22 de mai. de 2011

Capitulo 19

Posted by sandry costa On 5/22/2011 1 comment



P.D.V – Desconhecido

Humana estúpida!
Não disse nada que me servisse de algo! Alem de me cansar muito. Entrar em sonhos era uma coisa muito difícil, e que apenas imortais superiores, ou súcubos mais fortes, conseguem fazer.
Eu ainda tive de usar o máximo dos meus poderes de sedução com ela, se fosse um menino teria sido mais eficiente, e eu teria conseguido uma cota de energia.
Dormi com três homens para conseguir toda aquela energia, e quase matei o ultimo.
Esfreguei meus olhos, desarrumando meus cabelos e mandando uma onda de vento violenta por todo o quarto. Derrubei coisas.
-Katherine! – minha dama de companhia entrou no quarto.
-Não te chamei aqui Nannitri! – rosnei sentindo meus dentes crescerem dolorosamente.
-O que te aflige minha princesa? – com um gesto de sua mão, tudo voltou para o devido lugar. Odeio súcubos do ar.
-Minha mãe, ela esta protegendo uma humana. Hoje eu visitei os sonhos da humana, mas ela não disse nada... Nannitri, eu estou a um ponto de perder meu trono!
-Katherine, você não nasceu do espírito minha lady, nunca poderia ter o trono. – disse calma e bela. – Somos do vento, e deveria estar feliz de ser da realeza do vento.
-Todas são da realeza do próprio elemento! Eu quero o trono principal.
-Ser a grande rainha traz grandes responsabilidades.
-Eu quero governar Nannitri, não fazer previsões.
Ela parou. Esfregando os nós dos dedos.
-Acho que posso ajudar-la. – ela murmurou.
-Como? – me aproximei dela.
-Lembra-se de Radamante?
-Sim. – como eu poderia me esquecer de Radamante? A primeira súcubo a se exilar das irmãs e ir viver com um homem, um mago. Depois de algum tempo juntos, a Night Wisp dela morreu, e sua magia negra afetou a mente dos dois, deixando-os loucos e corrompidos.
-Ela é a resposta de tudo. – Nannitri sorriu em um esgar.
-Como assim? – franzi meu cenho.
-Radamante teve uma filha. Essa menina nunca teve um Wisp, e já nasceu corrompida, e assim a linhagem dela se seguiu. A última filha da linhagem, Melina – começou a sussurrar. – Esta organizando uma revolução contra a sua mãe.
Fiquei em silencio. Súcubos que se corrompiam não duravam muito tempo.
-A revolução limparia da terra os imortais inferiores que estão contra nos, deixaria apenas os nossos serventes. E – olhou para os lados, como se certificando que ninguém a visse. – Ela disse que poderia dar o que você quer, se ajudar-la.
-Esta sugerindo que eu me volte contra meu próprio povo?
-Ora Katherine, você nunca se importou com o seu próprio povo. Você não quer o trono? – concordei. – Então, Melina dará o que você quer.
-Mas, será necessário matar muitas súcubo para chegar a minha mãe.
-Não. É claro que não. As súcubo juraram lealdade a coroa, quem tiver-la sobre a cabeça elas seguiram.
Ponderei um pouco.
-O que precisaria ser feito?
-Não muita coisa. De inicio, sua mãe não se importara com a guerra travada pelos imortais inferiores, ela dirá que não é de responsabilidade própria. Depois de destruir as bruxas, liquidaremos os lobos.
Nannitri olhava para mim com olhos afetados e mergulhados em prazer.
-Corromperemos as bruxas restantes para ficarem ao nosso lado. E depois de ter um novo exercito de bruxas e lobos ao nosso dispor, invadiremos o Armageddon, e prenderemos a sua mãe, junto com a sua ancestral, no fundo da terra, e ai. – parou. – Você será a nova rainha.
Meneei a cabeça.
A idéia me parecia por demais tentadora. Entretanto... Invadir o palácio mais protegido e grande de toda a terra seria uma coisa difícil. Ele praticamente tinha vida própria, criando novos labirintos, mudando passagens, e se assimilando conforme a vontade das súcubo que viviam lá.
Localizado no alto de um morro, com grandes muros circundando a morada súcubo, do mundo humano, tendo mais muros cobrindo a cidade que circundava o castelo, com milhões de escravos que serviriam e matariam de bom grado por minha mãe.
Com certeza era uma idéia suicida.
-Vamos todas morrer e seremos exiladas! – gritei, mas logo contive minha voz ate um sussurro contido. – Nunca conseguiremos invadir o Armageddon e se o fizermos, nunca sairemos!
-Não precisamos invadir. Só precisamos sua mãe longe de lá, e um pretexto para passar o reino para você.
-Todas iram desconfiar de meu elemento. Apenas damas do espírito podem ser rainhas!
-Você deve estar ciente que sua mãe tem uma filha não é?
-Uma bastarda suja. – rosnei.
-Uma bastarda que tem o espírito passando no sangue de sua linhagem. Quando sua mãe encontrá-la, ela será a próxima rainha durante mais sete milênios, e ai você apodrecera sem o trono.
-Mesmo assim, elas perceberam que a algo de errado.
-Se sua mãe não possuir descentes, o trono será seu.
-Ainda à Kahlan.
-Daremos um jeito nela.
-Continuaram sem aceitar. – insisti.
-Não se você fizer uma visita à floresta das Night Wisp.
-O que isso mudaria? – franzi meu cenho. As súcubo geralmente iam lá quando tinham uma filha, para que ela fosse escolhida por uma Wisp e revelar seu elemento. Eu sabia que as damas espirituais visitavam freqüentemente a floresta, pois diziam que as Wisp davam conselhos e podiam nos conectar as nossas ancestrais, mas uma súcubo de um elemento comum ir para lá...
-Se você fingisse que tivesse ido para esse bosque, poderia dizer que os Wisp abençoaram você com o espírito, já que a antiga rainha havia sumido.
-Os Wisp podem fazer isso?
-Eles são os espíritos de nossos ancestrais, anjos que ficaram na terra. Irmãs e irmãos de nossa grande mãe. Eles podem fazer qualquer coisa. – Nannitri ergueu uma sobrancelha, uma expressão de zombaria em seu rosto.
-Mas e a pedra?
-Você dirá que seu antigo Wisp a abandonou – segurei uma exclamação, uma Wisp abandonar sua parceira era a coisa mais vergonhosa e estúpida que existia. Raramente acontecia, pois, quando uma Night Wisp escolhia uma súcubo, nunca mais trocava.
-Me recuso a dizer isso!
-Entenda Katherine. Você fingira que foi atacada por uma legião de magos do norte, e que eles arrancaram seu pingente. Será necessário que você arranje outra, e assim, o espírito te abençoara. Ou podemos inventar outra desculpa.
Isso era uma coisa comum. Muitas criaturas, mágicas ou não, formavam grupos, não para matar-nos, mas para roubar nosso colar, que obtinha um alto preço no mercado.
-Mas Nannitri, quando uma Wisp é tirada de sua súcubo, geralmente ela assume o mesmo elemento de antes.
-Mas a sua será a primeira a não assumir. Trocaremos sua Wisp por uma opala, e assim você ser a mais nova rainha. – bateu palmas.
-Se precisar usar meus dons?
-Raramente a rainha usa seus dons, e você pode simplesmente dizer que não consegue controlá-los muito bem ainda. Você da um jeito Katherine, é uma menina ardilosa, e que sempre consegue o que quer.
Nannitri me olhou com glamour.
Pensei um pouco em suas palavras. Minha mãe nunca mostrou um traço sentimental por mim, e todos esses séculos que eu vivi nesse castelo, de súcubo do ar, a raiva e o ódio cresciam em meu peito.
Ser rainha era a única coisa que eu desejava, e ter o prazer de esfregar isso na cara da minha ‘mãe’, parecia algo muito tentador a se fazer.
-O que faremos com a rainha?
-Ela será presa em um lugar de grande poder. Onde apenas os arque-demonios e os serafins podem habitar. Um lugar secreto, e que sua mãe nunca conseguira sair, a menos que algum imortal superior a ajude.
Ela analisou minha expressão.
-Como?
-Daremos um jeito...
Ficamos em silencio nos olhando.
-Temos um trato? – ela estendeu uma mão.
-Só preciso fingir que sou uma dama do espírito, e virar rainha?
-Depois de conseguir virar a rainha, Melina desejara alguns favores. Não será nada demais. – sua mão me esperava.
-Fechado. – apertei sua mão macia.
Ela tirou do pescoço uma corrente de prata escura. O pingente era o símbolo de um galho comprido, lembrando uma varinha de condão, atravessando uma mariposa cintilante, o símbolo dos magos com os da súcubo.
As súcubo podiam ser o símbolo da sexualidade, por precisar de sexo para sobreviver, mas o que nos marcava eram as mariposas, que representava as Wisp.
-O símbolo da revolução. – ela colocou no meu pescoço.
Sentindo o peso do metal gelado, um tremor percorreu meu corpo, dando-me mais forças contra minha mãe.
-Ela terá o que merece.
-Um beijo para selar nosso acordo? – perguntou maliciosa.
Nossos lábios se encontraram, num gesto que representava muito mais do que sexo. Relações entre nos eram comuns, não tínhamos preconceitos, e trocávamos beijos com qualquer irmã.
-Seu destino foi selado, minha rainha.

1 comentários:

Nossa ta muito show.

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