26 de dez. de 2011

Posted by sandry costa On 12/26/2011 1 comment


P.O.V – Hellena
Chegamos ao mundo humano em uma rua deserta e fria.
Parecia mais um bairro do subúrbio de classe media, tirando uma mansão de fachada branca com pilastras gregas ao lado de uma floresta de pinheiros e arvores com uma cobertura de folhas cerradas.
Blake arrombou a porta e juntas nos alojamos na bela casa. Parecia que já estava tudo nos esperando, havia bolsas de sangue em uma geladeira e comida em outra.
–Hellena. – Blake me chamou. Voltei minha atenção para ela. – Soubemos que a imortais fazendo reuniões em um galpão aqui perto. Achamos que pode ser bom ter uma... “Cavalaria de reforço”.
Concordamos em descansar e nos alimentar antes de ir, pelo que me informaram a reunião seria no dia seguinte.
–Os vampiros fizeram acordos com as bruxas e os lobos. – elas diziam deitadas sobre um grande mapa do estado onde estávamos.
Bebi sangue suficiente para que eu pudesse agüentar e andar, mas ainda assim precisava de energia, não falei nada as meninas, mas elas pareciam perceber minha fraqueza.
Não conversamos muito sobre as súcubos, agora éramos fugitivas traidoras, e deviam estar oferecendo uma recompensa bem alta por nossas belas cabeças, isso nos deixava melancólicas.
Na noite seguinte nos preparamos para uma viagem longa, o lugar não era tão perto quando imaginávamos. Nos retemos o máximo possível de alimentos e Blake me concedera um pouco de sua energia em segredo das outras. Partimos com o pôr do sol.
Já estava noite escura quando indicaram uma antiga fabrica abandonada e gigantesca como o local onde eles se reuniam. E tinham razão, havia cheiro de imortal para todo o canto.
Ficamos um tempo paradas na frente ate que Georgina e Blake arrombassem a porta fazendo-a abrir com estrondo.
–Ops... – Blake murmurou rindo sem humor.
Todos se levantaram assustados, e entre os olhares surpresos, havia os olhos verdes de Alec.
–Peço desculpas por interrompemos a reunião. – Georgina começou. – Já sabíamos a algum tempo que vocês estavam se reunindo aqui. – disse como se resumisse tudo.
–Sabem? Como eu não sabia? – reclamei.
–Bom, tínhamos suspeitas suas. – Blake disse.
–Esperem, fugiram? – alguém perguntou.
–Acho melhor começarem a se encontrar em outro local, esse está marcado como próximo lugar de atentado. – Hoppe disse rindo amarelo. – Estávamos planejando.
–Vocês fugiram por quê? – reconheci Carlisle.
–Porque a rainha desapareceu, Hellena foi acusada como culpada e a irmã louca dela esta fingindo ser uma súcubo do espírito, e coroaram-na como rainha. – Hoppe revirou os olhos e balançou a mão.
–Katherine é a líder das corrompidas e agora é líder das súcubos. – falei breve. – Estamos todos correndo risco agora.
–Todos? Ou vocês estão correndo risco? – uma mulher disse.
–Não. Elas querem escravizar todos, e matar quem tem a inimizade, que posso garantir são muitos de vocês. Se não se rebelarem, e se não tiverem nossa ajuda, morrerão! – as falas eram tão abreviadas por causa da pressa que ninguém entendia nada.
–E a primeira coisa a fazer, é trocar de lugar de reuniões. – Blake disse.
–Para onde sugerem? – virei meu rosto na direção daquela voz e vi...
–Nate? – arregalei os olhos.
–Já sabemos dos planos das corrompidas para com os íncubos. Antonie esta ao lado delas, muitos de nos não concordaram e fugiram. – falou brevemente, como a maioria de nos.
–Temos um abrigo a alguns quilômetros daqui. – Quenn começou a dar as coordenadas do lugar para onde havíamos nos hospedado. – Quem quiser pode vir conosco estamos do mesmo lado dessa vez.
Não havia muitos imortais, apenas os clãs vampiros principais, algumas bruxas, o clã dos tranformos de La Push e três lobisomens, muito menos do que a primeira reunião.
Os Volturi tinham a guarda quase completa e nos observavam com cuidado e curiosidade, inclusive Jane.
–Como podemos ter certeza de que não é uma emboscada?
–Não tem como. – dei de ombros. – Só peço que confiem em mim.
Fizeram sons de desprezo.
–Sei que vocês não têm razão para confiar em nós, mas... A nossa única chance de fazer tudo voltar ao normal é se ficarmos unidos, ou elas acabam com todos nos.
Continuaram sem parecer confiar muito em nos, mas se arriscarem a ficar por lá não era algo que um vampiro faria.
Eu e as meninas saímos daquele galpão abandonado, eu já podia imaginar mil jeitos de matar todos aqui facilmente. As mentes súcubos são doentiamente calculistas.
Começaram a me puxar na direção contraria a do vento. Podia escutar e sentir os outros imortais nos seguindo de longe, com o cuidado requerido ao achar estarem em uma emboscada.
Em menos de três horas estávamos na mansão branca.
–Porque aqui? – arqueei as sobrancelhas.
–Essa cidade tem uma espécie de atração imortal. Tudo aqui se tem uma barreira protetora, mas como uma área de paz momentânea. Pelo menos lhes da à impressão.
Entramos na casa deixando a porta escancarada, como um sinal de respeito e paz. Em pouco tempo, todos os imortais já estavam alojados dentro da casa, inclusive Radamante.
Fui em sua direção e pisquei com cuidado.
–Você sabia?
–Das reuniões? Sim, por isso escolhi esse dia para que fugisse. Sabia que teria apoio. – ela não sumiu, apenas flutuou ate estar em um canto onde nem eu conseguia ver-la.
Blake subiu em cima de uma cadeira e gritou.
–Sei que pode estar parecendo um absurdo, mas nesse momento vem vindo um exercito atrás de nos, e esse é o único lugar seguro para ficar. – ergueu as mãos.
–Esta mentindo, isso tudo é uma emboscada.
–Acredite no que quiser bruxa, você tem escolha?
Ela se calou.
–Sabemos que devem possuir seus próprios esconderijos, mas seria melhor se todos fossem por perto, quando a guerra começar, temos que estar unidos.
Negociações entraram em pauta e todos começaram a gritar loucamente enquanto eu tapava os ouvidos assustada e fingia não querer “não escutar” tudo aquilo.
No fim das contas foi decidido que todos ficaram cada um em seus esconderijos, bruxas com bruxas, os Cullen ficaram com os Denali e os transformos, os lobos ficariam na floresta que havia ao lado, e os Volturi consigo mesmos.
As reuniões seriam feitas todos os dias para se decidir o que fariam, e as coisas foram decidas tão rápido, que me surpreendi. Eles até podiam demorar a fazer uma guerra, mas quando já estavam feitas, eram bem rápidos nos preparativos.
Os esconderijos eram todos próximos na medida do possível, mas nenhum lugar foi revelado, e todos já haviam assumido suas formas mais velozes e voavam ou corriam em direção a sua própria segurança.
Os últimos a restarem foram os Volturi.
Eles ficaram parados em um canto opinando pouco e no devido silêncio, os reis estavam juntos o que me surpreendeu. No livro eles pareciam mais neuróticos com segurança.
Aro se aproximou de nos.
–Vim aqui dizer que confio em vocês. – arqueou as sobrancelhas.
–Esse lugar cheira a prostitutas. – Jane se aproximou. Virou o rosto para mim e fez uma cara de falsa surpresa. – E veja Hellena, vem de você!
–Muito educado de sua parte Jane. – sorri delicadamente. – Pois você é a verdadeira filha da... – Quenn tapou minha boca com sua mão e me puxou com cuidado. – Estou bem. – rosnei.
Virei meus olhos para Aro.
–Preciso conversar as sós com o senhor. – indiquei o jardim.
Fez que sim e juntos saímos.
–Os vidros são corta-som. – expliquei parando e cruzando os braços. – Não sei como dizer isso, então vou direto ao ponto. – suspirei. – Você é o pai de Alec?
Não ouve mudança em suas feições límpidas.
–Vampiros não têm pais. – falou suavemente.
–Íncubos tem.
–Não Hellena. Íncubos tem mães.
–O que quer dizer? – franzi o cenho.
–Enquanto viveu por lá, teve alguma súcubo que falou de seu pai, ou fez qualquer referencia a um progenitor? – neguei. – Pois bem, um íncubo não pode gerar íncubos, mas uma súcubo pode. A única coisa que Trianna fez foi me usar para ter as crianças dela. Se me da licença.
–Não. Não acabei.
Parou me olhando.
–Ela se importa com você, se afastou para não corrompe-lo. E ela amou muito os filhos, ainda ama.
–Acredite no que quiser princesa, pois as piores mentiras são aquelas que se acreditam ser a verdade. – ok. Eu não entendi a frase dele, mas vai entender alguém meio corrompido com três mil anos de vida!
–E as piores verdades são aquelas que nos recusamos a enxergar. – talvez a frase não fosse bem assim, mas surtiu efeito nele, ele ficou com uma cara mexida. – Alec tem direito de saber a verdade.
–Ela esta em suas mãos, você as usa da maneira que preferir. – ele deu de ombros e partiu de vez.
Então quer dizer que Alec Volturi, na verdade é o príncipe Volturi? Não é que nos combinávamos mais do que pensava? Ri intimamente vendo-os se prepararem para partir. Foram para o jardim e se metamorfaram em aves, deixando Alec para trás.
–Precisamos conversar. – murmurei correndo ate ele.
Não respondeu, apenas fez um gesto para que eu continuasse.
–Eu sei quem é seu pai. – instintivamente levei minha mão ate meu pescoço, encontrando o colar de diamante que ele havia me dado quando eu ainda era princesa.
Suspirou fundo seguindo o caminho de minha mão com os olhos.
–Sempre a uma jóia marcando as etapas de sua vida não? – sua voz estava rouca. – O anel de safira – olhou para meu dedo. – Para quando era humana. O colar de diamante para quando era princesa, o que devo te dar para a etapa “súcubo traidora e rebelde”?
–Isso foi um pouco grosseiro. – disse sem orgulho.
–Não quero saber quem é meu pai. – deu-me as costas.
–Pois vai saber, nem que eu tenha que gritar em seu ouvido. – segurei seu braço e o fiz virar-se para mim.
–Sempre teimosa. – gracejou.
–Sempre cabeça-dura e orgulhoso. – fitei-o seriamente.
Dando-se por vencido ele revirou os olhos.
–Tente me convencer.
–Aro é seu pai. – isso pareceu chocar-lo um pouco, mas logo depois seus lábios explodiram em um risada sem humor.
–Não me convenceu. – virou-se de novo.
–Não estou mentindo Alec, você é um príncipe. – ele me olhou incrédulo. – Ok. Falando em voz alta soa meio absurdo, mas é a verdade! Você é o Volturi mais Volturi daquele castelo, e Jane.
Seu olhar cético me feria, e ele olhou fundo em meus olhos.
–Nos vemos amanha na reunião. – se transformou em um falcão e sumiu no negro da madrugada.

1 comentários:

Muito massa esse cap, todos nos tinhamos nossas suspeitas de quem seria o pai do Alec e da Jane, mas essa me supreendeu. Msm uma amiga tendo a suspeita de Aro eu ñ acreditava nela, achava q ela estava de brincadeira.

Agora muita coisa deve mudar...

Débora

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