15 de nov. de 2010

Capitulo 5

Posted by sandry costa On 11/15/2010 2 comments



Decepção





PV.Alice

Uma mão apertou minha cintura contra si e a outra segurou meu rosto com delicadeza. Aquilo me pegou completamente de surpresa. Era um beijo que nos ofegava e ambos estávamos respirando aos arquejos. Jasper se aprofundou em nosso beijo. Eu sabia que ele tinha toda uma urgência e poderia apostar que ele sentia a minha também. Ambos correspondíamos na mesma intensidade.

Cruzei os braços nos ombros e pescoço de Jasper o puxando para mim e entrelaçando meus dedos em seus cachos, os puxando também.

Nossos corpos ficavam quentes a cada segundo pelo contato e eu me sentia adormecer a cada toque de suas mãos em mim.

Jasper soltou meus lábios famintos, porém não deixou minha pele. Aprofundou-se em meu pescoço, e não pude evitar um gemido baixo. Sua respiração pesada e ofegante dele ali me fazia amolecer.

Nesse instante, imagens tomaram minha cabeça. Era Jasper e eu.

Nus!

Oh Deus! Nus! Eu seria dele, de verdade. Eu queria isso, mesmo nem sabendo como seria.

Rápidas como vieram, as imagens sumiram e eu me vi ainda agarrada ás seus macios cachos. Ele subiu para minha boca novamente, massageando meu lábio inferior com a língua, até elas se encontrarem e voltarem á dançar harmoniosamente. Eu sabia que as sensações que se intensificavam em mim eram similares nele, eram quase incontroláveis. Eu não tinha a menor idéia de como fazer o que iríamos fazer, mas vi que, com aqueles beijos e carícias, isso não demoraria muito.

E era o eu esperava.



PV Jasper

Rodopiamos um pouco, tropeçando em um sapato, até cairmos em um sofá. Seu corpo curvilíneo se moldava perfeitamente ao meu, mesmo ela sendo mais baixa, porém naquele momento não fez diferença.

Minha mãe passeou, apertando de leve por onde passava em seu corpo. Eu estava em frenesi, era incrível aquela sensação! Tocá-la. Eu sempre queria mais...

Mas não podia.

Tentei voltar para mim. Interrompi o beijo abruptamente.

- Não podemos – sussurrei lamentando. Senti no sofá com as mãos na testa. Senti a irritação de Alice com minha interrupção, mas a senti se sentar ao meu lado no sofá. Longo sua mão começou a acariciar meus cabelos e meus ombros e ela falou em um tom doce.

- Não se preocupe, Jazz querido, está tudo bem –Alice fez carinho ali – deixe acontecer, é o natural. Só está adiando o inevitável. Isso vai acontecer. Eu vi- ela murmurou sorrindo.

Porém, uma raiva cresceu dentro de mim. Levantei-me bruscamente e Alice me encarou com as sobrancelhas unidas e uma expressão indecifrável.

- Como assim viu isso?- a questionei com um tom incrédulo e duro.

Ela ficou um pouco desconcertada e um tanto confusa. Ela se levantou ficando frente a mim.

- Responde! – eu alterei meu tom de voz, assustando-a.

- È que, bom, vi a gente. Junto – ela murmurou e deu um sorriso fraco

- Como é que é? Você está louca? O que mais você viu? – não consegui segurar o tom grosso. Céus, aquela história estava me deixando realmente tenso.

- Bom, só vi a gente junto, Jazz, só is... –

- Não estou falando disso! Estou falando de tudo! O que você esconde de mim? – a interrompi rispidamente. Agora a frustração de saber que havia coisas sobre nós e até sobre mim que ela não me falara foi maior do que minha cordialidade.



PV. Alice

Eu fiquei em silêncio por um tempo. Eu deveria contar a ele que éramos almas gêmeas? Que eu pertencia á ele e ele á mim? Eu devia avisá-lo que ele me amava? Que não seriamos apenas mais 2 integrantes dos Cullens que viajavam juntos? Que éramos mais que isso.

Muito mais que isso.

- Quer saber mesmo? Vi a gente desde que acordei! Você me ama, Jazz!Ou pelo menos vai. Mas é assim que será, eu serei sua mulher. Eu te amo e...

- Não! Isso não vai acontecer! Eu não vou deixar. Chega, Alice. Você não me conhece, não sabe absolutamente nada sobre mim. E talvez seja melhor continuar assim.

- Não me quer, Jazz? – o desespero de repente começou á me fazer respirar ofegante.

Ele fez um silêncio por um tempo, que para mim pareceu uma eternidade. Mas quando ele respondeu por fim desejei que não tivesse o feito.

- Não – disse ele desviando um pouco o olhar; duro e sério – Eu não te amo, Alice. E não quero que me ame, não ficaremos juntos.

Ao ouvir aquilo senti um nó em meu estômago que nunca havia sentido antes. Ele não me queria e parecia bem certo disso. Parecia o fim de todos os sonhos que eu havia fantasiado, todo meu amor, todo o meu final feliz. Todas as visões nossa juntos não eram nada, então?

Em um rápido flash eu vi novas imagens. Era novamente minha família e eu.

Só.

Meu futuro estava se perdendo. O amor de minha vida havia me rejeitado e naquela hora o vazio tomou conta de mim.

Era a pior sensação do mundo.



PV Jasper

Eu queria desesperadamente ir reconfortá-la. Era torturante ter que sentir tudo o que ela sentia. Havia acabado de pronunciar as maiores insanidades que já dissera em toda a sua existência!

Ele a queria sim e talvez aquele fosse o problema. Só não sabia se a amava. Na certa não, afinal, não se pode amar alguém que você conheceu algumas horas antes!

Pode?

Para mim, não. Mas fosse o que fosse, ela não me conhecia. Não sabia de meu passado e nem das marcas. Ela teria medo se soubesse.

Se visse.

Eu não a merecia.

- Alice, eu já matei pessoas! Muitas...e vampiros também. E gostei. Eu sou um monstro. Você não....não merece...um monstro como eu. Devia se afastar de mim – eu não sabia por que me era tão difícil admitir aquilo. Me peguei soluçando. Talvez eu choraria se ainda fosse possível. E levando em conta quem eu era aquilo era de admirar.

Alice começou a se sentir confusa. Gostaria de poder ler pensamentos naquele momento.

- Jazz, pare de dizer isso!- ela me repreendeu – Você fez algumas coisas ruins mais é a natureza- ouvindo ela dizer até parecia ser fácil. Porém éramos da mesma natureza e, no entanto ela não havia feito nem um terço do que eu havia - Agora temos uma escolha! Você pode fazer diferente. E quanto ter lutado contra exércitos eu já sabia. Você tem uma mania de esquecer que eu posso ver – ela sorriu – Eu havia visto. E quero você mesmo assim.

Ela se aproximou de mim me fitando nos olhos. Parecia automático, meu corpo sentia a aproximação do dela. Era como se o acalmasse. Minha explosão de fúria diminuía e agora eu até podia sentir-me um tanto sem jeito devido a cena que fizer.

Eu havia ditos coisas ruins para ela.

Mas sua calma virava pó ao se lembrar das palavras dela: “eu serei sua mulher”.Ela havia enfatizado bem as palavras “sua mulher”. Eles iriam para cama, a qualquer momento e essa era uma das partes que ele também queria evitar. Seria demais para ele vê-la com receio de o tocar,enojada. Talvez até quisesse distância depois que parasse para analisar as marcas de um passado brutal ao qual ele fizer parte.

Parecia tudo muito pouco delicado para uma pessoa como ela.

O difícil era que ela queria. Ela estava decidida e estava pronta.Como negar algo á ela?

O pior de tudo era que ele queria ainda mais.

Mas talvez ele devesse mostrar de uma vez, acabar logo com isso.



PV Alice

Depois de tudo aquilo que Jasper me dissera eu deveria estar eternamente zangada com ele. Mas se seus motivos eram aqueles, achar que ela não o merecia, era absurdo demais. Céus, como fui me apaixonar por alguém tão difícil?

Jasper se afastou de novo, fazendo uma careta.

- Você não pode me querer! E você quer saber por quê? Ótimo! – ele disse com um tom estranho. Logo o vi tirar sua jaqueta e depois sua blusa e as jogou pelo chão, apontando as mãos para o corpo – Olhe para isso, Alice! Olhe bem! Olhe meu corpo, é cheio dessas malditas cicatrizes. São incontáveis! São horríveis! – ele parecia enojado de si mesmo. Parecia analisar qualquer reação que eu esboçasse.

Mas não vi nada daquilo. Para falar a verdade, eu mal havia visto suas cicatrizes. Eu não ligava.

No momento em que Jasper tirou sua blusa e despiu seu tronco, eu não consegui me conter em ficar olhando. Tinha um peitoral musculoso que descia com uma barriga cheia de gominhos, braços fortes, os ombros largos.

Céus, ele era perfeito e pelos meus olhos pareciam mais ainda. Eu havia me visto lá, tocando o que eu apenas desejava naquele momento. Queria ser envolvida naqueles braços, naquele abraço.Parecia quente, seguro.

Senti uma eletricidade percorrendo todo meu corpo, anestesiando-me. Eu o desejava naquela hora como mulher.

Então uma expressão de confusão pareceu tomar conta de Jasper

- Eu não sinto nojo ou medo. È...luxúria,desejo, cobiça. É isso que está sentindo? Você me deseja?- ele perguntou descrente – Como pode desejar a mim?

Eu parei de cobiçar seu corpo. Aquelas palavras foram demais para mim. Uma indignação surgiu em mim.

Inconformada.

- Jasper, chega! Por que fica jogando a culpa no seu passado? Vai se esconder aí para sempre, atrás dessas cicatrizes idiotas? Por favor! Existe coisa ruim por ai, mas não se glorifique, isso daí não chega nem perto. E existe gente ruim no mundo também, mas você não é uma delas. Chega de se martirizar. Parece uma criança chorona, sabia? Se o problema era eu era só falar, mas não vem com esse papo não, ok? Se você queria assim, ótimo, conseguiu, eu vou embora, vou te deixar em paz. Eu desisto, ta? – eu nem respirei diante de meu discurso alterado.

Ele mudou sua expressão, que antes era de mistério, até mesmo para mim, e não disse nada. Eu parecia tê-lo pego de surpresa. Passei batida por ele e abri a janela.

Ele se virou para mim confusa.

- Aonde vai?

- Vou encontrar minha família, aqueles que irão me acolher e me amar de verdade, sabe? E tudo bem, Jasper, não precisa me levar, vou poupar-lhe. Mas sabe o que eu espero, de todo o coração? Que eles também não me decepcionem – usei todo o poder de minha raiva e mágoa naquele momento e, com um olhar que carrega toda a tristeza que sentia naquele momento, o fitei nos olhos pela última vez. Virei pra frente e dei um salto, caindo já no meio da floresta.

Parecia o fim de tudo.

2 comentários:

Mas o Jasper é um idiota mesmo,, Aff
Adoreei o cap,, só não gosteei o retardamento mental do jass. -kk
beeijoos,, parabéns.

kkkkkkkkkkkk tadinho do jasper
ok ele foi um idiota ai
parabens exelente cap

bjjss

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