10 de set. de 2010

Capitulo 7

Posted by sandry costa On 9/10/2010 1 comment



Transformação
Clara
_Vamos.
Eu disse esperando pela recusa, os dois novamente sorriram.
_Nós já esperávamos que você se apressasse.
Seria mamãe que iria me morder, eu me deitei e sim senti um pouco de medo, então olhei nos olhos vermelhos que nunca me amedrontou e senti segurança de novo. Eu estava consciente enquanto minha mãe tocou meu pescoço como se estivesse me beijando, senti uma dor insuportável quando seus dentes afiados rasgaram a pele dali. O fogo não demorou a acender, onde minha mãe mordeu parecia estar em chamas, chamas que tomava cada parte do meu corpo que balançava em pulos em cima da minha cama, eu não tinha forças para me segurar. Ouvi Miley chorando, segurando minha mão, enquanto isso o fogo percorria minhas veias, e minha mente começou a clarear.
Depois de um século o fogo começou a ceder, se dirigindo para o órgão que chamava mais atenção no momento, ele parecia saber que seu tempo estava contado, pois galopava no meu peito, como se tentasse fugir das chamas que tinham destino certo. O torpor saiu do meu ouvido e eu ouvi gritos agoniados que percebi saia da minha boca, meu corpo se lançava ao ar como se eu estivesse sendo eletrocutada. Meu ouvido agora captou o tocar suave dos pés de minha mãe enquanto ela atravessava o meu quarto e se sentava a meu lado, seu cheiro era o melhor perfume que eu já havia sentido, uma mistura de jasmim com mel. Ela passou sua mão por meu rosto e então ouvi meu pai e Miley se aproximarem também, ao mesmo tempo em que o fogo atingiu seu propósito, cercando seu alvo por todos os lados, meu coração valente tentou duelar com ele, porem nem toda sua coragem foi suficiente contra o poder avassalador do fogo. Ouvi o que viria a ser a ultima batida no meu bravo coração antes do silencio reinar absoluto no meu quarto. Pude contar dois mil e quatrocentos segundos antes de sentir uma mão quente tocar meu braço, meu primeiro instinto foi arrancá-la fora, mas aquela mão me trouxe tanta paz quanto uns certos olhos vermelhos me trouxeram quando tinha sete anos, soube na mesma hora que era minha mãe. Abri meus olhos pra um novo mundo, um mundo onde agora ninguém poderia me separar da minha família.
Miley

Eu fiquei muito feliz pela decisão dos meus pais em relação à transformação da Clara. Mas era horrível vê-la daquele jeito. Sofrendo. Eu não agüentei ficar no quarto e ficar vendo aquela cena, fui para o meu quarto e me deitei na cama que fica de frente para a parede onde tem um mural com algumas fotos da minha família e eu, e a última foto era uma minha abraçada com a Clara, no aniversario de dezoito anos dela. Aquilo me deu um aperto no coração, eu me senti culpada por não estar com a minha irmã nessa hora tão dolorosa e digamos até importante para ela. Eu me levantei e fui até o quarto dela onde estava acontecendo à transformação. Sentei-me ao seu lado e segurei sua mão e fiquei observando ela. Fiquei ali talvez por horas olhando para ela, a transformação dela estava quase terminando eu podia sentir isso.
_Miley querida, vá descansar. Disse meu pai entrando no quarto. Eu não ia sair dali, eu ia ficar com ela até o final da transformação, não me importa se eu estou cansada ou não.
_Não. Eu vou ficar com a Clara. Meu pai se aproximou de mim, e retirou a mão da Clara da minha e a pegou e me levantou da cama.
_Vá querida, você não tem que ver isso.
 
_Sei que não pai. Mas eu quero ficar com ela.
 
_Querida não faça isso, você só vai sofrer a vendo desse jeito. Saia daqui querida tome o ar, depois você volta. Eu assenti mais com raiva, não queria sair dali. Fui para o quintal e respirei fundo, de repente a raiva me consumiu, por que meu pai não deixou que eu ficasse com a Clara até o final? Por quê? Quando olhei para frente vi pedras, flores e folhas flutuarem.
_Miley! Gritou meu pai vindo em minha direção, mas antes que ele pudesse tocar em mim ele estava levitando como as pedras, flores e folhas.
 
_Miley calma, me coloque no chão filha. Eu queria mais não conseguia, eu ainda estava com raiva.
_Miley, a transformação está no fim. Quando minha mãe disse isso eu coloquei tudo no seu devido lugar e coloquei meu pai no chão.
_Desculpa papai eu não queria, mas é que eu... Ele não esperou que eu terminasse e me abraçou.
_Tudo bem querida. Ele beijou o alto da minha cabeça. _Está tudo bem, vamos ver a sua irmã agora? Nem precisava perguntar isso, eu dei um sorriso para ele e fomos ver a minha irmã, a minha irmã vampira.

Clara
Miley e eu estávamos sentadas em um tronco onde costumávamos brincar quando éramos crianças, Miley estava mais uma vez imaginando como seria seu parceiro.
_Como ele será?
Perguntei dando assas a sua imaginação.

_Bem ele teria dezessete anos, um metro e oitenta, cabelos pretos, olhos azuis, de bom caráter, charmoso e claro romântico, estilo Bruce Wayne.

_Bruce Wayne? Você é louca.

_Ah não sou não. Olha temos até o mesmo sobrenome. Não daria trabalho eu mudar o meu nome quando nos casássemos.
Nós gargalhamos, era incrível como nós nos divertíamos juntas, fazíamos planos de ir para outro lugar, conhecer o mundo e sair da Itália, tão temida por nossa família, papai odiava os Volturi e ele sabia bem o que ele estava falando, afinal ele foi um de seus guardas por séculos. Ainda de mãos dadas perguntei.
_De onde ele seria?
_Pode ser de Verona mesmo, sabe não é muito longe daqui e eu não quero que ele se canse para vim me visitar.

_ Até parece uma vampira com preguiça de correr.

_Mas Verona é pertinho, eu posso ir voando... Eu até imagino como ele seria.
Ela disse, e quando eu pensei algo estranho aconteceu, em minha mente veio a imagem de varias pessoas diante de mim, com dados de sua vida como se fosse uma ficha. Arregalei meus olhos.
_Você viu isso?
Perguntei a Miley, minha voz quebrando duas vezes, ela estava paralisada e somente assentiu com a cabeça.
_Cooomo você fez...
Sua voz diminuiu até sumir, ela olhou para nossas mãos. Naquele momento eu sabia o que tinha acontecido, eu não sabia o que era ou o nome que se dava a ele ou como funcionava, mas eu sabia que aquele era o meu dom.
_Vem, vamos falar com o papai.
Quando chegamos em casa contei para nossos pais, eles ficaram abismados, mas papai já tinha visto de tudo, ele resolveu que faríamos alguns testes. Eu pensei novamente no que eu havia pensado antes, e como antes uma lista se passou em minha mente em segundos.
Carmem Brunn, casada, trinta e dois anos, baixa, sessenta e oito quilos, morena, dois filhos, humana, sem dom.
Heitor Mchim, solteiro, dezessete anos, moreno claro, alto, oitenta e dois quilos, humano, dom agilidade.
Diana Sher, solteira, cento e quatro anos, loira, alta, cinqüenta e seis quilos, vampira, sem dom, habilidosa em luta.
Como esses, eu vi mais de cem pessoas, meu pai pesquisou e como eu havia imaginado esse era o meu dom, com o tempo,o papai descobriu varias coisas sobre o meu dom, eu era como um rastreador, eu podia fazer uma varredura de uma área e saber quem morava la, quais seus dons; se eu me concentrasse em uma pessoa especifica, eu poderia entrar em sua mente, saber tudo que ela já viveu em sua vida, e ver tudo ela estava vendo; todos estivessem tocando em mim, via tudo que eu via.
Junto com meu dom veio à alegria por eu ser tão poderosa e o medo de que Aro soubesse da minha habilidade.
Miley
Minha conversa com a Clarinha me fez refletir, não que eu esteja carente, eu recebo muito amor, de meus pais e de minha irmã. Mas eu sinto falta daquele tipo de amor que um homem tem por uma mulher, não posso dizer que sinto falta, pois nunca amei de fato. Às vezes eu anseio por esse tipo de amor, mas em outras vezes eu sinto medo, dizem que o amor machuca, e se for para mim me apaixonar eu quero que isso aconteça com a pessoa certa. Sem sofrimento, sem mágoas. 
_Clara como é amar? Perguntei para a Clara que estava sentada de frente para o computador. Ela fez uma careta antes de responder.
_Não sei muito bem. Disse olhando para a tela do computador.
_Mas você já namorou.
_Sim já, e descobrir que não o amavam, e isso foi antes de me tornar vampira.
_Como você descobriu que não o amava?
_Ele não me completava, não servia para mim e o principal se eu o amasse eu estaria com ele ainda.
_E o Peter? Eu sabia que esse assunto era difícil para ela, mas eu estava curiosa. O Peter foi o primeiro e único namorado que a Clarinha teve depois que virou vampira.
_O Peter foi um erro. Ela disse com uma magoa nos olhos, quando ela namorou o Peter, ela era recém criada e não resistiu, ele é o único humano que ela se arrepender por ter matado. Resolvi mudar o assunto, e voltar as minhas duvidas. _E como eu sei que alguém me completa ou que serve para mim?
_Você vai descobrir quando você o achar. Ela se virou para me olhar e sorriu eu retribuir o sorriso, virei meu rosto e fiquei olhando pela janela.
Todos devem sentir esse sentimento, então eu não devo temer. 
Clara
_Vou até a cidade comprar uma tinta, quero mudar meu cabelo. Avisei antes de sair.
_Clarinha vou com você. Esperei minha irmã, enquanto mamãe perguntava.
_De novo querida, essa cor lhe caiu tão bem e faz pouco tempo que você pintou seu cabelo.
_Sim mamãe, mas já vi duas ou três pessoas comentando que me acham parecida com alguém, e uma delas foi na escola.
Minha mãe acenou a cabeça afirmativamente, compreendendo a situação.
_Vamos.
Ly e eu fomos em alta velocidade por entre as arvores até chegar próximo ao centro da cidade, onde entramos em um beco e saímos como se tivéssemos entrando no caminho errado. Fizemos nossas compras e aproveitamos para passear, como sempre atraiamos vários olhares e muitos garotos corajosos vinham falar conosco.
_Vamos no salão?
Ly chamou.
_Ah não, eu quero pintá-lo eu mesmo.
Vi os olhos de minha irmã brilhar.
_Eu ajudo.
Caminhamos em direção ao acesso mais rápido da floresta passando por vários pedestres, antes nos primeiros anos de minha transformação eu não poderia chegar tão perto de humanos, porem agora isso não era sacrifício. Minha família e eu apesar de nos alimentarmos de sangue humano procuramos caçar somente os verdadeiros monstros da sociedade, aqueles que como aqueles homens há muitos anos atrás, em minha outra vida, espancou e violentou minha mãe humana.
_Acho que ele gostou de você.
Miley falou apontando discretamente para um rapaz em pé próximo a um carro muito bonito, ele parecia ter no maximo dezessete anos, ele me olhou e seus olhos me pareciam familiar. 
_Bem não parecer ser só a mim que ele está olhando.
Disse com um sorrisinho no rosto, seus olhos iam de mim para a Ly, ele era muito bonito para um humano. Ele veio até nós e com um sorriso tímido se apresentou.
_Olá, sou o Leon.
Ly parecia uma estatua e não falava nada.
_Clara e Miley. Falei dando a mão e um beijo em sua bochecha, ele beijou a bochecha da Miley que pareceu acordar de um sonho. Ficamos conversando, e ele era diferente dos humanos que eu conhecia.

Fic escrita em conjunto
Capitulo escrito por Sandry e Dany

1 comentários:

meninas vcs são fabulozas com a escrita pois esse cap ficou lindissimo parabens essa fic é demais beijos

Postar um comentário

Não esqueça de comentar, isso incentiva os escritores e também a mim que tento agradar a vocês.