Capitulo 2

Beco da Morte


POV Oliver.

Hoje era o dia em que eu agradecia a deus por ter meus amigos comigo. Estava na minha despedida de solteiro, amanhã eu iria me casar com a mulher da minha vida, Catherine, a mulher mais bela desse mundo. Estávamos na casa do Tony, bebendo, jogando conversa fora e relembrando os velhos tempos.
-Hey cara! Tem certeza que vai querer se casar? A cerimônia é só amanhã, da tempo de mudar de idéia, heim?. -Tony disse dando leves tapas no meu ombro. Desde que cheguei aqui todos estavam tentando me convencer que se eu me casasse estaria assinando minha sentença de morte. Será? Não, acho que não.
-Não muito obrigado futuro cunhado, eu já disse que amo sua irmã néh? Pois bem não posso deixar Catherine plantada no altar. –Disse levantando meu sexto copo de cerveja para que nos brindássemos.
-Olha Oliver, eu to tentando te ajudar cara, eu conheço minha irmã e vai por mim ela não essa santa que todo mundo fala. – Tony disse batendo nossos copos e bebendo mais um gole de cerveja.
-Deixa ele Tony! Ele ta encantado pela Catherine, coitada dela. –Richard disse entrando na conversa fazendo todos gargalharem.
-Muito engraçado Richard. –Disse com ironia.
-Relaxa cara, hoje a noite é sua, curte ai e para de pensar na sua futura dona. –Disse Richard gargalhando junto com o Tony.
  Ficamos ali conversando uns com os outros. Quando olhei pro relógio percebi que já era 03h30min da manha. Resolvi ir pra casa, já tinha bebido de mais e não dava pra chegar de ressaca no próprio casamento. Despedi-me do pessoal e combinamos que iríamos nos arrumar na casa do Richard antes de irmos pro casamento. Resolvi ir para casa a pé mesmo, queria pensar um pouco na vida.
 Conheci Catherine em um restaurante italiano há quatro anos trás. Foi amor à primeira vista. Ela me encantou de uma forma inexplicável e hoje eu iria me casar com a mulher da minha vida.
Estava andando pelos becos escuros com a mão nos bolsos até que avistei uma criatura encostada na parede. Era um homem alto e um pouco forte, não deu para ver o rosto porque ele estava olhando para baixo. Um arrepio passou pelo meu corpo no exato momento que eu me aproximei daquele homem, isso fez com que todos os pelos do meu corpo se irisassem. Continuei andando em direção a avenida e por um segundo senti um vulto passar na minha frente. Dei alguns passos para trás e olhei em volta e percebi que aquele homem não estava mais ali.
-QUEM ESTÁ AI? QUEM É VOCÊ?. –Eu gritei tentando ouvir alguma resposta, mas só ouve silencio. Senti meu corpo ser atirado contra a parede e com a força do impacto fui jogado para o chão. Tentei levantar, mas a dor era imensa. Com muito esforço fiquei agachado. Olhei para um lado e para o outro e não vi ninguém.
-O que é isso meu Deus. –Disse pra mim mesmo. Levantei passando as mãos no meu joelho, olhei em volta e não vinha ninguém então apertei os passos na direção contraria. Não sabia o que era aquilo e um medo passou a tomar conta do meu corpo. Corri o máximo que pude e quando faltavam poucos metros da rua, eu senti ser atirado contra a parede novamente e dessa vez havia alguém me segurando.
-ME SOLTA! QUEM É VOCÊ?. SOCORRO. –Eu gritava e tentava me soltar do ser que estava me segurando.
-Não adianta gritar, ninguém vai te ouvir! –O homem disse erguendo a cabeça e um medo me consumiu. Aqueles olhos vermelhos me encaravam e estava apenas a um palmo do meu rosto.
-Isso vai doer um pouco, mas tente não gritar tanto. –Ele se aproximou do meu pescoço e aquela sensação de medo estava me invadindo, meu corpo tremia dos pés a cabeça. Eu não sabia o que estava acontecendo, então fechei meus olhos e comecei a pensar na vida. Meu Deus, meu casamento era hoje e agora eu estou aqui nas mãos de um maníaco.
-O... O... Que você... vai...vai..fazer! –Não teve como esconder o medo na minha voz, estava desesperado.
-Isso. –De imediato não entendi o que ele quis dizer, mas foi então que eu senti meu corpo começar a queimar. Era uma dor insuportável. Eu me contorcia nas mãos daquela coisa que eu não sabia o que era. Era uma dor tão grande que demorou para eu perceber que estava gritando. Meu corpo inteiro queimava, minha cabeça girava e eu me contorcia. Senti sendo jogado ao chão e aqueles olhos vermelhos me encaravam.
-O que... Que... é...isso! AHHHHHHHHHHHHHHHHH! –Eu gritava tanto que minha voz falhava. Aquele ser só me olhou e depois desapareceu me deixando ali, queimando e morrendo com aquela dor insuportável. Minha cabeça doía e foi então que percebi que a minha morte estava chegando antes mesmo de poder me casar com a mulher da minha vida.

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