18 de nov. de 2010

Capitulo 6

Posted by sandry costa On 11/18/2010 2 comments







Eu quero que você me beija







PV Jasper

Eu permaneci....seria em transe? Péssimo momento para isso. Absorvi as palavras de Alice. Então ela me amava de verdade, não importava quem eu havia sido ou como eu era.

Ela me queria.

Me lembrei de quando Alice me esperava naquele bar, por horas, e todas as emoções que irradiavam dela, de felicidade quando seus olhos encontraram os meus.

De certo modo ela era tão frágil,, precisava de alguém para protegê-la. Por que não eu, já que era o que ela queria? Eu podia sentir ela sempre feliz quando me aproximava dela e, nas últimas horas com ela, eu havia sorrido mais do que em toda minha vida!

E agora, por egoísmo meu, ela havia partido. Eu havia perdido a única pessoa que me amoude verdade?

As perguntas explodiram em minha cabeça. O vazio daquele quarto ia ficando cada segundo maior. O vazio em meu peito também. Eu precisava dela, e não poderia deixá-la ir embora assim.

E não iria!

Fui rápido em direção á janela e pulei. Caí vários metros de distancia, no meio da floresta. Senti o cheiro de Alice em um rastro que logo se desfazeria. Senti sua direção, estava tão ligado a ela que poderia dizer até mesmo sua velocidade!

Vi que ela não estava longe e que não demoraria para eu poder alcançá-la se corresse com vontade.

E vontade na me faltava.

Comecei a seguir o rastro, na maior velocidade que conseguia. Em questão de segundos avistei ela. E corri com mais vontade ainda.

- Alice, espere! – chamei. Ela não se virou, não respondeu muito menos diminuiu. Eu corri então um pouco mais e a segurei pela cintura, a levantando um pouco do chão e impedindo que ela corresse. Alice se debateu um pouco.

- Jasper, me solta! – esbravejou ela.

- Não! – eu a segurei um pouco até ela se acalmar – olha, eu te coloco no chão mas me promete que não vai correr.

- È claro que eu vou, não quero ouvir mais nada – ela disse em tom definitivo.

- Ótimo, nós temos toda uma eternidade. Posso te segurar assim até o ano 3.000! – eu disse ironicamente.

Alice então bufou, mas cedeu sem alternativas.

- Ok! – seu tom de derrota me fez rir internamente.

A coloquei no chão e dei um passo para trás esperando ela se virar. Alice permaneceu parada e parecia medir distâncias e velocidades. Acho que ela pretendia correr, mas sabia que eu a alcançaria em um piscar de olhos.

- Não está planejando correr, não é? Espero que não, eu te buscaria no Uzbequistão se fosse preciso – eu ri e ela se virou bruscamente de cara feia.

- O que quer? Por que veio atrás de mim? – acho que ela tentara manter um tom ríspido, porém o máximo que conseguiu fora uma careta manhosa.

- Queria pedir desculpas. Olha, eu fui completamente idiota. Eu sei que o que você sente é verdadeiro e sei o quanto você é especial – a fitei nos olhos, vendo meu tom diminuir gradativamente.

Alice, claro, se derreteu. Sua carranca logo sumira.

- Tudo bem, Jasper, eu te desculpo – seu tom saiu baixo. Não sei se fora devido minhas palavras, que realmente foram verdadeiras, ou se ainda tinha mágoas nela – Só entenda, Jazz. Eu vi você desde a primeira vez em que abri os olhos! Eu já sabia como você era, mas isso não fez diferença e não faz agora! Eu só queria que me amasse do jeito que eu amo você – ela sussurrou.

E então ela se virou para frente.

Epa.

- Aonde vai? – perguntei meio ansioso demais.

- Vou indo – ela disse inocentemente.

- Não! – me vi falando em tom alto e não pensei, apenas me aproximei dela e toquei seu rosto com meus dedos desajeitados – Por favor, fica comigo. Vamos voltar, a gente parte amanhã com havíamos combinado.

- Quer mesmo que eu volte? – ela estava confusa, porém senti aquela pontinha de felicidade crescendo outra vez. Eu não pude deixar de sorrir para ela.

- Claro! – ela não entendia como aquilo er óbvio?

Porém ela queria mais.

- E o que faria para eu voltar? – ela deu um sorriso brincalhão. A esperança ia crescendo.

Eu tentei saber ao que ela se referia, mas não identifiquei malícia em sua voz, então fiquei confuso. Que diabos ela queria?

Olhei em seus olhos, como se assim eu pudesse lê-los. Eles brilhavam.

Havia algo que ela queria.

- Sou capaz de ficar com aquela família. È, ficaria lá, em vez de apenas te acompanhar. Eu me ligaria á eles se você voltar comigo.




PV Alice




A alegria se apoderou de mim. Eu já até podia ver o futuro mudando. Não era exatamenteisso que eu queria, mas saber que pelo menos ele ficaria lá comigo para sempre, mesmo que não me quisesse como sua companheira, me fazia querer sair voando se eu pudesse.

- Tudo bem, então – sorri. Tentei parecer indiferente, porém eu sabia que com ele, tentar, era impossível. E por um segundo eu pude ver em seu semblante a mesma vontade que eu tinha de abraçá-lo.

Mas mesmo ele não pedindo, eu fui ao seu encontro e o apertei forte.

Céus, eu queria muito isso, poder descansar minha cabeça em seu ombro, o segurando pelas costas. Respirar aquele cheiro delicioso que ele tinha. Eu ficaria ali para sempre, abraçado á ele, “quente”, como sua pele parecia para mim.

No começo, ele ficara imóvel, parecia ter esquecido que havia esquecido de colocar uma camisa.

Ele era formal demais.

Mas assim que eu me alinhei em seu peito, causando calafrios á ambos, ele me abraçou também, apertando os braços ao meu redor e encostando seu queixo em minha cabeça e ali permanecemos.

Eu sabia que ali era o meu lugar, naqueles braços seguros e protetores. Eu sabia que nada me machucaria enquanto eu estivesse ali.

Ficamos ali por um tempo, até que Jasper se abaixou e sussurrou em meu ouvido, me fazendo rir com se hálito.

- Vamos voltar? Ou ainda pretende correr?-ele riu.

- Não, vi que é perda de tempo correr – o acompanhei – E sim, vamos voltar – continuei e soltei suas costas, meio sem vontade e nos viramos rumo ao caminho de volta.

Eu já ia começar á correr quando ele estendeu. Tão convidativa assim, ele nem precisou falar nada, entrelacei meus dedos nos dele. Correram pela floresta como duas crianças brincando. Para mim era incrível ter o vento batendo em meu rosto, me fazia cócegas. Jasper parecia adorar correr, tinha uma expressão de prazer enquanto corríamos. Presumi que fosse devido a adrenalina, ele parecia ser do tipo que gostava desse tipo de coisa. Eu também seria assim se tivesse tido um passado tão tenso como ele tivera.

Chegamos novamente ao hotel e me impulsionei até nossa janela. Com um curto salto alcancei a janela aberta, seguida por Jasper.

Caminhei alguns passou por ali até me virar para ele. Jasper parecia rígido.




PV Jasper




Eu havia me esquecido que estava sem camisa (de novo). Estávamos sozinhos naquele quarto, havíamos acabado de fazer as pazes e as sensações que eu tive com a proximidade e o contato dela ainda não haviam sumido completamente.

Eu tentava ignorar a vontade que eu tinha dela. De beijá-lo com a mesma urgência de antes e dar a ela tudo o que ela estava sentindo. Mas Alice se tornara especial, não tinha que receber o mesmo tratamento das outras que passara por sua vida, que tivera por uma noite ou pouco mais. Quer dizer, não era certo fazer isso com alguém que acabara de conhecer! Não tinha que ser levado apenas pelo desejo do corpo dela.

Não fora criado assim.

Seria um cavalheiro com ela. Sempre.

Alice me encarou com uma expressão de avaliação.

- O que faremos agora? – perguntou por fim, com um sorriso inocente, porém que continha uma pouco de malícia. Fiquei um pouco sem jeito. Não sabia como fazer isso com alguém como Alice.

Sim, eu não sabia.

- Ahn, er, a festa ainda está acontecendo, a gente pode descer... – comecei a tentar desconversar. Eu coraria como um jovenzinho que teria sua 1º vez!

E não ajudou muito ela dar um passo em minha direção, deixou-me um tanto nervoso.

- Eu tinha pensado em algo melhor para a gente fazer- ela sorriu me olhando. Era quase um olhar sedutor. Bom, pelo menos eu me senti seduzido.

- Er...é, acho melhor não, Alice – Eu disse baixo, tentando soar definitivo. Peter riria século de mim se me visse agora. Céus!

Alice deu mais um perigoso passo em minha direção, o que me fez sentir perdendo o foco. Claro, eu poderia usar meus poderes para me controlar, mas não me concentraria para isso.

- Você não me quer, Jazz? – ela repetiu sua mesma pergunta de antes, talvez agora esperasse uma resposta diferente. Porém, dessa vez ela usou uma voz de seda.

Ela estava me seduzindo? Deus, como ela podia fazer isso comigo? Os pensamentos turbilharam em minha cabeça. Se eu a queria? Era óbvio! Mas, nem mesmo ela sabia o que era isso! E...se não gostasse de mim? Tenho que admitir, não corresponder as expectativas dela me deixava inseguro.

INSEGURO.

Então decidi responder o natural, automático e clichê “não”.

- Não – Só. Preferi não dizer mais nada para não me comprometer e entregar minha mentira deslavada.

Mas pareceu não funcionar.

- È mentira – ela disse depois de um tempo com um sorriso brincalhão.

- O que? Mentiu pra mim de novo? Disse que só podia ver o futuro e ... – comecei a falar, indignado, mas Alice sorriu mais ainda e me cortou.

- E é verdade, eu apenas posso ver o futuro – ela manteve seu sorriso. Fiquei confuso, como, então, ela sabia?

- Como v...

- Eu fico te observando, sabe. Todas as suas reações diante de cada coisa, quando fica zangado, quando fica nervoso, ou com vergonha, quando fica triste e quando está mentindo. Você levanta a sobrancelha e desvia o olhar por meio segundo para qualquer lugar que não seja sua frente – disse ela triunfante.

Arregalei o olho um pouco e fiquei boquiaberto, sem conseguir falar nada. Ela, só com isso, parecia me conhecer melhor do que eu mesmo.

Ela colocou as mãos em meu rosto, me fitando.

- Está tudo bem, meu amor. Não vou mais te perturbar com isso. Quando você entender que é o que eu quero também, quem sabe – ela sorriu seu sorriso de anjo – Podemos ir para a festa, já que quer – ela tentou se virar para ir para a porta, porém eu não relaxei meus braços, a mantendo presa ali.

- O que foi, Jazz? – ela voltou-se para mim confusa.

Eu não sabia o que me dera de repente. Eu queria lutar contra todos os meus princípios e ceder aquela irresistível tentação, mesmo que grande parte do meu cérebro ainda tentasse lutar contra isso. Eu só tinha que mantê-la ali enquanto discutia comigo mesmo.

- È injusto e não muito educado apenas eu dar opinião do que fazer. O que você quer? – perguntei quase em um sussurro. Eu adorava a sensação de deixá-la desnorteada só com nossa aproximação.

- Você – ela respondeu apenas.

- Você quer que...

- Você me faça sua. Em todos os sentidos. Quero ser sua mulher – ela disse baixo sem desviar seus olhos dos meus. Era definitivo, decisivo, certo.

E então eu não tinha mais desculpa. Ela estava pronta. Me queria.

E ela era o que eu mais queria, também, pude finalmente constatar.

Eu queria faze-la feliz. Fazê-la mulher.

Minha mulher.

Eu não tinha mais motivos para me sentir mal. Claro que eu tinha plena noção de que com ela tudo deveria ser diferente. Não havia só vontade, desejo ou luxúria ali.

Era amor.

Eu cuidaria dela como se ela fosse quebrável. De certo modo era o que ela parecia para mim.Uma boneca quebrável. Mesmo que para mim fosse difícil alguém como ela gostar de mim, eu sabia que ela me amava.

E não se contraria uma dama, certo?

E eu já não podia mentir mais, estava desesperadamente apaixonado por ela. Essa era a única certeza que me faltava, poder devolver-lhe todo o amor que ela queria e merecia. E ele existia. E era isso que me importava.

Eu a notei ficar ansiosa, preocupada e com um pingo de medo, depois de algum tempo em que eu a estava encarando.




PV Alice




Definitivamente Jasper sabia como quase me causar um infarto. Aquele silencio todo estava me matando. Ele me rejeitaria outra vez?

Seria o fim.

Mas contrariando todos os meus medos, ele me puxou ainda mais apertado pela cintura contra seu corpo. Aproximou de meu rosto e pude sentir sua respiração começando a ficar irregular.

- E agora, o que você mais quer? – ele sussurrou, entregando-se. E eu entendi perfeitamente que era uma rendição.

- Quero que você me beije, Jasper – disse séria – Agora.

Ele deslizou seus dedos em minha cintura e encostou sua testa na minha. Fechei os olhos só para poder apreciar mais aquele cheiro suave e cítrico que eu sentia nele.

De leve, ele tocou seus lábios nos meus. Levei minhas mãos para seu pescoço sentindo a maciez, mesmo naquela região. Então abri mais a abertura de meus lábios, dando-lhe toda a abertura para sua língua encontrar com a minha com urgência.

Era incrível ver como ele era meu. De verdade, dessa vez.

Seríamos um.









Então, vamos comentar? Hmmm?

2 comentários:

Adorei o Cap! na verdade eu AMEI! A fic é linda e a primeira deles que eu leio e eu to AMANDO!

Continuaaaaaa! /o/

Aleluiaa que o Jasper caiu na Real
Alicee bemm diretinhaa , em?! -kk
Adoroo essa fic
Parabéns...
beeijoos

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