Prólogo
parte dois
HERA
Desde os primórdios dos tempos antigos, criaturas
mágicas vivem na Terra. Eu sou uma delas: meu nome é Hera. Os Deuses me
classificam como Quimera, uma criatura que tem cabeça de Leão, corpo de cabra,
rabo de cobra e asas enormes de águia. Uma criatura monstruosa, a única de
minha espécie.Mas eu nem sempre fui assim.
Os Deuses mandavam na terra. Para ser mais
exata, Zeus. Hoje em dia, eles nem querem mais saber dos mortais. Aprenderam a
viver sem suas preces e há muito nos abandonaram mortais e seus filhos.
Nasci há mais de dez mil anos na Grécia Antiga.
Artemis, a Deusa da caça, me criou do barro pra ser sua única filha. Todos os
Deuses tinham vários filhos menos ela. Zeus não queria que Artemis tivesse
filhos, pois as amantes de Zeus não podiam ter filhos se ele não quisesse.
Minha mãe não era amante dele por que queria e sim porque era obrigada.
Mulheres, tanto deusas como mortais não tinham voz: era obedecer ou a morte.
Minha tia Hera- Sim, meu nome é em homenagem a minha tia- Irmã de Artemis sabia
de tudo que seu marido, Zeus, fazia e a assentia calada, pois a mesma regra era
válida pra ela. Hera e Artemis eram mais que irmãs, eram melhores amigas,
confidentes. Artemis queria ser mãe mais do que qualquer coisa e me criou em
segredo, contando só a sua irmã Hera, que apesar do medo que tinha por Artemis
ser descoberta a apoiou, e a ajudou a me esconder de Zeus. Nunca saía do quarto
de minha mãe quando criança, que era no Olimpo. Ela me educava, me ensinava
tudo que sabia, seus dons de caça, sua afinidade com a terra, enfim, tudo.
Fez-me a sua própria imagem. Hera me visitava às vezes e ajudava minha mãe a me
criar.
Raras eram as vezes que eu visitava a Terra. Isso só
acontecia quando Zeus estava muito distraído e minha mãe me tirava do Olimpo
para conhecer um pouco da vida fora de um quarto. Eu cresci e virei uma exímia caçadora. Conforme ganhei maturidade,
minha mãe me deu um dom só meu, cujo qual ela não tinha e foi com muito esforço
que ela conseguiu criá-lo pra mim. Eu mudava de forma, podia virar qualquer
coisa que eu visse, desde um animal até uma pessoa. No começo era meio
estranho, mas depois me acostumei e achei até divertido.
Em uma dessas minhas idas a Terra para respirar, Zeus
me descobriu. Minha mãe e minha tia pensaram que ele estivesse em um sono
profundo mas ele não estava e me viu. Hermes, a Deusa do comércio e das
comunicações, também irmã de Artemis
e Hera, tinha inveja da amizade das irmãs e ciúmes. Ela também era uma das
amantes de Zeus, mas ao contrário de Artemis, ela gostava, pois era uma maneira
de menosprezar e humilhar Hera. Hermes, como vivia ao encalço de Artemis e
Hera, começou a suspeitar de que havia algo estranho demais com as duas e em
uma das visitas de Hera ao quarto de Artemis,me viu por entre a brecha da porta
e ouviu sobre minha futura visita ao planeta Terra. Ela foi imediatamente
contar a Zeus, que ficou furioso quando soube. Ele esperou a noite cair para
que eu saí-se e quando estávamos quase fora do Olimpo, nos barrou e nos
trancafiou em um dos aposentos com uma magia tão forte que era impossível
fugir. Durante dias ficou pensando em uma maneira de castigar Hera e Artemis e
o que fazer comigo. Finalmente ele pensou em um castigo. Com as Deusas
traidoras ele não ia fazer nada, mas com sua cria, ia amaldiçoar de uma das
piores formas possíveis, fazendo com que as Deusas sofressem da pior forma que
ele imaginava. Vendo sua única filha ser amaldiçoada pelo resto da eternidade.
Zeus usou meu dom pra mudar de forma para me transformar em um monstro horrível
que tinha partes de vários animais, um dos monstros extintos da Grécia antiga, a
Quimera. Me lançou na terra com essa maldição, que me obrigava a me transformar
pra me alimentar, pois na forma humana nenhum alimento entraria pela minha
boca, e pra não morrer de fome, a transformação era minha salvação.
Também baniu minha querida mãe e tia de falar comigo.
Nunca mais as vi desde então. Principalmente depois dos Deuses terem abandonado
a Terra. Não sinto mais o Olimpo por perto faz mais de milênios. Antes eu tinha
uma leve visão daqui de baixo, hoje não vejo mais nada. Mas ainda rogo a elas
por proteção e por ajuda quando me sinto sozinha. Sei que elas me ouvem,
preciso acreditar que elas me ouvem.
Mas depois de tudo que eu passei, me transformar em
Quimera foi uma das menores coisas que Zeus fez comigo. Ele me tirou Perseu....
Não a dor maior que esta.
Perseu, onde você está?
Está dor está me consumindo a cada dia, até quando
vou suportar?
Murgen
À noite, aproxima-se e com ela chega à leve brisa,
que movimenta o mar, do pequeno porto. Na costa de Livorno, Itália, uma luz
surge, clareando a areia e as rochas, ofuscando as nuvens e o mar.
Águas do mediterrâneo, calmas, indefesas. Ao
comando do ar, chocam-se nas rochas, acariciando-as.
“-Só mais um pouco agora!”
Falta pouco, para a maior estrela, lá da imensidão
do universo, iluminar a lua por completo.
Nessa antecipação ao esperado momento, cruza o céu,
vindo das nuvens, um ser!
No principio, só um vulto de tão rápido, mas em sua
ansiedade e preocupação, reduz a velocidade, voando baixo. Sim! Voando! Com
longas assas alvas, como as da águia. Circulando as rochas e fazendo pequenos
rodamoinhos com a brisa.
O mar, sentindo o olhar do ser, agita-se e as ondas
chocam-se as rochas, com mais intensidade. Em meio a essa agitação emerge uma
mulher, de longos cabelos dourados e seios fartos.
O ser águia, pára no ar, a olha e acalma-se com seu
sorriso. Voa em direção a pequena região, cercada por rochas, onde a areia não
esta completamente submersa, quase uma lagoa. Pousa majestosamente e
ameaçadoramente, as assas descansam em suas costas, revelando um homem de
calças brancas e peito nu.
A mulher mergulha na mesma direção, antes onde só
se via o seu dorso, agora podia se vê uma calda prateada.
A lua, completamente iluminada, abençoa os seres. A
mágica acontece... Um feixe de luz aproxima-se dos seres.
A mulher levanta as mãos, em sua impaciência de
tocar-la, ao seu toque tudo muda, transforma-se. Seus cabelos, pele, seios
refletem o azul, da tal, luz mágica. Um azul tão claro quanto o mar, durante o
dia
No homem, a luz toca em suas assas, que se
ouriçaram e erguem-se, parecendo que involuntariamente, para logo em seguida
irem sumindo, aos poucos.
O homem respira ofegante, enquanto a mulher
sorrindo movimenta as mãos, e onde antes estava nua, agora está coberta.
Levanta-se e com ela, a água do mar a vesti-la, num vestido negro, pela falta
de luz.
“-Atheir Wind!” – suspira a sereia.(Lê-se Eideir!)
“-Murgen Water!” – delicia-se a harpia.
Os amantes beijam-se, amam-se, insana e
ardentemente. Entre movimentos e sons de prazer, o vento acaricia a água,
tomando-a em seus braços. Ficam naquele status até o amanhecer, quando a lua
vai embora, levando com ela a mágica!
Meus olhos, vermelhos, já viram de tudo. Bom, quase
tudo! Pois, nunca vi, os ouvi falar de elementais que se amam. Os corações acelerados,
ali embaixo, provam isso!
Elementais são espíritos da natureza que existem
para protegê-la, têm dons complexos, guardam e controlam os elementos.
Sereias,
Elfos, Salamandras, Harpias, representam a água, a terra, o fogo e o ar. Seres
poderosos, desejados... Devem servir a meu mestre... Aro.
POV Alec Volturi
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Saudades... Um sentimento humano, que seres
imortais, - como eu – permitem-se sentir!
No momento, sinto essa falta insana de meus pais.
Os reis do grande oceano, conhecido pelos Waters como Atlântic! Morei com eles
até completar 16 anos e me ser permitido ver a superfície. Desde então, vivo no
mediterrâneo com algumas irmãs, bem próximo a costa. Onde posso controlar a
pesca excessiva, em alto mar.
Há três anos, eu era uma adolescente sonhadora, que
apesar da pouca idade, já aparentava maturidade, Completamente protegida, pelas
paredes do palácio, meu pai o rei Masteri, não me queria fora do território de
seu reino. Como tenho certos, digamos... Poderes persuasivos, o convenci.
Hoje, me
considero uma guerreira. Na comunidade onde vivo, nunca suspeitaram da minha
verdadeira identidade.
Até ele, o demônio de olhos vermelhos, aparecer!
Alec ameaçou tirar a vida de meu anjo, o Atheir!
Ele é um
Wind. Os mestres, dizem ser impossível, o amor entre um Water e um Wind. Mas,
se o ar pode viver em harmonia com a água, nos também podemos! E o grande, Eu sou, nos abençoou com a magia
da Lua cheia.
Estou aqui, lutando para tirar Atheir das garras de
Aro Volturi, que o fez prisioneiro, em uma das noites de lua cheia, onde meu
anjo, de cabelos e olhos negros, fica vulnerável. Tomou-lhe a espada e a tem em
seu castelo.
Uma feiticeira, Sophia, me deu a forma humana e
está aqui por seus próprios motivos. Sou grata a ela, só sinto falta do mar!
Sinto falta de meus cabelos soltos, que por serem
muito longos estão sempre presos em uma trança, as pernas são estranhas também!
Sinto falta do prata, que as cobria e me permitiam voar dentro d’água.
“-Pare com isso! Murgen!” – berrou Renata Volturi.
“-Perdoe-me” – disse constrangida.
Afinal, ela
se encontrava bastante molhada! Só mais um dos meus problemas, controlo a água.
Toda e qualquer coisa, que tenha, ou leve água. Posso manipular! E quando meus
sentimentos estão fortes elas se movem, sem que eu perceba. Como agora!
A água da pequena fonte, na praça deserta, pelo
tardar da hora. Dança em minha frente, me fazendo sentir mais falta de meu
povo!
Mas, não vou desistir, Atheir precisa de mim! É a mim
que Aro quer! Não vejo à hora de conhecê-lo. Libertarei Atheir, ou não me chamo
Murgen Water!
Fanfic escrita em conjunto
Capitulo escrito por Babi e Marilan
4 comentários:
meninas q cap incrivel vcs sao otimas escritoras achei super interesante e incrivelmente envolvente super dezzzzzzzzz parabens
Oi! :3 Eu axei de mais! \o/ só a parte dos deuses q tipo so uma amante de mitologia grega, e eu vi alguns errinhos mais fico muito legal mesmo assim! ^^
Aya/Bruh...
adorei, essa fic promete hem, parabens
Ohhh meninas, muito perfeito esse cápitulo.. Vcs estão de parabens mesmo.. são otimas escritoras, todas vcs!!
Já estou amando essa fic! Está muito linda!!
Bjuss
Irielen(Ie)
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