Me remexi na cama, mas não quis levantar.Fiquei mais um tempo deitada até que levantei e fui para de baixo do chuveiro e quando sai olhei pela janela e vi um sol intenso brilhando. Entrei no closet e optei por um visual mais leve e descontraído para hoje. Amarrei meu cabelo e desci. Quando estava descendo as escadas ouvi um grito, mas não era um grito de pavor ou medo, era um grito de alegria: era uma risada. Olhei pela sala e na cozinha mas não vi ninguém, então segui para o jardim e avistei Jacob deitado na grama com a Sarah em seus braços e ela por sua vez deliciava-se com a brincadeira do pai: ele pegava-a e a jogava para o alto enquanto ele gargalhava alto. Já Jhonni estava no colo da Kat e sorria alegremente enquanto meus pais brincavam com ele. Sentei-me ao lado do Seth que sorriu. - Vejam só quem resolveu dar o ar de sua graça. Já estava preocupado, por que você sabe né...- eu o olhei meio irritada e perguntei. - Sei o que? - Ainda estás meio cedo pro período de hibernação – eu lhe dei um tapa no ombro, mas tive de rir junto. Eu fiquei conversando com ele por algum tempo, mas acabei indo até Kat e meus pais. Assim que me aproximei e Jhonni me viu, eu não consegui evitar um sorriso enorme ao ver ele estender os braçinhos para mim.Eu o peguei e beijei sua bochecha demoradamente. - Ele disse que adora quando você sorri. Deve sorrir sempre – papai passou o braço pelo meu ombro e então eu resolvi tentar uma coisa. Conectei minha mente a do Jhonni “ Oi querido” “ Olá mamãe” Eu senti meus olhos lacrimejarem e seu rostinho ficar sério “ Não chora mamãe” ele tocou meus rosto com as mãos e sorriu de maneira que eu também precisei sorrir entre as lágrimas. É inacreditável que depois de tudo que a vida cobrou de mim e de minha família ela foi tão generosa comigo e com Jacob nos dando os nossos dois grandes tesouros. Meus tesouros, tão preciosos. - Hei mamãe que tal me dar um beijinho também? – Jake veio até nós, fazendo uma voz fininha imitando a da Sarah. - Aun, é claro que posso minha bonequinha linda – Jake pegou o Jhonni e eu peguei a Sarah e lhe beijei, apertei e amassei muito enquanto ela ria sem parar. 1 ano depois... Ashley Os gêmeos já estavam com um ano embora aparentassem ter, pelo menos, uns dois. Carlisle disse que seria assim até que eles completassem uns 6 ou 7 anos, como foi com a Nessie. Jhonni é visivelmente maior que a Sarah, ele tinha o sorriso do Jake e é extremamente inquieto, adora falar ao contrário da irmã que só fala quando necessário. Os dois brigam raramente pois são muito unidos. A pequena Sarah é o encanto da casa, uma verdadeira bonequinha : pele branca como a da mãe, cabelos cacheados e loiros, boca em formato de coração e olhos extremamente azuis. Ela é meiga e já demonstra grande interesse por moda, pra total alegria de Alice, Rose e Kat enquanto Jhonni é visivelmente apaixonado por coisa perigosa: adrenalina. Caçar com Emm é o seu passeio de fim de tarde favorito. Um dia desses fomos todos caçarmos e em um descuido Sarah caiu dentro do rio e por instinto de protege-la Jhonni descobriu seu dom: ele congelou a água para que a irmão não se molhasse e acabasse ficando doente. Com o tempo descobrimos que ele não controla somente a água e seus estados físicos como também, o fogo. Mas com a Sarah não aconteceu o mesmo: ainda não sabemos qual é o seu dom, nem mesmo se ela tem algum. Corri até minha antiga casa e entrei, subindo direto para o quarto que era do Scott, fiquei ali por um momento e depois caminhei até a porta do quarto do Alex. Respirei fundo e entrei. Tudo continuava do mesmo jeito: cada detalhe. Sentei na sacada e fiquei pensando na minha vida e as lembranças vieram-me a mente: eu e Alex deitados na grama olhando as estrelas e discutindo sobre qual era mais bonita, depois nós dois tomando banho de chuva, eu e Scott brincando de pega-pega e assim por diante. Os dois estavam longe de mim agora e meu peito se apertou por isso, 7 anos longe deles. Mas isso não é a única coisa que tem me consumido ultimamente, como também o fato de que depois de 7 anos de casamento eu ainda não apresentei nenhum indicio de engravidar. Por que essas coisas acontecem comigo? Por quê? - Ah mamãe... – suspirei deixando as lágrimas caírem – Por que você não está comigo agora? – uma brisa leve bateu em meu rosto trazendo-me um cheiro conhecido e amado. Seus braços envolveram-me em um abraço apertado e eu repousei minha cabeça em seu peito deixando as lágrimas rolarem. Ele não disse nada, apenas ficou ali comigo, em silencio. Eu não sei por quanto tempo ficamos assim, só sei que tudo era bom demais para que eu ousasse abrir os olhos e estragar tudo. Depois de tantos anos é impressionante o poder que ele tem sobre mim. É incrível como apenas a sua presença já me acalma e como o seu cheiro, seu calor, seu sorriso... tudo nele me fazem sorrir sem ter motivos. - Obrigada – eu sussurrei quase inadivelmente e ele sorriu - A disponha. – ele tocou meus lábios e arrepios percorreram meu corpo. Eu passei minhas mãos por seus braços, arranhando-o de leve e ele suspirou em meu ouvido. Sua respiração quente me fez queimar de desejo e ele me puxou mais para si. Enlacei seu pescoço com meus braços e aprofundei nosso beijo. Minha língua explorava cada canto de sua boca, nossos lábios são o encaixe perfeito e dançam a mesma melodia. Enrosquei meus dedos em seu cabelo enquanto ele levantava-se comigo em seu colo e caminhava até meu antigo quarto. Ele me deitou na cama e eu sorri marota. *** - Você ainda não me disse por que estava chorando daquele jeito? – eu ergui meus olhos e respirei fundo. - Seth já faz 7 anos que estamos casados e nenhum sinal de gravidez. E se eu não puder engravidar? E se eu nunca puder te dar filhos, e se... - Hei, hei calma amor. Você está sendo precipitada deixe que o tempo e o destino decidam isso por nós – ele me abraçou e instintivamente eu me acalmei. Nós ficamos deitados na minha cama, já era tarde e a noite estava mais sinistra do que de costume. - Quer ficar aqui? – eu neguei com a cabeça. Eu amo essa casa, mas sempre que ficar aqui vou chorar de saudades dos meus irmãos e creio que já deu para o Seth hoje. Nós nos vestimos e saímos de mãos dadas pela mata. Mas havia uma sensação incomoda me tirando o sossego, quando o vento bateu em meu rosto e nos trouxe o cheiro de vampiros. Seth se pos a minha frente e logo surgiram a nossa frente 5 vampiros: 3 homens e 2 mulheres. Seus olhos eram vermelhos como sangue e um deles me analisou muito antes de falar. - Ela é linda e sinto que também é muito poderosa – Seth rosnou - Nenhum dos dois são humanos mas também não são vampiros. O que vocês são? – uma das mulheres perguntou - Nada com que vocês precisem perder tempo, agora nos deixem passar. – exigi em um rosnado e todos gargalharam. - Acho que não. - Ela é minha. – o vampiro que havia falado primeiro ameaçou – Quanto ao verme ao seu lado, podem se divertir. - Ele fede – os outros comentaram e Seth riu. - O cheiro de vocês não é dos melhores se serve de consolo - Matem-o – o vampiro que parecia ser o líder ordenou e então Seth se transformou mas antes que pudesse atacar alguém as duas mulheres deram as mãos e então Seth ficou suspenso no ar e outro dos homens lhe acertou um chute nas costelas e ele uivou de dor e voou contra uma árvore, destruindo-a. Os outros me olharam e sorriram. - Você vem conosco ou vai ser tão burra quanto o seu namoradinho para querer lutar contra nós? – eles continham um sorriso divertido no rosto e nesse momento minha visão ficou vermelha. - Vão pagar – as árvores começaram a balançar e um vento absurdamente forte começou a soprar, as folhas, gravetos, pedras e tudo que estava no chão começaram a flutuar, trovões cortaram o céu e o vento foi intensificando-se. - O que é isso? - Ela é poderosa demais para ser apenas uma vampira. – o líder deles comentou e seus olhos ficaram fora de foco até que tudo pareceu fazer sentido – Ela é uma bruxa. - Correto. – disse sorrindo – E vocês irão morrer pelas minhas mãos - Você que pensa garota – uma das mulheres disse - Não – ele gritou mas já era tarde. Eu fiz um movimento com a minha mão e a arremessei contra uma árvore pressionando-a e a cada movimento que minha mão fazia eu arrancava um membro seu enquanto ela gritava desesperadamente. Até que o fogo a consumiu. Eu encarei seus parceiros e sorri - Quem será o próximo? – todos tentaram correr, mas eu os envolvi em um campo de força e sorri. – Queimem seus desgraçados – eles gritaram e o fogo os consumiu. Seus gritos ecoavam por toda a floresta e logo os Cullen apareceram, seus olhos grudaram-se na bola de ar pegando fogo e nos gritos de desespero dentro dela. Um sorriso estampava meu rosto até que eu senti meu corpo ser jogado contra a grama eu olhei para os lados e vi a Kat me encarando com os olhos lacrimejados. - Por que fez isso? – ela continuava parada me olhando, na sua voz a mágoa era iminente. - Eles o machucaram – eu me defendi - E só por isso você resolveu queima-los vivos e assistir...sorrindo? - SÓ por isso Kat? Ele é meu marido, é o amor da minha vida e você diz SÓ por isso? – fiquei irritada - Não me refiro a isso Ashley e sim ao fato de que a minha irmã caçula se tornou uma pessoa fria e vingativa. Você tem andando estranha ultimamente, se fechou no seu próprio mundo, não fala mais comigo, não me conta mais o que te aflige, você perdeu a confiança em mim. Está tão obcecada em ter um filho que se esqueceu da sua vida e principalmente: você se esqueceu de quem você realmente é ou pelo menos era – eu estava fazendo um esforço sobre-humano para não chorar assim como ela. As suas palavras foram como facadas em meu coração e eu abaixei minha cabeça tentando esconder a minha vergonha. Tudo o que ela disse é verdade, cada palavra. No que eu me tornei afinal? - Me perdoe... – pedi entre soluços e logo seus braços me envolveram como ela sempre fazia - Você não precisa me pedir desculpas Ash, eu sei que fui dura com você, mas, por favor, entenda que falar aquilo doeu mais em mim do que em você. Eu só quero que você entenda que eu te amo mais do que tudo, você é a minha família e se eu fiz aquilo foi pra te proteger e te fazer enxergar que aquela não era a minha, a nossa Ash – ela apontou pro Seth que estava se recuperando com a ajuda de Carlisle e eu sorri. - Obrigada por estar do meu lado – ela balançou a cabeça e beijou a minha testa - De nada- eu fui até o Seth e me sentei ao seu lado, segurando sua mão enquanto Carlisle colocava os seus ossos no lugar. Seus gritos ecoaram e depois Carlisle e Edward pegaram-no no colo para podermos irmos para casa. Mas antes de começar a correr eu senti uma dor muito forte na minha barriga e um grito de dor escapou dos meus lábios... - AHHHHHH... – algo quente e viscoso escorreu pelas minhas pernas e a dor intensificou-se. Emm me segurou em seus braços e me pegou no colo. - Ela está sangrando... Muito – foi a ultima coisa que ouvi antes da escuridão vir.
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