Com um movimento rápido, seu corpo foi impulsionado pelas potentes patas traseiras e ela saltou em minha direção numa velocidade espantosa, por sorte, apesar de eu não ser a Cullen mais forte, sou a segunda mais rápida da família, só perdendo para Edward; numa esquiva rápida eu desviei para o lado e senti o vento produzido pelo corpo da loba quando ela passou raspando em mim. Mas Arina não estava para desistir tão facilmente e quando suas patas mal haviam tocado o solo ela deu meia volta num segundo salto e por centímetros eu escapei novamente de seu ataque.
- Sua idiota! – eu gritei com raiva, mais por ter estragado meu par de Swarovski do que pela atitude estúpida dela – O que você tem na cabeça? Como ousa me atacar deste jeito sua menina sem graça?
Mas a resposta veio novamente com um ataque violento e eu soube que ela não pararia até que uma de nós estivesse machucada, assim, numa esquiva veloz eu flexionei o corpo para o lado esquerdo e enquanto ela passava por mim, desferi um golpe com as costas da mão visando acertar seu braço. O golpe atingiu a parte mais musculosa do corpo dela, eu não desejava quebrar-lhe algum osso, só queria que Arina se afastasse e sentisse dor e, desta forma, perceber que eu representava alguma ameaça para ela.
É claro que isso não surtiu efeito como eu desejava, ao invés de ela se afastar de mim, Arina ficou ainda mais furiosa e mesmo mancando com o braço que eu atingi ela saltou em minha direção, novamente eu desviei mas só a tempo de perceber a verdadeira intenção de Arina. Ela pulou mais enviesada e no momento de meu desvio escoiceou com a pata traseira fazendo com que as garras atingissem com força meu braço esquerdo, garras como lâminas cortantes dilaceraram minha carne marmórea tão fácil quanto rasgariam a água; eu senti um líquido frio e viscoso escorrer das rachaduras de minha pele e soube que era o veneno que corria de meu corpo.
Vampiros não possuem sangue, nosso “sangue” transforma-se em veneno quando nos tornamos vampiros, é um líquido inodoro e de coloração clara, como os venenos de algumas serpentes. O líquido agora corria pela minha jaqueta da Prada e eu fiquei realmente furiosa por aquela loba estúpida destruir uma jaqueta de 2 mil dólares, sem contar que o corte no meu braço ardia como o inferno.
Novamente Arina veio e minha direção como um cometa; “essa menina está possuída” eu pensei comigo mesma antes de me atirar no chão, sentindo a pele de cristal no meu braço rachar um pouco mais, a esta altura, o meu “sangue” já corria pela minha mão e eu senti uma tontura repentina me tomar. Nunca antes eu havia me ferido desta forma e apesar de ter ouvido Jasper me contar que vampiros sangram veneno, nunca tinha sentido esta sensação antes, agia como um entorpecimento que tomava os meus membros e amortecia minha mente.
Foi com uma lentidão perigosa que eu me reergui novamente e isso me custou caro, malmente fiquei de pé quando senti Arina se chocar contra mim, ela literalmente me dera uma cabeçada como um touro furioso me atirando longe dali, caí no chão de costas com o ar sendo atirado para fora de meus pulmões. Furiosa, eu vi quando a loba se jogou no ar em minha direção com as patas juntas em garras letais e armadas, mais rápido que ela desta vez, eu atirei para o alto as minhas pernas atingindo-a de surpresa na jugular com os meus dois pés.
Ouvi com satisfação um ganido de dor e Arina caiu na mata longe de mim, eu me ergui com dificuldade, meu braço ardendo, minha visão borrando e estava sem ar... talvez por isso eu não a vi se aproximando, uma segunda loba, negra como a noite e com olhos esverdeados e sobrenaturais... Kara.
A amiga de Arina deveria ter ficado rondando esperando o desfecho da luta, e quando percebeu que Arina não daria conta sozinha veio ao encontro da amiga, Kara era muito maior que Arina ou Leah, ela tinha a mesma envergadura dos lobos machos... mas muito menor que Jacob. Com uma velocidade espantosa, voou até onde eu estava e cravou suas presas afiadas ao redor da minha coxa direita... o grito de dor que eu soltei ecoou pela floresta fechada, um grito de agonia e tão sincero que eu me espantei comigo mesma por estar sentindo uma dor tão excruciante como aquela.
Mas antes que Kara girasse a cabeça tentando arrancar minha perna, eu baixei meu punho esquerdo em direção à sua cabeça, o golpe atingiu-a sobre o olho direito e ela me soltou imediatamente cambaleando para trás. Infelizmente, Arina já estava bem e me atingiu com outra cabeçada na altura do peito, voei para longe caindo e me arrastando pelo chão sujo da floresta até me chocar contra uma árvore.
Levou um ou dois segundos para minha cabeça desanuviar, e quando consegui retomar o foco, percebi que minha roupa estava arruinada e nem quis pensar nos meus cabelos... minha unhas estavam imundas e minha perna sangrava copiosamente na altura em que as presas de Kara a perfuraram. Coloquei-me em pé com dificuldade, meu corpo inclinado e apoiado na perna sã... meu braço esquerdo pendia no meu corpo... eu estava um trapo só.
Foi quando o som de dois rosnados chegou até mim, eu ergui os olhos no momento em que Kara e Arina preparavam um ataque só contra mim, percebi que fora um erro não acertar Arina visando inutilizá-la numa luta, agora, ao invés de uma eu tinha duas adversárias com que me preocupar.
Com um braço e uma perna feridos eu não tinha chance contra duas lobas, me deixei cair no chão e quase sorri com a ironia... iria morrer porque uma idiotinha gostava do meu namorado e estava com ciúmes.
Morrer por ciúmes... francamente Alice, isso só poderia acontecer com você mesmo.
2 comentários:
Nossa não acredito no que li, aff como isso pode acontecer cade os lobos, não estao vendo que a duas estao erradas envadindo e atacando quem nada fez? Jake cade vc meu querido.
Nao demore por favor bjs
Tadinha da Alice. Espero que alguém apareça para ajudá-la.
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