13 de nov. de 2010

Capitulo 3

Posted by sandry costa On 11/13/2010 6 comments


Notas do Autor


Opa...
Mals pela demora, gente...

Capítulo oferecido à minha amiga Marilene que faz aniversário hoje dia 12. Felcidades Marilene.

Ficou grande pra compensar a demora.

E por favor... sem choro.... ahahahahah

Ang.

A Astúcia de Caius





- Sinceramente, é a idéia mais absurda de que já ouvi falar!
- Ah, mãe, me perdoe... mas eu tenho que concordar com Quil.
- Bem, Bell, eu também não posso dizer que é o plano mais bem elaborado que existe, não é mesmo?

Quil, Renesmee e Alice me olhavam com apreensão. Todos ficaram chocados com as notícias de que os Volturi mantém centenas de pessoas presas nos porões do navio para servir de jantar para sua guarda e seu exército de carniceiros. Algo que realmente me surpreendeu, eu jamais imaginava que os Volturi seriam capazes de algo tão aterrador mesmo depois de tudo o que fizeram, mas isso apenas serviu para provar a mim mesma que eles são uma ameaça tremenda sobre a face deste mundo. E não apenas para os vampiros.
- Não temos outra escolha – eu disse encarando-os – Ou fazemos algo ou todas aquelas pessoas vão morrer.
- Mas querida... – começou Alice – Este seu plano tem quase todas as chances de dar errado.
- Lice... – eu disse chamando-a carinhosamente pelo diminutivo de seu nome que só eu usava – Eu não sou uma estrategista, Edward e Jasper não estão aqui para nos ajudar e nós temos que fazer o melhor que pudermos. Afinal, que opção nós temos?
- Eu estou dentro – disse Quil de repente – Acho uma loucura e francamente é o plano mais mal feito que já ouvi, mas, eu estou pouco me importando! Eu existo pra proteger humanos de vampiros e não vou ficar de braços cruzados vendo essas pessoas serem tratadas como gado.
- Eu também não – disse Renesmee resoluta.
- Bem... então agora só nos resta aguardar, não é? – suspirou Alice.
- Sim – eu respondi – Vamos aguardar.

Eu compreendia o receio de todos, meu plano tinha chances absurdas de dar errado... chances estratosféricas de nos ferirmos, afinal, a paciência dos Volturi, diferente de seu poder, era muito limitada. Eu não era uma estrategista, nunca fui! A defesa de nossa família sempre ficou a cargo de Edward, Jasper e Emett... e nenhum deles estava aqui agora, mas a eminência de um fim trágico para todas aquelas pessoas era demais enervante e fazia minha raiva formigar à flor da pele. Eu não permitiria que o sorriso de superioridade permanecesse muito tempo nos lábios de Caius, além disso, já considero que morrer é muito melhor do que ser mantida prisioneira destes assassinos.
Pelo que pudemos compreender dos planos dos Volturi, eles decidiram pela economia de alimentos, obviamente esta decisão não poderia ser vista como uma parcimônia de recursos ou piedade, mas, sim, como uma forma de alimentar centenas de vampiros sem chamar a atenção. Provavelmente eles seqüestraram estas pessoas durante todo o tempo em que planejavam seu ataque contra nós e desta forma os sumiços não se tornaram tão escandalosos. 
Levando em conta tudo isso, ficou claro que nos alimentaríamos apenas uma vez antes de chegar à Volterra, e isso ocorreria muito provavelmente na metade do caminho... o que se tornou uma vantagem para o meu plano sem noção. O problema é que tudo dependeria mais da sorte do que de planejamento prévio e isso era um erro gravíssimo, mas, como eu mesma admiti, não sou uma estrategista nata e apenas faço o que posso.

Tudo se resumia no seguinte: pelo que me lembro, depois de cruzarmos o Estreito de Bering e ingressarmos no gélido Mar Ártico, contornaríamos o Canadá pelo meio do oceano o que obrigará o navio a passar por um braço de mar relativamente estreito que separa as Ilhas da Rainha Elizabeth das Ilhas Victoria. É aí que teríamos que libertar os humanos presos no porão; um navio deste tamanho é obrigado a ter vários barcos salva-vidas, não por possuir uma tripulação muito grande, cargueiros assim sempre têm poucos tripulantes, mas devido à sua extensão que é descomunal, ele precisa ter uma série de barcos menores para emergência. A idéia era soltar as pessoas e enfiá-las o mais rápido possível nos barcos salva-vidas e atirá-las ao mar para que remassem rumo a uma das duas ilhas onde alguém, com sorte, as resgatariam.
Um plano ridiculamente precário... mas o único que tínhamos. O problema central seria aguardar quase duas semanas para chegar até o estreito entre as duas ilhas, mas talvez, isso nos daria a chance de pensar num plano melhor.

No dia seguinte à minha visita aos irmãos Volturi nós quatro fomos reacomodados em uma um pouco mais cômoda, mais ampla e, ainda assim, uma prisão inexorável. Quil recebeu alimento, comeu de má vontade apesar de estar morto de fome... e nós aguardávamos nossa vez, não estávamos incomodados com a sede, parece que nossa tristeza minava até nossa fome, apesar de que, obviamente, teríamos de nos contentar com os pobres cervos presos no porão.
As horas passavam arrastadas no cativeiro, o som do mar se chocando contra o casco do navio apenas aumentava a ansiedade e a monotonia do lugar, o sol gelado deste mar frio nos olhava com piedade das alturas. A noite chegou me encontrando em uma das camas espalhadas pela cabine, Nessie veio encostar-se a mim enrolada em um cobertor ralo que fora atirado por ali, beijou meu rosto escondendo-se depois em meu colo.
- Está com frio? – eu perguntei baixinho acariciando seus cabelos luminosos.
- Um pouco... – 
- Seus ferimentos já estão quase fechando... – eu disse acariciando seu rosto perfeito.
- Sim... mas não o que foi aberto aqui dentro – ela falou apontando para o peito.
- Jacob está bem, Nessie...
- Eu ouvi seu coração parar de bater, mãe... todo nós ouvimos. E não é só Jake... meu pai também...
- O que seu coração diz a você? – mas Renesmee não respondeu e eu vi quando as lágrimas brilhantes desceram por seu rosto emoldurado – Filha, eu não penso nem por um segundo que seu pai está morto, eu sinto que ele está vivo e que virá até nós... Jake também.
- Os Volturi juntaram um exército, mãe. Um exército insuperável... como poderemos ser salvas? É melhor torcer para que Jake ou papai não venham atrás de nós ou realmente serão mortos... se é que já não foram.
- Não diga isso – eu falei cortando suas palavras desesperadas – Nunca diga isso, você acha realmente que Jake ou Edward vão permitir que fiquemos presas? Eu não consigo imaginar viver sem seu pai, Renesmee... e acredito que o verei novamente assim como tenho certeza que ele está vivo.
- Como você consegue ser forte assim? – ela me perguntou olhando-me com aquele par de olhos absurdamente brilhantes.
- Eu não tenho escolha, querida. Tenho que acreditar que seu pai ainda vive e que o verei novamente... se eu desistir de minhas próprias esperanças, que esperança restará? Não se preocupe Nessie, eu prometo que tudo acabará bem.
Ela deu um meio sorriso antes de se deitar novamente em meu colo, eu arrumei o cobertor o mais que pude para que Nessie não passasse frio novamente; um segundo depois Alice veio para perto de nós e sentou-se ao meu lado na cama passando seus braços ao redor do meu corpo.
- Seu cheiro me acalma... – ela falou baixinho.
- É? – eu perguntei sorrindo.
- Sim... me lembra o de Esme – ela falou e eu senti uma pena imensa de Alice, ela era uma Cullen a muito mais tempo e sei que ela sentiu a ruptura de sua família muito mais do que eu.
Nos olhamos por um momento e em seguida ela encostou a cabeça em meu ombro e ficamos assim por um longo tempo, Nessie ressonando intranqüila em meu colo e Alice abraçada a mim pensando em sua casa e nas décadas em que passou ao lado de Carlisle e Esme. Então, de repente, para nos despertar de nosso estupor, Quill rolou na pequena cama ficando de barriga para cima e roncou tão alto que pensei que seus pulmões iriam ser atirados contra o teto da cabine.
- Sabe – começou Alice – Eu fico realmente impressionada com estes meninos de La Push, basta eles encherem a barriga que dormem como bebês, não importa aonde estejam ou quão negra a situação se encontre... eles sempre dormem. Me lembra de Jacob durante todo o drama do nascimento de Renesmee quando o bando de Sam queria matar Nessie e tudo o mais, ele estava super preocupado em proteger você e ela... mas quando comia... dormia de roncar.
- Eu me lembro... – eu disse e não pude conter um riso – E lembro também de quando, acho que antes de Nessie nascer, Jacob adormeceu na varanda encostado à porta e você teve a brilhante idéia de colocar um travesseio para ele dormir melhor...
- Nossa... é mesmo! – disse Alice rindo também – Ele acordou sufocado por causa do cheiro de vampiro, tadinho, eu nem me toquei na hora. Mas é quem deu um dozinho de vê-lo ali tão cansado e mal acomodado, se bem que ele também dormiu de roncar. 
Então nós duas ficamos ali, uma perto da outra lembrando nossa vida antes dos Volturi nos amaldiçoarem com sua cobiça desmedida; uma época de luz e amor onde nenhuma maldade podia nos tocar, uma época que parecíamos imunes a qualquer tristeza e qualquer infelicidade... uma época agora muito distante.

Os dias passavam num completo marasmo, ficávamos em silêncio maior parte do tempo, eu sempre via minha filha esconder as lágrimas de vez em quando e sabia que ela havia se lembrado de Jake. Eu mesma não permitia que meus pensamentos deixassem Edward...
O sol e a lua nos visitavam com freqüência pela escotilha arredondada da cabine, uma noite a luz não surgiu mais e eu percebi que as estações estavam passando, a noite sem lua aqui no meio do nada era mias bela... as estrelas faiscavam soberanas no céu e tudo ficava prateado com seu brilho tênue. Certa vez tive vontade de subir até o convés, mas ao chegar lá avistei Aro parado em silêncio e olhando as estrelas... decidi voltar imediatamente, eu não estava disposta a ficar ouvindo as desculpas mal intencionadas do líder Volturi.
As refeições de Quil eram trazidas duas vezes por dia e no mais ficávamos trancadas em nossa cabine, eu não queria provocar a irritação dos Volturi principalmente porque seriamos todos mortos depois que libertássemos os humanos trancafiados no porão. Mas seria um sacrifício válido uma vez que estaríamos fazendo a coisa certa, não poderíamos permitir que os Volturi fizessem o que bem queriam com este mundo e com as pessoas.
Certa noite eu me senti ainda pior e mais entristecida, Nessie estava minguando e eu não sabia o que fazer para manter a calma e o ânimo de minha filha; Alice estava igualmente apática, aquela energia radiante dela também estava se apagando e agora ela parecia uma estrela no fim de sua vida. Quil respirava apenas por hábito. Então não suportei toda a tristeza contida em meu coração e decidi deixá-los um pouco, Alice piscou para mim quando saí enquanto Nessie, adormecida, apenas ressonou intranqüila.
Era sempre o mesmo guarda que me acompanhava, Matheu, taciturno e imponente como todo Volturi, eu olhava para toda a sua estatura e me perguntava se realmente conseguiríamos subjugá-lo para que meu plano funcionasse. Caminhamos silenciosamente pelos corredores de metal até a rampa de acesso ao convés do navio, uma vez ao ar livre contornamos os contêineres ali espalhados e eu espiei cuidadosamente a proa para ver se a figura esguia e sombria de Aro estava por ali... por sorte o lugar estava deserto.
Matheu não me acompanhou, permaneceu aguardando que minha contemplação da natureza vazia terminasse para me conduzir novamente à minha prisão, a noite estrelada estava soberba e eu sentia o ar congelante da noite, minha pele diamantada refulgiu fria sob o brilho argento das estrelas... tudo estava num completo e absoluto silêncio.
Durante horas eu permaneci ali sob o manto solitário da noite e quando a madrugada fria começou lentamente ceder lugar à aurora eu ouvi um leve deslocar de ar e soube que alguém estava comigo; um mal estar leve se alojou na boca de meu estômago mas eu estava tão perdida e tão indiferente que não me importei... no fim das contas, acho que nada mais importava realmente.
- Olá, Aro – eu disse sem emoção.
- Isabella... tão bela quanto a noite fria – disse ele num gracejo usando o diminutivo de meu nome.
- Poupe os elogios baratos Aro, não combina com você.
- Como soube que era eu? – ele perguntou numa voz açucarada.
- Senti o cheiro da morte... – respondi desafiando mas ainda sem qualquer emoção, nem mesmo desafiadora eu me sentia aquela noite.
- Ah, você ainda está chateada. Isabella, por favor, perdoe os maus modos de Caius... ele não tinha o direito de lhe mostrar os porões do navio.
- E me poupar da verdade diminuiria o horror da situação? – eu me virei com nojo no olhar mas fui obrigada a cambalear dois passos para trás ao notar o quanto Aro estava perto de mim.
- Você não precisava vivenciar o horror da situação, entretanto, terá de se acostumar com nossos hábitos alimentares é claro. Agora vocês pertencem à nossa família, Isabella; não as obrigaremos a adotar o sangue humano como alimento... mas não espere que mudemos os nossos costumes.
- Vocês não têm o direito de fazer isso com aquelas pessoas – eu disse o desafiando.
Mas Aro não me respondeu, eu preferiria mil vezes que ele tentasse arrancar minha cabeça quando eu o contrariava do que me lançar aquele olhar calmo e peculiar; a calma de Aro era muito diferente da calma lenta e tranqüila de Carlisle, sua calma era reflexiva e ponderada, como se avaliasse nossas palavras num esquema militar. Ele me olhou por alguns segundos e então desviou-se para o mar, seus cabelos longos e tão negros como a noite refletiam o brilho das estrelas longínquas, eu não suportava a presença arrogante de Aro mas não me afastei, eu não lhe daria o gostinho de pensar que eu o temia... ou o respeitava.
- Você é uma vampira peculiar, Isabella. Não me recordo de qual foi a última vez em que alguém me contrariou tão vorazmente e permaneceu vivo... entretanto, sua eloqüente defesa dos humanos é tão sem propósito que fico impelido à curiosidade de compreender sua tão fervorosa preocupação para com estes seres miseráveis. – ele disse numa voz calma, mas envolvente.
- Eles não são animais Aro... mesmo os animais devem ser tratados com respeito. Mas seres humanos não merecme morrer desta forma, esquecidos e jogados num porão escuro como meros nadas. Eles são alguém, representam alguma coisa... alguma importância no mundo, mesmo os indigentes e mendigos que você seqüestrou tem o direito à liberdade e não a servirem de jantar para monstros.
- Monstros... – disse Aro pesando as palavras – Uma definição estranha para os de sua própria raça. Você não compreende Isabella que nós somos a evolução, somos deuses entre os humanos e eles servem apenas para servir de alimento a nós.
- Não... são seres vivos, possuem sentimentos, sonhos, atitudes, esperanças... você pode dar-lhes vida, Aro? Não? Então como pode ser tão ávido em tirá-las? Eu não mude a minha opinião sobre você, continua apenas conhecendo a destruição e a morte.
- Nem sempre foi assim... – ele respondeu e uma súbita tristeza tomou conta de seu olhar fazendo com que eu quase sentisse pena dele.
- Nós somos o que desejamos ser... Aro, nem mais e nem menos. Cada homem é responsável pelo seu próprio destino, você é um Volturi e seu nome é sinônimo de medo e destruição... tornou-se isso por escolha própria.

Então, sem pensar, eu dei as costas a Aro Volturi. Por um segundo eu percebi que muitos cometeram este erro, dar as costas a um Volturi era uma loucura desmedida... ousar desafiar e deliberadamente esnobar o líder dos Volturi era, sem dúvida alguma, suicídio.
Eu dei um passo para me afastar de Aro e em seguida outro e mais outro e quando notei já estava próximo de Matheu que me olhava com um espanto anormal, obviamente, como todo bom vampiro, ele ouvira toda a nossa conversa. Eu não pude resistir, talvez a minha curiosidade tenha sido maior que meu temor e, por um segundo antes de descer novamente para o interior do navio, eu voltei meus olhos para Aro.
Ele estava lá, imóvel como uma estátua e a luz das estrelas ainda refletiam em seus cabelos negros, o céu começava a clarear no horizonte e eu não pude deixar de me sentir intrigada com Aro, um vampiro de milhares de anos e com um conhecimento acumulado de séculos... o que teria acontecido para alguém ter se tornado assim?
- A senhora Cullen arrisca-se demais – disse Matheu enquanto caminhávamos rumo à cabine em que eu era mantida prisioneira.
- Não tenho nada a perder... – falei pouco surpresa pelo guarda ter se dirigido a mim.
- Tem muito a perder... – ele respondeu de forma sombria e um medo súbito se instalou em meu coração. Saberiam os Volturi de meu plano para libertar os humanos?

Acabamos perdendo a noção dos dias e das noites e nossas contas pareciam imprecisas, Renesmee dormia quase o tempo todo e isso já estava me alarmando... a vida de minha filha parecia minguar e fluía para o fim na mesma medida que a tristeza aumentava com o passar das horas. Alice ficou calada e taciturna e Quil impaciente e raivoso... eu apenas rezava que tudo terminasse bem e que eu tivesse forças para manter a sanidade de todos.
Eu subia regularmente ao convés e por sorte jamais voltei a encontrar Aro Volturi, todas as noites eu permanecia durante horas parada para tentar encontrar no horizonte a visão que tanto aguardava: terra. Assim que avistássemos as ilhas seria o momento preciso para libertarmos as pessoas e corrermos de encontro ao nosso destino incerto.
Noite após noite eu aguardei sob o manto congelante da madrugada até que finalmente, quando o dia quase raiava, avistei uma espessa bruma se formando ao longe e se descortinando em meio a ela um paredão rochoso e alto. Pareia um precipício e eu tive certeza que pertencia a uma das muitas terras que formavam o conglomerado de ilhas da Rainha Elizabeth. A visão me encheu de receio e medo, mas eu não voltaria atrás e não permitiria que os Volturi chacinassem todas aquelas pessoas, durante a noite nós estaríamos com certeza atravessando o braço de mar estreito que separam as Ilhas Victoria das Ilhas Elizabeth e seria o momento preciso para libertarmos os humanos.
Voltei entusiasmada para a cabine e reuni a todos perto de mim tendo a precaução de falar muito baixo e torcendo para que a porta de aço da cabine abafasse nossas vozes, para dificultar ainda mais a possibilidade de sermos ouvidos, eu pedi a Renesmee que acionasse seu dom e todos seguramos em seus braços para entrarmos em seu círculo restrito de elo mental.
“Então, este é o momento” – eu disse através do meu pensamento – “Na próxima noite estaremos passando entre os dois conjuntos de ilhas, é a chance que temos de libertar as pessoas”.
“Mas Bell” – começou Alice – “Aquelas pessoas podem morrer congeladas no frio lá fora antes de encontrar terra segura, e pelo que você cochichou a pouco só há rochedos, eles não tem orientação alguma... podem vagar por dias no mar gelado até encontrar algum lugar para aportar”.
“Eu sei, Alice. Mas não há outra escolha... ou eles se arriscam no mar gelado ou saciarão a sede dos Volturi”.
“E como faremos?” – perguntou Quil.
“Como foi planejado”.
“Mãe, eu realmente sinto um mau pressentimento com relação a isso”. – pensou Nessie nervosa.
“Eu também minha querida, mas temos que tentar ainda assim”. – respondi.

As horas passaram lentas e todos sentiram um medo crescente quando o manto negro da noite caiu sobre o mundo, era hora de agir; Alice se preparou antes de abrir a porta, suspirou profundamente e piscou para mim, em seguida bateu pesadamente duas vezes e a escotilha de acesso foi aberta, um dos guardas olhou-nos com desconfiança enquanto Alice cruzou o pequeno corredor e abriu a escotilha da cabine imediatamente à frente da nossa escancarando-a por completo.
- O que está fazendo senhora Cullen? – perguntou um dos guardas confuso.
- Bem, nós vamos tentar libertar as pessoas que vocês mantêm em cativeiro e para isso vamos deixá-los inconscientes e depois trancá-los dentro desta cabine... – disse Alice com a maior cara-de-pau.
- O quê? – perguntou o guarda sem compreender.
Um segundo depois eu saltei para fora agarrando a cabeça do vampiro e atirando-a com toda a minha força contra a parede de aço sólido do navio, o som de mármore se partindo pôde ser ouvida ao longe e o vampiro caiu no chão com metade do crânio partido. Como um relâmpago, o outro guarda já estava sobre mim mas instantaneamente foi atirado contra a parede sob o impacto de um lobo descomunal de mais de 400 quilos. 
Quil malmente cabia no espaço estreito do corredor e obviamente ele matou o guarda, uma passada de suas garras afiadas fez a cabeça do vampiro rolar pela porta da cabine adentro, Nessie pôs a cabeça para fora assustada.
- E agora? – ela perguntou nervosa.
- Continuamos – eu respondi inflexível.
Alice e eu atiramos o guarda inconsciente e os dois pedaços do corpo do outro para dentro da cabine desocupada, obviamente, o guarda decapitado poderia voltar à sua vida se sua cabeça fosse encaixada no lugar, então, maldosamente, atirei a cabeça do vampiro pela escotilha da cabine e ela se perdeu na escuridão do oceano.
- Onde está Matheu? – perguntei de repente?
- Quem?
- O terceiro guarda que sempre me escolta.
- Deve estar fazendo algum serviço para seus mestres.
- Renesmee, fique aqui e segure a porta o quanto puder... mas não se arrisque. Se eles chegarem corra o mais que puder para algum lugar longe, não se atire ao mar... a água gelada a mataria, está bem?
- Sim mãe – ela respondeu enquanto fechava a escotilha e se posicionava de modo a segurar a tranca impedindo-a de abrir, não podíamos nos dar ao luxo de permitir ao guarda preso se soltar e avisar os Volturi.

Alice me olhou nervosa, ela não era uma guerreira... tampouco eu, mas tínhamos que fazer o melhor, há algum tempo atrás Carlisle disse que os corajosos não são aqueles que lutam contra um mal sem temer nada, mas sim, aqueles que mesmo temendo enfrentam uma batalha. Teríamos que ser corajoso ao estilo de Carlisle, mesmo temendo a morte, não poderíamos deixar de fazer alguma coisa.
Apurando o olfato eu consegui sentir o cheiro do sangue à distância e caminhamos com pressa e silenciosamente até chegar a uma bifurcação do corredor onde um lado levava para o convés acima e o outro conduzia aos porões do navio, voltei-me para trás e encarei o imenso rosto lupino de Quil.
- Quil, suba ao convés e encontre um local no alto... talvez os contêineres sejam um esconderijo adequado, você será nosso vigia e nossa cobertura, está bem? E por favor, não se arrisque sem necessidade.
Ele apenas aquiesceu rapidamente e dirigiu seu corpo gigantesco subindo com dificuldade as escadas estreitas do navio, meu coração diminuiu por separar a todos... por deixar Renesmee sozinha e por permitir que Quil subisse sozinho ao convés. Eu olhei para Alice e fiz um sinal para que descêssemos as escadas rumo ao piso inferior onde encontraríamos os porões.
- Os humanos são vigiados? – Alice perguntou incomodada.
- Não que eu me lembre... as comportas que os mantém prisioneiros são trancadas pelo lado de fora.
Quanto mais nós descíamos, mais eu sentia a opressão do medo me perturbando e instintivamente agarrei a mão de Alice e assim, juntas, caminhávamos em meio às entranhas de aço deste navio gigantesco. Logo, o cheiro do sangue humano se fez presente com muito mais força e soubemos que estávamos perto; eu e Alice não estávamos necessariamente com sede, mas sentimos uma coceira incômoda na garganta quando o sangue atingiu nosso olfato.
Alguns minutos depois nos deparamos com as portas duplas de aço, Alice me olhou receosa mas eu não esperei e destranquei as portas com um incomodo eco agourento enchendo os corredores.
Com as portas abertas Alice sufocou um grito de surpresa e mesmo eu que já havia presenciado a cena não pude conter um chiado de angustia; as pessoas estavam lá num estado tão decadente quanto da ultima vez que os vira há alguma semanas, havia restos de comida atirado pelos cantos, pessoas doentes deitadas no chão. Olharam-nos fracos e sem forças para gritar por ajuda, olharam-nos com receio e medo pensando que éramos seus captores. 
Olhando a estrutura de aço eu pude notar que a escada de acesso ao porão era levadiça e era mantida travada próximo ao platô de metal que eu e Alice estávamos, com uma urgência desmedida eu destravei a escada de metal que desceu ruidosa até o patamar inferior do porão. 
Pedi que Alice esperasse enquanto eu tentaria falar com as pessoas e no momento em que desci a escada e cheguei ao fundo do porão o meu ódio pelos Volturi se amplificou inimaginavelmente; as pessoas estavam presas ali junto à escória e a doença sem o mínimo de senso de respeito. Elas se afastaram de mim quando me viram, provavelmente lembravam-se dos monstros que as seqüestraram e do tom de pele pálido ou do cheiro de flor de cerejeiras que desprendíamos, entretanto, alguns encararam-me nos olhos e notaram – sob uma expressão de desentendimento – que meus olhos não tinha a cor do sangue e sim do ouro envelhecido.
- Por favor – eu pedi numa voz tranqüila para que eles não se assustassem – Eu não vim aqui para lhes ferir.
E um segundo depois as vozes inundaram o porão reverberando como o som de um trovão, centenas de pessoas falavam ao mesmo tempo... perguntavam onde estavam e porque fazíamos isso, de imediato eu senti o perigo, afinal, apesar do navio ser feito de aço e diminuir em muito a audição dos vampiros, um escarcéu deste tamanho provavelmente podia ser ouvido à distância.
- Escutem – eu gritei e minha voz possante os amedrontou – Eu sou uma prisioneira, assim como vocês, agora ouçam com atenção o que tenho a lhes dizer porque disso dependerá a sua sobrevivência e nós não temos muito tempo. Estamos saindo do Mar Ártico e nos dirigindo para o Estreito de Lancaster onde a Groelândia faz divisa com o Canadá, trata-se de um lugar extremamente gelado e vocês terão uma única chance de sair daqui. Nós vamos conduzi-los em grupos até os barcos de salvamento no convés e baixá-los ao mar, terão de remar rapidamente para uma das ilhas que se encontram aqui perto e tentar sobreviver até que alguém os encontre... entenderam?
- Mas nós morreremos congelados, então?
- Groelândia?
- Canadá?
- Mas isso fica perto do pólo norte... nós nunca vamos sobreviver neste frio.
- Meu deus... vamos morrer todos.
- No mar? Neste mar? Que mar? Alguém aí já conduziu um barco em alto mar?
- Vocês vão dar ouvidos a ela? Olhem bem, é apenas uma menina, deve ter a idade de minha filha...
- ESCUTEM – eu berrei em meio ao alvoroço que se formou – Entendam uma coisa, se você não tentarem esta saída... morrerão todos. Vocês são prisioneiros de um bando de assassinos que a poucos dias destruiu a minha família, eles não são normais como pensam que são, vocês viram – cada um de vocês – os olhos rubros que eles sustentam, acreditem, eles não são humanos e vocês estão aqui por um único propósito... eles querem o seu sangue.
- AGORA – eu disse novamente em alta voz quando os burburinho ameaçaram recomeçar – Eu me chamo Bella Cullen e não tenho outro interesse a não ser o de salvar as suas vidas, por favor... eu imploro que venham comigo ou prometo que vocês jamais voltarão a ver a luz do sol e morrerão aqui mesmo neste porão nojento.

Ante a ameaça imbuída em minha voz, as pessoas calaram-se e começaram desanimadamente a concordar comigo, alguns não me deram ouvidos e se afastaram, outros se reuniram perto de mim para tentar escapar. Então, um novo problema surgiu, havia algumas centenas de pessoas ali reunidas e mesmo contando com os muitos que resolveram ignorar meus apelos, eles formaram uma multidão razoável.
- Agora ouçam, por favor – eu comecei numa voz mais amena – Vocês são um grupo muito grande, teremos de fazer várias viagens para não despertar a desconfiança dos guardas, dividam-se em um pequeno grupo de vinte pessoas para subirmos ao convés.
Com o receio estampado na face misturada à urgência que tinham em sair dali, eles dividiram-se num grupo pequeno e pareciam um amontoado de maltrapilhos e cansados, mas, ainda assim, estavam ali. Havia velhos e jovens, e para meu desespero completo, uma criança de mais ou menos 12 anos agarrada à saia de uma senhora que parecia ser sua avó... um homem de estatura forte e muito alto com roupas de operários dirigiu-se a mim educadamente.
- Estamos prontos, o que fazemos agora moça? 
- Esperem aqui um minuto.
Rapidamente - e acho que eles notaram a velocidade absurda com que subi as escadas – fui me encontrar com Alice e trocamos algumas palavras rápidas e tão baixas que malmente nós mesmas éramos capazes de ouvir.
- Bella – disse Alice preocupada – Eles morrerão de frio lá fora, este porão é perto da casa de máquinas do navio e eles estão amontoados mantendo o calor do lugar, lá fora provavelmente a temperatura é negativa... não sei se sobreviverão.
- Sobreviverão – eu respondi convicta – Numa de minhas idas até o convés eu disfarçadamente olhei dentro dos botes salva-vidas, eles são cobertos por uma lona grossa e há cobertores e coletes salva-vidas neles além de ração e água potável. Os Volturi seguem as regras de segurança, não vão querer ter problemas com alguma guarda - costeira por uma bobagem destas... com a lona eles podem fazer um abrigo e se manterem um perto dos outros sob os cobertores para manter o calor. Há homens o suficiente para remar a embarcação.
- Como você quer fazer?
- Você fica aqui vigiando e espera eu voltar... Desça e já forme outro grupo para adiantar as coisas, eu vou levar estes que estão aqui e soltá-los ao mar. Acho que consigo fazer isso sozinha.
- Por favor, Bell – pediu Alice me abraçando – Tome cuidado.
- Eu sempre tomo...
- Está brincando comigo? – ela falou com a cara fechada – Você é a pessoa mais desastrada que eu conheço.
- Obrigada, Alice – eu respondi beijando seu rosto – Você é ótima para incentivar as pessoas.

Com um sinal nervoso eu pedi ao grupo que subisse as escadas, ajudei eles a se porem em pé sobre o platô e pedi que aguardasse do lado de fora sem fazer barulho, um rapaz franzino e de modos inquietos se encolheu de medo ao toque de minha pele gelada, talvez ele se lembrasse que os monstros que o seqüestraram também tinha esse toque frio.
- Agora, por favor, caminhem o mais silenciosamente possível atrás de mim.
Eu acenei levemente para Alice e meu coração se apertou ainda mais por deixá-la sozinha... rezei aos céus para que Renesmee estivesse segura. Apurei meu olfato pra sentir o cheiro do mar e tentei lembrar o caminho até a bifurcação onde Quil nos deixou, eu precisava tomar cuidado em meio a este labirinto de metal... sabia que não poderia continuar reto por muito tempo ou eu daria nas cabines onde a guarda e os próprios Volturi estavam acomodados, então resolvi subir num lance de escadas e continuar até encontrar uma passagem para o convés. O nervosismo não ajudava muito.
- Moça... quem são estas pessoas que nos seqüestraram? – perguntou o homem mais forte que falou comigo no porão.
- Ela é um deles – respondeu baixinho o rapaz nervoso que eu ajudara a pouco – Tem o mesmo cheiro e a pele gelada como eles.
- Ouçam – eu disse baixinho me virando para encarar seus rostos amedrontados – Eles me seqüestraram também, lembra? Eu não sou como eles nem de perto, e agora, por favor, não falem nada ou seremos descobertos... eles podem ouvir de muito longe.
Assim, com medo e em silêncio eles me seguiram... o que eles não poderiam saber é que eu estava com tanto medo quanto eles; seguindo os corredores de metal estreito eu encontrei a bifurcação que conduziria até o convés, subimos as escadas com cuidado e antes de eu atravessas a passagem que levava ao ar livre, senti o cheiro do vento para tentar detectar alguma coisa mas, por sorte, não havia qualquer sinal de vampiros no ar. Mas o pânico não tardou a me encontrar: lá fora estava escuro e congelante.
- Vamos! - eu disse tomando fôlego e saindo para a claridade gelada do dia.
Imediatamente eu ouvi o suspiro das pessoas quando entraram em contato com o frio lancinante do lugar, o convés do navio era um palco branco de gelo e eu os forcei a correr para trás das montanhas de contêineres empilhados ali a vários metros de altura, as imensas caixas de metal nos dariam a proteção necessária.
Uma mulher escorregou ao meu lado e rapidamente eu a ergui forçando todos a continuar correndo, não havia tempo a ser perdido; após um tempo desesperadoramente lento eu consegui divisar a sequência de barcos salva-vidas atados à amurada do navio.
Corri para o mais próximo e levantei a lona que estava coberta por uma fina camada de gelo, dentro eu vi os quites de sobrevivência e rezei para que fossem suficientes para vinte pessoas, por sorte havia calculado certo e a pequena embarcação comportaria todos que eu havia trazido. Estudei por um segundo o mecanismo que baixaria o barco até o mar, precisariam de pelos menos cinco homens fortes para desencaixá-lo do suporte a fim de suspendê-lo para fora do navio. As pessoas – mesmo morrendo de frio – deram um salto nervoso quando viram que eu facilmente erguera sozinha o barco e o colocara para fora da amurada.
- Andem... rápido, entrem no barco – eu disse com urgência.
- Meu Deus – suspirou a mulher que eu ajudara a pouco – Olhe para este mar... nós vamos morrer lá embaixo.
- Não vamos conseguir! – suspirou um senhor de idade.
- Ouçam bem, olhem para lá – eu disse impaciente apontando para o horizonte onde um paredão rochoso se erguia à distância semi-oculto pela noite – Lá está a liberdade de vocês, não é bonita... mas creiam, será mil vezes melhor espatifar este barco contra aquelas rochas tentando se salvar do que o destino que lhes aguarda dentro deste navio. Lá a morte é provável... aqui ela é uma certeza.
- Vamos gente, a moça tem razão... do jeito que estamos não temos mais nada a perder – disse o sujeito grandão que parecia ser um operário, ele começou a ajudar as pessoas a entrarem no navio.
- Entendam que o navio está em movimento e é muito grande... – eu comecei a falar – Então terão de remar com muita força para poder se afastar dele, eu vou baixar as cordas através da roda dentada que é o mecanismo das polias onde o barco está preso, cuidado para não perderem o equilíbrio quando atingirem a água uma vez que o arrasto do navio vai fazer este pequeno bote balançar muito.

Eu não vou mentir que não senti a angustia tomar conta de mim, basicamente eu estava atirando estas pessoas à própria sorte, mas, enfim, este meu ato desesperado ao menos lhes traria a oportunidade de alguma sorte. As pessoas entraram e abriram os pacotes de sobrevivência, cobriram-se com as capas de chuva e com os cobertores térmicos que havia por ali, quanto tudo estava pronto eu olhei para o homem que ajudara os outros e tentei sorrir o mais forte possível
- Agora é sua vez... boa sorte e tente não balan...
Mas, então, o vento mudou subitamente e o cheiro que ele trouxe fez eu me calar imediatamente deixando as palavras morrerem em minha garganta... o vento gelado que embaraçava meus cabelos carregava uma fragrância doce e perfumada. Um vampiro estava ali e não era nenhum dos de minha família, eu me virei lentamente e há poucos metros de nós, empoleirado sobre a amurada do navio, eu encarei um par de olhos vermelhos como o sangue.
- Ah, senhora Cullen... nós não podemos deixá-la sozinha um minuto e a senhora já apronta, não é mesmo?
- Felix... – eu sibilei com ódio, meu rancor do vampiro imundo que agora me encarava ia muito além da raiva, afinal, foi pelas mãos deste monstro que Renesmee se feriu e fora Felix quem matara Edward... apesar de eu não querer acreditar nisso.
- Meu mestre Caius tinha razão... a senhora tentaria libertar os escravos. Agora, nunca imaginei que fosse tão ingênua a ponto de imaginar que permitiríamos esta manobra boba.
- Vamos lá Felix... tente me impedir – eu disse com os dentes a mostra num sorriso selvagem, há tempos eu queria me vingar dele e empurrei o operário para trás de mim aguardando o impacto do monstro.

E foi o que aconteceu. Felix tinha uma força descomunal e acho que o único vampiro que conheci tão forte quanto ele foi Emett, mas Felix como todo grandalhão tinha uma desvantagem... era extremamente lento, por isso ele levou uma surra de Kaori, ela era leve assim como eu e extremamente rápida.
Felix saltou no ar e eu pude ouvir o silvo do vento quando ele caiu como um cometa em minha direção, com um giro no ar ele armou o bote descendo de forma devastadora seu punho em direção ao meu rosto, mas rápida como um raio eu inclinei meu corpo para a direita e o golpe de Felix atingiu o solo do convés fendendo o aço reforçado; sem perder tempo e com a raiva explodindo eu levantei a mão com a palma aberta contra o maxilar do vampiro assim como Jasper me ensinara outrora, o golpe foi certeiro e eu ouvi a pele de diamante de Felix rachar enquanto ele era atirado de encontro aos contêineres de aço.
- O que foi Felix? – eu gritei para ele enquanto posicionava a perna direita em apoio para suportar o próximo ataque – É mais difícil lutar contra um vampira adulta do que contra uma criança?
Felix levantou-se com uma lerdeza teatral e espanou o gelo das vestes escuras, em seguida um riso cavernoso deixou sua garganta enquanto ele recolocava o maxilar quebrado no lugar... então ele me olhou com seus olhos faiscantes e sua voz soou divertida no ar gelado.
- Senhora Cullen... a senhora deveria ter tomado o lugar de seu marido durante a batalha, Edward não tinha metade de sua força, talvez por isso ele tenha morrido tão facilmente.
- MALDITO ...! – eu me peguei gritando enquanto pulava em sua direção.
Mas no meio do caminho eu já havia percebido que cometi um erro grave... Felix apenas havia me provocado e me impelido a atacá-lo, eu dei vazão ao meu ódio e quebrei a regra principal de uma luta: segundo Jasper, jamais deveríamos atacar um oponente com ódio. O ódio cega e nos faz cometer erros.
Eu desferi um golpe reto com o punho fechado visando atingir o diafragma de Felix, mas ele rapidamente aparou o golpe e ergueu a perna direita de apoio num contra-ataque fulminante, seu joelho me atingiu no lado direito do corpo e a força do impacto me atirou contra o barco salva-vidas onde as pessoas estavam. Mesmo desorientada eu ouvi quando o casco de madeira rachou inutilizando a embarcação, as pessoas gritaram de susto e apavoradas se agarraram como puderam umas às outras enquanto o bote oscilou de um lado para o outro suspenso para fora do navio.
O operário grandão ajudou a me por em pé e corajosamente se pôs à minha frente mas eu o empurrei novamente para o lado...
- Não seja tolo – eu disse com a voz entrecortada – Basta um toque para ele te matar.
- Bem, senhora Cullen... o que faremos agora? – disse Felix debochando – Eu tenho ordens expressas de meu mestre Aro para não feri-la, mas realmente não estou conseguindo visualizar outra saída.
- Você é um covarde, Felix... não passa disso. Você se sente bem por se aproveitar de pessoas menores que você – eu disse cuspindo as palavras – Bem, eu sou menor, então porque não tenta se aproveitar de mim?
E foi o que ele fez, com um sorriso macabro no rosto ele se moveu em minha direção, eu ouvi o vento uivar e me preparei para o impacto... mas, então, outro som se misturou ao de Felix, um som mais veloz e maior, um corpo imenso se deslocando com o dobro da velocidade do vampiro. Subitamente, um borrão castanho-chocolate surgiu na periferia de minha visão e um segundo depois um lobo gigantesco abocanhou Felix cravando suas presas em seu tórax e atirando-o para longe de mim; o vampiro se chocou violentamente contra um contêiner que afundou quase tombando.
- Quil... – eu disse aliviada.
O lobo postou-se a minha frente arreganhando as presas afiadas para Felix, o vampiro levantou-se, mas tombou de joelhos devido aos profundos ferimentos causados pelo ataque de Quil; as pessoas agora ficaram completamente desesperadas depois de verem um lobo do tamanho de um boi.
- Acalmem-se por favor ou alguém irá ouvi-los...
- Mas que diabos está acontecendo aqui, moça? – berrou o rapaz franzino de dentro do bote que ainda balançava.
Eu estava prestes a responder quando o riso sínico de Felix soou novamente pelo convés, ele ainda estava caído de joelhos, mas olhava-nos como se fossemos meros brinquedos, aquele olhar e aquele riso não me trouxeram ódio e sim uma sensação de medo... havia alguma coisa errada ali e eu notei isso quando os pelos de Quil se eriçaram descontroladamente.
Então, o som do riso desapareceu dando lugar às palmas e eu senti como se meu estomago despencasse para o chão, de repente, como uma miragem, os três irmãos Volturi surgiram sobre um amontoado de contêineres e logo Caius sorriu para mim... era ele quem aplaudia.
- Surpreendente... – ele falou numa voz cortante – Realmente surpreendente, senhora Cullen... um ato de extrema coragem, somente agora compreende o fascínio que meu irmão guarda pela senhora. Uma tentativa de salvar estas pessoas? Que sentimento mais altruísta, de fato, uma mulher peculiar... e uma vampira destemida; enfrentar Felix sozinha... bravo, senhora Cullen, bravo.
Aro apenas me encarava com um olhar sombrio e Marcus nem parecia notar o alvoroço ao redor, Quil sentiu o ódio crescer e eu ouvi seu coração acelerar, suas garras cravaram-se no chão do convés rasgando o aço como se fosse manteiga.
- Eu não posso permitir que vocês matem estas pessoas – eu disse reunindo minha coragem minguante.
- A sua permissão nos é totalmente desnecessária, senhora Cullen – respondeu Caius – A senhora é ingênua a este ponto? Talvez tenha se esquecido de Miguel, não é mesmo?
Ouve, então, um zunido baixo e um a um a guarda Volturi surgiu em nossa frente; todos estavam presentes incluindo Alec, Jane e Flávius Aurélius com sua armadura resplandecente; a guarda total era composta por pelos menos 30 vampiros todos trajando suas roupas galantes num tom cinza-escuro, a não ser os gêmeos, cujas capas esvoaçantes eram quase negras.
- Maldição...- eu gemi baixinho, como poderia ter me esquecido do vampiro camuflador?

- A senhora está em desvantagem como pode ver... – tornou Caius – Mas eu seria injusto, vou tornar as coisas mais equilibradas para a sua defesa.
E com um estalo dos dedos, dois guardas surgiram de trás dos outros trazendo Alice, ela foi empurrada em nossa direção e teve que apoiar-se em Quil para não cair, eu corri a mão por sobre o pêlo macio do lobo e encontrei a de Alice.
- Me perdoe Bell – ela disse suspirando – Eu não pude fazer nada, eles me encontraram assim que você saiu, pareciam saber que estávamos lá.
- Não foi sua culpa, Alice – eu respondi.
- Bem, o que está faltando agora? – perguntou Caius – Ah, sim, persuasão. Felix, tenha a bondade...
E como um relâmpago, Felix se moveu, parecia já estar recuperado dos ferimentos impostos por Quil, ele correu e agarrou o homem que me ajudara a pouco e tirou-o de perto de nós... com um movimento rápido do pulso, partiu o pescoço do homem e atirou-o morto no mar.
- NÃO...........!!!! – eu e Alice berramos juntas.
Quil se enfureceu e Alice teve que contê-lo para ele não atacar os guardas, uma atitude destas provavelmente provocaria a sua morte; as pessoas no pequeno barco salva-vidas gritaram em horror e eu fiquei chocada olhando para o corpo do homem boiando entre as ondas do mar revolto.
- Caius... amaldiçoado seja.... – eu balbuciei.
- Ora, sem drama senhora Cullen – ele disse simplesmente – A senhora não esperava que um plano mais sem cabimento destes desse resultado, não é mesmo? Eu sabia que a senhora planejaria algo para estas pessoas, ultimamente, meu irmão Aro está se sentindo muito clemente para com sua família e eu tive que provar a ele que vocês fariam algum mal a nós caso tivessem a oportunidade. Bem, acho que eu estava certo não é mesmo?
Aro não respondeu e eu senti náuseas pela atitude de Caius.
- Agora – ele voltou a falar – Tenho que tomar uma providência concreta para mantermos a sua obediência, e meus planos... diferentes dos seus, senhora Cullen, sempre dão resultado.
E então eu vi Matheu se aproximar e em suas mãos, fortemente presa, vinha Renesmee... ela tinha o rosto em fúria e se debatia tentando se soltar, mas o guarda era por demais forte para ela conseguir.
- Caius – eu disse e o ódio subiu em minha mente – Não ouse tocar em um fio de cabelo de minha filha... ou eu juro que...
- Que? – ele perguntou rindo – O quê, Isabella? Você pretende fazer o quê? Mas não se preocupe, machucar sua filha não traria vantagem alguma para mim, eu prefiro fazer algo que me dê a sua lealdade de forma mais completa... Chelsea, por favor.

Eu sufoquei um grito mal contido, Chelsea deslizou por detrás de Caius com uma elegância aristocrática típica das mulheres da guarda Volturi, seus cabelos louros e longos ondulavam ao sabor do vento gelado e seus olhos ígneos cintilaram ao encarar Renesmee.
- Oh, não... – gemeu Alice.
Chelsea tinha o dom de unir ou quebrar os laços que mantinham as pessoas ligadas, ela conseguiria fazer com que qualquer um se unisse aos Volturi como se fosse a escolha mais fácil a ser feita, o plano de Caius tornou-se claro: para me manter comportada, ele faria com que Chelsea quebrasse os laços de amor entre Renesmee e nós e fortaleceria os laços dela com os Volturi.
- Não... – eu disse mais desesperada do que com ódio – Eu não vou permitir...
E com toda a intensidade que eu pude, com toda a força que meu coração de mãe conseguiu reunir, eu lancei sobre Nessie o meu escudo mental... ele ampliou-se como um elástico, como uma membrana de proteção sobre minha filha... foi tão forte que eu quase o extraí de mim mesma para proteger Renesmee.
Eu percebi que Chelsea fez seu esforço, senti um gosto doce como mel na boca e soube que ela procurava unir Renesmee aos Volturi, forcei ainda mais meu escudo... mas tudo o que recebi em troca foi uma gargalhada sonora de Caius.
- Senhora Cullen, por favor – disse Caius enquanto seus irmãos permaneciam em silêncio e eu fui obrigada a estranhar esta atitude de Aro – A senhora já esqueceu-se de Miguel, terá se esquecido também de Alexandrovich?
- Ah meu Deus, Bella... – gemeu novamente Alice.
E lá, ao lado de Miguel, estava Alexandrovich... o vampiro velho e cadavérico que durante meses anulou o dom de clarividência de Alice, ele me olhou sem qualquer expressão, como se estivesse ali por estar, seu rosto mostrava um pouco da indiferença contida em Marcus.
Ele apenas me encarou e eu senti o meu escudo falhar, me esforcei ao máximo mas ele recuou até mim e mesmo eu não o senti mais após alguns momentos... o vampiro russo acabara de anular meu escudo e agora eu estava desprotegida e Renesmee à mercê da astúcia de Caius.
- Por favor... – eu pedi olhando para Chelsea.
- Ah, então sua coragem agora transformou-se em pó? – bradou Caius.
- Mãe... – chamou Renesmee assustada estendendo sua mão para mim.

Tudo aconteceu como em câmera lenta, como se a velocidade do mundo fosse desacelerada, ouvi Quil rugir ao mesmo tempo em que Alice se atirava sobre ele impedindo-o de atacar... neste instante encarei minha filha e Renesmee estava assustada e nervosa, mas, um segundo depois o poder de Chelsea a atingiu e seus olhos se abriram com um brilho diferente... e Renesmee relaxou o corpo deixando de lutar contra Matheu, ela então me olhou de forma estranha... quase como se não me reconhecesse.
- Está feito... – disse Caius vitorioso.
- Nessie? – eu chamei baixinho.
- Renesmee, minha querida menina – chamou Caius – Bem vinda à minha família.
- Meu mestre Caius – ela disse numa voz de soprano que não parecia a dela.
- Filha... não, por favor Nessie... olhe para mim – eu disse e cruzei o espaço que nos separava indo até ela e colhendo-a em meus braços.
- Mãe? – ela chamou novamente e me encarou com aquele olhar frio.
- Você está bem? – eu perguntei.
- Sim, agora estou.
- Renesmee, você não pertence à eles.
- É claro que pertenço mãe, aliás, é uma honra servir aos Volturi.
- Você não pode estar falando sério... filha, aquela vampira maldita a está enfeitiçando.
- Que bobagem – ela respondeu se desvencilhando de meus braços – Por que eu lutaria contra isso? Há tantas possibilidades em servir aos Volturi, eles são a realeza mãe, por que eu ficaria contente em viver escondida em uma cidadezinha no meio do nada?
- Renesmee – eu a agarrei chacoalhando seu corpo – Lembre-se de quem você é, lembre-se de sua família... estes monstros destruíram a nossa família.
- Apenas porque todos foram teimosos demais em ceder ao privilégio de servi-los – ela disse se soltando e se afastando de mim.
- Lembre-se de seu pai... Nessie, lembre-se de Jacob – eu pedi implorando.
- Eles estão mortos... tiveram a chance de sobreviver mas não quiseram aceitar. E eu jamais poderia continuar amando aquele cachorro agora que farei parte da corte dos Volturi.

Eu ouvi a lamuria de Quil e sei que o coração do lobo se cortou ouvindo Nessie falando daquele jeito de Jacob, mas ela estava possuída, estava sob os encantos de Chelsea que a uniu aos Volturi. Alice prendeu a respiração, eu senti como se a gravidade aumentasse mil vezes sugando meu corpo para o chão.
- Caius – eu disse muito baixo – Eu quero minha filha de volta.
- Ah, você a terá senhora Cullen... assim que aprender a se comportar.
- Caius...
- Guardas, queiram ter a bondade de conduzir estes escravos novamente aos porões, eles já passearam bastante por hoje. E Matheu, conduza as meninas Cullen e seu cãozinho novamente para a cabine.
- Um momento, milorde – pediu Jane de repente se posicionando à minha frente.
- Jane?
- Eu posso falar com a Cullen por um momento?
- Mas é claro que sim Jane – disse Caius divertido ante o olhar crítico de Aro.
- Você está sem seu escudo, não é mesmo? – Jane disse me olhando com um sorriso letal nos lábios.
Então, um fogo me atingiu no estômago e se espalhou por todo o meu corpo, era uma dor lancinante e corrosiva que parecia capaz de incendiar minha alma me fazendo retorcer no chão; ouvi o grito de Alice ao longe enquanto Jane me causava dor. Sem meu escudo mental parecia que ela me cravara um ferro ardente em meus olhos, era como se houvesse arame farpado em meus pulmões e agulhas incandescentes sob minhas unhas.
E, apesar de não conseguir fazer outra coisa a não ser gritar de agonia e se debater no chão, eu ainda abri meus olhos e uma dor ainda maior que aquela causada por Jane me atingiu: Renesmee observava tudo com um olhar impassível... com o olhar de uma Volturi.
Subitamente, a dor cessou e eu senti quando Jane se ajoelhou ao meu lado inclinando-se sobre mim.
- Há muito tempo eu desejei isso, Bella... – ela disse baixinho – E não se preocupe... tenho certeza de que eu e Renesmee seremos ótimas amigas.
Ela se afastou e vi quando Matheu veio em minha direção com o intuito de me ajudar a levantar, imediatamente Alice o impediu e o afastou vindo ela mesma me ajudar, eu me pus em pé a tempo de ver os irmãos Volturi se afastando, Renesmee calada caminhando entre Alex e Jane.
- Aro – eu chamei com minha voz falhando.... – Por favor...
Aro então conteve sua marcha flutuante e virou-se para mim, seu olhar inexpressivo parecia não concordar com nada do que fora feito por Caius, eles sempre discondavam um do outro, mas isso não significava que algum dia seriam inimigos.
- Isabella? – ele perguntou formalmente.
- Eu imploro e se for preciso fico de joelhos – eu comecei olhando-o desesperada – Por favor... não permita que Renesmee seja alimentada com sangue humano... ao menos isso...
- Está bem – ele disse por fim – Sua filha receberá o sangue de um dos cervos, mas eu peço que não ouse trair a nossa boa vontade novamente, Isabella, ou eu não poderei ajudá-la mais.

Eu e Alice caminhamos lentamente para o interior do navio sendo escoltadas por Matheu e mais quatro guardas, Quil reassumiu a forma humana e recebeu novamente uma muda de roupas ralas para vestir; as pessoas que tentei salvar foram conduzidas entre choro e desespero para o porão de onde jamais voltariam vivas.
Antes de trancar a porta, Matheu ainda me olhou e havia pena em seus olhos rubros.
- Eu disse que a senhora tinha muito a perder – disse ele por fim.
A cabine me recebeu de forma triste e melancólica, eu queria chorar... queria chorar desesperadamente porque agora minha Renesmee fora tirada de mim da pior maneira possível, toda a vez que me lembrava daquele olhar frio uma nova onda dor ameaçava me tomar por completo.
Quil não falava e Alice sentou-se ao meu lado apoiando minha cabeça em suas pernas.
- Ela está sendo controlada, Bell... nossa Nessie jamais faria isso... – ela disse baixinho.
- Eu sei, Alice... eu sei, mas foi a coisa mais dolorosa que eu já vivi além de ter perdido Edward... vê-la caminhando com eles...
- Eu vou decapitar pessoalmente aquela maldita Chelsea... eu juro para você – ela disse com raiva.
Mas não importava mais, nada mais parecia fazer sentido e eu simplesmente me senti a pessoa mais miserável do mundo sem meu marido e minha filha, tudo o que desejava eram as lágrimas que eu sabia jamais poder produzir... eu queria poder morrer e acabar com esta dor.


Depois de algumas horas... horas sem fim... eu me levantei do colo de Alice e caminhei até a pequena escotilha que servia de janela, lá fora o nascer do sol já se agigantava no horizonte e eu senti a tristeza tomar conta de mim, então, eu me ouvi dizer baixinho para mim mesma...



- Edward... Onde está você?

6 comentários:

O aro ta sendo bonzinho. Ódio do caius,Edward aparece Sem vc a Vida da bella num tem sentido. Excelente

Angus, já tava sentindo falta de comentar em Candor Lunar... Sua fúria assassina tá aumentando, hein?!?!?!? rsrsrsrs Coitadinho do operário, tãããõoooo bonzinho... mas foi se meter no meio dos seres míticos!!! Ô, dó... Eu quero ver um do ponto de vista do Jake, como será que ele vai reagir quando descobrir que a Nessie tá do lado dos Volturi??? Ansiosa... Não demora não, tá?!?!?!? Por favooooorrrr?!?!?!? Parabéns!!!

Ang vc esta de parabens pela obra prima q vc escreveu.
Sei q tudo tem um proposito mas a gente não precisa aceitar calada então...............
PORQUE PORQUE PORQUE PORQUE PORQUE PORQUE.....
Tudo só acontece com os Cullen.
Sabe já não aguento ver tanto sofrimento......
Sabe odio é uma palavra tão feia de um sentimento tão horrivel mas não sobra outro sentimento pra descrever o q sinto pelos Volturi e sei q isso se deve ao fato de vc escrever maravilhosamente bem.
E sei q vc é absurdamente talentoso.

Não tenho palavras q descreva como gosto de suas escritas...............................

PARABENS


BEIJOS

FELICIDADES
AGUARDANDO ANSIOSA PELOS PROXIMOS CAPS

OI gente, passando para agradecer o carinho e os comentários...

Bem, respondendo algumas perguntas: terá sim capítulos com o ponto de vista de Jake, mas eu ainda não sei quais serão.
Quanto ao sofrimento, bem, elas são prisioneiras dos Volturi então não tem como existir felicidades não é??? srsrsrsr

Mas não se preocupem pq os proximos capítulos serão mais cheios de aventura que de tristeza...um draminha às vezes faz bem...srsr

beijos, meninas...

oi
amei a sua fic.
mas tenho nmuita curiosidade dos proximos capitulo0s.
quando e que vc posta novos capitulos?
bjs

Quando posta o novo capitulo tou a ficar curiosa, nao pare de escrever agora.
por favor

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