14 de jul. de 2012

Capítulo 20 Almost Lover

Posted by Dany Rocha On 7/14/2012 No comments


[N/A: PESSOAL ME DESCULPA PELO TANTO DE MESES SEM POSTAR!!! ¨O¨ Eu posto SSS no Nyah, ela já está finalizada, lá. Mas vou postar todos os capitulos aqui, ta bem? DESCULPEM MAIS UMA VEZ!]

O Volvo prata foi estacionado a frente de uma exuberante casa de dois andares e com paredes de vidro.

Casa: http://www.obravipblogs.com.br/wp-content/uploads/2009/11/Arquitetura-e-Decora%C3%A7%C3%A3o-de-Casa-Ganhadora-do-Premio-HIA-House-of-the-Year-2009-Fachada.jpg

— Esse não é o seu apartamento. — Bella disse desviando sua atenção da casa, para Edward que sorria sorrateiro.

— Não, não é. — Ele saiu do carro dando a volta pelo mesmo e abrindo a porta do carona para Bella. — Srª. Cullen. — Ele estendeu a mão e sorriu torto fazendo Bella corar e aceitar sua mão. 

— Quem mora aqui? — Perguntou depois que Edward acionou o alarme de seu carro e colocou uma de suas mãos nas costas dela e a conduziu até a escada que levava a entrada da casa.

— Por enquanto ninguém, mas futuramente... — Edward abriu a porta revelando a Bella uma linda sala de estar —... nós. Bem-vinda ao nosso mais novo lar, amor. — Edward mordiscou o lóbulo de sua orelha e Bella ofegou com a revelação de seu marido.

Sala de estar: http://decoracaos.com/wp-content/uploads/2011/09/Distribui%C3%A7%C3%A3o-de-casas-modernas.jpg 

— Oh meu Deus, você não fez isso fez? — Bella o olhou surpresa e Edward riu.

— Sim, eu fiz. Espero que tenha gostado da decoração, minha mãe foi quem escolheu toda essas... — Edward apontou para a decoração da sala. —... coisas.

— É lindo. — Bella abriu um sorriso de orelha a orelha que fez com que o coração de Edward se inflasse de alegria.

— Vamos fazer um tour. — Ele entrelaçou seus dedos com os dela e depois ele a conduziu pelo segundo andar da casa, onde havia uma sala de estar, quartos de hóspedes, um toalete social, um escritório e o quarto deles.

Quarto: http://decoracaos.com/wp-content/uploads/2011/09/Fazer-o-quarto-em-uma-su%C3%ADte.jpg

— Ai meu Deus, Edward. Isso é lindo demais. Tudo! Eu simplesmente adorei! Adorei! — Bella rodopiou pelo quarto alegremente e caminhou até a varanda onde apreciou a bela vista do crepúsculo surgindo. 

Edward a abraçou por trás e encostou sua cabeça no vão de seu pescoço.

— Que bom que você gostou Bella. — Ele olhou para o crepúsculo e sorriu.

Aquilo era lindo, um fenômeno natural incrível. O fim de um dia e o começo de uma noite iluminada pela lua cheia naquele céu limpo e carregado de estrelas. 

— Adorei. Obrigada Edward. — Bella se virou ficando de frente para ele e enlaçando seu pescoço com seus braços. — Já disse que eu te amo? — Edward depositou suas mãos na cintura dela. 

— Já, mas eu gosto de ouvir. — Disse manhoso e Bella sorriu aproximando suas bocas. Quando disse seus lábios se roçaram:

— Eu te amo. — Edward estreitou os olhos e mordeu o lábio inferior dela o puxando levemente a fazendo fechar os olhos.

— Eu também te amo. — Dito essas palavras Edward a tomou em um beijo provocativo, quente, molhado e cheio de amor e desejo.

Suas línguas dançavam em sincronia como todas as vezes que se encontravam. Era interessante como, independente do tempo, independente das vezes que se beijam, o beijo parece ser cada vez melhor, parece ser mais harmonioso, mais carregado de paixão, amor, ternura, parece proporcionar a ambos mais prazeres e desejo de se apoderar do corpo um do outro.

As mãos ágeis de Edward subiram pelas costas de Bella levantando sua camisa, que fez com que cessassem o beijo para que ela passasse pela cabeça de Bella e assim, finalmente, ir parar ao chão. Edward nunca se cansava de admirar a beleza sobrenatural que Bella possuía; aquele corpo que o levava a loucura e o deixava muito excitado era esbelto e perfeito. Ele a pegou no colo gentilmente e a levou até a cama onde a depositou sentada depois ele retirou sua camiseta, os seus sapatos e suas meias, ele se pós a frente de Bella e se abaixou capturando seus pés e retirando seus saltos.

Bella passou suas mãos pela nuca de Edward e o puxou em direção ao seu rosto onde seus lábios encontraram-se com os dele em um beijo sedentário e luxuriante. Edward se deitou sobre Bella e suas peles desnudas se tocaram e foi como se uma descarga elétrica tivesse acabado de acontecer entre seus corpos quentes e excitados. Ele passou uma de suas mãos pela lateral do corpo dela e o toque de suas mãos másculas sobre sua pele a fez gemer. 

Quando já estavam sem suas calças jeans, vestidos apenas com peças íntimas, suas pernas se roçaram e mesmo ainda vestidos — com poucas peças — os movimentos de seus corpos era nítido o que eles já não agüentavam mais esperar. Edward desceu seus lábios para o pescoço de Bella e para seu colo, suas mãos foram em direção ao fecho do sutiã e o abriu o retirando e chupando, lambendo e arranhando com os dentes os seios dela. Bella gemia e arranhava as costas de Edward que ia descendo seus lábios pela barriga dela e ao chegar ao seu ventre ele olhou para ela com um sorriso sacana e Bella apertou entre os dedos o lençol.

— Eu adoro ver sua cara de excitação, você fica extremamente mais gostosa. — Bella ofegou. — Agora eu vou tomar todo o seu mel e quero ouvir você gritando o meu nome enquanto ti levo a loucura.

Meu Deus! Será que Edward sabia o quanto aquilo a estava deixando mais excitada? Com certeza sabia e por isso mesmo o estava fazendo, ele a queria ver fora de si. 

Bella arfou quando percebeu que já havia sido arrancada sua última peça de roupa e que os lábios de Edward faziam mágicas em seu sexo, ele dava um beijo de língua fenomenal em sua intimidade. Sim, de língua, ele chegou a penetrá-la com sua própria língua e colocou as pernas dela sobre seus ombros obtendo um grande acesso a feminilidade molhada e quente dela. Bella arqueou as costas e gemeu o nome de Edward apertando com mais força ainda o lençol entre seus dedos.

Edward conseguia sentir que o orgasmo de Bella estava próximo e quando ele veio Edward o tomou todo, chupando e lambendo. Bella não gemia mais, ela gritava. Edward olhou para Bella com um sorriso safado nos lábios sujos de seu mel e depois passou a língua pelos lábios os limpando.

— Deliciosa. — Ele sussurrou roucamente. 

Bella suspirou de prazer.

Edward encaixou seu membro na entrada de dela e começou a penetrá-la lentamente, torturando a. Ela desceu suas pernas dos ombros dele e depois pulou para seu colo, fazendo Edward sentar por cima de seus próprios joelhos e, claro, fazendo seu membro a invadir sem pudor algum. Eles gemeram.

Bella rebolava em cima de Edward, ela se levantava e sentava novamente e a cada penetração ela sentava com mais força. Edward levou suas mãos para as coxas dela e a apertaram, sua boca abocanhou o seio esquerdo dela, ele chupava como se fosse um bebê esfomeado. Bella mordia seu lábio inferior e arranhava as costas dele. Edward passou uma de suas mãos pela feminilidade de Bella e a estimulou mais ainda — se é que é possível e necessário, mas ele queria a proporcionar muito, mais muito prazer — ora acariciando, ora apertando entre os dedos seu clitóris. Ele sentiu quando seu membro foi violentamente esmagado pelas paredes vaginais de Bella. 

Ele urrou de prazer.

Seus líquidos se misturaram e Bella rebolou mais vez sobre o membro latejante de Edward que terminava de liberar seu orgasmo. Ela gemia seu nome e dizia frases obscenas que o fez apenas se animar mais uma vez.

— Eu provoco tudo isso? — Bella perguntou cínica perante a reação tão automática do membro de Edward ao tê-la ainda o abrigando.

— Você ainda não viu nada. — Edward estreitou os olhos e sorriu cheio de segundas intenções.

***

Seu ressono era tranqüilo. Tranqüilo e harmonioso. Tranqüilo, harmonioso e feliz.

Bella gostava de admirá-lo. Ele parecia um anjo, sua beleza era indescritível. Ela ainda se perguntava como o conseguira. Quer dizer, no começo ele seria o último cara com quem ficaria no mundo, e olhem só agora...

Está casada com ele.

Ele se mostrou uma pessoa totalmente diferente da qual ela havia conhecido no começo de tudo. Com o tempo ele foi ficando mais... Perfeito, se possível, mas perfeito a sua maneira, de uma forma que só ele conseguia. Um perfeito com imperfeições que a irritavam, mas que sem essas imperfeições não a deixariam completa. Ela passou a amar essas imperfeições que tanto a irritavam. 

Mas uma coisa que Bella admirava no Edward era sua sinceridade. Para ela isso é essencial. Fora as outras coisas como a fidelidade e o respeito, porém para Bella era diferente, ao seu lado ela teria que ter uma pessoa sincera, que não mentisse a respeito de nada. E Edward prometera nunca mentir para ela, e bem, era estranho como ela acreditava nele loucamente.

O celular de Edward apitou sobre o criado o mudo que ficava ao lado de seu quarto em seu apartamento e Bella esticou o braço para pegá-lo sem fazer muitos movimentos bruscos pra não despertá-lo de seu sono tão tranqüilo. 

Ela abriu o celular e viu que havia acabado de chegar uma mensagem de Alice:

“Passo ai amanhã para ajudar você e a Bellita na mudança para a casa de vidro! Beijos!” 

Bella sorriu com a mensagem da cunhada. Alice havia batizado a casa de Bella e de Edward de “A Casa de Vidro”. 

Na noite passada, depois de se amarem por mais três vezes, Edward levou Bella para terminar o tour pelo primeiro andar da casa onde havia mais uma sala de estar e mais um toalete social. Havia também uma linda cozinha, uma copa, uma área de serviço. E distante, na última porta do corredor onde ficava o toalete, Edward tinha uma maravilhosa surpresa para Bella.

Havia um pequeno estúdio fotográfico. Bella ficou eufórica com tal surpresa.

Estúdio fotográfico: http://www.maxstudio.es/Images/studio_6.jpg 

Nos fundos havia um imenso jardim e piscina. A casa era perfeita, era simplesmente a casa dos sonhos para Bella. E ela aproveitando que ainda estava com o celular de Edward em mãos decidiu olhar suas mensagens. Não que ela fosse de fazer aquilo, mas já estava ali mesmo e ela sabia que ele não iria se importar. 

A maioria das mensagens ali contidas eram dela. Ela sorriu com tal descoberta, porém ela viu um nome que a fez paralisar. 

Srª Stranger.
A Fine Freenzy — Almost Lover: http://www.youtube.com/watch?v=lsWsasqIoyk&ob=av3e 
A mente de Bella estava um turbilhão de pensamentos, nada estava coerente. Ela não conseguia processar um pensamento que não fosse: Edward era o Sr. Stranger. Ela não sabia o porquê, mas súbitos sentimentos de raiva; magoa, decepção e dor a invadiram. Ela apertou em ‘abrir’ e uma mensagem apareceu, a última mensagem que ela havia mandado para o Sr. Stranger, em outras palavras, para Edward. Seus olhos se encheram de lágrimas. Por que Edward não contou a ela? Por que mentiu para ela? Por quê?

Ele prometeu que nunca mentiria para ela. Ele prometeu.

Promessa não podem ser quebradas.
— Amor? — Bella sentiu Edward se remexer na cama e chamar por ela.

Bella não respondeu. Apenas levantou seu tronco, sentando-se na cama. Ela passou uma das mãos — a outra segurava o aparelho — pelos fios de seu cabelo, ela estava confusa. Não conseguia pensar com clareza. Ela precisava sair dali. Ela não queria ficar ali, pois sabia que se ficasse ia acabar falando coisas; fazendo coisas, que poderia se arrepender amargamente depois. 

— Bella? — Edward a chamou novamente após ela se levantar da cama trajando apenas sua peça intima e uma blusa de moletom, dele, por cima.

Edward franziu o cenho com a falta de diálogo entre eles.

— Bella está tudo bem? O que houve? — Ele se levantou da cama e caminhou até ela, mas ela o ignorou e quando ela estava prestes a entrar no toalete do quarto, Edward segurou seu pulso gentilmente. — Bella? — Chamou novamente, mais preocupado. 

Bella olhou para ele novamente e então... ela chorou. Não conseguiu olhar para ele e não deixar as lágrimas rolarem. 

Edward se assustou a principio e ficou mais assustado ainda quando Bella começou a distribuir murros em seu peito desnudo. 

— Por quê? Por quê? Você me prometeu! — Edward tentava a deter, mas estava difícil. 

— Bella! O que...? Ai! — Bella não parava de batê-lo. — Pare com isso. O que aconteceu?

— Por que não me disse que era o Sr. Stranger? — Edward parou de tentar se defender e de detê-la e ficou paralisado, da mesma forma que ela ficou ao descobrir. — Por que não me contou Edward? Por quê? — Bella que havia parado de lhe bater retornou a fazê-lo e esses tapas e murros foram o suficiente para trazê-lo novamente a si e segurar os braços dela com um pouco mais de força.

— Bella me escuta. — Bella balançava a cabeça e se debatia tentado se soltar do aperto dele. — Pare! Bella! — Ela o ignorava.

De repente Edward já não falava... ele esmagava os seus lábios contra os de Bella selvagemente em uma tentativa de fazê-la parar de se debater. Ele desceu suas mãos pelas costas dela e apertou sua cintura a impulsionando contra seu corpo. Bella tentava a qualquer custo fazê-lo parar o empurrando com as mãos e virando o rosto, mas a mão na cintura dela e a outra em sua nuca a impediram de conseguir. 

A língua dele invadiu a boca dela contra a sua vontade e ele explorou cada pedaço dali com desespero. Ele queria fazê-la entender naquele beijo que ele sentia muito, que ele não sabia no que estava pensando, que nunca fora a intenção dele magoá-la com isso, mas Bella se recusava a entender isso e se recusava — algum custo convenhamos — a se entregar ao beijo. Foi então que ela arranhou o peitoral dele o fazendo gemer de prazer e de dor... ele a soltou e ela lhe deu um tapa na cara. 

— Bella...? — Ele não sabia o que fazer. Estava tão perdido quanto ela.

Ela não queria ter feito aquilo, mas ela estava com raiva. Ela tremia de raiva. As lágrimas não paravam de sair dos seus olhos. 

— Edward... — Ela soluçava de tanto que chorava. Sua voz saiu esganiçada.

Edward estava ansioso pelo o que ela iria dizer a seguir, mas ela nada disse apenas caminhou até o closet e voltou rapidamente vestindo uma blusa de frio com capuz, uma calça jeans qualquer, um par de tênis e uma bolsa travessal. 

— Bella, aonde vai? — Edward que havia sentado na cama perguntou. 

— Depois nos falamos. 

— Está chovendo. Fica aqui. Vamos conversar agora, Bella, por favor. — Bella parou na porta do quarto e fez uma tremenda expressão de dor. 

— Se eu ficar, eu vou falar coisas que não quero. Depois nos falamos. — Dito essas palavras Bella passou pelo corredor, atravessou a sala e saiu do apartamento de Edward. 

Ela não chorou. Pelo menos até sair do apartamento.

O dia estava horrível, as gotículas de água que caiam do céu eram grossas, o vento estava castigando a cidade, fortes luzes surgiam no céu acompanhado por estrondosos trovões. 

E lá estavam novamente as malditas lágrimas...

Bella andou pela calçada olhando para baixo e tentando atravessar o vento que feria seu rosto molhado, agora pela chuva e pelas lágrimas.

Era insano ela está se sentindo assim? Poderia até ser, mas Bella estava machucada, poderia ser algo banal para quem via de fora, mas para quem estava dentro isso feria de uma forma que não deveria ferir. 

Bella caminhou até o seu abrigo particular... A Starbucks.

— Bella? — Ângela a chamou assustada quando a viu passar pela porta. 

O lugar estava consideravelmente vazio, assim como a rua, a não ser por algumas pessoas que se arriscavam dentro de seus carros a atravessar aquela tempestade. 

— O que houve? — Ângela chegou até Bella e a olhou. — Por que está chorando? — Bella nada disse apenas a abraçou e Ângela lhe devolveu o abraço.

Depois que Ângela conseguiu fazer Bella se sentar e tomar um café bem quente, ela a fez contar tudo o que havia acontecido e Bella lhe contou. E quando terminou de contar Ângela não tinha palavras para lhe dizer a não ser que tudo ficaria bem e voltou a abraçá-la.

— Ang... — Bella rompeu o abraço e a olhou. — Me empresta um celular? 

— Claro Bella. — Ângela lhe entregou o seu celular. — Pegue. — Bella o pegou e depois de algumas discagens colocou o aparelho no ouvido. Após chamar algumas vezes a voz grave e tão familiar atendeu:

— Alô? 

— Papai? — Bella engoliu um soluço. Não queria demonstrar a Charlie que estava triste e chorando. — Posso ficar alguns dias ai? 

***

Seus dedos tamborilavam sobre a mesa da cozinha. Seu celular estava em sua outra mão. A sua frente um copo de café e sua paciência? Indo pro brejo. 

Por que ela não o ligava de algum lugar o avisando onde estava, se estava tudo bem? Ele já tentou ligar para ela, mas ela deixou o celular no apartamento e ele já estava para cometer alguma loucura quando o celular tocou e no mesmo estante ele atendeu.

— Alô? — Sua voz estava rouca. Seu coração martelava em seu peito.

— Cullen, eu tenho péssimas noticias. — A voz da mulher do outro lado era preocupada. 

A.Q: http://smallville.otavo.tv/wp-content/uploads/040310_1221_SmallvilleS1.png 

Edward desanimado por não ser Bella bufou e revirou os olhos.

— Minha situação para ficar pior tá difícil, mas eu sempre posso contar com você para conseguir essa proeza. — Disse sarcasticamente. — O que houve?

— Os Volturi a encontraram. — Edward travou o maxilar.

— Como assim eles acharam a chave? Antes de nós? Temos que pegá-la antes deles! — Sua voz aumentou algumas oitavas. 

— Sim e nós vamos Cullen, mas você não vai acreditar no que é a chave e aonde eles a encontraram. 

— Diz logo! Não sou adivinho! — Se seu humor antes estava péssimo, agora está horrível. 

— Qual é o problema Cullen? 

— Não importa agora, só me diz logo o que é a chave e onde aqueles miseráveis a encontraram. — Disse suspirando.

— A chave é um cordão e... Eles a acharam em Nova York. — Uma descarga elétrica atravessou o corpo de Edward. 

Não. Pode. Ser.

— O que...? Meu Deus! — Edward se levantou da cadeira e em passos largos foi até o seu quarto pegando a chave de seu Volvo. — Um colar? Você sabia não sabia? 

— Sabia do que Cullen? O que você sabe que eu não sei? Desembucha! — Não! É claro que ela não sabia. Como Edward foi pensar uma coisa dessas, ela era a sua superior, a chefona da CIA, ela que arriscaria a própria vida para ter aquela máfia italiana desprezível morta! Cada um deles! Se ela soubesse de sua suspeita teria feito alguma coisa.

— Eu não tenho certeza, mas acho que por a mãe dela ser quem foi é algo que deva ser considerado.

— Do que você está falando Cullen? — Ela já estava impaciente.

— Bella achou um colar ontem e ela disse que Renée lhe deu e eu achei o material bem interessante — Edward já se encontrava no estacionamento de seu prédio — e agora pensando bem, o material usado para fazer aquele colar é o mesmo que encontramos naquele canivete que achamos quando o desgraçado do Demetri fugiu. — Edward abriu a porta de seu Volvo e colocou o celular no viva voz o deixando sobre o banco do carona e ligando o carro retirando o mesmo do estacionamento.

— Cullen você pode ter razão. Renée pôde muito bem ter pegado a chave e o dado a Bella antes de morrer, já que foi ela quem destruiu o projeto quase finalizado dos Volturi. — Edward acelerava o máximo que podia.

Ele tinha que conseguir conversar com Bella e pegar aquele colar. 

— Por isso mesmo estou indo atrás de Bella, depois eu te ligo.

— Indo atrás dela? Como assim? O que houve? 

— Longa história. Depois conversamos. Tchau. — Edward desligou o celular e dirigiu em direção ao Starbucks. Havia uma grande possibilidade de Bella está lá.

A chuva já não estava tão forte assim, agora o tempo estava apenas nublado. Ele olhou em seu relógio de pulso e conferiu as horas, 14h56min. Ele suspirou de frustração. Devia ter ido atrás de Bella no mesmo estante em que ela saiu, mas estava tão extasiado, que mal conseguia se mover. E agora a idéia de que ela podia está correndo um grande risco de vida o deixava enfurecido! 

Ele estacionou o carro de qualquer jeito na rua e depois desceu do Volvo em um salto e correu para a entrada da Starbucks. Quando chegou lá dentro seus olhos varreram o lugar em busca de Ângela e quando a viu foi até ela, mas havia uma fila que Ângela estava atendendo e Edward a furou indo falar com ela e recebendo varias queixas das pessoas atrás de si. 

— Eii, cara, você não pode fazer isso, não. — Edward se virou para o homem com cara de poucos amigos.

— Você não é ninguém para dizer o que eu posso ou não fazer, mas eu posso lhe dizer o que você deve fazer. — Edward travou o maxilar. — Você deve ficar calado e na tua. Não se preocupe que o café não vai sair correndo. — Edward deu as costas para o homem e voltou sua atenção para Ângela. — Onde ela está? 

Ângela o olhou torto e passou a mexer na maquina de fazer café. 

— Não sei de quem você está falando. — Falou indiferente.

Edward já sem paciência pulou a bancada ficando onde os funcionários e as maquinas de fazer café ficavam. 

— Cara você... — O mesmo homem começou a dizer e Edward o interrompeu.

— Já não mandei você ficar calado porra? — Edward pegou o café que Ângela preparava com certa agressividade e deu para o cara. — Some da minha frente antes que eu faça você sumir da face da terra. — O cara engoliu em seco e saiu. — Mas alguém quer me questionar do que eu devo ou não fazer nessa merda? — Perguntou para as pessoas na fila que balançaram a cabeça negativamente. — Muito bom! — Ele se voltou para Ângela. — Ângela eu sei que Bella esteve aqui, sei disso por que você é a única pessoa que ela tem nessa cidade fora eu e minha família e Bella pode está correndo um grande risco e eu preciso que você me fale onde ela está.

— Como assim? Que tipo de risco? — Ângela se preocupou.

— Risco de vida Ângela e eu preciso que você me fale onde Bella está. Agora! 

Ângela umedeceu os lábios e respondeu:

— Ela comprou um passaporte de última hora para Seattle, ela vai passar alguns dias em Forks com o pai, Charlie. — Edward passou a mão na testa e assentiu.

— Certo, certo. Obrigado! — Ele voltou a pular a bancada e correu até o seu Volvo pegando o celular no banco do carona e ligando para A.Q que na primeira chamada atendeu. 

— Onde ela está? 

— Ela foi para Forks. — Disse em um fio de voz. — Estou indo para lá agora. 

— Não Cullen, você vem para cá agora. Denali vai para Forks, preciso de você aqui. 

— Como assim você vai mandar o Eleazar para lá? Não! Eu vou! — Disse sobressaltado.

— Cullen, sou eu quem mando e se eu estou dizendo que o Denali vai e que você vem pra cá, você obedece sem hesitar. 

Edward desligou o celular e socou o volante. 

Odiava ter que obedecer aos outros! Estava acostumado a mandar e não a ser mandado!

***

Não era de se espantar que em Seattle também estivesse chovendo. Bella olhava através da janela do taxi sem expressão alguma. Seus olhos estavam vermelhos e marejados. Esperava que até chegar a Forks sua aparência melhorasse, não queria preocupar Charlie, apesar de já saber que quando chegasse lá ele a faria contar tudo o que havia acontecido — ele já estava desconfiado que alguma coisa tivesse acontecido após o telefonema de Bella — e ele não sabia como Bella estava ansiosa por isso. Sarcasmo às vezes era o forte de Bella. Notaram a ironia? 

Bella suspirou em frustração. 

Não queria que as coisas tivessem tomado esse caminho, esse caminho tão cruel e horripilante que era não ter Edward contigo. Ela sofria porque apesar de querer está com ele, ela não queria. Era confuso, foi como se seu conto de fadas tivesse chegado ao fim. Mas por uma mentira? Faz parte.

Ele. Prometeu.

Por que não contar a ela? Aquilo era importante, muito importante. 

Ele havia a machucado. 

Ela olhou para a aliança em seu dedo e lá estavam as lágrimas novamente. 

Bella conseguia sentir precisamente os lábios de Edward contra os seus, sua língua invadindo sua boca. Seu gosto. Sua maciez. Sua intensidade. Ela levou dois dedos aos lábios e fechou os olhos. Era como se ele estivesse ali. Ela abriu os olhos e balançou a cabeça tentando dissipar as lembranças que teimavam em permanecer lhe atormentando. Suas mãos foram parar em seu pescoço e o colar a fez se lembrar de sua mãe. 

Eram lembranças de que ela também corria. Se não fosse pela morte de sua mãe, seriam lembranças de que ela poderia se orgulhar em se lembrar.

— Senhorita, chegamos. — A taxista lhe chamou a atenção e Bella assentiu pegando em sua bolsa travessal — que continha algumas peças de roupa — o dinheiro para pagar o homem.

— Obrigada. — Bella saiu do carro ouvindo o ‘disponha’ do homem que arrancou o carro e desapareceu pela rua da casa de Charlie. A casa na qual Bella morou durando quatro anos. 

Ela caminhou até a entrada da casa e deu leves batidas na porta, após alguns segundos Charlie apareceu. Alto, cabelos escuros, olhos negros, e pele branca pela constante chuva naquela cidadezinha que raramente aparecia o sol. Seu sorriso se abriu ao ver Bella, mas logo se desfez ao ver os olhos vermelhos da filha.

— Bells. — Ele disse e Bella jogou os braços ao redor do pescoço do pai.

Tudo estava como Bella havia deixado quando fora embora pela última vez — havia passado o natal com Charlie ano passado —, aquela casa era tão familiar, a reconfortava de uma maneira tranqüilizadora, mas infelizmente ela não conseguia tirar a dor de seu coração.

Após Bella ter contado a Charlie o que havia acontecido — claro que omitiu várias partes — a vontade dele era de acabar com a raça de Edward.

— Ele sabe que tenho licença para matar? — Charlie perguntou fazendo Bella abrir um pequeno e tímido sorriso.

Apesar de Bella ter morado catorze anos de sua vida com Renée e apenas quatro com Charlie o seu relacionamento com ele era até mesmo agradável. Eles conversavam relativamente sobre tudo um pouco. 

— E talvez Jacob tenha se esquecido que eu também tenha licença para matar. — Continuou a dizer.

Foi uma facada e tanto em Charlie descobrir que Jacob havia feito aquilo com Bella. Toda a história lhe deixou surpreso, mas isso, sobre o Jacob? O pegou de surpresa. 

— Quer comer alguma coisa, Bells? — Bella apenas balançou a cabeça negativamente.

— Estou cansada, vou me deitar um pouco, tudo bem? 

— Claro, pode ir, seu quarto continua como sempre. — Bella assentiu e antes de subir as escadas abraçou seu pai e lhe agradeceu. Charlie lhe deu um singelo beijo no alto de sua cabeça e então Bella subiu para seu quarto que continuava intocado.

Ela caminhou até a janela e olhou para o céu nublado, tão característico de Forks. 

Não foi difícil ela cai na escuridão de seu cansaço...

Parecia que Bella poderia dormi o tanto que fosse, mas que seu cansaço nunca passaria. Cansaço psicológico principalmente. 

Ao despertar tomou um banho quente e se agasalhou bem, pegando até uma jaqueta de Charlie e a vestindo. Ela desceu as escadas e se deparou com Charlie sentado no sofá assistindo a um jogo qualquer de futebol americano na televisão e com uma lata de cerveja em mãos.

— Pai, eu vou dá uma volta por ai, okay? — Charlie olhou para Bella e se levantou caminhando até ela.

— Está tudo bem, querida? — Bella assente.

— Está sim, pai. Obrigada e eu peguei essa jaqueta emprestada, espero que não se importe, sim? — Charlie acariciou uma de suas faces com as costas de sua mão e sorriu.

— Claro Bells, você pode pegar. E eu acho que você não vai querer dar uma volta a pé e muito menos com a viatura da policia nessa chuva, certo? — Bella estreitou os olhos e balançou a cabeça negativamente, ela não havia pensado nisso.

— Acho que não. — Charlie passou o braço sobre os ombros dela e caminhou ao lado dela para fora de casa, à chuva não estava tão forte assim, era apenas uma leve garoa, mas que mesmo assim molhava e irritava. 

Charlie levou Bella até a parte de trás da casa onde havia uma porta que levava a um ‘tipo’ de deposito, onde Charlie deixava suas coisas de pescaria e etc. E em um canto distante, coberto por uma lona preta, Charlie tinha uma surpresa para Bella.

— Espero que goste, mas tome cuidado, okay? — Bella estava ansiosa para saber o que era e quando Charlie retirou a lona ela ofegou em surpresa e satisfação.

— Uma Honda Twister? O senhor comprou uma Honda Twister? — Bella caminhou até a moto e passou a mão pelo banco de couro.

Honda Twister: http://www.motoesporte.com.br/modelo2007/twister.JPG 

— É eu negociei. — Charlie sorriu. — Ano passado você comentou sobre ela, desculpe ter conseguido ela só agora. — Desculpou-se.

— Ah, pai. Obrigada. — Bella o abraçou. — Eu adorei. É perfeita. — Charlie lhe devolveu o abraço e depois a entregou a chave da moto e um capacete. 

— Não demore muito, okay? Está tarde. — Bella não pôde deixar de revirar os olhos. Era legal alguém se preocupar com ela, mas ela estava em Forks, à cidade na qual todos se conhecem e onde não há muito perigo assim. 

— Tudo bem pai. — Bella tirou a moto daquela sala e subiu nela arrancando a dali.

A sensação era ótima. Fazia algum tempo desde que ela não subia em uma moto, mas era impossível se esquecer de como pilotar. Jacob que a ensinará a como manusear uma moto. 

Ela andou por alguns minutos de moto até decidir descer dela e dá uma volta pela floresta, ela não iria adentrar muito por ela, apenas sentar-se em algum tronco e respirar o cheiro de terra molhada, ouvir as gotículas de água da chuva caindo sobre as folhas de árvores espalhadas pelo chão, ela iria, porém eles surgiram a sua frente.

— Vocês? — Bella engoliu em seco.

Ela já ouvira falar antes na família Volturi. Já ouvira falar sobre cada um dos membros, mas ter Demetri e Felix Volturi a sua frente era amedrontador. Eles eram enormes e a olhavam com frieza e escárnio ao mesmo tempo. 

— Isabella Swan. — A voz de Demetri fez todos os pelos de Bella se arrepiar. 

— O que estão fazendo aqui? — Felix caminhou em sua direção e Bella andou para trás. 

— Você tem uma coisa que nos pertence. — Bella segurou a respiração e quando Felix foi para lhe pegar pelos braços ela se desviou lhe deferindo um golpe em sua barriga e saltando para trás. 

Demetri travou o maxilar e foi em sua direção tentando lhe acertar, mas Bella era rápida e sabia bem como se proteger. Ela o segurou pelos ombros e lhe deu uma joelhada entre as pernas. Demetri grunhiu.

— Como filha de Renée Swan nós deveríamos saber que você saberia se defender, mas isso não faz diferença alguma para nós. — Demetri disse e olhou para Felix que estava atrás de Bella, ele a segurou a esmagando contra seus braços grandes e musculosos. 

Bella sabia Karatê, Kung Fu e Jiu Jitsu, um pouco de cada. Renée a ensinara desde pequena; era engraçado como ela não conseguiu se defender de Jacob, mas naquele momento, ali com ele, ela estava tão extasiada que nada passava por sua cabeça.

Bella se debateu contra os braços de Felix, seu aperto era cada vez mais forte. Bella chegou a gritar de dor. Demetri que estava curvado para frente, pela joelhada de Bella, se endireitou e foi em direção a ela.

— Mas como filha de Renée Swan nós sabemos que você também é uma fracassada. — Demetri disse e Bella cuspiu em seu rosto e no mesmo estante ele lhe deu um tapa na face. 

Demetri limpou seu rosto e arrancou o colar de Bella. 

— Minha vontade é de ti matar, mas infelizmente ainda não tenho ordens para tal. — Demetri assentiu e Felix a soltou a fazendo cair no chão. 

Bella permaneceu no chão apenas escutando os passos deles desaparecem aos poucos. Ela se sentou no chão lentamente e sua cabeça rodou.

O que Demetri e Felix Volturi queriam com o colar que sua mãe lhe dera? Para que eles o queria eporque eles o queriam?

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