19 de nov. de 2011

Capitulo 31

Posted by sandry costa On 11/19/2011 1 comment


P.O.V – Alec Volturi

Andava rapidamente entre os corredores Volturi.
Vampiros passavam por mim e abriam caminho se espremendo um por cima dos outros, como que com medo de me tocar ou de impedir meu caminho.
Eu usava a capa símbolo dos Volturi, como há muito tempo eu não fazia, e me sentia maravilhosamente bem.
“Não que você seja hipócrita, você é apenas um sobrevivente, e para sobreviver é preciso se adaptar, ser mais de uma pessoa.”
Talvez esse vampiro agora não fosse eu, mas ele servia muito bem como um Volturi.
Agora já havia um túnel feito de vários vampiros. De onde vieram todos esses? Odiava épocas de guerra, esse castelo ficava um inferno.
-Parece que o velho Alec Volturi voltou. – ouvi alguém ao meu lado sussurrar, mas não baixo o bastante para que eu não ouvisse.
Com minha agilidade de condição imortal, prensei o pescoço do dono da frase contra a parede. Abriu-se uma rachadura, e todos em volta se retesaram agachando-se, como que prontos para uma luta.
-Ouvi meu nome? – rosnei sentindo meus dentes descerem rasgando minhas gengivas como facas. Minha voz estava quase gutural e verdadeiramente agressiva.
-Não senhor. – ele disse com a voz sufocada.
-Pensei. – soltei seu pescoço e os pés dele bateram no chão com um baque surdo. Olhei em volta desconhecendo todos os rostos. Uma jovem de cabelos ruivos me fitou preocupada.
Desviei os olhos dela seguindo em frente como se nada tivesse acontecido.
-Senhoritas. – movi a cabeça para algumas vampiras que me encaravam surpresas. Elas sorriram mostrando as presas e devolvendo a pequena reverencia.

P.O.V – Renesmee

Alec estava estranho e assustador.
Depois de nos instalarmos no castelo Volturi, depois é claro de muitos tratos e desconfianças, mas após notar que o castelo estava tão cheio de vampiros como nos, sai do quarto para pensar um pouco.
Os corredores estavam apinhados de imortais, mas do nada, todos começaram a me espremer contra a parede, era quase impossível não me deixar ser levada pela maré de vampiros assustados, então eu o vi.
Usava a capa dos Volturi, do cinza-chumbo escuro e sombrio. Os olhos estavam pesados e olheiras roxas se tingiam por baixo deles, uma expressão capaz de congelar água.
 Só percebi nesse instante que eles abriam caminho para que ele passasse, e eu estava sendo esmagada por causa disso.
Alguma coisa aconteceu, então fui jogada para o lado, e Alec estava prensando alguém contra a parede de uma forma não muito educada, com as mãos no pescoço desse alguém.
Falaram alguma coisa entre si, e antes que ele sumisse, me joguei ate estar ao seu lado, uma expressão confusa em meu rosto, talvez preocupada, e ele me olhou. Me olhou nos olhos e seguiu reto.
Fui atrás dele, antes que todos voltassem a se amontoar no meio do corredor.
Quando estava a alguns passos dele, vários vampiros entraram em meu caminho, fazendo com que eu tivesse que me esgueirar por todos como uma serpente.
-Alec! – gritei seu nome e segurei seu cotovelo.
Ele girou nos calcanhares parando para me encarar, os olhos frios e vermelhos.
-Qual o problema senhorita Cullen? – disse de um modo... Enojado, como se meu nome não fosse digno de ser dito por ele, um grande e poderoso Volturi.
-Qual o seu problema? – enfatizei o ‘seu’.
Arqueou as duas sobrancelhas. E um riso debochado encheu seu rosto, não de luz, de trevas, de maldade. Ele não era o mesmo Alec de antes, ele era... O Alec Volturi.
-Fiz alguma coisa que te desagradou? – baixou as sobrancelhas ate deixar-las franzidas e levou um dedo ate uma mecha solta de meus cabelos, colocou com cuidado atrás de minha orelha.
Bati em sua mão.
-Alec. – falei em tom de desaprovação.
Então relaxou a expressão ate ela estar debochada novamente.
-Não era isso que você sempre quis Renesmee? – ele abriu os braços como que esperando que eu o abraçasse, olhei em volta não vendo ninguém por perto. – A mim? Agora você pode ter.
-Não com você desse jeito. – franzi os lábios.
-Para você me querer de verdade, tem que me querer de todas as formas querida. – balançou a cabeça abaixando os braços ate eles estarem de cada lado de seu corpo novamente. – Bom ou mau.
-Você não é mau. – neguei com a cabeça.
-Será? – ele riu sarcástico me dando as costas.
-Prefiro ver-lo com ela do que ver-lo assim. – falei entre dentes.
Ele começou a falar varias coisas em italiano, tão rápido que eu não entendia nada, mas tinha a leve impressão de ser uma musica, pois ele cantarolava.
Girou ate estar de frente para mim de novo, de braços abertos, continuando a cantar, voltou a me dar as costas e saiu batendo os pés no ritmo do que ele cantava.
-Ah Alec, eu te amei tanto... Mas não quero ver-lo assim, nem que isso custe de abandonar. – murmurei quando ele sumiu de vista.
Voltei para meu quarto.

P.O.V – Alec Volturi

Como se me bastasse isso agora, a pequena Cullen vem me encher o saco com sua imaginação fértil e inocente de criança.
Será que eu fui tão mal assim para merecer esse castigo?
Andei calmamente ate estar na frente da porta que levava ao salão dos Volturi. Suspirei e revirei os olhos ao ver os guardas me barrarem. Mais essa agora.
-Aro me convocou. – falei friamente.
-Um instante. – ele entrou e demorou bem mais que um instante.
Moveu a cabeça afirmativamente e abriu a porta para mim com um empurrão, passei por ela memorizando seu rosto, e já imaginando como me livrar de alguém tão irritante.
-Mestre. – fiz uma mesura pequena e educada.
-Alec. Que bom que voltou meu filho. – Aro sorriu e abriu os braços saindo do trono e andando ate mim. Marcus me encarava de longe, os olhos mergulhados nas sombras.
-Como foi sua missão? – Caius perguntou com a voz soberba.
-Muitas informações, que já foram passadas. – olhei fundo em seus olhos castanhos e arqueei levemente as sobrancelhas, como que desafiando-o a negar.
-Espero que essa missão de agora de igualmente. E que não se distraia com as muitas distrações que haverá por lá. – passou os dedos pelas pontas dos cabelos.
-Provavelmente não acontecera. – sibilei educadamente.
-Muito bem, muito bem... – Aro repetiu. – Antes que você vá, vamos passar as informações, mas antes mesmo disso, tem alguém que estava te aguardando há algum tempo.
Jane surgiu de uma porta lateral, os olhos tão frios como sempre.
-Irmã. – sorri para ela.
-Como é bom ver-lo de volta Alec. – ela se jogou em meu pescoço. – Não quero que vá para essa missão estúpida e desnecessária. – rosnou em meu ouvido.
-Todos iremos depois, querida. – Aro colocou as mãos nos ombros dela.
-Eu ficarei bem Jane. – soltei-a de meu pescoço. – Eu te juro.
Ela se afastou com um rosto levemente irritado, mas isso não significava nada, ela estava sempre irritada e com o queixo apontado para cima, sempre se achando superior.
-Muito bem Alec. – Aro se aproximou e começou a dizer tudo que eu teria que fazer antes de chegar ao castelo súcubo, e que apenas após eu estar acomodado entre as súcubos, eles viriam.
Outros vampiros já me aguardavam por lá.
-Tragam Cilene. – Caius gritou para algo atrás dele.
Dois vampiros vieram escoltando uma bela mulher em trajes elegantes. Seu rosto era fino e os cabelos mais pareciam um redemoinho de fogo em volta de sua cabeça.
Muitas pulseiras tilintavam em seus braços de pulsos finos.
-Muito bem. – ela disse com um forte sotaque alemão.
-Essa é Cilene Alec, uma bruxa que é nossa... Amiga. – Aro disse sorrindo falsamente. Já podia imaginar a amiga que ela devia ser para nos. – Abrira o portal para o outro fundo.
Assim dito, a bruxa estendeu as mãos, e usando o dedo, como se cortasse algo com ele, um rasgo de prata surgiu no ar.
-Porque quando as súcubos fazem ele é dourado? – virei meu rosto para ela.
-Súcubos tem mais poder, isso varia de anima para anima. – falou breve movendo o rosto de queixo pontudo na minha direção. – Agora vá logo, meu poder não é infinito.
Coloquei um pé para dentro, e antes de estar todo dentro dele, tive um vislumbre dos olhos nevoentos de Marcus, e isso fez com que eu me lembrasse de Didyme, e sentisse muita falta dela.
“Você é bom Alec, é um dos melhores Volturi que existe. Não deixe que essa bondade parta com o tempo.”
Eu havia deixado.

1 comentários:

Nossa a coisa esta ficando bem complexa,
não aguento ver o sofrimento do Alec sinto
falta dele quando estava com Hellena.

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