14 de nov. de 2010

Capitulo 12

Posted by sandry costa On 11/14/2010 3 comments



coisas da vida

Bella







dia que havia começado tão bem estava se tornando um

tormento.

O pior havia passado, pelo menos conseguia me sentir melhor com

relação a Charlie. Ele estava bem. Então por que não conseguia

afastar esse sentimento ruim, de tristeza, de luto?

Edward não tirou os olhos de meu rosto durante o curto trajeto

até nossa casa. Não sabia ao certo o que minha expressão

entregava, mas que algo o preocupava.

Ele estacionou o carro na frente da grande casa. Era bom estar de

volta mesmo depois de tão pouco tempo. A familiaridade de nosso

lar me fez relaxar um pouco mais.

Edward se moveu, mas não para sair do carro e sim para virar o

corpo em minha direção.

Encontrei seu olhar.

Ele ergueu a mão lentamente e afagou meu rosto.

- Charlie vai ficar bem, amor. – sua voz era suave, macia. Uma

carícia para meus ouvidos.

- Eu sei que sim. – tentei sorrir.

Ele segurou meu olhar por vários minutos, tentando decifrar algo.

Se rosto se encheu de tristeza enquanto analisava o meu.

- Por favor, me diga o que fazer para ajudar? – pediu ele,

sussurrando. Sua mão agora, segurando meu rosto.

- Não há o que fazer, ainda estou naquele momento pós choque.

Não se preocupe. – toquei a ponta de seu nariz.

Enquanto me sentisse mal, triste, ele também se sentiria. Era

sempre assim conosco.

Suspirei, não queria preocupá-lo ainda mais.

- O que aconteceu com Charlie não foi nada, mas me fez pensar no

futuro.






- Futuro?

- Sim. – suspirei novamente. – Na possibilidade de em um futuro

não tão distante... Bem, Charlie não vai viver para sempre.

Ele segurou meu olhar, agora entendendo a fonte de minha

tristeza. Seus olhos se tornaram suaves, porém ele não disse nada.

- Eu sei que estou sofrendo com antecedência, mas o que posso

fazer para tirar esses pensamentos de minha cabeça? – A

pergunta era retórica.

Ele afagou meu rosto mais uma vez antes de sair do carro e abrir

minha porta.

Sorri. Meu marido era um verdadeiro cavalheiro. Ele havia me

obrigado a acostumar com seus mimos.

- Acho que vou acabar esquecendo em como usar uma maçaneta. –

O provoquei, tentando relaxar um pouco.

- Isso não será problema. – repondeu ele. – Estou aqui para você.

Estava certa disso.

- Mamãe, mamãe! - Renesmee pulou em meus braços antes de

chegarmos a porta. Ela enterrou o rosto em meu pescoço.

- Ela estava preocupada com você. – disse Rosalie aparecendo de

repente ao meu lado.

Sorri para as duas.

- Vovô vai ficar bem, meu amor. Amanhã podemos ir visitá-lo.

- Eu sinto saudades dele.

- Eu sei, ele sente saudades sua também.

- Amanhã cedo podemos sair para comprar um presente para ele.

Tenho certeza que ele se sentirá melhor com algo vindo de você. O

que acha, Renesmee? – perguntou Edward.

- Sim, um presente. Um bem grande. – respondeu ela. Ahh... eu

conhecia aquele olhar. Um olhar quase “Alice”.

Todos riram. A sensação que estava me torturando a apenas

alguns segundos atrás passou, aos poucos, a se retirar, dando

lugar a tranqüilidade, tranqüilidade que não era completa, pois

ainda havia algo a esclarecer.

Esperávamos pela ligação de Tanya.






Alice não soube dizer o horário, só que Tanya ainda estava

conversando com o estranho nômade. Ela provavelmente só

ligaria quando tivesse algo de concreto para compartilhar.

Ficamos todos juntos, o ambiente não era ruim, Renesmee tinha o

hábito de nos fazer rir com suas perguntas. Ela perguntou por

Jacob algumas vezes, Edward explicou que ele havia ficado com

Billy e Charlie no hospital, isso a deixou mas ansiosa para visitá-

lo.

Todos os olhares estavam nela, bom... quase todos. Edward

alternava-os entre nós duas, sorrindo ao ver como eu estava

melhor.

Eu ESTAVA melhor, ainda era estranho para mim, minha nova

mente me levava a lugares distantes, entendia melhor as

mudanças de humor de Edward.

- Talvez devêssemos ligar para ela. – falou Emmet para Edward.

- Não, temos que esperar. Ela irá nos ligar, não quero interromper

nada.

- Eu concordo. – disse Jasper. – Ela provavelmente já sabe que nós

sabemos.

- Ela sabe. – confirmou Alice.

- Então vamos esperar.

A última palavra foi de Edward.

Comecei a ficar inquieta, ansiosa, as horas passavam e nada,

liguei algumas vezes para Carlisle, Charlie não havia acordado,

assim como ele disse que aconteceria. Quando a noite chegou, Alice

teve mais uma de suas visões.

- Finalmente. – disse Edward ao ver o que estava para acontecer.

Após alguns segundos o telefone tocou. Antes mesmo do primeiro

toque chegar ao fim, Edward atendeu. Todos estavam atentos.

- Tanya?

A voz de Tanya era baixa e clara.

- Edward, quanto tempo. Como estão todos?

- Estamos todos bem Tanya, obrigada.

- Imagino que já conheça o motivo de minha ligação.






- Está correta... esse nômade passou pelas terras Quileutes a

algumas semanas atrás. Você pode entender que depois de tudo

que aconteceu, temi por minha família, não reconhecemos seu

cheiro...

Edward estava andando pela sala enquanto conversava.

- Entendo perfeitamente. Imaginei que teria sido assim. Seu nome

é Abadir, os rumores do encontro de nossa família com os Volturi

o alcançaram na Grécia... não vou entrar em detalhes agora. Suas

intenções parecem puras, o problema é que só teremos certeza

uma vez que você vê-lo pessoalmente. Ele deseja conhecer sua

família, Edward. Está intrigado pelo nosso estilo de vida, entre

outras coisas.

Edward a escutava atentamente, balançando a cabeça

positivamente.

- Sim, eu posso entender o motivo de sua curiosidade. – ele lançou

um olhar afetado para mim e logo em seguida para Renesmee e

depois sorriu.

Tanya riu do outro lado da linha.

- Sim, realmente não posso culpá-lo. Acredito que possa esperar

mais visitantes desse tipo. É esse o preço que se paga por formar

uma família tão incrivelmente talentosa.

Ele olhou para mim novamente, dessa vez segurando meu olhar.

- Sim, muito talentosa. O crédito está longe de ser meu.

Sorri a sua expressão de orgulho. Sentia-me muito feliz por ser

responsável por isso.

- Sinto saudades de Bella... Aparentemente é dela que todos falam,

aquela que colocou os italianos para correr... – ela riu novamente.

Emmet bagunçou meu cabelo e com um sorriso enorme – e típico -

foi se sentar ao lado de Rosalie.

- Fica a seu critério Edward, podemos ir até vocês...

Balancei minha cabeça negativamente. Edward entendeu.

- Acredito ser melhor se nós formos até você. Vou conversar com

Carlisle e o restante de nossa família e retorno a ligação.






- O que achar melhor, Edward. Podemos ensinar uma coisa ou

outra a nosso novo amigo. Ele parece não colocar muita fé em

nosso estilo de vida.

- Ótimo, eduque-o o máximo que puder.

- Como sempre, foi um prazer falar com você, Edward. Mande

lembranças a sua adorável esposa e filha.

- Nossa família, não se exclua, por favor.

Ela riu mais uma vez e desligou.

- Bom... então... sem perigo. – Disse Emmet, completamente a

vontade.

- Acho que não, mais como todo cuidado é pouco preciso ir até ele,

preciso saber o real motivo por trás de sua curiosidade.

- Claro, Edward, nós entendemos. – falou Esme que estava muito

quieta, sentada ao lado de Alice.

- Mais uma viajem... perfeito! – cantou Alice.

Viajar... agora, com Charlie no hospital?

Eu não deixaria Edward ir sozinho... ou sem mim.

Deveríamos levar Renesmee?

Minha cabeça se encheu de perguntas... dúvidas.

- Não precisamos ir agora, podemos ficar mais uns dias aqui.

Charlie precisa de você. – Murmurou Edward, compreendendo

minha confusão. – E Renesmee estará mais segura conosco.

Podemos manter distância entre ela e Abadir até que possa ter

uma visão completa de sua mente.

Concordei. Soava simples.

Quanto tempo demoraria aprender a organizar meus

pensamentos?

- Então... Bella é famosa agora. – A voz de Emmet estava pesada

devido a seu sorriso.

Ótimo, agora todos estavam me olhando.

- Era tudo que ela precisava. – falou Alice, se levantando e

pegando Jasper pela mão. – Voltaremos mais tarde.

Era incrível como ninguém usava a porta. Mesmo estando bem na

nossa frente.






- Não vai ligar para Carlisle? – perguntei a Edward.

- Esme está indo até o hospital, ela o colocará a par de tudo.

- Dê uma olhada em Charlie para mim, Esme. Se ele acordar me

avise, por favor.

- Claro minha Bella, não se preocupe.

Ela também partiu.

Rosalie parecia entretida com Renesmee e Emmet entretido com

as duas.

Quantas vezes essa cena se repetiria? Renesmee sentada no chão

flanqueada pelos dois. Era um acontecimento diário até o

momento. Rosalie amava Renesmee, a via como uma filha, a filha

que nunca poderia ter.

Ela tinha um papel importante em sua vida, assim como Emmet.

O tio brincalhão. Existia outra forma de descrevê-lo? Não

conseguia pensar em nenhuma.

Estava viajando em pensamentos, quando Edward se acomodou

ao meu lado, passando o braço por minha cintura. Aconcheguei-

me a ele. Ambos observando a mesma coisa. O trio a nossa frente.

A imagem me fez relembrar a conversa que tentei ter com Rosalie

a poucos dias e que acabou dando em nada. Primeiro porque ter

Renesmee entre nós, contrariando o que imaginei, não ajudava.

Como mencionar algo... sobre o que aconteceu no passado com ela

ali? Como conversar sem mencionar o fato de que Edward e Jacob

não a queriam inicialmente?

Ok, na realidade poderíamos conversar sem realmente verbalizar

os acontecimentos passados, mas Renesmee perceberia, Edward

adorava mencionar em como ela era observadora, exatamente

como eu.

... Ou seria essa mais uma desculpa de minha parte? Estava

começando a achar que sim. Por mais que insistisse que era

bobagem de Rosalie pensar que não existia nenhum outro motivo

para não nos aproximarmos mais... Realmente existia: nós.




Não sabia como conversar com ela sozinha, e ela também parecia

sentir a mesma dificuldade. Pelo menos isso ficou claro entre nós...






e pouco depois, Edward apareceu acompanhado de Jacob e

Emmet, colocando fim ao nosso silêncio constrangedor.

Devido a minha completa falta de jeito perto dela – que era de

longe – uma das pessoas mais lindas que já conheci, acabei, mais

uma vez, não agradecendo por tudo que fez por mim.

Um dia conseguiria.

- ...mamãe? – chamou Renesmee. – Quando você vai usar o

presente que papai te deu?

Renesmee havia acabado de contar a Emmet sobre o presente que

ela, Jacob e Edward haviam me dado.

- Bom... vou ter que esperar por alguma ocasião importante, não é

algo que possa ser usado no dia - a- dia... é especial demais.

- Existe muitas ocasiões especiais por vim. – disse Edward em meu

ouvido. Claro, todos escutaram. Eu sabia ao que ele estava se

referindo. O aniversário de nosso casamento estava a cada dia

mais perto, mais perto de fazer um ano em que eu havia superado

o meu medo idiota e aceitado aos olhos do mundo esse homem

maravilhoso como MEU.

Além disso havia algo ainda mais importante para se comemorar.

O aniversário de Renesmee.

Tantas coisas aconteceram, tanta coisa mudou em apenas um ano,

nem isso ainda.

- Definitivamente temos muito que comemorar. – concordei. Ele

sorriu, e pareceu feliz em perceber que estava aberta as possíveis

sugestões de Alice, sugestões que sem dúvidas estavam por vim.

Como poderia negar isso a minha família? Eram ocasiões

especiais, tão especiais que não comemorá-las seria quase um

crime.

E foi nessa linha de pensamento que decidi ligar para Carlisle.

Mais uma vez ele me garantiu que Charlie estava bem e que

ainda não havia acordado. Esme havia acabado de chegar ao

hospital...






- Ele deverá dormir até amanhã, Bella, o organismo de Charlie

não está acostumando a tantos analgésicos. Não se preocupe com

nada.

Bom... eu tentaria. Sentia-me estranha por estar em casa

enquanto meu pai estava no hospital, mas o que poderia fazer lá?

Sem contar que Sue iria passar a noite, assim como Billy...

Amanhã eu passaria o dia com ele e levaria Renesmee.

- Está cansada, meu amor? – perguntou Rose a Renesmee.

- Só um pouquinho de sono. – quando ela terminou de falar,

bocejou.

- Então vamos para casa. – disse Edward.

Renesmee se levantou e pegou nossa mão.

- Você quer que eu a carregue? – perguntou Edward a ela.

O sono de nossa filha chegava rápido e com tudo. De

completamente acesa estava alerta a cansada em minutos.

Ela não respondeu, simplesmente abriu seus bracinhos

preguiçosamente para ele.

Andamos até nossa pequena casa ao invés de correr como

normalmente fazíamos. Edward segurava minha mão e em seu

outro braço Renesmee dormia com sua cabeça amparada por seu

ombro.

- Acho que podemos ir para o Alaska ainda essa semana. – disse a

ele enquanto caminhávamos.

- Bella, você não precisa apressar nada, seja lá quem for, ele vai

esperar por nós.

- Eu sei, mas de qualquer forma é melhor resolver isso de uma vez,

e deixar para trás de vez essa história.

Ele concordava, apenas estava colocando –como sempre – minhas

necessidades antes de qualquer outra coisa.

Mudei de assunto, antes que ele me convencesse do contrário.

- Então... qual o tamanho da festa que Alice está preparando para

Renesmee? – perguntei, ceticamente.

Ele sorriu. Tão lindo.






Imaginei que se alguma festa estava sendo cogitada, ela seria

secretamente planejada por minha irmã.

- Ela ainda não pensou em nada específico. – respondeu ele. –

Ainda está ponderando qual será o tema.

-Tema?

- Sim, festas infantis normalmente são baseadas em algum tema

específico... pelo menos foi o que ela me disse. – Ele riu.

- Sim, porque Renesmee é incrivelmente infantil. – minha voz

pesou com sarcasmo.

Ela se moveu lentamente, mudando a cabeça de direção.

- Ela ainda é uma criança de não mais que cinco anos aos olhos do

mundo. Só não sei até que ponto ela vai gostar de balões e dos

brinquedos infantis que se ganham nesse tipo de festa. Alice insisti

em registrar cada momento da vida dela. Acho ótimo... então a

festa não será apenas uma festa de criança por Charlie, mas

também por nós.

- Uma festa de criança, sem nenhuma outra criança além da

aniversariante.

Só esperava que Alice não exagerasse, obrigando a todos a se

vestirem como personagens de desenho animado.

De repente me ocorreu que era provavelmente isso que iria

acontecer. Não sei até que ponto poderia agüentar sem reclamar.

E era exatamente por isso que tudo seria um “segredo” para mim.

Eu, com toda a certeza, faria Edward me manter a par de tudo.

Como de costume, aconchegamos Renesmee em sua cama e

seguimos para nosso quarto. Essa era uma das melhores rotinas

que tínhamos... dentre várias outras.

Diferente do que Edward costuma fazer - ele não me beijou, nem

acariciou meu rosto - apenas me puxou pelos fundos, passamos por

nosso pequeno e encantador jardim e seguimos em direção ao rio.

- Para onde está me levando? – disse não conseguindo conter uma

risada. Eu simplesmente amava quando ele fazia essas coisas.

- Para o rio.

Esperei ele dizer mais alguma coisa, o que não aconteceu.






Ele mantinha um sorriso lindo preso a seus lábios.

Deus do céu, nunca iria me acostumar a isso. Essa expectativa...

Ele parou de repente se virando para me olhar e colocou ambas as

mãos em meus ombros.

- Antes que possa dizer qualquer coisa, ainda posso ouvir os sonhos

de Renesmee daqui.

- Ok... – disse bem lentamente e desconfiadamente.

Ele se sentou na margem do rio me puxando para seus braços.

Não havia outro lugar onde me sentia tão bem... confortável.

- Estamos esperando por algo?

Ele riu.

- Sim, estamos esperando por algo... – Edward se deitou, me

levando com ele. – Só mantenha os seus olhos no céu. – disse

suavemente em meu ouvido.

Fiz exatamente o que ele pediu. O céu estava cheio de estrelas e a

noite estava comumente fria para Forks.

Mantive meus olhos presos as estrelas, era impressionante

observá-las com minha nova visão. Tão lindas e muito, muito mais

brilhantes.

Com o passar dos minutos foi ficando mais difícil me concentrar

no que ele pediu para fazer. Seus dedos desenhavam traços

aleatórios de meu pescoço até minha cintura. Podia ver – através

de minha visão periférica – seus olhos em meu rosto, mais

principalmente, podia senti-los.

Não resisti por muito mais tempo, me virei e o beijei. Ele retribuiu

por um breve momento e depois riu, desprendendo nossos lábios,

não se afastando, apenas passando a acariciar minha mandíbula

com eles.

- Eu não pedi para manter seus olhos no céu? – sussurrou ele

contra minha pele.

- Sim... está meio difícil me concentrar em qualquer outra coisa

além de você.

Ele riu suavemente, ainda brincando com seus lábios em meu

pescoço.






Alguns segundos se passaram antes dele se afastar. Seus olhos

estavam arredios.

Aquele velho sorriso malicioso se formando. E como sempre fiquei

sem ar. Claro que isso não me afetava tanto agora.

Ele segurou meu queixo gentilmente e virou meu rosto,

direcionando meu olhar ao céu.

- Estamos esperando pelo que, exatamente? - perguntei.

- Uma estrela cadente... só mais alguns minutos. Você irá adorar,

é simplesmente uma das coisas mais lindas que já vi... sei que você

já viu algumas, porém não da forma que vai ver esta noite.

Só podia imaginar. As simples estrelas que brilham todas as noites

conseguiam ser magníficas, uma cadente só podia ser esplendida.

- Como está se sentindo? – perguntou ele, agora um pouco mais

sério.

Virei meu rosto para encontrar seu olhar.

- Estou bem, muito bem na realidade...

- Mantenha os olhos no céu. – disse ele novamente. – Não tenho

Alice aqui para me dizer exatamente quando irá acontecer.

- Ela só te deu a dica de quando.

- Exatamente.

- Você também não está olhando para o céu.

Naquele momento estávamos tão próximos que podia sentir sua

respiração massageando minha face.

- Eu já vi estrelas cadentes suficientes em minha vida... tenho algo

melhor para contemplar no momento, você por outro lado ainda

não viu com seus novos olhos.

Sorri, beijando a ponta de seu nariz.

Como ele fazia isso?

- Não sei como você consegue ser a cada dia mais romântico.

- É simples quando se tem alguém que desperta esse sentimento. E

eu não estou tentando ser romântico, apenas estou dizendo a

verdade. Você é o ser mais magnífico que já vi... – sua voz era

suave, baixa, cheia de adoração, adoração que agora preenchiam

seus olhos.






Depois de vários minutos com meu olhar preso ao seu, voltei a

observar as estrelas, satisfeita por estar ali, com ele. Edward

continuou da forma que estava, apenas moveu uma de suas mãos

para acariciar meu cabelo. Seus olhos ainda em meu rosto. Como

se ele não quisesse perder nem um segundo sequer de minha

reação.

Foi quando vi. Uma enorme bola de fogo, cruzando o céu. Sua luz

era tão intensa que deixava rastros por onde passava. Rastros que

meus antigos olhos humanos não seriam capazes de ver. O céu

pareceu se iluminar. Nunca tinha visto tal fenômeno tão

detalhadamente. Meus olhos se prenderam ao grande pedaço de

rocha que cruzava o céu de Washington. Edward estava certo.

Era uma das coisas mais lindas.

Podia vê-lo sorrir diante de minha reação.

- É lindo. – sussurei, ainda incapaz de desprender meus olhos do

céu. Os rastros ainda presentes.

- Eu sei. – sua mão tocou suavemente minha bochecha. – Perfeito.

Ele me abraçou apertado. Beijando meus cabelos.

- Quero que você aproveite tudo que o universo possa oferecer.

Temos toda a eternidade a nossos pés. Não quero que apresse

nada, absolutamente nada. Você tem o direito de apreciar todos os

aspectos de sua vida... podemos ficar aqui o tempo que achar

necessário, você pode, você deve, ficar com Charlie o tempo que

desejar, iremos para o Alaska quando você estiver pronta,

ninguém mais.

Ele conseguia ver através de mim, ver minha alma. Eu estava

feliz, tão feliz.

Não sabia como poderia amá-lo mais, só tinha certeza que de

alguma forma, amanhã, o amaria duas vezes mais do que hoje.



Autora Lolo Cristina

3 comentários:

Como sempre mais um cap perfeito.
Muito curiosa pra saber a verdade sobre o novo vampiro.
Bjs

Aii o Edward como sempre lindoo *-*
O cap ta perfeito.
beeijoo. ;*

Concordo com vcs o cap é perfeitooo!
Beijos

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