Capítulo 28° Farça

Alex

Fala sério... Como o poder afeta as pessoas, ele tem um domínio tão grande sobre elas que as leva a fazerem idiotices. Mas eu estou aqui, Alex Stenfowr um vampiro de sessenta anos e experiente para desfazer essa merda.
Aro Volturi... Os Cullen avisaram-me para não deixar com que ele tocasse em mim, caso contrário nossa farça seria descoberta já que a COISA RUIM ler mentes com o contato físico.
Nicoly Kauânne Cullen, mas conhecida apenas como Nick Cullen. Devo salvá-la das garras dos Volturi. Por causa de um vampirinho mimado e sem noção que quando tem vontade tira e coloca coisas, para ser mais preciso coloca Vidas Falsas, em nossas mentes como se fosse um brinquedo. Eu vou mostrar pra ele a minha forma de brincar.
-Não Alex, você não deve mexer com o vampirinho mimado sem noção. –Edward me advertiu.
-Por que não? –perguntei sorrindo debochado.
-Por que ele é meu. –disse o Seth. Ele tem uma ligação bem forte com Nick, eu dei minha palavra a ele que eu salvaria sua alma gêmea.
-Ok. Eu sou vou tirá-la de lá e volto. –comecei a caminhar na direção onde Carlisle havia me informado para eu chegar a Volterra.
-Não será tão fácil. –disse Jacob.
-E eu não achei que seria. –disse desaparecendo entre as árvores e correndo em direção a uma trilha onde eu deixara minha Harley 1901. Ela é minha parceira de décadas.



Subi na minha moto, coloquei meus óculos escuros e parti a caminho de Volterra, um lugar onde lá no fundo eu sabia que passaria por muitas dificuldades, mas eu sabia principalmente que essas dificuldades valeriam à pena.

***

Chegando a Volterra fiquei a admirar o lugar. Um lindo lugar, mas que era governada por monstros, por aberrações que acham que o poder é tudo. Está certo que eu não posso chamá-los de aberrações já que eu também sou um deles, mas... Eu não faço as coisas asquerosas que eles fazem. Eu já matei pessoas sim, mas eu não o faço mais, ter encontrado o Clã Egípcio foi um grande alivio para mim. Pude perceber que eu não tinha que ser pelo resto da vida o monstro sem coração que matava humanos.



Acelerei minha moto e entrei na cidade, havia poucas pessoas na rua o que era uma vantagem, ver um cara brilhando não é uma coisa muito comum.
Tentei ao máximo possível passar só pelos becos, onde o sol não era muito visível. Carlisle informou-me que as Coisas Ruins ficavam em uma Torre, na Torre do Relógio para ser mais especifico.
Hã... Como chamar a atenção deles?
Desci da minha moto, sentei-me no chão encostado a ela, retirei os óculos e apoiei a mão que eu segurava os óculos no joelho. Peguei o aparelho prata que Edward havia me dado para mantermos contato. O celular chamou duas vezes até ser atendido.
-Alex. –ouvir a voz de Carlisle do outro lado da linha.
-O próprio. Eu estou aqui, mas não tenho idéia de como chamar a atenção deles. O que eu faço? –esperei pela resposta, o que não demorou muito.
-Mostre-se. –respondeu apenas.
-Você quer dizer... Mostrar-me para os humanos? Mostrar a eles que eu sou um vampiro? –franzi a testa.
-Sim, mas não exagere, é só para eles ti verem.
-Entendi. Ok Carlisle. –senti algo tocar minha mão, a mão que estava em meu joelho. –Tenho que desligar agora. Tchau. –desliguei o telefone e olhei para a minha mão.
-Que droga é essa? –perguntei chocado olhando o dinheiro em minhas mãos.
-Coitado deve usar tanta substancia química que pensa que dinheiro é algum tipo de droga. –uma senhora que passara por mim enquanto conversava com Carlisle disse para outra senhora já de idade.
-Eu mereço. –levantei-me do chão aborrecido jogando as cinco pratas no chão e subindo na moto.

***

Desabotoei minha blusa social deixando meu peito desnudo. Coloquei os óculos no bolso de minha calça e caminhei até o meio da rua, perto da Torre.
Havia um homem e uma garoto perto de uma mercearia, seria perfeito. Caminhei lentamente até o meio da rua, faltava pouco para o sol tocar minha pele.
Faltava só mais dois passos... Um passo. Antes de minha pele ir de encontro ao sol, eu senti algo tocar em mim, cobrindo-me. Senti braços ao redor de minha cintura, essa pessoa que me abraçava me cobria com uma espécie de manto, um manto cinza. Só podia ser um deles. É parece que funcionou.
-Você está ficando louco? O que você ia fazer? –era uma... Uma... Garota? Menos mal, não iria gostar muito de ser abraçado por um homem. Ela me jogou pra dentro do beco com uma brutalidade.
-Quanta delicadeza. –disse indo de encontro à parede e batendo minhas costas na mesma.
-O que você estava pensando? –a garota tinha uma voz melodiosa, encantadora. Comecei a repará-la. Ela tinha os cabelos castanhos escuros enrolados no final, olhos sangue, nariz perfeito, boca em forma de coração, era menor do que eu, sua aparência era de uma garota que fora transformada com dezoito anos, seu corpo cheio de curvas me fazia ficar hipnotizado. Ela era linda.
-Ram. Ram.... –ela pigarreou fazendo com que eu desviasse minha atenção de seu corpo de mulher para seu rosto de boneca.
-Eu só... Só queria pegar uma corzinha. –sorri torto. Ela arqueou uma sobrancelha.
-Você está brincando? –ela cruzou os braços no peito e fez uma cara muito engraçada. Eu comecei a rir.
-Do que você esta rindo? –ela me olhou incrédula.
-Você tinha que ver a cara que você fez. –disse parando de rir.
-É? Mas eu não posso.
-Na verdade você pode. –disse passando uma das mãos no cabelo.
-Há, há, há. Como? Tem algum espelho ai? –perguntou debochado.
-Hã não. Mas eu tenho algo bem melhor. –sorri malignamente.
Comecei a me transformar nela. Depois que finalizei, ela me olhou de olhos arregalados.
-Você... Você. –se antes eu havia achado a cara dela cômica agora então nem se fala.
-Não. Você. –disse piscando.
-Como você? Como... Você pode se transformar em mim? –ela perguntou por fim.
-É eu posso me transformar na pessoa que eu quiser.
-Isso é tão...
-Bizarro? –arqueei a sobrancelha.
-Não. Eu não acho seu dom bizarro. –de repente ela desapareceu.
-Garota? Onde está você? –comecei a olhar ao redor.
-Búh! –senti seus braços ao lado de meu corpo me empurrando.
-Ai. Ei. –ela voltou a aparecer. –Você também tem um dom. – disse sorrindo maravilhado.
-Claro que eu tenho. Se não eu não seria uma Volturi.
-Então quer dizer que para ser um Volturi precisa ter um dom?
-Não só um dom. E sim O Dom. – ela sorriu. O sorriso mais lindo que eu já vira.
-E você acha que eu tenho O Dom? –perguntei.
-Por quê? Quer ser um Volturi? –me respondeu com outra pergunta.
-Você acha que eu teria chances? –continuei.
-Se você voltasse ao seu normal, me dissesse seu nome e beijasse meus pés quem sabe. –dei uma risada gostosa. Depois voltei a me transformar em mim.
-Meu nome é Alexandre Stenfowr, é um prazer senhorita. –disse pegando sua mão e a beijando. –Mas para os íntimos pode ser Alex. –ela sorriu. Que garota linda. Nunca vi nada igual.
-Então quer dizer que somos íntimos? Mal nos conhecemos. –ela disse recolhendo a mão.
-Basta você me dar um tempinho de sua eternidade que eu lhe prometo lhe conhecer como nunca ninguém a conheceu. –dito isso a puxei para mais perto de mim e em um impulso a beijei. A beijei loucamente.


Olá...
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Próxima parada... A Herdeira!
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