Port Angeles não estava coberta de neve como Forks, mas, no horizonte, nuvens pesadas já se insinuavam prestes a derramar neve deixando tudo branco e lindo. O parque de diversões estava montado no lado oeste da cidade num descampado aberto, de longe já era possível ouvir os risos das pessoas e os ver os brinquedos luminosos zunindo neste cair de tarde.
Jacob estava feliz, de mãos dadas, entramos no parque no meio das pessoas e sempre recebíamos olhares dos outros, afinal, querendo ou não, éramos um casal lindo. A mão de Jake aquecia a minha e eu logo o abracei para poder aproveitar melhor aquele calor delicioso que emanava dele o tempo todo.
Jacob comprou de cara um algodão-doce de nuvem que era muito maior que um algodão-doce comum, realmente parecia uma pequena nuvem rosa de algodão. Eu peguei alguns nacos rápidos, era gostoso, mas muito doce e eu resolvi não exagerar muito, Jacob se divertia muito me vendo comer algodão-doce porque eu me recusava a pegar com a mão para não ficar melecada e Jake era obrigado a me dar o doce na boca... eu adorava, claro.
Depois de ser obrigada a andar no trem-fantasma (que eu não gostei porque havia uma representação horrível de um vampiro que mais parecia um demônio), Jacob e eu caminhamos mais um tempo entre as barraquinhas e brinquedos. Meu namorado lindo comeu mais dois cachorros-quente, um algodão-doce e me presenteou com uma maçã do amor que apesar de eu ter adorado, obviamente só ele comeu.
Quase no fim, resolvemos andar na roda-gigante, mas, antes de chegar lá, Jacob parou em uma barraquinha de tiro ao alvo onde imensos bichos de pelúcia estavam expostos.
- Espera aí, vou tentar ganhar um destes para você.
- Ah, Jake, estas barraquinhas são pura armação... eles prendem as latas para não caírem.
- Não esquenta, eu dou um jeito – ele falou me beijando carinhosamente só para me deixar sem ar – Aí amigão, quanto é o lance?
- Cinco dólares, cinco bolas, cinco chances – respondeu o rapaz sorridente.
A brincadeira consistia em atirar bolas de baseball contra uma pirâmide de latas dispostas há quase 20 metros de distância... Jacob se preparou com a primeira bola, me olhou e piscou para mim atirando logo em seguida contra as latas, o primeiro arremesso passou longe.
- Quase – eu brinquei tirando casquinha.
Jacob ergueu a mão e arremessou outra que passou uma pouco mais perto.
- Estou só aquecendo - ele falou rindo.
A terceira bola passou raspando e a quarta acertou a base das latas, elas balançaram e não caíram... Jacob olhou surpreso para mim e eu disse que tinha razão quanto à armação, as latas estavam presas na base de madeira.
- Se é assim – falou Jake com um sorriso maligno nos lábios – Vamos usar um pouco a força sobrenatural dos Quileutes.
E, com isso, ergueu a bola e a lançou com violência acertando em cheio o meio da pirâmide de latas, com um estrondo de metal as latas desabaram em conjunto pelo chão e o rapaz que cuidava da barraca olhou surpreso para Jacob.
- Caraca, você é profissional por um acaso?
- Só um cara sortudo... e então princesa... qual você vai querer? – perguntou Jacob para que eu escolhesse um bichinho de pelúcia; eu olhei todos e sorri para o rapaz da barraca.
- Eu quero o lobinho azul, por favor – pedi com um sorriso nos lábios.
- Claro que você escolheria o lobo – riu Jacob me abraçando.
Assim, com meu lobo de verdade me abraçando e com meu lobo de pelúcia no colo, fomos andar na roda-gigante. O vento já começava a soprar mais forte e as nuvens cinza-escuras já estavam sobre nós, algumas pessoas já rumavam para suas casas para escapar da neve, mas outros poucos corajosos ainda se divertiam o quanto podiam.
Eu me aninhei nos braços de Jake quando me sentei na cabine da roda-gigante que dava duas longas voltas e parava por 3 minutos para que algum sortudo que ficasse no alto pudesse apreciar a cidade e o parque lá há uns 20 metros acima do solo.
Por pura sorte, a roda-gigante parou quando eu e Jake já estávamos quase no topo e de lá a cidade faiscava com suas luzes noturnas e o ar gelado nos envolvia completamente... abraçada a Jacob, meu corpo se aquecia como se eu ainda fosse uma humana e eu era capaz de sentir até mesmo meu coração batendo novamente.
- Parece que há alguma coisa dentro deste bicho... – eu disse depois de apertar o meu lobo de pelúcia.
- Sério? Deixa-me ver? – se ofereceu Jake que após virar o bichinho de barriga para cima encontrou um zíper que se abria e sacou de dentro um frasquinho azul quase transparente com um líquido balançando dentro.
- O que é isto? – perguntei surpresa.
- Ora, veja só que legal, o bichinho veio com uma surpresa dentro.
E Jacob retirou a tampa que saiu com um aro preso na extensão de um palito, eu não entendi o que era aquilo até que Jake levou o aro à altura da boca e soprou com força. Instantaneamente, dezenas de bolhas de sabão flutuaram pelo ar como esferas cristalinas e delicadas. Ali, no alto da roda-gigante, com o riso das pessoas e as luzes da cidade abaixo de nós, com bolhas de sabão flutuando ao meu redor, eu senti como se vivesse em um mundo de sonhos.
Delicadamente eu colhi o rosto de Jake entre as minhas mãos e o fiz se virar para mim, cuidadosamente eu colei os meus lábios nos dele e o beijei longamente. Senti o calor do lobo me tomar por completo, aquela quentura úmida que emergia da boca de Jacob me deixava entorpecida... tudo com ele era perfeito.
Permanecemos assim, nos beijando, até que a imensa roda-gigante começou a girar novamente, tirando-nos das alturas e de nosso céu particular e nos conduzindo novamente para o solo dos mortais.
- Me perdoem – disse o senhor que cuidava do brinquedo – Mas é que anunciaram uma tempestade de neve para os próximos trinta minutos e estamos suspendendo as atividades do parque por hoje.
- Sem problemas – garantiu-lhe Jacob – Já estamos de saída mesmo.
Antes mesmo de chegarmos ao carro a neve começou a cair lentamente sobre nós, os pequenos flocos de gelo flutuavam como pequenos pedaços de algodão deixando as crianças maravilhadas; eu nunca entendi porque a neve fascinava tanto as crianças.
Jake abriu a porta do carro para mim e assim que entrou me deu um beijo quente no rosto, eu sorri e acompanhei cada pequeno movimento de seu corpo enquanto ele ligava o carro e dirigia pelas ruas... alguns minutos depois, quando alcançamos a rodovia ele acelerou um pouco mais e no mesmo instante o carro deu uma leve deslizada para o lado direito.
- Opa – disse Jacob – Agora a pista está bem mais escorregadia... acho que teremos de ir mais devagar.
- Não tem problema – eu respondi feliz – Assim eu fico ainda mais tempo com você.
O trânsito estava lento na estrada e nós levamos quase quarenta minutos para chegar até o trevo que dá acesso à Forks, de lá não havíamos percorrido nem ao menos quinze quilômetros quando topamos com uma barreira policial, vários carros estavam parados formando uma fila já extensa.
- Você espera um minutinho, princesa? Eu vou lá ver o que aconteceu.
- Não demora muito, Jake – eu disse sussurrando as palavras – Não gosto de ficar sem você.
- Num segundo eu volto.
Momentos depois ele entrou espalhando neve para todos os lados e me deu um beijo quente.
- E então? – perguntei.
- Péssimas notícias, as estradas estão interditadas por causa da nevasca, parece que a coisa está feia mesma, eles estão considerando a pior tempestade dos últimos vinte anos.
- Meu Deus, e agora?
- Bem, como pode ver os carros já estão fazendo a volta, os guardas só liberarão a pista amanhã cedo quando o dia estiver claro e as estradas com possibilidade de tráfego e eu vou voltar para Port Angeles arrumar um hotel para nós dois antes que tenhamos que nos espremer no Porshe.
- Gente, que horror – eu suspirei pegando meu celular – Vou ligar para Esme, do jeito que conheço ela sei que ficaria preocupada enquanto não chegássemos. Alô? Esme? Oi sou eu.
- Alice? – disse Esme e eu já notei sua voz preocupada – Está uma nevasca terrível aqui, a tempestade já alcançou vocês? Onde estão? Já estão chegando?
- Não, mãe. A tempestade nos atingiu quando estávamos saindo de Port Angeles, as estradas estão interditadas e teremos que ficar em um hotel, por favor, não precisa se preocupar, assim que o tempo melhorar nos voltamos.
- Isso, melhor assim. Fiquem em um hotel que eu me sentirei melhor... beijo.
- Beijo, mãe.
- Estão todos bem? – perguntou Jacob.
- Sim, Esme é muito nervosa pra estas coisas... mas ela ficou mais calma quando eu disse que ficaríamos em um hotel. Acho que tem um perto daquela loja de brinquedos onde compramos aquela piscina de bolinhas para a Nessie.
- Ah, aquele é muito caro... uma exploração.
- Ai ai – eu suspirei beijando o rosto de Jake – Você pagou o parque eu pago a nossa estadia... casal moderno.
- Espero que o café da manhã deles seja bom.
- Jacob... você só pensa em comida - eu ri.
Logo voltamos para o centro de Port Angeles e Jacob se dirigiu para o lado norte da cidade onde havia um luxuoso hotel em estilo colonial... chegando lá nós estacionamos sobre a cobertura e logo um dos recepcionistas veio abrir a porta para eu sair, ele estava com os olhos esbugalhados, acho que nunca vira um Porshe de tão perto antes.
Eu gostei do hotel, era num estilo colonial europeu e a recepção como toda a decoração interior era ambientada num modelo rústico muito confortável, Jacob entrou e segurou minha mão e sorriu para mim, ele trazia o meu lobo de pelúcia.
- Boa tarde – cumprimentou uma mocinha simpática atrás do balcão – Pegos de surpresa pela nevasca?
- Sim, levamos um susto – eu disse sorrindo – Por favor, precisamos de um quarto.
- Claro, é para já – disse ela olhando para Jacob e depois para mim – Com cama de casal?
- Ah... – eu hesitei de repente, só agora eu me toquei que eu e Jacob passaríamos a noite juntos a centenas de quilômetros da minha família, da família dele... apenas nós dois.
- Sim, por favor – respondeu Jacob me olhando com um sorriso maroto e eu não pude evitar sorrir para ele, mas, repentinamente, me senti nervosa.
- Eu só preciso fazer o registro de vocês, Senhor e Senhora?
- Black – respondeu Jake mais uma vez e eu achei tão fofo que abri um sorriso ainda maior, adorei ele dar a impressão de quer éramos casados.
A mocinha demorou poucos minutos para fazer nossos cadastros e nos deu o cartão do quarto que ficava no primeiro andar, o hotel era voltado para uma parte da cidade que ficava próxima a floresta e provavelmente seria bem silencioso, apesar de eu não dormir.
Subi as escadas por primeiro com Jake me acompanhando logo atrás, meu nervosismo então ficou evidente para mim, eu estava me sentindo uma adolescente prestes a passar a primeira noite a sós com meu namorado. Fiquei irritada comigo mesma, afinal, eu era uma vampira de mais de cem anos e achei inadmissível me portar desta maneira... mas foi em vão... Jake me deixava assim, eu estava prestes a fazer amor com um humano... com um lobo... e estava apavorada de que Jacob não gostasse.
Ele abriu a porta do quarto para mim e entrou logo em seguida, eu andei pelo quarto e era tudo de muito bom gosto, móveis antigos de décadas passadas e uma cama de dossel super elegante... havia uma lareira acesa num dos cantos do quarto deixando o ambiente aconchegante. Eu sabia que Jake estava me olhando e então me virei para encará-lo; lá estava aquele quileute lindo de dois metros de altura, deliciosamente delicioso, me encarando com um sorriso enviesados nos lábios... eu senti meu coração inerte despencar para o meu estômago.
- Então, senhorita Cullen... enfim sós – ele disse me absorvendo por completo com aquele olhar lupino.
Eu fiquei completamente sem palavras, fiquei sem reação... me comportei como uma menina que parecia estar aprontando enquanto a família viajava, eu encarei Jacob Black como se ele fosse o único homem na face da Terra... e neste momento um único e famigerado pensamento assaltou a minha mente...
“Alice... você vai fazer amor com um Lobo”.
Jacob estava feliz, de mãos dadas, entramos no parque no meio das pessoas e sempre recebíamos olhares dos outros, afinal, querendo ou não, éramos um casal lindo. A mão de Jake aquecia a minha e eu logo o abracei para poder aproveitar melhor aquele calor delicioso que emanava dele o tempo todo.
Jacob comprou de cara um algodão-doce de nuvem que era muito maior que um algodão-doce comum, realmente parecia uma pequena nuvem rosa de algodão. Eu peguei alguns nacos rápidos, era gostoso, mas muito doce e eu resolvi não exagerar muito, Jacob se divertia muito me vendo comer algodão-doce porque eu me recusava a pegar com a mão para não ficar melecada e Jake era obrigado a me dar o doce na boca... eu adorava, claro.
Depois de ser obrigada a andar no trem-fantasma (que eu não gostei porque havia uma representação horrível de um vampiro que mais parecia um demônio), Jacob e eu caminhamos mais um tempo entre as barraquinhas e brinquedos. Meu namorado lindo comeu mais dois cachorros-quente, um algodão-doce e me presenteou com uma maçã do amor que apesar de eu ter adorado, obviamente só ele comeu.
Quase no fim, resolvemos andar na roda-gigante, mas, antes de chegar lá, Jacob parou em uma barraquinha de tiro ao alvo onde imensos bichos de pelúcia estavam expostos.
- Espera aí, vou tentar ganhar um destes para você.
- Ah, Jake, estas barraquinhas são pura armação... eles prendem as latas para não caírem.
- Não esquenta, eu dou um jeito – ele falou me beijando carinhosamente só para me deixar sem ar – Aí amigão, quanto é o lance?
- Cinco dólares, cinco bolas, cinco chances – respondeu o rapaz sorridente.
A brincadeira consistia em atirar bolas de baseball contra uma pirâmide de latas dispostas há quase 20 metros de distância... Jacob se preparou com a primeira bola, me olhou e piscou para mim atirando logo em seguida contra as latas, o primeiro arremesso passou longe.
- Quase – eu brinquei tirando casquinha.
Jacob ergueu a mão e arremessou outra que passou uma pouco mais perto.
- Estou só aquecendo - ele falou rindo.
A terceira bola passou raspando e a quarta acertou a base das latas, elas balançaram e não caíram... Jacob olhou surpreso para mim e eu disse que tinha razão quanto à armação, as latas estavam presas na base de madeira.
- Se é assim – falou Jake com um sorriso maligno nos lábios – Vamos usar um pouco a força sobrenatural dos Quileutes.
E, com isso, ergueu a bola e a lançou com violência acertando em cheio o meio da pirâmide de latas, com um estrondo de metal as latas desabaram em conjunto pelo chão e o rapaz que cuidava da barraca olhou surpreso para Jacob.
- Caraca, você é profissional por um acaso?
- Só um cara sortudo... e então princesa... qual você vai querer? – perguntou Jacob para que eu escolhesse um bichinho de pelúcia; eu olhei todos e sorri para o rapaz da barraca.
- Eu quero o lobinho azul, por favor – pedi com um sorriso nos lábios.
- Claro que você escolheria o lobo – riu Jacob me abraçando.
Assim, com meu lobo de verdade me abraçando e com meu lobo de pelúcia no colo, fomos andar na roda-gigante. O vento já começava a soprar mais forte e as nuvens cinza-escuras já estavam sobre nós, algumas pessoas já rumavam para suas casas para escapar da neve, mas outros poucos corajosos ainda se divertiam o quanto podiam.
Eu me aninhei nos braços de Jake quando me sentei na cabine da roda-gigante que dava duas longas voltas e parava por 3 minutos para que algum sortudo que ficasse no alto pudesse apreciar a cidade e o parque lá há uns 20 metros acima do solo.
Por pura sorte, a roda-gigante parou quando eu e Jake já estávamos quase no topo e de lá a cidade faiscava com suas luzes noturnas e o ar gelado nos envolvia completamente... abraçada a Jacob, meu corpo se aquecia como se eu ainda fosse uma humana e eu era capaz de sentir até mesmo meu coração batendo novamente.
- Parece que há alguma coisa dentro deste bicho... – eu disse depois de apertar o meu lobo de pelúcia.
- Sério? Deixa-me ver? – se ofereceu Jake que após virar o bichinho de barriga para cima encontrou um zíper que se abria e sacou de dentro um frasquinho azul quase transparente com um líquido balançando dentro.
- O que é isto? – perguntei surpresa.
- Ora, veja só que legal, o bichinho veio com uma surpresa dentro.
E Jacob retirou a tampa que saiu com um aro preso na extensão de um palito, eu não entendi o que era aquilo até que Jake levou o aro à altura da boca e soprou com força. Instantaneamente, dezenas de bolhas de sabão flutuaram pelo ar como esferas cristalinas e delicadas. Ali, no alto da roda-gigante, com o riso das pessoas e as luzes da cidade abaixo de nós, com bolhas de sabão flutuando ao meu redor, eu senti como se vivesse em um mundo de sonhos.
Delicadamente eu colhi o rosto de Jake entre as minhas mãos e o fiz se virar para mim, cuidadosamente eu colei os meus lábios nos dele e o beijei longamente. Senti o calor do lobo me tomar por completo, aquela quentura úmida que emergia da boca de Jacob me deixava entorpecida... tudo com ele era perfeito.
Permanecemos assim, nos beijando, até que a imensa roda-gigante começou a girar novamente, tirando-nos das alturas e de nosso céu particular e nos conduzindo novamente para o solo dos mortais.
- Me perdoem – disse o senhor que cuidava do brinquedo – Mas é que anunciaram uma tempestade de neve para os próximos trinta minutos e estamos suspendendo as atividades do parque por hoje.
- Sem problemas – garantiu-lhe Jacob – Já estamos de saída mesmo.
Antes mesmo de chegarmos ao carro a neve começou a cair lentamente sobre nós, os pequenos flocos de gelo flutuavam como pequenos pedaços de algodão deixando as crianças maravilhadas; eu nunca entendi porque a neve fascinava tanto as crianças.
Jake abriu a porta do carro para mim e assim que entrou me deu um beijo quente no rosto, eu sorri e acompanhei cada pequeno movimento de seu corpo enquanto ele ligava o carro e dirigia pelas ruas... alguns minutos depois, quando alcançamos a rodovia ele acelerou um pouco mais e no mesmo instante o carro deu uma leve deslizada para o lado direito.
- Opa – disse Jacob – Agora a pista está bem mais escorregadia... acho que teremos de ir mais devagar.
- Não tem problema – eu respondi feliz – Assim eu fico ainda mais tempo com você.
O trânsito estava lento na estrada e nós levamos quase quarenta minutos para chegar até o trevo que dá acesso à Forks, de lá não havíamos percorrido nem ao menos quinze quilômetros quando topamos com uma barreira policial, vários carros estavam parados formando uma fila já extensa.
- Você espera um minutinho, princesa? Eu vou lá ver o que aconteceu.
- Não demora muito, Jake – eu disse sussurrando as palavras – Não gosto de ficar sem você.
- Num segundo eu volto.
Momentos depois ele entrou espalhando neve para todos os lados e me deu um beijo quente.
- E então? – perguntei.
- Péssimas notícias, as estradas estão interditadas por causa da nevasca, parece que a coisa está feia mesma, eles estão considerando a pior tempestade dos últimos vinte anos.
- Meu Deus, e agora?
- Bem, como pode ver os carros já estão fazendo a volta, os guardas só liberarão a pista amanhã cedo quando o dia estiver claro e as estradas com possibilidade de tráfego e eu vou voltar para Port Angeles arrumar um hotel para nós dois antes que tenhamos que nos espremer no Porshe.
- Gente, que horror – eu suspirei pegando meu celular – Vou ligar para Esme, do jeito que conheço ela sei que ficaria preocupada enquanto não chegássemos. Alô? Esme? Oi sou eu.
- Alice? – disse Esme e eu já notei sua voz preocupada – Está uma nevasca terrível aqui, a tempestade já alcançou vocês? Onde estão? Já estão chegando?
- Não, mãe. A tempestade nos atingiu quando estávamos saindo de Port Angeles, as estradas estão interditadas e teremos que ficar em um hotel, por favor, não precisa se preocupar, assim que o tempo melhorar nos voltamos.
- Isso, melhor assim. Fiquem em um hotel que eu me sentirei melhor... beijo.
- Beijo, mãe.
- Estão todos bem? – perguntou Jacob.
- Sim, Esme é muito nervosa pra estas coisas... mas ela ficou mais calma quando eu disse que ficaríamos em um hotel. Acho que tem um perto daquela loja de brinquedos onde compramos aquela piscina de bolinhas para a Nessie.
- Ah, aquele é muito caro... uma exploração.
- Ai ai – eu suspirei beijando o rosto de Jake – Você pagou o parque eu pago a nossa estadia... casal moderno.
- Espero que o café da manhã deles seja bom.
- Jacob... você só pensa em comida - eu ri.
Logo voltamos para o centro de Port Angeles e Jacob se dirigiu para o lado norte da cidade onde havia um luxuoso hotel em estilo colonial... chegando lá nós estacionamos sobre a cobertura e logo um dos recepcionistas veio abrir a porta para eu sair, ele estava com os olhos esbugalhados, acho que nunca vira um Porshe de tão perto antes.
Eu gostei do hotel, era num estilo colonial europeu e a recepção como toda a decoração interior era ambientada num modelo rústico muito confortável, Jacob entrou e segurou minha mão e sorriu para mim, ele trazia o meu lobo de pelúcia.
- Boa tarde – cumprimentou uma mocinha simpática atrás do balcão – Pegos de surpresa pela nevasca?
- Sim, levamos um susto – eu disse sorrindo – Por favor, precisamos de um quarto.
- Claro, é para já – disse ela olhando para Jacob e depois para mim – Com cama de casal?
- Ah... – eu hesitei de repente, só agora eu me toquei que eu e Jacob passaríamos a noite juntos a centenas de quilômetros da minha família, da família dele... apenas nós dois.
- Sim, por favor – respondeu Jacob me olhando com um sorriso maroto e eu não pude evitar sorrir para ele, mas, repentinamente, me senti nervosa.
- Eu só preciso fazer o registro de vocês, Senhor e Senhora?
- Black – respondeu Jake mais uma vez e eu achei tão fofo que abri um sorriso ainda maior, adorei ele dar a impressão de quer éramos casados.
A mocinha demorou poucos minutos para fazer nossos cadastros e nos deu o cartão do quarto que ficava no primeiro andar, o hotel era voltado para uma parte da cidade que ficava próxima a floresta e provavelmente seria bem silencioso, apesar de eu não dormir.
Subi as escadas por primeiro com Jake me acompanhando logo atrás, meu nervosismo então ficou evidente para mim, eu estava me sentindo uma adolescente prestes a passar a primeira noite a sós com meu namorado. Fiquei irritada comigo mesma, afinal, eu era uma vampira de mais de cem anos e achei inadmissível me portar desta maneira... mas foi em vão... Jake me deixava assim, eu estava prestes a fazer amor com um humano... com um lobo... e estava apavorada de que Jacob não gostasse.
Ele abriu a porta do quarto para mim e entrou logo em seguida, eu andei pelo quarto e era tudo de muito bom gosto, móveis antigos de décadas passadas e uma cama de dossel super elegante... havia uma lareira acesa num dos cantos do quarto deixando o ambiente aconchegante. Eu sabia que Jake estava me olhando e então me virei para encará-lo; lá estava aquele quileute lindo de dois metros de altura, deliciosamente delicioso, me encarando com um sorriso enviesados nos lábios... eu senti meu coração inerte despencar para o meu estômago.
- Então, senhorita Cullen... enfim sós – ele disse me absorvendo por completo com aquele olhar lupino.
Eu fiquei completamente sem palavras, fiquei sem reação... me comportei como uma menina que parecia estar aprontando enquanto a família viajava, eu encarei Jacob Black como se ele fosse o único homem na face da Terra... e neste momento um único e famigerado pensamento assaltou a minha mente...
“Alice... você vai fazer amor com um Lobo”.
7 comentários:
Não acredito todas as escritoras querem me matar de curiosidade.
Assim não dá...rsrsrsrrs
Estou LOUCA DE CURIOSIDADE para o próximo capítulo.
Por favor não demora muito.
Bjs
Aline
estou admirado com a historia ,seu talento e acima de tudo a originalidade desse amor algo que ainda nao havia sido explorado nas fics pós-amanhecer , parabéns estou acompanhando assiduamente.
ola, estou quicando enlouqeucidamente para este momento tão esperado!!!!!Bj, Alinica
aiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiii caramba, eu vou infartar desse jeitoooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooo.....
alice e jacob sozinhos ai ai ai ai aiii...
por favor nao demora a postar....
bjs
Ahhhhhhhhhhhhhhhh, não pode vc é má muito má,
eu estou morrendo de curiosidade pra ler a 1ª
vez dos dois e vc esta me deuxando cada vez mais
pirada.
Por favor não demore.
OIE GENTEEEE
Obrigada a todos pelo carinho e pelos comentários
Fico super feliz que estão curtindo Lendas.
Agora só depende da Sandry atualizar... hahaha
Beijos da JU.
Tô louca pra ler o próximo capitulo, mais só quero ver no q vai dar quando a Nessie for reclamar o que é dela por direito... vai da pano pra manga, tomara que tudo se resolva bem e todos fiquem felizes, mais to me envolvendo nessa historia e o próximo capitulo promete...rsrsrs... Já sou fã.
Parabéns....
Atualiza... PLEASE
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