecendo ele se impressionou quando pode ver com seus próprios olhos.
– Meu pai do céu! Esse garotinho é especial demais. Se nessa idade ele pode fazer isso, imagine quando  terminar de crescer e seu poder evoluir.
 – Estava pensando justamente isso filho.
Deixei meu pai e meu avô questionando e analisando JJ. Corri até o meu pequenino prodígio e o abracei. Que dom maravilhoso ele tinha. Eu estava babando pelo meu bebê especial.  Ao abraça-lo dei um cheirinho no seu cangote, eu amava fazer isso, o cheiro dele lembrava o do Jake só que o do JJ era um pouco adocicado. Ao cheirar seu cangote ele sentia cosquinhas e se contorcia todo nos meus braços... – Como você faz isso hein rapazinho? Responde pra mamãe! Eu não o deixava responder... passava os dedos por sua barriguinha lhe fazendo mais cosquinhas... o som da sua risada era música para os meus ouvidos.
- Rá, rá, rá, rá... Para mamãe...

30 de Maio de 2024

O tempo foi passando não tão rapidamente como todos nós queríamos JJ estava com 4 anos e tinha a aparência de um rapazinho de 12 anos. Sua inteligência era algo fora do comum algo que impressionava até minha família vampírica. O garoto era um gênio. Não havia assunto no qual JJ não dominasse. Se ele não tivesse se tornado um garoto bom e amoroso, seria o terror a quem estivesse perto dele. Assim como todos ali no abrigo ele sabia a extensão do seu poder. Sua mente era uma máquina de ultima geração capaz de fazer coisas incríveis seu poder tele cinético se aperfeiçoou e ele teve como grande aliado, amigo e professor, meu avô Carliste.
Estudávamos juntos, muitas das vezes... Aprendemos vários idiomas. História, geografia, cultura em geral incluindo todas as lendas do povo Quileute. Essas eram as que ele mais gostava e mais se interessava... e eu sabia que era o seu sangue que clamava por aquele conhecimento. Afinal ele era o único que sobrevivera do seu povo era o único descendente do Ephaim Black. A magia corria em suas veias.
Quando era bebê JJ sempre ficava no quarto comigo, até porque éramos os únicos que dormíamos naquele abrigo... Dormir, agora eu dava graças por essa dadiva. Antes quando eu era criança eu sentia inveja queria ficar acordada como os meus pais. Queria aproveitar todos os momentos, dormir era um martírio pra mim. Agora é uma benção.  E mesmo depois de grandinho com JJ tendo seu próprio quarto, eu sentia quando ele fugia e vinha deitar na minha cama no meio da noite e se aconchegar comigo. Teve um vez que ele quase me matou de susto, quando saiu levitando do seu quarto até o meu. Quando o vi no ar enrolado nas suas cobertas dei um grito de susto, e ele se acabou de tanto rir. – Ah mamãe me desculpe, não quis por o pé no chão frio. – Foi o que ele me disse em meio a sua gargalhada.
Tinha vezes que ficávamos conversando até altas horas, nesses momentos todos ali nos davam “privacidade” fingindo que não estavam escutando nada, e assunto sempre era o mesmo ele sempre queria saber de seu pai, das historias que eu tinha pra contar dele. Falava de La Push, o cheiro do mar... de quando eu vi seu pai pela primeira vez assim que nasci, das caçadas, da luta contra os Volturis quando eles quiseram me matar achando que eu era uma criança imortal, das brincadeiras, de quando me apaixonei, do primeiro beijo, do pedido de casamento, do casamento em si, da lua de mel em Bora Bora, dos lobos, Billy, Charles, Sue e todos da reserva. Enfim ele queria saber de tudo. E por mais que já tivesse contado toda essa história diversas vezes volta e meia ele sempre perguntava algumas delas novamente. As lembranças eram tão reais em minha mente que com apenas o meu toque ele podia sentir e viver as mesmas coisas.
- Mamãe eu não sou parecido com o papai...
Aquilo não tinha sido uma pergunta... Ele afirmou com tristeza...  Realmente havia pouco do Jake nos traços de JJ. Mas apesar de não conviverem juntos, JJ tinha os mesmo trejeitos, como sorrir e coçar a nunca quando ficava encabulado... E antes que eu pudesse dizer alguma coisa Rose gritou de algum canto do abrigo.
- Pode não ser parecido anjinho, mas fede a cachorro igual a ele.
Emmett e todos no abrigo deram risada do comentário de Rose, e aquilo era verdade. JJ não se parecia com Jake na fisionomia, mas o sangue falava mais alto... o garoto tinha o cheiro mais delicioso do mundo...
- Será que um dia eu vou conhecer esse lugar mamãe?
- La Push? Vai sim meu anjo... Eu lhe prometo que a primeira coisa que vamos fazer quando sair daqui é irmos lá. Eu só não sabia lhe dizer se lá seria a mesma coisa.
            JJ era minha âncora, meu porto seguro... Ainda doía profundamente dentro da minha alma, a falta de Jake... aquele buraco, aquele vazio, não era preenchido. Era apenas amenizado pela presença do JJ. Mas ele era curioso e queria saber de tudo sobre o pai, e por mais que as lembranças tão vividas em minha memoria ao serem relembradas abrissem a ferida em meu peito, eu não negaria ao meu filho, nenhuma oportunidade de conhecer seu pai, de conhecer suas raízes... Eu fui a quem menos conviveu com o Jake em soma de anos, mas eu era a que tinha vivido tudo mais intensamente e também era única que podia contar de maneira tão singular pra ele.

            Eu nunca mais havia sonhado com Jake, aliás, eu sempre sonhava com o Jake, mas nunca mais ele havia visitado os meus sonhos como tinha feito naquelas duas primeiras vezes... eu sentia muitas saudades e me perguntava se ele iria voltar pra mim de novo.

 POV JJ

14 de Dezembro 2030

            Ao me olhar no espelho eu reconhecia aquelas feições, as feições do grande alfa Jacob Black o homem que morreu tentando salvar seu povo e proteger sua família. E me perguntava como seria o nosso relacionamento se ele estivesse aqui comigo? Eu o conhecia como a palma da minha mão, já tinha visto nas lembranças da minha mãe todas às historias e momentos na qual ela proporcionou pra mim. Eu sabia, sentia que mamãe sofria quando se lembrava do meu pai, sabia o tanto que ela sentia falta dele, e ficava me perguntando se algum dia encontraria alguém para amar, assim como meus pais se amavam. Será que quando fosse para superfície eu encontraria alguém para amar? Será que em algum dia eu teria um Imprint assim como dizem as lendas Quileutes? Eram tantos questionamentos, tantas dúvidas e a maior de todas eram, será que algum dia eu serei um lobo? Será que eu serei um transmorfo como o meu pai foi?
            Com 10 anos de vida eu tinha parado de crescer, segundo informações do meu melhor amigo e biso Carliste. Já tinha 1 ano que meu corpo não apresentava alterações eu tinha a fisionomia de um jovem de 20 anos. Durante todo esse tempo estudei, joguei, brinquei, assisti os mais de 10.000 filmes catalogados na videoteca, li muitos livros, aprendi vários idiomas fiz tudo o que era possível dentro daquele abrigo conhecia cada centímetro daquela construção, e apesar de nunca ter estado em uma, eu me sentia dentro de uma prisão. Meu corpo ansiava a cada minuto em sair dali de dentro. Juntamente com o biso eu sempre ia monitorar os níveis de contaminação da superfície, apesar da 3ª Guerra mundial ter durado apenas 6 meses depois do seu início, o estrago tinha sido absoluto e terrível em todo o planeta.  Também jogaram no mundo 200 Megaton na superfície... mais um pouco esses loucos teriam explodido o planeta.
            - Bom... Mais 10 anos e poderemos sair daqui.
Ouvir aquilo do biso, foi como ouvir uma sentença, mesmo sabendo que ele estava certo, se saíssemos dali provavelmente eu e mamãe não sobreviveríamos muito tempo.
Alguns canais via satélite estavam voltando à tona por países menos agredidos com a guerra, como Austrália, eles passavam pequenos boletins sobre a situação do planeta. Ninguém se arriscava sair de seu lugar seguro para investigar se havia outro lugar seguro. O extinto de sobrevivência era muito grande... Eu sentia isso vindo da minha família.
Eu sabia o tanto que éramos sortudos por ter uma vidente na família, se não fosse por minha tia fadinha hoje eu não existiria, aliás, ninguém ali. Eles me ensinaram o quanto éramos diferentes e especiais. Que nossa raça é tida como um mito fabula e lenda. E que quando saíssemos teríamos que continuar mantendo o segredo, era isso que garantia a nossa sobrevivência, era isso que garantiu a sobrevivência deles por tantos anos.
Com o tempo que passou aprendi a dominar os meus poderes... eu poderia mover qualquer coisa apenas com um pensamento, com o pensamento também eu poderia falar com as pessoas, mas apenas falar, era como um descanso para as minhas cordas vocais, como se eu precisasse disso, percebi que não poderia colocar minha voz na cabeça de duas pessoas ao mesmo tempo.
Entendi que as pessoas naturais e não mitos como nós envelhecem e morrem com o tempo, e que ao chegar o momento de irmos para a superfície teremos mais dificuldades em nos camuflar, pois não haverá tantos humanos quanto tinha antigamente. Uma curiosidade que eu queria muito ver era como eles ficavam ao sol, aliás, eu queria ver e sentir o sol, eu só o via através da memoria da minha mãe e dos filmes. Não sabia por experiência própria o que era senti o toque dele na minha pele. Eram tantos desejos, tantas vontades. Meu tio Emmett mesmo vivia reclamando que não via a hora de drenar um urso e o biso sempre lhe alertava... que provavelmente os bichinhos estavam em extinção. Isso deixava o meu tio meio depressivo... e era constrangedor, pois tia Rose ia consolá-lo e acabávamos escutando suas intimidades... Eu tentava bloquear, pensar em outra coisa, mas aquilo me deixava louco, eu era um jovem há plenos hormônios em ebulição... E eu ficava com minha mente vagando em que dia eu possuiria uma mulher.
Eram tantos anseios tantas curiosidades, mas de uma coisa eu tinha certeza na minha vida. Eu era feliz, era amado e amava os meus.

1 comentários:

o cap esta otimo!!!!!!!!!!
eu simplismente amei o JJ ele é muito lido eu qero um!!!!!!!!!!
rsrsrsrs
esta lindo!!
foi realmente a salvação da Nessie!
bjs!
Gabi

Postar um comentário

Não esqueça de comentar, isso incentiva os escritores e também a mim que tento agradar a vocês.