Capítulo 33° Novas Amizades

Capítulo em homenagem as minhas amigas: Sthefany e Luana! =]



New York 08 de maio de 2007, sábado ás 15h06, Cobertura dos Beckham

Isa

Era bom estar em casa novamente. Depois de termos nos mudado daqui ninguém nunca morou aqui. Por isso meu quarto está da mesma forma que estava antes. As paredes rosa e branco, a porta de madeira branca com meu nome gravado em rosa. O chão de cerâmica branca, meu banheiro com figuras da Gata Marie minha personagem favorita em minha infância, mas que hoje foi substituída pelo Club das Winx. Fui para minha varanda e olhei para a Central Parker. Eu podia jurar que meus olhos estavam brilhando agora. Eu senti tanta falta da Central Parker. Senti falta da minha escola de Balé e de minha escola de Karatê e principalmente senti falta de meus amigos que infelizmente não estão mais aqui. Eu nunca entendi o verdadeiro motivo de nossa mudança para São Francisco.

-Isa? –olhei para trás e meu pai estava lá. Ele adentrou e se aproximou de mim. Eu voltei a olhar para a Central Parker.

-Já desfez as suas malas? –perguntou meu pai. Quando pequena eu sentia muito a falta de meus pais, a ausência deles me machucava muito. Mas com o tempo eu fui aprendendo a me conformar com a ausência deles. E isso não me machuca tanto como me machucava quando pequena. E eu entendo que eles tenham que trabalhar. Eu só não entendo o porquê do trabalho deles ser tão estranho assim. Eles quase não falam sobre o trabalho e eu também não pergunto.

-Já. –respondi.

-Isa eu e sua mãe queremos lhe mostrar uma coisa mais tarde. À noite. –ele disse.

-À noite? –perguntei. Nossa família não era de sai muito à noite.

-Sim. É algo importante. É algo que queremos compartilhar com você. Algo que será seu um dia.

-O senhor está me deixando curiosa. –eu disse o encarando.

-Então é melhor eu me calar. Por que você não vai ao Central Parker? Da uma volta por ai. Mas não vai longe. –eu assenti. –Leve o Hachi com você. –ele disse quando eu já estava na porta.

-Ta bom. –o que meu pai quer me mostrar de tão importante? Eu não sei, mas eu não vejo à hora de chegar à noite.

Central Parker

Olhei para aquele Central Parker, tantas lembranças daquele lugar me invadiram. Jacob... Que droga. Por que eu não consigo tirar esse garoto da minha cabeça? Ele não é mais meu amigo e eu tenho minhas dúvidas de que algum dia ele foi.

-Obrigado Isa você é uma amigona. –Jacob puxou Isa para um abraço e ela correspondeu.

Nessa aproximação de Isa e Jacob estava nascendo uma linda amizade, uma amizade tão forte que nada seria capaz de separá-los nada.

Claro. Eu pensara que nada podia destruir algo tão lindo que nós dois tínhamos. Mas eu estava enganada. O Black conseguiu fazer essa proeza. Ele acabou com a nossa amizade dizendo-me aquelas palavras tão simples, mas que para mim tiveram um significado grandioso.

Jacob a olhou tão profundamente que parecia enxergar sua alma.

-Não há problema nenhum. É só que eu percebi que pessoas como você não vale à pena guardar como amigos. –ele disse rancoroso, o peito de Isa parecia que estava sendo cortado com um canivete.

Lembrar-me disso me causou uma grande tristeza. Meus olhos lacrimejaram, minha visão estava turva por causa das lágrimas que banhavam meu rosto. Aquele lugar conseguia me trazer lembranças tão boas, mas ao mesmo tempo lembranças dolorosas.

Limpei meu rosto. Essa foi a ultima vez que derramei uma lágrima pelo Black. Escute bem Isabela a ultima vez. Não seja fraca, ele é passado. Um passado que nunca mais a atormentará.

-Ei garota. –olhei na direção da voz. Uma garota de cabelo vermelho me chamará. Eu apontei o meu dedo para mim mesma para ver se eu não estava enganada e ela confirmou afirmando que era eu mesma. Eu levantei-me e fui até ela e o Hachi veio atrás de mim.



-Oi. –eu disse timidamente.

-Oi! E ai beleza? Eu sou Sthefany Willians. E essa é Luana Guirra. –ela disse apontando para uma garota de olhos puxados, cabelos pretos e castanhos.



-Oi, é um prazer. –Luana disse entendendo a mão e eu apertei.

-Meu nome é Isabela Beckham, mas podem me chamar de Isa. E esse é Hachiko, mas podem chamá-lo de Hachi. –eu disse formalmente.

-Prazer. –Sthefany disse com seu jeito despojado. –Pode me chamar de Téh.

-E você pode me chamar de Lua. Pois brilho feito uma. –eu rir e a Téh lhe deu um tapa na cabeça. –Ai Téh, minha chapinha. – a Lua, digamos é o tipo de garota patricinha. Pelo menos é o que parece e a Teté parece ser o estilo de garota rebelde.

-Não liga para ela. –a Téh disse. –Então você é nova aqui no pedaço?

-É eu me mudei hoje para aquela cobertura. –eu disse apontando para minha casa.

-Nunca ninguém morou lá. –disse Lua.

-É propriedade do meu pai. Nós morávamos aqui, mas quando eu tinha seis anos nos mudamos para São Francisco e agora estamos de volta. –eu disse.

-Legal. E o que aconteceu com você? –Téh perguntou.

-Como assim? –estava me perguntando se meu rosto estava vermelho por causa do choro.

-Seu braço. –disse Lua.

-Ah eu sofri um atentado. –sorri amarelo. –Levei um tiro.

-Sério?! Que demais! –Téh disse.

-Você é bem espontânea. –disse rindo.

-Eu prefiro uma adolescente realista e rebelde. –ela disse fazendo um gesto com a mão. Aquele gesto que os roqueiros fazem.

-Você é tão imprudente. –Lua disse.

-Cala a boca zoiuda. –eu não me contive, comecei a rir.

-Olha aqui sua guitarrista de quinta categoria fica quieta no seu canto.

-Guitarrista de quinta categoria? Há, há, há. Não me faça rir macaca de chapinha. – eu me amarrei nessas garotas. Mas estava ficando preocupada de presenciar um homicídio. Pois quem em santa consciência diz para uma patricinha “macaca de chapinha”?

-Sua filha da...

-PESSOAL! –eu interrompi antes que meus ouvidos escutassem algo inapropriado. –Por favor, não briguem.

-Relaxa Isa, nós brigamos quase toda hora. –Téh disse passando o braço ao redor do ombro da Lua que passou o braço na cintura dela.

-É isso ai, brigamos, mas nós amamos. –Lua disse. –E você estaria interessada em ser nossa amiga? –ela perguntou sorridente.

-E brigar quase todo dia com vocês, ofender uma a outra com palavras hilárias? Claro!

-Esqueceu dos socos! –disse Téh fazendo eu e a Lua rir.

Categories: A herdeira