14 de jul. de 2012

Capítulo 19 Cause there'll be no sunlight

Posted by Dany Rocha On 7/14/2012 No comments


[N/A: PESSOAL ME DESCULPA PELO TANTO DE MESES SEM POSTAR!!! ¨O¨ Eu posto SSS no Nyah, ela já está finalizada, lá. Mas vou postar todos os capitulos aqui, ta bem? DESCULPEM MAIS UMA VEZ!]
— Jacob eu posso explicar. — Bella disse na defensiva e engolindo em seco.

— Ah, é mesmo? Pode me explicar como é que eu deixo minha namorada por alguns meses em Nova York em uma viagem de trabalho e quando retorno ela esta CASADA!? — Ele se alterou e invadiu o apartamento de Bella.

Bella fechou a porta assustada e se virou na direção de Jacob que estendia a revista na qual a capa era uma foto dela junto com Edward e com a manchete:

“Edward Cullen casa-se com a fotógrafa Isabella Swan!” — Não é interessante, Srª Cullen, como nos enganamos a respeito das pessoas? Não é interessante quando você dizia que me amava, mas na verdade era tudo uma mentira? — Ele jogou a revista na parede.

— Jake...

— NÃO! Deixe-me terminar, porra! — Ele caminhou em sua direção a prensando contra a parede. Bella virou o rosto para o lado e Jacob segurou seu queixo com força a forçando a olhá-lo.

— Não é interessante você achar que a mulher da sua vida não passa de uma vadia? — Bella travou o maxilar e espalmou suas mãos no peito de Jacob o empurrando.

— Você pode estar alterado pelo o que fiz, pode estar furioso e magoado! Mas você não tem o direito de me insultar, Jacob! — Bella disse com a sua voz carregada de mágoa e raiva.

— Não tenho o direito? — Jacob riu sarcasticamente. — Mas você tem o direito de transar com qualquer riquinho que aparece na sua frente, né? Puxa vida, Srª. Cullen! Eu deveria saber que você é uma interesseira que se casa com os caras riquinhos só para depois dá algum tipo de golpe e acabar com todo o dinheiro deles! Uau! Impressionante! Essa idéia é brilhante! Como eu não pensei nisso ant... — Bella o interrompeu com um tapa na cara.

— Cala essa maldita boca, Jacob! Você não sabe o que está falando!

Jacob a fuzilou com os olhos e lhe devolveu o tapa, um tapa tão forte que foi capaz de derrubá-la no chão.

Bella levou uma de suas mãos em seu rosto que ardia como brasa e o olhando com os olhos lacrimejando lhe disse:

— Eu ia conversar com você, ter uma conversa civilizada sem insultos e atos imprudentes, mas as coisas saíram do controle e eu não conseguir resistir. Eu sei que foi errado, foi muito errado! Não foi legal com você. Não foi nada legal com você. Eu sei que não. Eu me sinto mal por isso. Mas eu não achei certo terminar com você por celular.

Jacob a agarrou pelo braço com força a obrigando a levantar.

— Terminar por celular não é certo, mas se casar estando com outro é a coisa mais prudente e correta desse mundo, não é mesmo, Isabella? — Ele a balançava com força.

Bella tentou se livrar do aperto bruto dele, mas era impossível! Bella tinha certeza que ficariam marcas dolorosas em seu braço.

— Eu sei que não é correto, Jacob. Por isso me sinto mal. Eu ia falar com você. Eu sei que tinha que falar com você antes de fazer tudo isso. Perdoe-me.

Dessa vez Jacob a agarrou pelos dois braços e, por incrível que pareça, ele a conseguiu levantar do chão.

— Ah! Jacob! Tá me machucando! — Bella se debatia, mas Jacob a ignorava.

— Você sente muito, Isabella? — Ele gritava. — Você não sente é porra nenhuma! Você é a droga de uma vadia que não presta! Você nunca terá o meu perdão! Eu te odeio com todas as minhas forças! POR MIM VOCÊ PODERIA MORRER! — Jacob a soltou e ela caiu sobre a mesa que tinha atrás do sofá.

Nessa mesa havia o telefone, uma agenda e alguns portas retratos.

Bella bateu sua barriga na ponta da mesa e rolou pela mesma — quebrando os portas retratos e fazendo alguns dos vidros a perfurarem, a agenda caiu sobre o sofá onde Bella rolou e acabou por cair no chão onde o telefone foi parar após quicar no sofá.

Seu grito de dor ecoou pela casa.

Uma dor insuportável se fez presente em sua barriga, ela levou as mãos até lá automaticamente. Ela sentiu algo quente escorrer por entre suas pernas e ao olhar para baixo constatou que estava sangrando. Seus olhos se encheram de lagrimas.

— Meu bebê — Sussurrou enquanto as lágrimas banhavam sua face retorcida pelo desespero e medo.

— Bebê? — Jacob ofegou.

— Jacob, meu bebê! Ajude-me! Ligue para o hospital, por favor. Não quero perder o meu bebê. — Bella soluçava de tanto que chorava.

Jacob travou o maxilar e balançou a cabeça negativamente.

— Você me enoja, Isabella. — Jacob deu as costas para Bella e saiu de seu apartamento.

Bella sentiu as dores em sua barriga aumentarem gradativamente e mordeu o lábio inferior impedindo que um grito escapasse de seus lábios. A dor que a abatia era praticamente insuportável, e ela estava perdendo o ar. Sua cabeça girava cada vez mais e ela já se sentia enjoada. O líquido ainda jorrava em suas pernas.
Bella estava perdendo seu bebê.
Sentiu o pânico a invadir de forma avassaladora. Ela não podia deixar seu bebê morrer! Não devia! Era sua obrigação cuidar dele, mesmo que ele ainda não tivesse nascido.
Precisava de ajuda.

Precisava de ajuda urgentemente. 
Com muito esforço ela passou os olhos pelo chão que continha vários cacos de vidro. Viu o telefone jogado em sua frente, fora do gancho. Tentou levantar a mão para alcançá-lo, mas não conseguiu.

Engoliu suas lágrimas ao máximo e utilizou de toda a sua força para apanhar aquele aparelho e discar o número tão conhecido. Naquele momento, a única pessoa que com certeza a ajudaria.
Edward.
— Oi, minha linda. — A voz de Edward estava cheia de afeição e carinho. 
— Ed... — Bella notou que sua falta de ar estava mais grave do que imaginara, afinal, ela não havia conseguido proferir o nome dele inteiro. — Me... ajuda...

— O que aconteceu? — Em questão de milésimos de segundos a voz de Edward mudou para algo totalmente amedrontado e curioso. Definitivamente, ela não estava bem. — Você está chorando? O que tá acontecendo?
— Eu... me... ajuda... — Ela tomou o máximo de fôlego que conseguiu. — Estou... sangrando... vem pra cá... por favor... 
— Sangrando? Como assim? Não! Espera, estou chegando, agüenta aí. — Ele desligou o telefone o mais rápido que conseguiu e nem se deu o trabalho de desligar a televisão ou trancar seu apartamento. Apenas apanhou as chaves do seu Volvo prata e praticamente voou até o apartamento de Bella.
100kmh... 120kmh... 150kmh...
Ele estava ignorando total e completamente o velocímetro de seu carro de luxo. Não conseguia pensar em nada. Nem mesmo o que havia acontecido com ela. A única coisa que martelava em sua cabeça era “ela está em perigo. Eu preciso chegar até lá.” 
E é por isso que a última coisa que passava pela sua cabeça eram as multas e sinais vermelhos que estava ultrapassando. Apenas precisava ajudar Bella.
A mulher que ele amava, afinal.
Não demorou muito — também, pudera — e ele chegou até o apartamento de Bella. A porta estava escancarada, e isso apenas aumentou seu pânico.
Adentrou o apartamento correndo e, a cena que viu após isso, o matou de medo.
Bella estava ao chão, com uma poça de sangue ao seu lado... desmaiada.
— BELLA?! — Realmente, não fazia sentido ele gritar. Mas o medo não o deixava agir por si só. Vendo a mulher que ele amava ali, tão fraca, o fez em pedaços. Ele se aproximou dela. — Bella?! Por favor, fala comigo, por favor...
Edward a viu tremer levemente os olhos e abrir a boca com muita dificuldade.
— Me... ajuda... — Ela disse sussurrando, sem voz ou fôlego. — O bebê.
Depois disso o corpo de Bella caiu em sono. Edward, que já estava em pânico, sentiu a confusão invadi-lo.
O bebê.
Ela estava grávida.
E foi nessa hora que ele percebeu que, mais do que nunca, teria de salvá-la. Ou melhor, salvá-los. 
E ele faria de absolutamente tudo para que isso acontecesse.
***Bruno Mars — It Will Rain: http://www.youtube.com/watch?v=8WMBNRX6Zbs 
— Sr. Cullen? — O médico alto e moreno, que trajava um jaleco branco grande chamou a atenção de Edward. Ele estava na recepção do hospital com a cabeça entre as mãos. Sua mente latejava.

Ora, sua mulher havia adentrado aquele maldito quarto desacordada. Ele estava completamente desolado. Estava com medo. Muito medo.

Apenas a idéia de perdê-la fazia seu mundo acabar. Ele sabia que não haveria luz do sol se a perdesse. Bella havia se tornado seu mundo, seu ar, seu... tudo.
Se não houvesse Bella, não haveria sol, não haveria ar, não haveria nada. Ele seria um nada.
Levantou-se da cadeira e encarou o homem. Estava tão desesperado por notícias que não se importava se estava sendo grosso com as pessoas. É, ele havia sido extremamente grosso com os funcionários.
E daí?! Foda-se, ele precisava salvar Bella.
— O que aconteceu? Ela está bem? — O pânico em sua voz estava eminente.
— Sim, a Sra. Cullen está bem, mas... — O médico engoliu seco. Já havia feito isso várias vezes, mas cada uma delas era diferente. Todas elas eram dolorosas. — Eu lamento, mas o bebê não conseguiu sobreviver.
Edward sentiu as pernas fraquejarem e seu corpo cair novamente na poltrona do hospital.
Bebê.
Então havia um bebê.
E ele não estava mais lá. Não mais.
Não se importou com as lágrimas que começaram a surgir em seus olhos. Mesmo sendoEdward Cullen, ora, ele tinha motivo para chorar! Mal sabia da existência de seu filho e já o havia perdido.
— Eu sinto muito. — O médico olhou para baixo.
— Eu... — Edward engoliu o soluço e tentou falar, mesmo com o nó na garganta. —... posso vê-la?
— Sim. — O médico pousou amistosamente a mão no ombro de Edward, conduzindo-o ao quarto de Bella.
Ele adentrou o lugar e viu Bella olhar para o lado, enquanto limpava uma lágrima com ferocidade.
Seu rosto estava extremamente pálido — a não ser por um vermelho extremamente evidente ao lado de sua face direita — e seus olhos, profundos e avermelhados. Ela provavelmente estava chorando há muito tempo.
Vendo-o entrar, ela apenas soltou um soluço.
Edward nem sequer pensou em repreendê-la por não contar do bebê, ou qualquer coisa assim. Apenas avançou para a cama e a tomou no abraço mais protetor que já havia dado em sua vida.
Bella soluçava e molhava sua camiseta enquanto apertava com toda a sua pouca força os ombros dele. Ela havia perdido seu bebê. Seu filho. Sua criança.
Edward tentou de todas as formas parecer forte e não chorar, mas nada estava ajudando. Ele havia acabado de descobrir que Bella estava grávida, e havia perdido o bebê, e ainda, para piorar, a estava vendo chorar.
E, acredite, ver a pessoa que você mais ama no mundo chorar é pior do que ter o peito perfurado por uma bala.
Por isso, as lágrimas logo começaram a escorrer de seus olhos. Não conseguia segurá-las.
— Eu... não consegui protegê-lo... — Bella disse com a voz esganiçada, provocada pelo choro constante. — Eu não consegui... proteger o meu filho... dele...
Dele.
— Quem é ele? — Edward perguntou com a voz carregada de ódio.
— Ele... o Ja-Jacob... — Ela disse, gaguejando, enquanto soluçava mais uma vez.
Jacob.
Jacob estava na cidade.
Jacob estava na cidade e havia machucado Bella.
Jacob estava na cidade, havia machucado Bella, e a havia feito perder seu filho.
E agora ele iria pagar.
— Eu... não consegui proteger... Eu na consegui, Edward... — Bella não parava de repetir as mesmas palavras. Estava desolada por não ter conseguido manter a vida do seu bebê.
— Olha pra mim — Edward virou seu rosto molhado para si, e a olhou profundamente nos olhos. —, a culpa não é sua. Você deu o seu melhor, e, meu amor, Jacob vai pagar pelo que ele fez. Eu amo você. — Bella agarrou novamente seus ombros e o abraçou o mais forte que conseguiu.
Dentro dos braços dele, ela se sentia segura. Seus braços fortes a confortavam de um jeito completamente protetor. Nada a abalava se ele estivesse ali.
— Eu também amo você. — Ela disse com mais um soluço. — Me desculpa por não te dar seu filho.
— Ele vai pagar por isso... — Ele disse devagar. — Por isso e pelo que ele fez com você.
Logo o choro de Bella foi ficando mais fraco, e devido ao cansaço, não demorou muito para ela adormecer em seus braços.
Edward saiu devagar do quarto, acompanhado por uma enfermeira. O médico já o esperava fora do quarto.
— O Senhor é o marido dela? — Ele perguntou, desconfiado.
— É o que diz no sobrenome dela, não é? — Ele perguntou, rude. — O que houve com ela?
— Ela sofreu um aborto provocado por uma série de agressões. — O médico continuava desconfiado, mas a julgar pelo jeito de Edward, ele provavelmente não seria o agressor. — Alguns tapas, mas o que a fez perder o bebê foi a queda. Suas costas estão completamente cortadas, o que indica que ela caiu em algo cortante... e pesado. Durante o primeiro trimestre de gravidez, ocorrem diversas transformações com o feto, o que o torna especialmente vulnerável... As pancadas que a Sra. Cullen sofreu; o abalo psicológico e o stress, fatidicamente acarretaram no aborto fetal.
— Desgraçado... — Edward murmurou.
— Perdão?
— Tenho que ir, por favor, me ligue quando ela acordar. — Dito isso, Edward saiu em passos largos e fortes em direção a saída do hospital. Tirou o celular do bolso e discou o número do seu colega de trabalho.
— Eleazar? — Ele disse com voz ainda furiosa. — Tenho um trabalho para você. — Ao escutar o “pode falar, chefinho” do rapaz, Edward trincou os dentes. — Ache Jacob Black.
***
— Ei, chefinho! — Eleazar desfez o sorriso ao sentir a tensão na voz de Edward ao ligar para ele.
— Cale a boca — ele grunhiu. —, o encontrou?
 Sim, Senhor! — Ele deu uma risadinha. — Tá, parei. Mas olha, ele aprontou alguma coisa. Um passaporte para Chicago foi comprado de última hora por ele. O vôo sai daqui à uma hora.
Edward sorriu de satisfação.
— Obrigado, Eleazar.
— É um prazer ajudar, Boss! — Edward ignorou a provocação dele e desligou o aparelho. Ele estava no hotel onde Jacob estava hospedado, que por sorte, situava perto do aeroporto de NY. Não demorou muito e seu carro já estava no estacionamento de lá.
Edward sentiu a onda de raiva invadi-lo em triplo. Saiu do carro, trancando-o com o controle e adentrando o aeroporto.
Por ser um dos rapazes mais ricos de NY, ele sabia muito bem onde eram os portões de embarque para cada cidade turística do mundo naquele aeroporto. Foi direto ao local do portão onde todos os passageiros que estavam a destino de Chicago esperavam.
Jacob estava tentando fugir. É, tentando.
Não foi difícil ver a figura morena e grande sentada em uma poltrona de trás para ele. Parecia descontraído.
Filho da puta! — pensou Edward — Bateu na minha mulher, matou o meu filho e agora está aqui, ouvindo música. Eu vou te matar, Jacob Black.
— Tentando fugir? — Edward disse perto do ouvido de Jacob com um sorriso sarcástico no rosto. Sua voz grossa o amedrontou de forma avassaladora, e sem nem mesmo ver, Jacob pulou de susto. — Se assustou, Black?
— Não! Não tô fugindo de merda nenhuma. — Ele soltou a primeira coisa que veio a sua cabeça.
— Oh, não?! — Edward gargalhou — Então me explica por que você comprou o passaporte de última hora. — ele o encarou e avançou para cima de Jacob, que estava andando levemente para trás. — Me explica por que você está aqui com apenas uma mochila. — Jacob parou de andar ao sentir a parede barrando-o por trás. Edward desfez o sorriso do rosto. — Me explica desgraçado, porque a minha mulher estava desmaiada dentro daquela porra daquela casa e me disse que você, covarde filha da puta, tinha batido nela! — Ele gritou trincando os dentes. — Quer saber de uma? Não explica nada. Sabe por quê? — Jacob engoliu seco e levantou a cabeça. — Por que eu vou acabar com essa porra dessa sua raça agora mesmo. Você matou o meu filho, desgraçado! E agora eu vou matar você de porrada.
Jacob nem sequer teve tempo de responder, e já sentiu o punho de Edward atingir o seu rosto com uma força mais que enorme. Edward havia dado o soco mais forte de sua vida no rosto daquele homem moreno. Jacob cuspiu.
Jacob avançou para cima de Edward e retribuiu o soco com quase a mesma força e Edward cambaleou para trás, mas não se deixou abalar. Com o dobro da raiva ele avançou para cima de Jacob, depositando mais um soco em sua boca e outro em seu nariz, que imediatamente, começou a jorrar sangue.
— ELA TAVA GRÁVIDA, FILHO DA PUTA COVARDE! — Edward gritou, enquanto dava mais um de seus socos enormes na barriga de Jacob. Ele cuspiu sangue. — GRÁVIDA! — Repetiu.
Jacob colocou os braços na frente da cabeça, tentando impedir os golpes de Edward.
As pessoas em volta já haviam feito uma rodinha em volta e olhavam pasmas. Alguns gritavam.
Edward pegou os ombros de Jacob e deu a joelhada mais forte que conseguiu em seu estômago, fazendo-o urrar de dor. Antes que pudesse se defender, projetou mais dois socos na face de Jacob.
Na tentativa de se defender, Jacob deu um soco nas costelas de Edward, que gritou de dor. Mesmo estando em desvantagem, Jacob ainda era um forte oponente. Com a vantagem de ter Edward sentindo dor, Jacob aproveitou e lhe deu um soco na boca, que cortou fortemente seu lábio superior.
Edward cuspiu um pouco de sangue e impediu o próximo soco de Jacob, aproveitando e lhe dando outra joelhada no estômago, fazendo-o perder o ar e cair para trás.
Edward ajoelhou-se sobre ele rapidamente e passou a socá-lo com toda a vontade nos olhos, nariz e boca. Sua mão já estava latejando, mas ele simplesmente não ligava.
— GRÁVIDA, FILHO DA PUTA! — Era tudo o que ele conseguia repetir enquanto socava o rosto do rapaz. — VOCÊ MATOU O MEU FILHO! MEU! — Sua respiração estava acelerada e ele não conseguia parar de repetir essas palavras. Era como se lembrasse a si mesmo a todo o momento que estava fazendo aquilo para pagar a vida de seu filho.
Jacob enroscou suas pernas nas de Edward, o empurrando para o chão e o fazendo ir para o lado. Ele queria trocar de posição.
Mas Edward não deixou e tentou trocar novamente, fazendo Jacob rolar no chão junto a ele.
Quando, pela terceira vez que eles rolaram, Edward voltou a ficar por cima e dar mais um belo soco no olho de Jacob, ele agarrou o pescoço de Edward numa tentativa desesperada de parar de apanhar.
Mas a raiva estava tão grande que Edward mal notou isso. Ignorou e deu mais um soco com o triplo da força no nariz de Jacob, fazendo-o estralar.
O sangue na mão de Edward deixou bem claro que ele estava quebrado.
Jacob urrou de dor e Edward levantou do chão, chutando suas costelas com toda a força.
— MEU FILHO! VOCÊ MATOU! — Novamente, ele repetiu, dando mais um chute com a ponta do pé nas costelas de Jacob.
A verdade é que Edward poderia continuar surrando Jacob até a sua morte. Poderia, sim, poderia. Claro, se os seguranças do aeroporto não tivessem chegado até lá e retirado Edward daquela sala à força.
Vale ressaltar que foram necessários três homens para isso.
Quando estava saindo nos braços daqueles homens fardados, Edward não deixou de gritar para Jacob que se contorcia no chão:
— VOCÊ FOGE, BLACK! FOGE PRA LONGE! POR QUE SE EU PEGAR VOCÊ DE NOVO, EU NÃO BATO! EU MATO! EU MATO VOCÊ! — Ele trincou os dentes e saiu arrastado até a sala do diretor de segurança do aeroporto.
Sua respiração foi voltando ao normal, assim como as batidas de seu coração. Após a adrenalina sair, ele sentiu um bocado de dor no lado esquerdo do rosto, causado pelo primeiro soco de Jacob.
Logo os seguranças adentraram o escritório do chefe com Edward nos braços.
— Me solta, porra! — Ele repetiu pela milésima vez.
— O soltem. — O que obviamente tinha mais poder ordenou. Ele era negro e tinha traços extremamente masculinos e fortes. Os guardas soltaram-no. — Ora, ora. Um arruaceiro dentro do aeroporto! Qual é a sua, brigão?
— Eu sou Edward Cullen, rapaz. — Edward grunhiu.
— E eu sou aquele que não liga. — O homem revirou os olhos. — O que eu quero saber é porque você estava brigando no meu aeroporto.
— Eu te conto o porquê! — Edward levantou a voz. — Aquele desgraçado pegou a minha mulher, bateu nela, e ela estava grávida! Sabe o que aconteceu com o meu filho, senhor-que-não-liga? — Ele engoliu o nó na garganta e continuou com sua “cara de mau”. — Ele morreu. Ele morreu! Aquele filho da puta matou o meu filho! Ele bateu na minha mulher e matou o meu filho! O meu filho, droga! Quer mais motivo pra eu brigar com ele no teu aeroporto? Eu brigaria com ele em qualquer lugar! Eu iria até o inferno pra poder dar a ele o que ele merece!
O rosto sarcástico do homem logo se fez de raiva também. Sabia que aquele jovem tinha razão em bater no rapaz.
— Certo. — Ele mexeu em alguns papéis. — Certo... então, Edward Cullen... eu não vou te prender. Pode ir, se quiser.
Edward sorriu.
— Pega meu cartão. — Ele entregou para o homem, que o olhou com a testa franzida. — É durão demais para tomar conta de um misero aeroporto.

O homem balançou a cabeça negativamente e sorriu sem humor.

— Acho que trabalhar com um paletó, gravata e andar com uma pasta debaixo do braço não é a minha praia, mas agradeço. — O homem disse gentilmente e voltando sua atenção para alguns documentos sobre sua mesa.

Edward olhou para a pequena placa sobre a mesa que continha o nome e sobrenome do homem: Matthew Sullivan.

— Sr. Sullivan. — Edward se debruçou sobre a mesa e Matthew o encarou com uma sobrancelha levantada. — Ligue para o telefone aqui indicado — ele colocou o cartão a frente de Matthew. — e perça para que lhe passem para a A.Q. Diga que o Sr. Cullen lhe indicou. — Dito essas palavras Edward se retirou da sala de Matthew que confuso pegou o cartão branco com letras prateadas.
Porém três apenas três letras naquele cartão chamaram lhe mais atenção:

CIA

Matthew olhou em direção a porta — por onde Edward havia acabado de sair — com os olhos semicerrados e sussurrou para si mesmo:

— Mas quem é você afinal?

***

Apesar da forte ardência no canto de sua boca e de sua mão estar latejando de dor Edward não se importava. Ele parecia se encontrar no mundo da Lua... divagando sobre Bella e seu falecido filho.

A felicidade que lhe abateu ao saber que seria pai lhe foi arrancada tão rápido que ele não pôde nem mesmo aproveitar. Puxa, ele seria pai. Seria...

— Sr. Cullen, terminamos por aqui. — Edward foi puxado para o mundo real novamente.

— Obrigado. — Ele agradeceu a enfermeira e se levantou da maca.

— Sr. Cullen? — A porta do quarto foi aberta pelo doutor que estava acompanhando Bella. — Ela acordou. — Edward assentiu e caminhou em direção ao quarto onde Bella se encontrava.

A porta se abriu e Bella se virou na direção dela se assustando com a situação de Edward.

— O que aconteceu com você? — Edward abriu um tímido sorriso e caminhou até a maca se sentando na beirada dela e capturando as mãos de Bella.

— Não tá tão ruim assim. — Disse jogando de ombros.

— Você brigou com ele não foi? — O acusou e antes que ele pudesse dizer alguma coisa ela prosseguiu: — Conseguiu quebrar a perna dele? — Perguntou em expectativa.

Edward balançou a cabeça negativamente com um sorriso brincando em seus lábios.

— Não, mas quebrei o nariz e algumas costelas. O deixei irreconhecível. Você tinha que ver. — Levou a mão esquerda dela até os lábios e depositou um singelo beijo em sua palma, depois em sua aliança.

— Eu queria ter visto. — Bella disse com a voz carregada de frieza. — Eu queria ter sido mais forte e ter salvado nosso bebê.

Edward soltou sua mão e passou uma de suas mãos sobre a face dela e se aproximou, colando suas testas.

— A culpa não foi sua. Não quero que fique se martirizando por isso, okay? Nós iremos fazer um time de futebol e depois um time de dançarinas de balé. — Bella abriu um pequeno — mais lindo — sorriso para Edward.

— Obrigada. — Edward selou seus lábios, apenas um roçar, mas eles puderam sentir naquele singelo beijo seus corações acelerarem e suas almas voltarem a inflar de amor dentro de seus corpos.

Era obvio que eles nunca iriam esquecer aquele acontecimento tão terrível e cruel que aconteceu com eles, mas juntos eles iriam superar, pois um estaria sempre apoiando o outro quando recaísse. Juntos eles iriam conseguir aplacar a tristeza e angustia e reacender a esperança.

— Eu te amo. — Bella sussurrou enterrando suas mãos no mundaréu acobreado que eram os fios de cabelo de Edward.

— Eu te amo mais. — Disse sorrindo torto e voltando a beijá-la. O beijo mais carinhoso e amoroso que ele já dera em sua vida. Um beijo que dizia a Bella que apesar das dificuldades, das barreiras que o destino impusesse em suas vidas, ele sempre estaria ao seu lado, que seja quem for e o que for ele sempre a protegeria, com unhas e dentes. Que ele sempre seria seu porto seguro e que ele a amaria pelo resto de suas existências.

***

Duas semanas se passaram desde a perda do bebê de Bella e Edward, os Cullen e Hale a visitaram na curta temporada que ela passou no hospital e continuaram a visitá-la quando fora para o apartamento de Edward — ele não a deixaria ficar sozinha durante aquela fase, é claro que não.

— Preciso ir até o meu apartamento terminar de arrumar as minhas coisas. — Bella comentou alisando o peitoral descoberto de Edward.

Eles estavam deitados no sofá — Bella por cima de Edward — assistindo a um filme na televisão. Edward usava apenas uma calça de moletom e Bella usava uma de suas blusas de algodão que ficavam enormes nela e um short de pano.

— Claro, quer ir agora? Eu posso ti ajudar. — Disse desviando sua atenção da televisão e a olhando em expectativa.

Ele tinha uma surpresa para ela e hoje parecia perfeito para ele presenteá-la com essa surpresa que ele tinha certeza que ela iria gostar.

— Ah, claro. Vou me arrumar. — Ela se levantou e foi na direção do quarto de Edward no qual ela dormiu junto com ele, mas durante essas duas semanas que se passaram eles não tiveram relações sexuais, pois por causa do aborto eles teriam que esperar alguns dias e eles nem precisavam dizer que era uma tortura ficarem tão perto um do outro, mas não poderem saciar suas ânsias por seus corpos, certo?

Apesar da perda do filho deles, Bella e Edward estavam tranqüilos, tranqüilos por finalmente Bella ter acabado com qualquer laço que ela tinha — ou poderia ter caso Jacob não tivesse a agredido e feito a perder o bebê — com Jacob, ela era oficialmente e para todo o sempre apenas de Edward e vice versa. Eles estavam tranqüilos por Jacob ter sido preso e está fora de suas vidas, finalmente.

Já prontos eles saíram do apartamento de Edward e foram até o de Bella, chegando lá Edward empacotou alguns objetos que Bella lhe pediu enquanto ela colocava o resto de suas roupas — uma grande quantidade já estava no apartamento de Edward — em uma mala posta sobre a sua cama.

— O que pretende fazer com o apartamento? — Edward perguntou enquanto adentrava ao quarto.

— Não sei, estou pensando em vender ou alugar. — Ela fechou o zíper da mala e a tentou colocar no chão.

— Eu ti ajudo. — Edward foi até lá e colocou a mala no chão.

— Obrigada. — Bella caminhou até a porta de seu quarto. — Vou terminar de empacotar algumas coisas na cozinha, você pode, por favor, pegar minhas bijuterias dentro do meu closet e colocar na sala junto com a minha mala?

— Claro. — Edward sorriu e Bella lhe devolveu o sorriso se retirando do quarto.

Edward foi até o closet e pegou uma caixa de no máximo uns 45 centímetros e caminhou com a caixa onde se encontrava as bijuterias de Bella para fora do closet, sem querer, por conta de alguns centésimos de distração ele deixou a caixa cair no chão e praguejou se abaixando e recolhendo as varias pulseiras, colares, brincos e anéis de Bella.

Um cordão com a metade da forma de um coração lhe chamou profundamente a atenção. Ele o pegou e ficou o olhando. Aquele tipo de material era difícil de encontrar, não parecia material produzido nos Estados Unidos.

— Eii, você achou? — Bella perguntou animada e se ajoelhou ao lado de Edward pegando o cordão de suas mãos. — Caramba, não acredito que você achou.

— O que é? — Perguntou confuso.

— É o cordão que minha mãe me deu no meu aniversário de 14 anos, um pouco antes de ela morrer. — Bella olhou sentimentalmente para o cordão. — Ela ia me dá no meu aniversário de 15 anos, mas era como se ela já soubesse que ia morrer e... — Bella umedeceu os lábios —... ela resolveu me dá antes.

Edward semicerrou os olhos.

— Olha. — Ela disse retirando o cordão que estava dentro de sua camisa e lhe mostrando. Ele era igual ao que estava em sua mão.

Era a outra metade do coração.

— Esse que estou usando era o que ela usava. Eu peguei antes de a enterrarem. — Edward tocou o cordão em seu pescoço.

— Quer...? — Perguntou apontando para o cordão que estava na mão de Bella.

Ela assentiu e ele pegou o cordão o cruzando com o que estava no pescoço dela e o colocando ali.

— Pronto. São lindos, Bella. — Edward disse e Bella olhou para os colares cruzados em seu pescoço.

— Obrigada. — Ela levantou seu olhar para Edward e sorriu.

— Eu vou — ele terminou de colocar as bijuterias na caixa e se levantou — colocar isso e sua mala na mala. — Bella assentiu.

— Eu já vou. — Edward pegou a mala com a outra mão.

— Okay. — Depois ele saiu do quarto a deixando sozinha no quarto. Agora ela estava sentada sobre suas pernas.

Bella tocou nos dois corações e como se acontecesse em câmera lenta ela juntou os dois corações, fazendo uma luz vermelha se acender atrás da junção dos dois corações, porém Bella não viu e se levantou indo em direção a sala.

Mal sabia Bella que a junção daqueles corações mudaria sua vida e lhe traria lembranças de sua infância que ela tentava a todo custo se esquecer.

***

Itália – Volterra

Em frente a uma enorme tela de computador Demetri Volturi se encontrava observando o ponto vermelho que não parava de apitar e piscar anunciando que alguma coisa ou alguém havia sido encontrado. Ele se virou para trás dando de cara com Aro, Caius e Marcus sentados a frente de uma enorme mesa de mármore. Eles sorriam em expectativa.

— A encontramos. — Demetri anunciou.

Os três líderes se entre olharam.

— Finalmente irmãos. Finalmente. — Aro disse com sua voz calma e soando vitorioso. 

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